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Por: Vivian Bentes Professora: Cíntia AMALGAMA DENTAL Material restaurador direto - amalgama de prata Amálgama Bom condutor elétrico e térmico; Composto de metal; Caiu em desuso; Um dos materiais restauradores mais antigos; Contém mercúrio na sua composição, mas estudos indicam que a quantidade presente é muito baixa e os cuidados que se tem fazem com que diminua o risco de contaminação; Desvantagens estética, o que fez ele cair em desuso; Tem longevidade clínica muito alta; Bom vedamento marginal, que é melhorado com tempo; Praticidade na manipulação e emprego O amalgama nada mais é que uma liga metálica e mercúrio. A liga é uma mistura de dois ou mais metais, a adição de metais se faz para obter melhoria nas características e na qualidade da mesma. Exemplo: Aço = ferro + carbono Aço em exposição com tempo oficina evolução Aço inoxidável = ferro + carbono + cromo História do amálgama Surgiu em 1908 e logo no início o amalgama tinha na sua constituição prata + estanho em mistura com mercúrio (metal em forma de liquida) com o passar do tempo ocorreram modificações no uso de tais metais. Em 1920 a ADA (Associação Dentária Americana) começou a padronizar os metais odontológicos. Especificação número 1 - amalgama ADA - específica que toda liga de amálgama deve conter: Prata; Estanho; Cobre; Zinco. Limalha Inicialmente as partículas tiveram forma de limalha. Para se obter a liga, os metais (prata, estanho, cobre e zinco) são levados a alta temperatura e entram fusão/ fundição/ microfusão (ato de derreter o metal), então formam-se várias barras, tais barras passam por um processo de moagem, depois passom também por alguns tratamentos, como o tratamento ácido para que melhore a reatividade em contato com o mercúrio. A partícula em forma de limagem tem maior resistência à condensação e exige maior quantidade de mercúrio porque as partículas são maiores. Esferoidal Partículas em forma esferoidal (remete a piscina de bolinha): menor resistência à condensação e requer menor quantidade de mercúrio, melhor contorno na junção do material restaurador com o dente. Retornando ao conceito de que o metal e a quantidade de tal metal que será usado para fazer a liga determina a qualidade e as características da mesma, observou-se que o amalgama que tinha até 6% de cobre era um amálgama que sofria bastante corrosão, pois aparece muito na fase γ₂ e isso torna menos resistente o amalgama. Então os pesquisadores criaram um amalgama que tinha maior resistência e menor corrosão. Esse amálgama contém partículas em forma de esfera e limalha, aumentou- se também o conteúdo de cobre. Classificações O amalgama pode ser classificado conforme o tipo de partículas Limalha Esfera Mista O amálgama pode ser classificado conforme a quantidade de cobre Alto conteúdo de cobre (≥ 6% de cobre) Baixo conteúdo de cobre (≤ 6% de cobre) Hoje é pouco utilizada a liga com o baixo conteúdo de cobre, pois tem alta corrosão. Reações da prata estanho com o mercúrio Quando a prata e estranho reagem com mercúrio promovem a cristalização do amálgama, onde se passa pelas fases γ, γ1 e γ₂ A prata tem maior afinidade reatividade solubilidade com mercúrio do que o estanho. 1. Fase gama prata + estanho; 2. Fase γ1: prata + mercúrio 3. Fase γ₂: estanho + mercúrio A fase γ₂ é frágil, não é desejável ter na liga, pois a torna muito corrosível e mais propensa a sofrer fraturas, então para resolver a problemática que foi criada a liga com alto conteúdo de cobre. O Cobre reage mais rápido com estanho que o mercúrio, diminuindo a aparição da fase γ₂. Estanho + cobre = fase eta ou episilon ε A fase episilon ε é a mais resistente Logo o cobre na liga proporciona a diminuição da fase γ₂, o que causa a diminuição da corrosão, escoamento do material e aumenta a resistência. Piores defeitos da corrosão Manchamento nas margens da restauração Está relacionada com a fase γ₂ Não é totalmente maléfico tá corrosão fase γ₂ Observação: não é totalmente ter corrosão fase γ₂, pois o amalgama não tem retenção mecânica na cavidade, para ele ficar retido na cavidade é necessário fazer preparo retentivo, caso contrário quando ele está em cavidades expulsivas quando um dente restaurado é posto em atividade mastigatórias o amálgama sai da cavidade. Então a corrosão provoca essa adesão mecânica. A corrosão também leva ao vedamento dos túbulos dentinários, o que e benéfico, pois assim impedirá a passagem de bactérias a polpa. Malefícios em se utilizar o amálgama É que para utilização de materiais retentivos, às vezes, se faz necessária a remoção de estruturas dentais saudáveis. O zinco no amálgama É benéfico quando em ate 0,01% no amálgama, pois se em maiores concentrações pode acontecer a expansão tardia do amálgama, se em contato com a umidade. Acontece da seguinte forma: O zinco em contato com água reage e forma o óxido de zinco e libera o hidrogênio e a pessoa tem a impressão que o dente cresceu. Mas caso a liga tenha mais que 0,01% de zinco e não entre em contato com a umidade, não ocorre a expansão tardia do amálgama. Escoamento e creep Quanto maior a quantidade de Matriz γ1 e principalmente γ₂, maior será o creep. O creep acontece quando há uma aplicação de força constante que causa deformação. Apresentação comercial Início: liga + mercúrio Agora: amálgama em cápsula Material de pesagem Balança de Groudon: utilizada para pesar a liga e o mercúrio Amalgamador volumétrico: colocada a quantidade de liga e mercúrio e se fazia a trituração Desvantagem: partículas menores vão para o fundo e não acontece a proporção adequada de mercúrio para a liga. Forma encapsulada: dosagem correta; não há contato direto com mercúrio diminuindo a chance de contaminação. Desvantagens: custo, impossibilidade de pequenos ajustes. Cápsula - por estrutura para a trituração Ativa se acaso e coloca no amalgamador Atrito é a manipulação do amálgama. Massa plástica e trabalhável, o atrito permite a remoção de óxido da superfície da cápsula, facilitando com que o mercúrio reaja com a liga. Tempo de trituração Existe um tempo limite de trituração que é em torno de 8 minutos, pois se caso fique menos tempo tem uma mistura sub triturada, caso fique mais tempo uma mistura super triturada, ocasionando perca de propriedades da liga. Sub triturada: areia molhada, diminuição do tempo de trabalho, aumento da degradação da margem e corrosão. Triturada: massa plástica, trabalhável, tempo de trabalho bom. Super triturado: extremamente plástica; tempo de trabalho normal, mas há aumento do escoamento ou creep; resistência normal, mas há alta corrosão Etapas do amálgama 1. Trituração: feita no amalgamador 2. Inserção na cavidade: utiliza-se o porta amálgama Trituração da amálgama -> amálgama triturado -> pote dappen -> porta amálgama -> Inserir na cavidade 3. Condensação na cavidade: condensar em pequenas camadas com o auxílio dos condensadores, comprimindo na cavidade O que é condensação? O ato de unir intimamente as partículas Quando se comprime o amalgama, o mercúrio emerge possibilitando fazer outra camada e assim sucessivamente. A condensação diminui o surgimento de poros e possibilita a remoção do mercúrio em excesso. Obs: Na de forma esférica não é necessário fazer muita pressão Observação quanto menor a área maior a tensão 4. Brunidura pré-escultura: serve para adaptar melhor a escultura Remoção do excesso de mercúrio e melhor adaptação marginal Não substitui uma boa condensação. 5. Escultura: utiliza-se rollembeck para fazer as estruturas anatômicas dentais Dependendodo amálgama a escultura pode começar 2 a 3 minutos após a mistura e terminar após a massa se tornar rígida 6. Brunidura pós-escultura: diminui a porosidade Obtém-se uma superfície mais rígida e melhora na adaptação marginal 7. Acabamento e polimento: é realizado pelo menos 24 depois. Acabamento realizado com pontas luminadas Polimento é feito com taças Esses processos diminuem a rugosidade superficial, aumenta resistência à corrosão Há diminuição da retenção de placa bacteriana Regulariza as margens de restauração Sequência 1 Trituração 2 Inserção na cavidade 3 Condensação na cavidade b 4 Brunidura pre-escultura 5 Escultura 6 Brunidura pós-escultura 7 Acabamento e polimento Confecção do amálgama na cavidade Muito profunda Forramento – ex: hidróxido de cálcio Base – ex ionômero de vidro Material restaurador – ex: amalgama Média Base - ex ionômero de vidro Material restaurador - ex: amalgama Rasa Material restaurador - ex: amalgama
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