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ODONTOGÊNESE

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ODONTOGÊNESE
A premissa básica que deve ser considerada é que todos os tecidos são compostos por célula, ou seja, todo tecido tem ou já teve célula. Quais são as células que estão envolvidas na formação dos dentes? De onde vem essas células? As células envolvidas na formação do aparelho odontogênico são de suas linhagens: primeira: células epiteliais derivadas do folheto germinativo ECTODERMA essas células epiteliais de origem ectodérmica irão formar o esmalte dentário, o esmalte dentário é o ÚNICO tecido duro do corpo humano de origem epitelial, os demais são de natureza conjuntiva, e o esmalte dentário é o tecido mais duro do corpo humano. O segundo grupo de células que tem envolvimento na formação do aparelho odontogênico são as células ECTOMESENQUIMAIS derivadas da crista neural.
Origem as células ectomesenquimais: temos vários tipos de tecido conjuntivo e todos esses tipos de tecido conjuntivo são originados de um tipo de tecido conjuntivo embrionário comum: mesenquima que é derivado do folheto germinativo mesoderma, o mesenquima é pluripotente e pode formar vários tipos de células, logo se deseja formar osso, as células do mesenquima irão se diferencias em osteoclastos, se deseja formar cartilagens as células do mesenquima irão se diferencias em condroblastos, se deseja formar tecido conjuntivo as células do mesenquima irão se diferenciar em fibroblastos. Então o mesenquima tem a capacidade da pluripotência que pode formar vários tipos de tecido conjuntivo. 
Afirma-se que todos os tecidos de natureza conjuntiva do corpo humano derivam do mesenquima, mas temos uma área de exceção que é a região de cabeça e pescoço incluindo os tecidos do dente, esses são formados a partir do ECTOMESENQUIMA.
As células ectomesenquimais são oriundas da crista neural, essas células formam o sistema nervoso periférico, as células da crista neural são de origem ECTODERMICA, mas na região de cabeça e pescoço essas células de origem ectodérmica desempenham função de mesenquima que é produzir tecido conjuntivo. Isso só existe na região de cabeça e pescoço incluindo os tecidos do dente.
Dentina, polpa, cemento, ligamento periodontal e osso alveolar são de origem ectomesenquimais, O esmalte é de origem puramente epitelial. Deste modo temos duas linhagens de células envolvidas na formação dos tecidos dentários: as células epiteliais derivadas diretamente do ectoderma e as células ectomesenquimais oriundas da crista neural. Cemento, ligamento periodontal e osso alveolar, constituem o periodonto de sustentação. 
Fenômenos biológicos: Crescimento diferenciado: todo embrião está crescendo, mas em algum ponto as células crescem de forma mais acelerada. 
Migração de células: Os tecidos do corpo humano crescem de duas maneiras: proliferação ou migração. A migração de células é um deslocamento de células de um ponto para o outro, exemplo: as células da crista neural migram para a região de cabeça e pescoço e lá se transformam em células ectomesenquimais.
Indução: Quando uma estrutura indutora age sobre uma estrutura receptora, ou seja, possui um indutor e um induzido (receptor).
Temos o fenômeno do crescimento diferenciado que resulta no desenvolvimento do embrião onde tem-se uma cavidade chamada de estomodeo ou cavidade bucal primitiva, neste momento os processos faciais (maxilares, nasais, mandibulares, frontal) já estão presentes em volta desta cavidade. Esta cavidade é revertida por epitélio oral e logo abaixo deste epitélio tem-se o tecido conjuntivo da região de cabeça e pescoço que é o ECTOMESENQUIMA. Pela primeira vez ocorre o fenômeno da indução, as células ectomesenquimais induzem as células epiteliais, neste momento as células ectomesenquimais induzem as células do epitélio da boca que são receptoras, essas células do epitélio da boca respondem ao estimulo indutor, proliferando para dentro do ectomesenquima, ao proliferarem estas células formam uma faixa/ banda conhecida como banda epitelial primaria. Então essa banda epitelial primaria está em toda extensão dos futuros arcos dentários, logo, teve uma indução generalizada, o ectomesenquima induziu o epitélio e todo futuro arco dentário cresceu em direção ao ectomesenquima, tanto na inferior quanto na superior, ainda não há separação entre a boca e o nariz, a cavidade nasal e bucal são únicas, a língua parte do teto da cavidade nasal durante esse estágio, depois desce, isso se deve ao fato dos processos palatinos ainda não estarem formados. Chega um momento em que a banda epitelial primaria sofre o processo de segmentação/divisão, em duas partes/segmentos, um voltado para vestibular chamado lâmina vestibular, e o outro voltado para o interior da cavidade bucal, se for na arcada superior vai está voltado para palatino chamado lamina dentaria, a partir desta lamina os dentes serão originados, se for na inferior será voltado para lingual. A lamina vestibular vai formar uma estrutura anatômica chamada de sulco vestibular. Como uma lamina que é uma estrutura solida se forma em uma estrutura sulcular (sulco)? Devido a apoptose ou morte celular programada, as células da lamina vestibular trazem no seu código genético a programação de que elas irão morrer. 
A lamina dentaria está inserida no interior do ectomesenquima e mais uma vez ocorre o fenômeno da indução, mas diferente da primeira vez, o evento não será generalizado, teremos uma indução do ectomesenquima sobre a lamina dentaria só que está indução é focal, ou seja, teremos focos de indução, esses pontos onde ectomesenquima induz a lamina dentaria se chama nichos de indução, considerando que o homem é um animal difiodonte, ou seja, tem duas dentições(decídua e permanente), no primeiro momento vai haver dez nichos de indução para cada arcada que corresponde aos vinte dentes decíduos. Esse epitélio prolifera em direção ao ectomesenquima, ao longo desse processo de crescimento esse epitélio da lamina dentaria muda o formato, ao mudar de forma o epitélio da lamina dentaria chama-se estágio de desenvolvimento do dente, não são de natureza cronológica, são de natureza morfológica, o que define o estágio é a forma da estrutura epitelial. Assim temos os estágios de: broto ou botão, capuz ou casquete, sino ou campânula. 
Quando a estrutura epitelial tem formato de botão/ arredondado corresponde a fase de broto ou botão. 
Existe uma condensação das células ectomesenquimais em volta do broto, logo, as células ectomesenquimais estão respondendo a penetração das células epiteliais, criando assim uma espécie de campo de força, as células epiteliais crescem para baixo e as células ectomesenquimais condensam, essa condensação é em resposta ao crescimento para dentro do ectomesenquima das células epiteliais, e assim surge o campo de força, frente a esse campo de força as células epiteliais mudam o seu centro de crescimento, que sai da região central e se desloca para a lateral, neste momento devido a esse deslocamento para a lateral a estrutura epitelial muda seu formato, deixa de ter formato de broto ou botão e passa a ter formato de capuz ou casquete, sabe-se que o epitélio vai formar o esmalte dentário, e este tem um segmento da estrutura epitelial que é voltada para a boca, esse segmento chama-se epitélio externo do órgão do esmalte porque a boca é uma estrutura externa, e além desse tem outro segmento que é voltado para dentro da boca chamado epitélio interno do órgão do esmalte, esse epitélio interno se encontra com o externo em uma estrutura com formato de alça chamada de alça cervical, nessa alça cervical termina o esmalte dentário, o terço da coroa quando termina o esmalte se chama esmalte cervical, o terço da raiz, onde começa a raiz também se chama terço cervical, ou seja aqui termina a coroa do dente/ esmalte dentário. Entre o epitélio interno e externo tem-se um espaço está preenchido por uma população de células que se estruturam em uma rede e apresentam projeções que lembram uma estrela, essa célula se chama reticulo estrelado. Quando o órgão do esmalte desvio seu centro de crescimento formou-se uma cavidadepreenchida por células ectomesenquimais chamadas papila dentaria esta papila formara o complexo dentina-polpa. A polpa é tecido mole e a dentina tecido duro, dois tecidos de estruturas diferentes, porem de mesma origem e que dividem a mesma célula que neste caso é o odontoblasto. Todo conjunto (complexo dentina-polpa) esta circunscrito por uma faixa de ectomesenquima esse tecido circunscrito se chama saco dentário que vai formar o periodonto de sustentação que é composto pelo cemento, ligamento periodontal e osso alveolar, assim tem os três elementos básicos do germe dentário para formar os tecidos, ou seja órgão do esmalte para formar esmalte, papila dentaria para formar o completo dentina polpa e o saco dentário para formar o periodonto de sustentação. A estrutura epitelial continua a crescer a cavidade se aprofunda e muda de forma, e passa para o estágio de sino ou campanula, neste estágio terão todos elementos presentes do estágio de capuz ou casquete, além desses é uma camada de células que se coloca no meio do epitélio interno e o reticulo estrelado, essa camada se chama camada/extrato intermediário, a função dele é secretar a fosfatáse alcalina que é essencial para o processo de mineralização do esmalte dentário. Tudo isso se aplica aos dentes decíduos. Mas quando vai se iniciar o processo de mineralização do germe do dente decíduo a lamina dentaria vai ser cortada/invadida pelo ectomesenquima, ou seja, a lamina dentaria vai desaparecer e passa a ser uma estrutura embrionária, pois tudo que desaparece se chama estrutura embrionária. Inicia a mineralização do germe do dente decíduo, corta a lamina dentaria, o órgão do esmalte pega um vínculo com o epitélio que ele originou, ou seja, epitélio da boca, antes de ser cortada a lamina dentaria emite uma projeção para lingual ou palatina, essa projeção vai formar os dentes permanentes que vão suceder os decíduos, essa lamina dentaria que vai formar os dentes permanentes se chama lamina sucessora e os dentes permanentes que irão suceder os decíduos são: de segundo pré-molar a segundo pré-molar porque os molares permanentes não sucedem nenhum. A lamina dentaria principal do segundo molar decíduo ao invés de emitir uma projeção para lingual ou palatina emite duas projeções uma para lingual ou palatina que vai formar o segundo pré-molar e outra projeção para distal no sentido distal onde se formarão os molares permanentes, a essa lamina se chama lamina acessória. Assim tem-se três tipos de lamina dentaria, a lamina dentaria principal que forma os dentes decíduos, a lamina sucessora que forma os dentes permanentes e a lamina acessória que forma os molares permanentes. Tudo pronto, vai se iniciar o processo de mineralização do decíduo a lamina dentaria vai ser cortada, desaparecer e se tornar estrutura embrionária e como toda estrutura embrionária, a lamina dentaria deixa restos que podem permanecer quietos para o resto da vida ou sofrerem transformação cística ou neoplásica esses restos se chamam restos de serres.

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