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WEBAULA 1 Anatomia, Fisiologia e Histologia Capilar

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WEBAULA 1
Unidade 1 – Anatomia, Fisiologia e Histologia Capilar
Olá, sejam bem-vindos à nossa primeira web aula!
O meu nome é Vânia Terra Malachias, sou farmacêutica, mestre em Patologia Experimental e professora da disciplina de Tricologia, Terapia e Química Capilar. Iniciaremos com o estudo anatomia, histologia e fisiologia do couro cabeludo e cabelos.
Por meio dessa disciplina vocês terão conhecimento dos principais fundamentos para compreender a importância do estudo da tricologia para os profissionais de estética: revisar e reconhecer as estruturas que compõem o folículo piloso; os pelos e cabelos, reconhecer a função deles; o ciclo de crescimento capilar; assim como irão identificar as ligações químicas que ocorrem no córtex do cabelo que é fundamental para a compreensão da química capilar.
TRICOLOGIA, TERAPIA E QUÍMICA CAPILAR
A tricologia é o ramo da medicina que trata dos pelos ou cabelos
Seu estudo tem por objetivo a compreensão de vários aspectos que possibilitem ao profissional de estética a compreensão dos problemas capilares. Do grego: Thricos (cabelos) e Logos (estudo)
De acordo com a Associação Brasileira de Dermatologia, a preocupação com os cabelos ocorre desde os primórdios da história da humanidade.
Sob o ponto de vista cultural e social, os cabelos desempenham papel relevante na imagem dos seres humanos, já que algumas características, como forma, cor e padrão de higiene são indicativos de estilo e personalidade.
FOLÍCULO PILOSEBÁCEO
Para entendermos a estrutura e a composição dos cabelos será necessário o estudo do folículo pilossebáceo, local onde se origina o pelo e a glândula sebácea (BEDIN, 2006).
Folículos pilosos - Você conhece a origem dos cabelos?
Você tem ideia de quantos folículos capilares há em nossa pele? Cerca de cinco milhões, sendo que em torno de 100 mil estão em nossa cabeça. Só não temos folículos nas palmas das mãos e nas solas dos pés. Os folículos pilosos não são formados após o nascimento, e o desenvolvimento desta estrutura acontece entre o 3º e  8º mês da gestação.
O cabelo origina-se do folículo capilar, que são crescimentos descendentes da epiderme no interior da derme. Portanto, o folículo capilar resulta de uma associação e interação dos componentes da derme e da epiderme.
Compreende o folículo piloso, as glândulas sebáceas, e o músculo eretor do pelo.
Links
Acesse o link   e veja a imagem referente ao texto.
O músculo eretor do pelo direciona o eixo do cabelo a ficar em pé (arrepios).
Glândulas Sebáceas
As glândulas sebáceas - situam-se, em geral, próximas aos locais onde são produzidos os pelos e cabelos no folículo piloso. Essas glândulas secretam sebo, que é uma mistura de óleos naturais que lubrificam a pele e os cabelos. Variam de 1.900 por cm² no couro cabeludo e são responsáveis pela produção de lipídeos (ácidos graxos, triglicerídeos etc.). Em quantidades normais, o sebo é essencial para a lubrificação e proteção da fibra capilar, participando da formação de um manto hidrolipídico, assim como na pele, mantendo seu brilho e flexibilidade. O funcionamento das glândulas sebáceas, juntamente com seus anexos (glândulas sudoríparas e resíduos de desintegração da pele do couro cabeludo), divide os cabelos em três tipos: cabelos normais, secos e oleosos.
Vale reforçar que os profissionais de estética devem estar cientes com relação à função do sebo que garante a saúde dos pelos, cabelos e da pele.
Quando o sebo produzido pelas glândulas sebáceas pode prejudicar o cabelo?
Quando a quantidade de sebo for produzida em excesso, o cabelo se torna oleoso e pesado. Na ausência dessa substância, o cabelo pode ser danificado, ficando seco ou opaco.
Você já ouviu falar em  pH do cabelo?
O termo pH é usado para determinar o grau de acidez ou alcalinidade de uma substância líquida  ou seja  escala de pH é uma maneira de indicar a concentração de H+  numa solução.  A camada hidrolipídica que protege o cabelo, a pele e a unha têm pH ácido, um valor compreendido entre 4,2 e 5,8 na escala de pH, ou seja, levemente ácido e por isso  impede a proliferação de fungos e bactérias no couro cabeludo. Os produtos que entram em contato com o corpo humano devem acompanhar o pH do cabelo, pele e unha. Se lavarmos o cabelo com xampu alcalino, por exemplo, suas cutículas abrem, ele fica sem brilho, difícil de pentear e embaraçado (TUDO..., 2013).
Contudo, os cosméticos capilares com pH alcalino são usados para modificar a estrutura externa e interna dos cabelos, abrindo as cutículas a fim de penetrar nos fios. O pH ácido ou semelhante ao do couro cabeludo reforça a fibra capilar, age como adstringente e neutraliza os tratamentos feitos com cosméticos alcalinos.
Conheça a escala de pH  e saiba como medir o valor de pH:
Links
Acesse o link  http://www.laureentai.com.br/arquivos/c_tabela_ph_42686896.jpg
e veja a imagem referente ao texto.
Algumas estruturas do folículo piloso são de extrema importância para compreensão da origem dos pelos e cabelos:
Bulbo capilar – Local de produção de um pelo ou fio de cabelo. Está situado na extremidade inferior do folículo piloso, portanto é a parte mais profunda e espessa. O bulbo continua a matriz germinativa, a qual recobre uma papila de tecido conjuntivo denominado papila dérmica.
Derme Papilar ou papila dérmica – onde se localizam minúsculos capilares responsáveis pelo fornecimento de sangue, oxigênio e os nutrientes para formação dos pelos e cabelos. A papila dérmica é composta de fibroblastos especializados na base do folículo piloso, supondo-se que controla o número de células da matriz e assim o tamanho do pelo. Na fase de crescimento, as células da matriz germinativa multiplicam-se e se movem para cima, dentro do folículo, diferenciando-se em células do pelo.
Links
Acesse o link  http://www.freedom.inf.br/artigos_tecnicos/hc68/figura1.jpg e veja a imagem referente ao texto.
http://1.bp.blogspot.com/-Rl7lhfmSSXI/TmzNvBDWGDI/AAAAAAAAAIk/HiwUupb3swQ/s1600/estrutura_folicular2.jpg
Dentro da terapia capilar, o que você acha que pode contribuir para a nutrição dos fios de cabelos?
A nutrição dos cabelos vai além da utilização de produtos externos que podem embelezar e melhorar a aparência dos fios, uma boa alimentação está diretamente relacionada com a saúde dos cabelos, mas não há evidências que influenciam o crescimento dos cabelos.
Carnes, peixes, ovos, e produtos lácteos fornecem aminoácidos essenciais, porém, uma dieta balanceada é necessária, pois o excesso é prejudicial e pode causar patologias. Muitos produtos vegetais contem baixo teor de gordura e são boas fontes de fibras, mas não fornecem todos os aminoácidos essenciais.
Uma dieta balanceada é essencial para a saúde dos cabelos e formação dos fios!!! Além de uma boa alimentação, a massoterapia relaxa toda a região da cabeça e melhora a circulação sanguínea, facilitando o transporte de nutrientes e oxigênio para o folículo piloso (CASSAR, 2001).
A massagem vem sendo praticada desde os tempos da pré-historia, com origem na Índia, China, Japão, Grécia e Roma. A palavra “terapêutica” é definida como: de, ou relacionado ao tratamento, ou cura de um distúrbio ou doença.
Wichrowski (2007) afirma que com a massagem se tem um retorno venoso maior, que ela ainda facilita a circulação e a oxigenação dos tecidos e  potencializa a ação dos óleos essenciais e demais cosmecêuticos aplicados no couro cabeludo.
WEB AULA 2
Unidade 1 – Anatomia, fisiologia e histologia capilar- Cabelos
QUAL É A FUNÇÃO DOS CABELOS?
Quem acha que os cabelos servem só como um aliado estético (dando forma e valorizando o rosto), precisa avaliar mais profundamente as importantes funções que incluem agir como isolante térmico, protegendo a cabeça das radiações solares e da abrasão mecânica. Além disso, também podem ser um indicativo de diversas doenças ou da deficiência na nutrição, que se manifestam alterando sua estrutura.
O cabelo é constituído por duas partes:
Raiz - (folículo capilar), parte profunda - penetra a derme, composta por células vivas que têmorigem no bulbo capilar (GOMES, 2006).
Haste capilar - A intensa atividade bioquímica e metabólica do folículo capilar proporciona o desenvolvimento e o crescimento da haste capilar. É constituída por um agrupamento de células mortas, ricas em proteínas, principalmente a queratina. A haste contém ainda melanina (que dá cor aos cabelos), água, lipídios e microelementos.
A haste capilar possui três partes principais: medula, córtex e cutícula.
Medula - parte mais interna do eixo capilar. Em geral, somente os fios mais grossos a possuem. Supõe-se que, no início de vida do fio, ela o direciona em direção à superfície da pele.
Córtex – representa cerca de 90% do peso total do cabelo. É formado por células queratinizadas. Ao longo da maturação do cabelo estas células corticais se tornam alongadas. E é também no córtex que os grãos de melanina que dão cor ao cabelo são encontrados. Sua estrutura determina o grau de resistência e elasticidade do fio. O córtex é protegido pela cutícula e por uma fina camada de sebo. É no córtex que ocorrem as transformações do cabelo, por meio da formação ou quebra das ligações químicas da sequência de aminoácidos.
Cutícula- envolve o córtex e sobrepõe-se em camadas ou escamas. As escamas formam camadas sobrepostas com uma camada hidrofóbica que resiste a penetração da água. A cutícula é a parte do cabelo sujeita aos ataques diários, e as propriedades cosméticas dos produtos para cabelo dependem de seu estado. As células que constituem a cutícula são transparentes, o que permite ver o córtex, o qual, como dissemos, é responsável pela cor do cabelo. A principal função da cutícula é proteger o córtex contra agressões externas (sol, chuva, poluição etc.), ações de pentes e escovas e produtos para cabelos, entre os quais os de coloração. A cutícula age como uma barreira para produtos químicos. Um pH básico e temperatura alta podem abrir a cutícula e deixar que produtos químicos penetrem no córtex.
Links
Acesse o link http://divadiz.com/wp-content/iploads/2009/07/estrutura-do-fio-de-cabelo1.bmp e veja a imagem referente ao texto
Tipos de cabelo
O folículo produz dois tipos de pelo: o velo e o terminal. A principal diferença entre eles está no tamanho. Acima de tudo, o fio de cabelo é um pelo possui a mesma estrutura de todos os pelos do corpo humano, porém, tem suas particularidades.
Cabelos velos – curtos, finos e sedosos; quase nunca possuem medula ou pigmentos de melanina. Lanugem – recobre feto.  Penugem – substitui o pelo após o nascimento.
Cabelo terminal – pelo mais comprido, grosso, pigmentado, com medula axilas, região pubiana, sobrancelhas, cílios, barba, bigode e couro cabeludo. Diferenciam-se dos pêlos comuns pela sua elevadíssima concentração por área de pele e pelo desenvolvimento em comprimento. Acima de tudo, o fio de cabelo é um pelo.
Cor dos pelos e cabelos – Por que as pessoas possuem cores de cabelos diferentes?
Assim como na pele, a produção de melanina é feita pelos melanócitos, células que estão presas na parte superior da papila dérmica. Após produzirem a melanina, elas a transferem para os queratinócitos, que compõem o córtex da fibra capilar, porém, os melanócitos do folículo piloso não precisam da luz do sol para produzir melanina. O tipo e a quantidade de melanina no cabelo são características herdadas geneticamente.  Uma célula do cabelo supre cerca de cinco queratinócitos, enquanto a da pele pode fornecer até quarenta.
Há dois tipos de melanina em nosso corpo: eumelamina e feomelamina. A eumelamina é responsável pela coloração escura, enquanto a feomelamina produz as cores claras. Portanto, a cor dos cabelos depende da maior ou menor presença de cada um desses elementos. As pessoas de cabelos escuros, portanto, possuem mais eumelamina do que feomelamina (HALAL, 2011, p. 81).
O fio branco não tem cor?
Quando ocorre a diminuição da produção de melanina os cabelos tornam-se brancos. Pode haver também um escurecimento dos cabelos claros quando o indivíduo chega à adolescência, período em que há um aumento da fabricação de melanina.
A estrutura proteica do cabelo - Qual é a principal proteína que compõe o cabelo?
Os queratinócitos do folículo capilar multiplicam-se com mais rapidez do que os da pele. O cabelo é formado por 91% de proteína.
Queratina: é uma proteína constituída de cerca de quinze aminoácidos, principalmente a cisteína. É uma proteína fibrosa com estrutura tridimensional: microfilamentos com resistência, elasticidade e impermeabilidade a água.
As ligações entre os aminoácidos denominam-se ligações peptídicas e estabelecem-se entre o grupo amina de um aminoácido e o grupo carboxílico de outro. Portanto, as proteínas são compostas por aminoácidos conectados por ligações peptídicas.
Links
Acesse o link http://2.bp.blogspot.com/__tHsaHMfNP0/TO2kD-I7sVI/AAAAAAAABHQ/aSentVbNN7Q/s320/ligacaopeptidica.jpg e veja a imagem referente ao texto
A estrutura das cadeias de aminoácidos da queratina vai se adaptando em uma forma helicoidal. As hélices estão ligadas uma às outras por ligações de hidrogênio, formando a cerda elementar que se liga a outra cerda por átomos de enxofre (ligações de dissulfeto) e por ligações iônicas.
Ligações químicas
É no córtex que encontramos as ligações químicas que ocorrem nos fios de cabelo, são elas: ligação de dissulfeto, ligação de hidrogênio e ligação iônica. Como já mencionado, as ligações peptídicas unem os aminoácidos que constituem uma proteína por meio de ligações terminais. Existem ligações laterais entre os feixes de queratina, ou seja, que unem os aminoácidos da queratina promovendo força e elasticidade ao cabelo humano.
Ligação de hidrogênio - ocorre entre um átomo de hidrogênio de um grupo hidroxila, -OH, proveniente de um aminoácido específico e o átomo de oxigênio do grupo carbonila proveniente de outro aminoácido (REIS, 2001).  É uma ligação fraca, rompe-se pela água ou calor. Mas, por existir em grande número, adquire força.
Fonte: Köhler (2011)
Ligação iônica - é um tipo de ligação química baseada na atração eletrostática entre as cargas positivas e negativas de um íon. São mais resistentes que as ligações de hidrogênio, mas podem ser quebradas quando usamos produtos alcalinos (com pH acima de 10) ou ácidos (com pH abaixo de 2,0). O grande número de ligações que ocorrem no córtex determina a sua força.
Fonte: Köhler (2011)
Ligação de dissulfeto – é a única ligação química forte dentro do córtex. Une átomos de enxofre de 2 aminoácidos de cisteína (dois grupos tiol – SH), provenientes de duas moléculas do aminoácido cisteína formando uma ligação dissulfeto, - S - S -, característica da molécula de cistina (FONSECA, 2001). Essas ligações não se rompem com água ou calor. A ligação de enxofre só se rompe por meio de ação química e essa alteração é permanente. Ex: essas ligações são rompidas em processos de alisamento e permanente, quando usamos produtos como tioglicolato de amônio ou os cremes alcalinos para alisamento com pH acima de 10 (GOMES, 2006).
Links
Acesse o link http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/queratina/imagens/Querat2.jpg
e veja a imagem referente ao texto
Ciclo Capilar
O crescimento capilar acontece em 3 ciclos ou fases que se repetem continuamente por toda a vida, por isso renovamos os fios de cabelo. Os fios têm um ciclo determinado, que é igual para todos eles, mas não acontecem ao mesmo tempo.
Esse ciclo é composto pelas seguintes fases:
Anágena – é a fase de crescimento mais longa, dura por volta de três a sete anos, podendo variar em função das características pessoais, como, genética, sexo, idade, além de alimentação, qualidade de vida, entre outros fatores ambientais. Cerca de 80 a 90% dos fios estão nessa fase. Há uma produção intensa de células capilares. As células da papila dérmica dividem-se o tempo todo e empurram as anteriores para cima (LEONARDI, 2008). No fim da fase anágena, o folículo sofre uma série de alterações morfológicas e moleculares, associadas com programada morte celular, chamada apoptose, que é característicada fase catágena.
Catágena – é uma fase curta, sua duração é de apenas duas a quatro semanas. Pouquíssimos folículos nela se encontram, no máximo até uns 2%. É uma fase basicamente de involução em que ocorre uma série de alterações morfológicas, ocasionando apoptose. O fio do cabelo se encolhe até quase um terço de seu comprimento. Não há mais produção de melanina, a raiz fica meio esbranquiçada. Desaparece o bulbo capilar e a derme papilar diminui de tamanho. Mas essa involução nada mais é do que a preparação para novo crescimento. O folículo produz novas células germinativas que aguardam o sinal para renovar a fase anágena.
Telógena – o córtex, então, diminui de espessura e a cutícula não é mais produzida. O fio não cresce mais e permanece no folículo até ser empurrado para fora pelo que está nascendo; portanto, há uma relativa queda de cabelo. Cerca de 10 a 15% dos fios estão nessa fase, a qual dura de dois a seis meses, podendo cair em média de 100 a 150 fios por dia (LEONARDI, 2008). No entendimento de Pruneiéras (1994), possibilita compreender que dos 100.000 fios que perfazem a cabeleira, 6%, ou seja, 6.000 estão no estágio telógeno, este dura cerca de três meses, sendo normal perder 60 fios por dia.
Links
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Crescimento e queda do cabelo
Você já percebeu que existe diferença para a velocidade de crescimento nos diferentes grupos étnicos?
Para quem já teve experiência em salão de beleza é fácil observar que os cabelos lisos crescem mais rápido e os fios que crescem mais lentamente são os pertencentes aos africanos.
O crescimento não é totalmente entendido. Os estímulos para o folículo passar da fase telógena para a fase anágena não estão devidamente esclarecidos. Vários fatores são apontados por influenciar o crescimento do cabelo no couro cabeludo, como, etnia, sexo, idade, estação do ano, localização no corpo, nutrientes e hormônios.
Nas mulheres, porém, geralmente eles crescem mais rápido do que nos homens, diminuindo um pouco essa velocidade durante a gravidez. A taxa de crescimento do cabelo é 0,36 milímetros por dia para o sexo feminino, e 0,34mm para o sexo masculino. O crescimento dos fios não para quando dormimos, é sempre mais ou menos constante, sendo um pouco mais intenso no verão (HALAL, 2011, p. 76).
A queda de cabelos não apresenta a mesma regularidade; é mais notada pela manhã e em certos períodos, acontece com mais frequência no inverno, por exemplo. Recentes medições indicam que a taxa média para perda normal de cabelo seja de 35 a 40 fios diariamente (HALAL, 2011, p. 77).
Você já observou que diariamente ao escovarmos os cabelos estes se desprendem e caem?
Muitas pessoas ficam impressionadas e acham que estão com problemas, mas este fenômeno, quando em taxas normais, é natural. No momento em que o fio capilar alcança o final de seu ciclo de vida (fase telógena), ele se desprende da raiz e fica solto no folículo. Esse cabelo sai com facilidade quando o penteamos ou escovamos, ou até mesmo pelo contato com o travesseiro durante a noite. Caso não saiam assim, são empurrados pelo fio que está nascendo no mesmo folículo (HALAL, 2011, p. 77).
Confira:
http://www.unilever.com.br/brands/higiene_saude_beleza/belezaeestilo/Mais_artigos/
artigo_cabelos_mais_saudaveis_por_meio_da_alimentacao.aspx
Forma do cabelo
Você já parou para analisar por que as pessoas apresentam diferentes formas de cabelos, alguns cacheados, outros lisos?
Você já deve ter reparado que na mesma família as pessoas costumam ter formas de cabelos semelhantes, ou seja, em geral, pessoas de um grupo étnico têm a mesma forma de fio de cabelo. Quanto a isso, podemos nos referir que certas características são determinadas geneticamente.
Independente de ser liso, ondulado, crespo ou encaracolado, o cabelo tem sempre uma composição química básica - a queratina -, o que muda é a sequência de aminoácidos que compõem esta proteína, o número e posição das ligações químicas presente. Por outro lado, a forma do cabelo varia enormemente. As diferenças dependem em grande parte da secção transversal e de como ele cresce. Estudos indicam que estes dois elementos estão intimamente relacionados à forma do folículo piloso e á sua posição no couro cabeludo.
Links
Acesse o link http://bqafrica.wordpress.com/atividade-5/  e veja a imagem referente ao texto.
Dos folículos elípticos resultam fios finos, lisos ou ondulados próprios dos caucasianos. Folículos cilíndricos dão origem aos fios grossos e muito lisos, característica dos asiáticos. O folículo do fio cacheado do africano é achatado e fino, o que faz com que o cabelo seja mais frágil, quebradiço e se embarace com facilidade. 
Links
Acesse o link http://bqafrica.wordpress.com/atividade-5/ e veja a imagem referente ao texto.
Densidade do cabelo
O cabelo tem uma densidade média de aproximadamente 100 a 120 fios por centímetro quadrado, indicando ainda o quanto o cabelo é fino ou grosso. Na verdade, ela varia bastante em cada indivíduo e mesmo entre as raças, e pode ser alterada pela ação de produtos de beleza, doenças, falta de cuidados etc. (HALAL, 2001). A densidade capilar é maior em jovens adultos e menor nas mulheres, diminuindo após os cinquenta anos de idade. Em geral, ela aumenta durante a gravidez e volta ao normal poucos meses depois do parto (HALAL, 2001).
Preste atenção !!!!
A densidade do cabelo do seu cliente pode proporcionar informações importantes sobre as condições de saúde do couro cabeludo (HALAL, 2001).
Textura capilar
A textura está relacionada ao diâmetro do fio, classificada em fina, média e grossa, e é determinada geneticamente. O cabelo fino é mais frágil e requer maiores cuidados. Num cabelo grosso é mais difícil os produtos químicos penetrarem no córtex, portanto é mais difícil o clareamento, a coloração ou a solução para permanente penetrar no cabelo grosso.
Uma análise adequada dos fios de cabelos, avaliando a densidade e a textura dos fios pode trazer informações valiosas quanto aos produtos cosméticos e a química que pode ou não ser utilizada, pense nisso!!!
PRODUTOS CAPILARES: SHAMPOOS E CONDICIONADORES
XAMPU
São produtos que se destinam à limpeza e consequentemente higiene e embelezamento dos cabelos e couro cabeludo. Deve remover o sebo, componentes do suor, estrato córneo descamado, restos de produtos cosméticos como, tintura, fixadores, creme sem enxágue e poeira ambiental,que são depositados sobre os fios. É muito simples a formulação de um shampoo apenas para remover a poeira, mas a remoção de todo sebo acaba deixando o cabelo com aspecto de áspero ao toque, sujeito a eletricidade estática, sendo mais difícil de arrumar. Por esse motivo, os consumidores desejam shampoo que não apenas limpe, mas também que embeleze, essa demanda conduziu o mercado de cosméticos capilar a criar uma grande variedade de fórmulas de xampus (KOHLER, 2011 apud KOHLER 2011).
Os xampus funcionam usando detergentes também conhecidos como surfactantes, que são tanto lipofílicos quanto hidrofílicos. O componente lipofílico adere à gordura, e o componente hidrofílico permite que a água lave a gordura (DRAELOS, 1999 apud KOHLER 2011).
CONDICIONADORES
Os condicionadores capilares são emulsões (cremes) capilares, o material base destes produtos é normalmente um tensoativo catiônico ou de natureza quaternária, o que lhe confere aderência ao cabelo. No condicionamento, o cabelo fica suave e macio, com redução do efeito estático esvoaçante. Isso se deve à interação da carga positiva do tensoativo catiônico com a carga negativa sobre a fibra capilar, deixada pelos tensoativos aniônicos (detergentes) do xampu ou por danos da própria estrutura das proteínas do cabelo.
As cargas negativas provenientes dos surfactantes aniônicos dos xampus são neutralizadas pelas cargas positivas provenientes normalmente de um sal quaternário de amônio presente nos condicionadores, diminuindo o efeito estático nos cabelos e facilitando o pentear (ROMANOWSK; SCHUELLER, 2001 apud KOHLER 2011).
Um xampu e condicionador deve apresentar pH levemente ácido ou neutro,  pois sua ação será somente de limpeza, assim como o condicionador de pH neutro, que só amolece os cabelos. Produtos de pH alcalinos atravessam a cutícula e agem diretamente no córtex, reagindo com a queratina, quebrando as estruturas do cabelo. Produtos de pH muito baixos abaixo de 3,5 desencadeiam reações que mudam a estrutura da queratina, podendo ocorrer danos no cabelo.
Links
Acesse o link http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQZP_A19hrN3DBt0xT8noCCrEO8llNmw10r2oi2TQ28uXPmv62Cow e veja a imagem referente ao texto.
COMO ESCOLHER OS PRODUTOS CERTOS?
É válido ficar atento às informações da embalagem, para identificar os melhores produtos para cada tipo de cabelo. Geralmente os cabelos oleosos ou mistos devem ser lavados diariamente. Já os fios normais podem ser enxaguados a cada dois dias, enquanto fios secos devem ser lavados em intervalos iguais ou superiores a três dias. Mas se você já passou por um procedimento químico, deve usar dois tipos de produto alternadamente, durante o banho: um para o seu tipo natural de cabelo e outro para fios quimicamente tratados (MANUAL..., 2013).
Dicas
A quantidade de xampu a ser utilizada deve ser equivalente a necessidade para remover a sujeira acumulada.
O xampu desestabiliza o fio eletrostaticamente, devemos evitar aplicá-lo no comprimento e nas pontas dos cabelos. Ao remover o produto, ele naturalmente passa por toda a extensão do fio, e isso é suficiente para que essa área seja limpa.
Se o cabelo estiver muito oleoso, é importante usar água morna para ajudar a remover a gordura.
O condicionador tem a função de desembaraçar e também deve ser enxaguado após o uso.
Condicionadores podem ser usados no comprimento e nas pontas dos fios, com exceção da raiz.
Antes de aplicar o condicionador é importante retirar o excesso de água das madeixas, com a ajuda de uma toalha. Quando o cabelo está completamente molhado, o condicionador escorrega e não consegue penetrar no fio como precisa (MANUAL..., 2013).
PRODUTOS CAPILARES - ALISANTES
Os tipos de alisamentos podem ser classificados de acordo com as suas formulações. As substâncias químicas presentes em alisantes são: hidróxido de sódio (o mais eficiente, mas também o mais agressivo aos cabelos); hidróxido de guanidina (que está numa posição intermediária, tanto em relação à eficiência quanto a possíveis danos); o tioglicolato de amônio, um sal do ácido tioglicólico (o menos nocivo aos fios, mas também o que menos alisa); e o formaldeído (PINHEIRO, 2009 apud KOHLER, 2011 ).
O formol é uma solução de formaldeído, matéria-prima com uso permitido em cosméticos nas funções de conservante e de acordo com a resolução 162/01 da ANVISA, a concentração máxima permitida do formol em cosméticos é de 0,2% e do glutaraldeído é de 0,1% (KOHLER, 2011 ).
Em geral, esses consumidores não conhecem as consequências do uso inadequado desses compostos no cabelo, porque não tem curiosidade ou porque o profissional não tem conhecimento suficiente para explicar sua composição. O uso de formaldeído e glutaraldeído em alisantes resultam em graves riscos à saúde, tais como: irritação, dor e queimadura na pele, ferimentos nas vias respiratórias e danos irreversíveis aos olhos e aos cabelos. Pois, se eles forem utilizados em concentrações maiores do que o padrão aprovado pela ANVISA é prejudicial à saúde (KOHLER, 2011 ).
O que acontece com as ligações químicas naturais do fio de cabelo quando são utilizados produtos alisantes?
É muito importante que o profissional de estética tenha noção da alteração química que estes produtos causam nos fios, avaliando quais são os procedimentos adequados e que podem ser realizados levando em consideração as características que revelam a integridade e saúde dos cabelos do seu cliente e os efeitos adversos que podem ocorrer.
No processo de alisamento com tioglicolato de amônio, inicialmente, aplica-se no cabelo uma loção contendo ácido tioglicólico, que é um agente redutor. Esse ácido quebra as pontes dissulfídicas reduzindo-as a grupos – SH, separando as cadeias de aminoácidos que formam a queratina.
Antes do processo C-1 de uma fita (cadeia B) estava ligado ao C-2 da outra por meio das ligações (C1-S-S-C2) (KOHLER, 2011 ).
Estrutura representando as ligações de dissulfeto em cabelo cacheado
Fonte: köhler (2011)
Em seguida, os cabelos são esticados por meio de trações mecânicas (secador e chapinha), dando-lhes um formato liso.
Estrutura representando as ligações de dissulfeto rompidas após o processo de ação mecânica do secador e chapinha
Fonte: Köhler (2011)
Um agente oxidante, peróxido de hidrogênio (H2O2), é aplicado sobre o cabelo onde acontecerá a regeneração das ligações de dissulfeto, turação (C-1-S-S-C1) (KOHLER, 2011 )..
Estrutura representando as ligações de dissulfeto reestruturadas após a ação do agente oxidante
Fonte: Köhler (2011)
Esse processo deve ser repetido periodicamente quando se desejar manter o efeito, conforme o crescimento do cabelo, pois na raiz os fios mantêm as ligações químicas originais.
No esquema a seguir, vamos observar as reações químicas que ocorrem num alisamento com formol: na primeira etapa ocorre à redução do dissulfeto, que pode ser feita pela ação do ácido tioglicólico em uma solução de amônia, esta etapa nos salões de beleza é chamada de relaxante. A seguir,numa etapa que os cabeleireiros chamam de neutralizante, os grupos SH reagem com o formol formando ligações covalentes fortes (-S-C-). (KOHLER, 2011 ).
Fonte: Köhler (2011)
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