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ECONOMIA Economia do Setor Público CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * FACULDADE DE ECONOMIA (FE) ECONOMIA Economia do Setor Público DIRCEU GRASEL ECONOMIA Economia do Setor Público CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * I) Participação do Setor Público na Economia: 1) A participação do setor público vem crescendo pelas seguintes razões: Crescimento da Renda percápita: que leva a aumento da demanda por bens e serviços públicos (oferta pública ou privada); Leva ao crescimento das funções administrativas, em decorrência da maior complexidade da vida urbana; Crescimento relacionados a promoção do bem estar (saúde e educação); Maior intervenção direta ou com regulação em função da mudança na estrutura de mercado (oligopólio e Monopólio); DIRCEU GRASEL ECONOMIA Economia do Setor Público CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * I) Participação do Setor Público na Economia: 1) A participação do setor público vem crescendo pelas seguintes razões: Mudança tecnológica: Automóvel leva ao aumento da demanda por rodovias e infra-estrutura; Mudanças populacionais: aumento populacional = aumento despesas com saúde e educação; Efeito guerra: aumenta os gastos públicos; Fatores políticos e sociais: novos grupos sociais com presença política demandam novos empreendimentos públicos; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Economia do Setor Público CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * I) Participação do Setor Público na Economia: 1) A participação do setor público vem crescendo pelas seguintes razões: Mudanças da Previdência Social: Quando é solidária (a geração atual financia a futura) e não de autofinanciamento, leva a aumento dos gastos públicos (desemprego informal e aumento n. idosos); Com o desenvolvimento do mercado financeiro, desenvolvimento do comércio internacional e suas complexas relações, ficou evidente a incapacidade de auto-regulação do mercado e a necessidade de mais participação do estado em regulação e por meio de políticas econômicas; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Economia do Setor Público CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * II) Externalidades: 1) Os mercados são geralmente uma boa maneira de organizar a atividade econômica: Numa economia de mercado as decisões são tomadas pelos agentes econômicos; Estes agentes econômicos interagem no mercado, em que o preço e o interesse próprio guia suas decisões; Todos cuidam do seu próprio bem estar; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Economia do Setor Público CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * II) Externalidades: Segundo Smith: as famílias e as empresas (agentes econômicos), ao interagirem no mercado, agem como se fossem guiados por uma mão invisível, que os leva a um resultado de mercado desejável. Na verdade, segundo ele, leva ao melhor dos mundos; Na prática isso só funciona numa economia de livre concorrência; No contexto atual a estrutura de mercado predominante é o oligopólio, causando permanente conflitos, especialmente, entre capital e trabalho; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Economia do Setor Público CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * II) Externalidades: Os preços são o instrumento pelo qual a mão invisível faz a sua mágica; A economia de mercado tem tido mais sucesso na oferta de bens e serviços do que a economia planificada; Contudo, tal como no sistema de planejamento, não tem tido bons resultados na distribuição deste esforços, na humanização e na sustentabilidade de forma geral, especialmente ambiental; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Economia do Setor Público CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * II) Externalidades: 2) As vezes o governo pode melhorar os resultados dos mercados: Se a mão invisível é tão boa, porque precisamos do governo? i) Os mercados só funcionam bem quando as regras são claras e o direito de propriedade é garantido; Todos confiamos no governo para que as regras estabelecidas sejam cumpridas; ii) As vezes o mercado falha: Há três motivos para que o governo intervenha na economia, promover a eficiência, a equidade e sustentabilidade. Isto é, aumentar o bolo, interferir na maneira como ele é distribuído e garantir a sustentabilidade; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Economia do Setor Público CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * II) Externalidades: Falhas de Mercado: Quando o mercado fracassa por si só em alocar os recursos de forma eficiente, equânime e sustentável; Quando os mercados falham? i)Geram externalidades (positivas ou negativas): quando ações de um causam impacto sobre o bem estar de outras, que não tomam parte da ação. Ex, pescadores de Santo Antônio = externalidade negativa; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Economia do Setor Público CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * II) Externalidades: ii) Podem falhar devido ao poder de mercado: capacidade de um único agente econômico (monopólio) ou um pequeno grupo (oligopólio) tem de influenciar significativamente os preços de mercado; Quando há externalidades ou poder de mercado, políticas públicas podem aumentar a eficiência, a equidade econômica e a sustentabilidade; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Economia do Setor Público CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * III) Políticas Públicas para as Externalidades: 1)Políticas de comando e controle: Regulam diretamente o comportamento dos agentes; Regulação: tornar obrigatório ou proibindo certos comportamentos (agências reguladoras); 2) Políticas baseadas no mercado: Oferecem incentivos de forma que os tomadores de decisões privados optem por resolver o problema em si; Impostos e subsídios: o objetivo é alinhar incentivos privados com eficiência social; O governo pode tributar atividades que geram externalidades negativos e subsidiar atividades que geram externalidade positivas; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Economia do Setor Público CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * IV) Funções Econômicas do Setor Público: 1)Resultante da constatação de que o sistema de mercado não consegue cumprir adequadamente algumas funções; 2) Existem alguns bens que o mercado não consegue fornecer (função alocativa); 3) O mercado não consegue estabelecer uma justa distribuição da riqueza (função distributiva); A função ALOCATIVA: 1) Fornecimento de bens e serviços não oferecido de forma adequada pelo sistema de mercado; 2) Bem público = bem de consumo coletivo; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Economia do Setor Público CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * IV) Funções Econômicas do Setor Público: A função DISTRIBUTIVA: 1) A distribuição de renda depende da produtividade do trabalho e dos demais fatores de produção; 2) No sistema de mercado a produtividade de cada indivíduo no mercado de fatores determina a sua participação na renda; 3) O governo redistribui renda por meio da tributação, ao retirar recursos dos mais ricos e os transferir para os mais pobres; 4) A renda pode ser distribuída com imposto progressivo e ou com tributação maior dos bens consumidos por pessoas de alta renda e subsídios nos bens de baixa renda; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Economia do Setor Público CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * IV) Funções Econômicas do Setor Público: A função ESTABILIZADORA: 1) Intervenção do Estado para garantir a estabilidade nos preços e o pleno emprego, que não ocorrem de maneira automática na economia de mercado; A função de CRESCIMENTO ECONÔMICO: 1) Políticas com investimento público (fornecimento de bens e infra-estrutura) e ou incentivos e financiamentos ao setor privado; 2) Ambos visando o crescimento econômico de L/P; 3) Se confunde com a função alocativa; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Economia do Setor Público CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * V) CLASSIFICAÇÃO DOS GASTOS PÚBLICOS: PELA NATUREZA DOS GASTOS: 1)Custeio; Manutenção da máquina pública; 2)Investimento; Obras públicas; 3)Transferências; Estados e Municípios; 4)Inversões financeiras; Amortizações e pagamento dos juros da dívida; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Economia do Setor Público CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * V) CLASSIFICAÇÃO DOS GASTOS PÚBLICOS: POR CATEGORIAS ECONÔMICAS: DESPESAS CORRENTES: Pessoal e encargos sociais Juros e encargos da dívida; Outras despesas correntes (transf. Estados Municípios, benefício previdenciário, outras correntes); DESPESAS DE CAPITAL: Investimentos; Inversões financeiras; Amortização da dívida; Outras despesas de capital; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Economia do Setor Público CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * VI) CLASSIFICAÇÃO DAS RECEITAS PÚBLICAS: RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS: Podem ser classificadas sob três óticas: 1)CAPTAÇÃO DOS RECURSOS: Receitas próprias: IR, para gov. federal; Receitas de transferência: repasse de recursos captados por outras instituições (ex. repasses da União para Estados e Municípios; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Economia do Setor Público CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * VI) CLASSIFICAÇÃO DAS RECEITAS PÚBLICAS: RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS: Podem ser classificadas sob três óticas: 2)ORIGEM DOS RECURSOS: Tributária: impostos taxas e contribuições de melhoria; Contribuições: contribuições sociais, seguridade social etc; Patrimonial: resultado financeiro de exploração patrimonial, aluguéis, juros, dividendos, receita de concessão e permissões; Industrial: proveniente de venda de bens; Agropecuária: produção vegetal e animais e derivados; De serviços: inclui serviços comerciais, financeiros, transporte, comunicação, saúde etc; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Economia do Setor Público CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * VI) CLASSIFICAÇÃO DAS RECEITAS PÚBLICAS: RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS: Podem ser classificadas sob três óticas: 3)AO ORÇAMENTO A QUE ESTÃO VINCULADOS: Receitas do orçamento fiscal: impostos, contribuições e demais receitas não relacionadas com seguridade social; Da seguridade social: receita de órgãos relacionados com a seguridade social (ex. previdência); DIRCEU GRASEL ECONOMIA Economia do Setor Público CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * VII) A ESTRUTURA TRIBUTÁRIA: PRINCÍPIOS DE TRIBUTAÇÃO: O Estado se financia por meio da arrecadação tributária (receita fiscal); Os princípios tributários são: 1) Neutralidade: O princípio da neutralidade ocorre quando o sistema tributário não afetam os preços relativos; Um dos objetivos é não causar impactos negativos sobre a eficiência econômica; 2) Equidade: O principio da equidade deve distribuir o ônus de maneira justa entre os indivíduos e empresas; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Economia do Setor Público CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * VIII) TIPO DE IMPOSTOS: 1) Diretos: Incidem diretamente sobre a renda, ex. imposto de renda; 2) Indiretos: Incidem sobre os preços da mercadorias; Podem ser específicos: valor fixado em $, que independe do preço do bem, ex. taxas; Podem ser Ad valorem: alíquota fixada sobre o preço do bem, ex. ICMS; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Economia do Setor Público CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * VIII) TIPO DE IMPOSTOS: 3) Um imposto é considerado progressivo quando a alíquota aumenta para rendas maiores (ex. IRPF); 4) Regressiva, quanto maior a renda menor a alíquota; 5)Proporcional ou neutra, quando todos os contribuintes pagam a mesma parcela de imposto, em relação a sua renda; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Economia do Setor Público CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * Fatores que impulsionaram mudanças tributárias recentes: 1) A globalização econômica e financeira: Tributações diferentes inibem fluxo de capitais; 2)A formação de blocos econômicos regionais: Para viabilização do comércio livre; 3) Redefinição do papel do Estado: Neoliberalismo, de Estado interventor para Estado regulador. A nova realidade do mercado de trabalho: Mudança na legislação trabalhista, competitividade internacional; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Economia do Setor Público CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * Critérios de Reforma Fiscal e Tributária: Simplificação: Redução do número de imposto e tributos e simplificação da legislação (atacar a sonegação e evasão fiscal); Tributar a renda e não a produção (competitividade); Maior progressividade; Redução da carga tributária, ampliação da base de arrecadação (combater a economia informal = aprox. 50% é sonegado); Desoneração do mercado de trabalho (combater o desemprego informal); DIRCEU GRASEL ECONOMIA Economia do Setor Público CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * DIRCEU GRASEL ECONOMIA Economia do Setor Público CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * IX) PRINCIPIAS CONCEITOS - DÉFICIT PÚBLICO: 1)Superávit = quando a arrecadação (receita fiscal) (T) supera os gastos (G); 2) Superávit Primário = G - T (não considera juros da dívida pública); DIRCEU GRASEL ECONOMIA Economia do Setor Público CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * IX) PRINCIPIAS CONCEITOS - DÉFICIT PÚBLICO: 3)Déficit = quando os gastos (G) superam a arrecadação (T); 4)Déficit Nominal ou total = NFSP (Necessidade nominal de financiamento do setor público). Indica o fluxo líquido de novos financiamentos obtidos ao longo de um ano pelo setor público, não financeiro, em suas várias esferas: União, Estados, Municípios, Estatais e Previdência Social; Ou seja: (G – T) + juros nominais da dívida pública. É a diferença entre todos os gastos públicos (G + i nominal) e a arrecadação (T); DIRCEU GRASEL ECONOMIA Economia do Setor Público CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * IX) PRINCIPIAS CONCEITOS - DÉFICIT PÚBLICO: 5) Déficit Primário ou Fiscal = são os gasto públicos correntes (G – sem juros e correção monetária das dívidas públicas contraídas) menos é a receita fiscal corrente (G, sem i – T); Ou seja: diferença entre os gastos públicos (G) e a arrecadação (T), sem os juros e correções da dívida pública passada; 6)Déficit Operacional, ou NFSP – conceito operacional (G + juros reais – T) : É considerada a forma mais adequada para refletir a NFSP; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Economia do Setor Público CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * IX) PRINCIPIAS CONCEITOS - DÉFICIT PÚBLICO: Resumo: Déficit Nominal = (G + i nominal – T) + juros nominais da dívida pública; Ou seja = Todos os gastos (G) – T; Déficit Primário = Gastos Correntes (G) – Receita Fiscal corrente (T) = (G – T, não considera juros da dívida pública); Déficit Operacional = (G – T) + juros reais da dívida pública; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Economia do Setor Público CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * X) FINANCIAMENTO DO DÉFICIT PÚBLICO: 1) Aumentar os impostos; 2) Reduzir gastos; 3) Emitir moeda (o tesouro/União pede emprestado ao BC); Gera inflação; Sem gerar endividamento público; O BC cria moeda para financiar o tesouro; 4) Emitir títulos da dívida pública (interno e externo); Governo troca títulos (ativos financeiros não monetários), por moeda que já está em circulação; Não acusa inflação; Se descontrolado, o governo precisa oferecer títulos a juros atraentes, o que tem efeito negativo sobre o crescimento econômico; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Economia do Setor Público CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * BIBLIOGRAFIA VASCONCELLOS, M. A. S. de. Economia: micro e macro. 3. ed. SP: Atlas, 2002. REZENDE, F. A. Finanças Públicas. 2. ed. SP: Atlas, 2007. BIDERMAN, C. e ARVATE, P. (org.) Economia do Setor Público no Brasil. RJ: Campus/FGV, 2006. MANKIW, N. G. Introdução à Economia. SP: Cengage Learning, 2008. HOLANDA, N. Introdução à Economia. Rio de Janeiro: Vozes, 2002. DIRCEU GRASEL
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