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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA - PARFOR
DANIELA CANEDO DANTAS E SILVA
O COMPROMETIMENTO ÉTICO NA ATUAÇÃO DE 
PROFESSORES DA SEDF
BRASÍLIA/DF
2016
DANIELA CANEDO DANTAS E SILVA
O COMPROMETIMENTO ÉTICO NA ATUAÇÃO DE 
PROFESSORES DA SEDF
Trabalho de conclusão de curso (TCC) apresentado à Banca Examinadora do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade de Brasília – UnB - PARFOR como requisito parcial para obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia. Sob a orientação da Prof.ª Drª Maria Isabel Nascimento Ledes.
Brasília/DF
2016
RESUMO
No meio acadêmico muito se discute sobre a importância de se ter um compromisso ético no ambiente de trabalho, compromisso este que poderá ou não definir o sucesso profissional. O comprometimento ético do professor raramente é objeto de discussão, vale destacar que os professores não possuem um código de ética que regulamente suas atividades. Diante de tais questionamentos optou-se por neste estudo buscar investigar e discutir o compromisso ético demonstrado por professores da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEDF), além de possibilitar uma reflexão da importância da profissão docente e sua prática pedagógica, da autonomia docente, do professor como servidor público, da ética e da avaliação docente em busca da melhoria qualidade profissional e de ensino, tendo em vista que a prática pedagógica e a ética do professor, bem como as virtudes que o docente deve ter como comportamento ético, devem estar adequadas a um modelo de educação na sociedade, observando que tais aspectos podem influenciar para a promoção de uma educação de qualidade. A metodologia adotada foi a pesquisa qualitativa, onde foram utilizados como instrumentos de pesquisa o questionário e a observação participante, que possibilitaram conclusões bastante pertinentes em relação aos objetivos pré-estabelecidos. O resultado das análises nos mostrou que em sua maioria parte dos profissionais da educação conhecem os principais princípios da ética profissional, mas não agem em conformidade com os mesmos, sendo que os pais defendem que cabe aos professores a tarefa de auxiliar no conhecimento do aluno. 
PALAVRAS-CHAVE: ética, comprometimento ético, profissionais da educação.
ABSTRACT 
In academia there is much discussion about the importance of having an ethical commitment in the workplace, a compromise which may or may not define professional success. The ethical commitment of the teacher is rarely the subject of discussion, it is worth noting that teachers do not have a code of ethics governing their activities. Faced with such questions was chosen by this study seek to investigate and discuss the ethical commitment shown by teachers of the Federal District Education Secretariat (SEDF), besides enabling a reflection of the importance of the teaching profession and their practice, teaching autonomy, teacher as a public servant, ethics and teacher assessment seeking to improve professional quality and teaching, with a view to teaching practice and ethics teacher, and the virtues that teachers should have the ethical behavior should be appropriate to a model of education in society, noting that such aspects may influence to promote quality education. The methodology was the qualitative research, which were used as research instruments the questionnaire and participant observation, which allowed very relevant conclusions in relation to pre-established goals. The test results showed us that for the most part of education professionals know the main principles of professional ethics, but do not act in accordance with them, and the parents argue that it is up to teachers to assist task the student's knowledge.
KEYWORDS: ethics, ethical commitment, education professionals.
INTRODUÇÃO
Há muita discussão em torno da importância de se ter um compromisso ético no ambiente de trabalho, compromisso este que poderá ou não definir o sucesso profissional. A ética é um compromisso social (VASCONCELOS; 2013, p. 1) sendo que se fundamenta em alguns princípios: justiça; igualdade de direitos; dignidade da pessoa humana; cidadania plena; solidariedade; responsabilidade e fidelidade. 
Com efeito, é imprescindível que o profissional da educação, esteja sempre bem informado, acompanhando não apenas as mudanças nos conhecimentos técnicos da sua área profissional, mas também nos aspectos legais e normativos. Ao fazermos uma análise do processo educativo, é possível notar como um de seus principais desafios, a formação de cidadãos críticos que sejam capazes de atuar na sociedade como sujeitos de sua própria história, analisando e transformando sua realidade social. Nesse sentido, a escola e principalmente o professor, podem ser vistos como os responsáveis por possibilitar e mediar à construção de competências e habilidades nos indivíduos de forma que atuem na sociedade, reconhecendo os efeitos do conhecimento cientifico no seu cotidiano e os seus impactos para a coletividade.
No Distrito Federal (DF) é possível observar as vantagens do serviço público como um atrativo para o ingresso na carreira docente. O salário inicial, a estabilidade, o plano de carreira dos professores, licenças remuneradas, abonos, adicionais, gratificações e aposentadoria com remuneração podem atrair pessoas com diferentes habilidades e interesses para o trabalho docente, A partir desse ponto de vista, o desafio de formar cidadãos críticos pode ser colocado em risco, uma vez que o servidor público pode não se enxergar como um promotor de transformação e cidadania e não apresentar um compromisso ético em seu ambiente de trabalho, ou seja, ajudar a formar gerentes de informação e não meros acumuladores de dados, dando ênfase ao desenvolvimento das habilidades de seus alunos, propiciando assim uma educação de qualidade aos mesmos. É primordial que os professores tenham a responsabilidade de fomentar a confiança da comunidade na qualidade dos serviços que se espera que ofereçam todos os que trabalham nesta importante tarefa.
Durante minha trajetória profissional enquanto docente atuei como regente em algumas escolas públicas da rede ensino do DF e pude observar os discursos de alguns profissionais da educação que afirmavam categoricamente que estavam nesta função simplesmente pelo salário e as vantagens do serviço público ou do que adiantava ensinar determinados conteúdos aos alunos se os mesmos, pela realidade na qual estavam inseridos não iriam se utilizar deles, etc. Outros colegas se diziam infelizes e desmotivados; alguns se preparavam para concursos pretendo abandonar a docência. 
Diante disto pus me a refletir sobre como estes aspectos podem influenciar na qualidade de ensino e se realmente existe um comprometimento ético dos educadores em relação às suas funções. Este trabalho poderá levar-me por meio da pesquisa a compreensão de algumas fases deste processo da inserção na carreira do magistério correlacionada com a ética profissional dos educadores. 
O presente estudo tem como principal objetivo investigar e discutir o compromisso ético demonstrado por professores da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEDF), além de possibilitar uma reflexão da importância da profissão docente e sua prática pedagógica, da autonomia docente, do professor como servidor público, da ética e da avaliação docente em busca da melhoria qualidade profissional e de ensino, tendo em vista que a prática pedagógica e a ética do professor, bem como as virtudes que o docente deve ter como comportamento ético, devem estar adequadas a um modelo de educação na sociedade. 
UM SENTIDO PARA A ÉTICA
Para desenvolver um estudo sobre o comprometimento ético dos professores, primeiramente é de fundamental importância que se determine o que se entende por ética. “Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. A palavra ética é derivada do grego, e significa aquilo
que pertence ao caráter” (THILOCA, 2010, p. 3). Vale salientar que em um sentido menos filosófico e mais prático podemos compreender um pouco melhor esse conceito examinando certas condutas do nosso dia a dia, quando nos referimos, por exemplo, ao comportamento de alguns profissionais. 
	Cumpre-nos dizer que ética e moral são temas relacionados, mas diferentes, porque a moral se fundamenta na obediência a normas, costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos e a ética, busca fundamentar o modo de viver pelo pensamento humano. No decorrer da história do pensamento a ética se tornou cada vez mais um assunto rico, complexo e abrangente.
	Aristóteles em seu livro intitulado "Ética a Nicômaco" define a ética como parte da política que precede a própria política, e está relacionada com o indivíduo, enquanto que a política retrata o homem na sua vertente social. A ética aristotélica inicia-se com o estabelecimento da noção de felicidade. Neste sentido, pode ser considerada uma ética eudemonista por buscar o que é o bem agir em escala humana, o agir segundo a virtude. 
A este propósito, percebe-se nitidamente que para a ética aristotélica o homem é dotado de razão e linguagem, bem como de paixões e inclinações. Outro fator de fundamental importância é que este grande filósofo elaborou um catálogo com doze virtudes éticas: coragem, temperança, liberalidade, magnificência, magnanimidade, equanimidade, placidez, amabilidade, veracidade, jovialidade, pudor e justiça. Elaborou a teoria da mediania para a aquisição destas virtudes.
A Ética de Immanuel Kant (1724 -1804) constitui uma notável expressão do pensamento ético moderno. Suas obras sobre ética caracterizam-se pela liberdade humana, pela dignidade do homem e do fato de que a obrigação moral deriva da razão. E assim, nos encontramos com uma escritura difícil e sistemática. Segundo Cameselle (2013):
A Ética de Kant é formal porque prescinde de elementos empíricos e funda-se de maneira exclusiva na razão; trata-se de uma ética estritamente racional. A tarefa da Ética consiste em fundamentar a moral; uma moral formada por uma série de normas, costumes e formas de vida que se apresentam como obrigatórias, e em Kant encontramos uma elaborada tentativa por fundamentar as obrigações morais do homem, em conceitos da razão pura que se expressa por médio de julgamentos analíticos e julgamentos sintéticos, nos diz Kant (p.6).
	Kant achava que a igualdade entre os homens era fundamental para o desenvolvimento de uma ética universal. Pode-se afirmar em razão disto que a influência do pensamento de Kant permanece até os dias atuais, sendo que podemos encontrar em diversas obras de pesquisadores da área traços da obra do filósofo.
	Max Weber (1905), pensador alemão do século XIX, por sua vez defendia que a ética não era simples, nem clara e nem acessível a todos. Naquela época protestantes, principalmente os calvinistas, sempre valorizaram eticamente muito mais o trabalho e a riqueza, enquanto os católicos davam um valor maior à abnegação, ao espírito de pobreza e ao sacrifício. E a diversidade simultânea não é a única: maiores são as variações de um século para outro. Percebe-se aqui nitidamente que a castidade e a pobreza eram os valores mais altos da escala ético-religiosa. È importante salientar que nesta época existia uma previsão para o fim do mundo, sendo assim explica-se que o ideal do homem cristão enaltecia o ideal do homem burguês. 
	Citaremos por fim Hegel (1770 – 1831) o qual defendia que o ideal ético estava em uma vida livre dentro de um Estado livre, um estado de Direito, que preservasse os direitos dos homens e lhes cobrasse seus deveres, onde a consciência moral e as leis do direito não estivessem nem separadas e nem em contradição. Podemos perceber aqui rasgos da perspectiva política de Aristóteles, mas pode-se afirmar também que os valores espirituais, éticos e religiosos foram se extinguindo dando lugar a ideologia.
	Na definição de Vazquez (2003):
A ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. Ou seja, é ciência de uma forma específica de comportamento humano. [...] Como ciência, a ética parte de certos tipos de fatos, visando descobrir lhes os princípios gerais. Neste sentido, embora parta de dados empíricos, isto é, da existência de um comportamento moral efetivo, não pode permanecer no nível de uma simples descrição ou registro dos mesmos, mas os transcendem com seus conceitos, hipóteses e teorias. Enquanto conhecimento científico, a ética deve aspirar à racionalidade e objetividade mais completas e, ao mesmo tempo, deve proporcionar conhecimentos sistemáticos, metódicos e, no limite do possível, comprováveis (p.23).
Por esta definição percebe-se que a ética não é a própria moral, mas a moral é o objeto de estudo da ética em caráter científico. Em conformidade com esta afirmação pode-se concluir que o estudo da ética não tem a intenção de estabelecer regras fechadas de como se comportar e sim criar uma ciência com princípios gerais voltados para a reflexão de um comportamento moral e, assim, saber agir em situações problemáticas.
Cabe-nos esclarecer que existem inúmeros pensadores importantes, principalmente na atualidade que consideram o estudo da ética de caráter fundamental, mas também extremamente difícil, pois o pensamento reflexivo e discursivo está menos preparado. Estes mesmos pensadores nos chamam a razão quando sugerem que em nosso dia a dia enquanto seres humanos sociais e emocionais devemos optar por: 
Adotar, como propunha Descartes, uma moral provisória, para cuidar primeiro das questões teóricas, resolvendo as questões práticas do jeito que der? Ou quem sabe seria melhor simplesmente ignorar as questões éticas, cuidando apenas dos assuntos técnicos, tais como: arranjar dinheiro, arranjar-se na vida, progredir na vida profissional, gozar o que for possível, conseguir força suficiente para dominar e não ser dominado... Ou quem sabe não seria melhor ainda simplesmente deixar-se levar pelo sistema e pelos acontecimentos? (WALLS, 1994, p.23).
	Tais questionamentos vêm de encontro ao problema apresentado nesta pesquisa: compreender o comprometimento ético na atuação de professores da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal. Em virtude do que foi mencionado somos levados a acreditar que a Ética já encontra a vivência moral vigente na sociedade, portanto não é ela quem estabelece os valores morais; ela apenas busca compreender seu núcleo conceitual, como ela surge, em que estado às atitudes morais são perpetradas, do ponto de vista pessoal e das circunstâncias objetivas, os princípios de onde partem os julgamentos de natureza moral, entre outros fatores teóricos, sendo que a ação humana é sempre fruto de uma escolha entre o correto e o incorreto, entre o que é bom e o que tangencia o mal. Mas saber o que pertence a uma margem e o que se encontra já no outro lado da fronteira depende do ponto de vista cultural que predomina em alguns povos e em certos momentos históricos.
A ÉTICA PROFISSIONAL
	Ser ético é agir dentro dos padrões convencionais, é proceder bem, é não prejudicar o próximo. Ser ético é cumprir os valores estabelecidos pela sociedade em que se vive. “A ética profissional é um conjunto de condutas técnicas e sociais exigidas por uma determinada classe aos membros que a ela são ligados.” (BORGES & MEDEIROS, 2007, p. 44). A obediência ao código de conduta identifica o profissional como ético e ele, por seu comportamento, alcança o reconhecimento dos demais membros da própria classe e da sociedade em geral.
O que se espera de um profissional ético? Sabemos que apesar de sermos seres individuais, nossas ações não refletem apenas no campo individual, mas sim no social. Como profissional o sujeito encontra-se inserido dentro de um sistema hierárquico onde terá que conviver com pessoas das mais diversas pluralidades e diversidades culturais, sendo assim deve observar e respeitar a ordem deste sistema, para que possa com ética ter sucesso enquanto
indivíduo.
	Segundo Sá (2001): 
Cada conjunto de profissionais deve seguir uma ordem que permita a evolução harmônica do trabalho de todos, a partir da conduta de cada um, através de uma tutela no trabalho que conduza à regulação do individualismo perante o coletivo (p. 110).
	É indiscutível que um profissional que trabalhe apenas para ter seu salário não tem a consciência de que sua atuação profissional faz parte de um sistema social, e que cada profissional atuante em um determinado ramo faz parte da construção de um bem comum. Torna-se primordial que este funcionário esteja comprometido com o que faz e assim traga contribuições positivas para suas organizações. 
	Atente-se para o fato de que segundo pesquisas a questão da ética no ambiente de trabalho está intimamente ligada aos conceitos de tarefa, carreira e vocação. Vejamos:
A Tarefa é algo que você cumpre em troca de um pagamento, sem procurar outras recompensas.
A carreira está vinculada a um investimento profissional mais profundo. Você trabalha pelo dinheiro, mas também pela ascensão e reconhecimento profissional.
E a vocação é o compromisso apaixonado pelo trabalho.
Diante destes conceitos cabe-nos questionar como um profissional visualiza seu trabalho? Ao responder a esta pergunta o mesmo poderá compreender que a partir do resultado verá refletido suas reais expectativas. 
	Com efeito, o comprometimento ético de um profissional deve fazer com que os outros o vejam como um profissional diferenciado e que esteja aberto à participação ou conivente com atos e ações reconhecidos pela sociedade como morais e lícitos. Este profissional deve ser comprometido e engajado em linhas consistentes de atividades. E é de responsabilidade deste profissional o seu sucesso ou não. Sobre isso Jacomino (2000) afirma que:
Hoje, mais do que nunca, a atitude dos profissionais em relação às questões éticas pode ser a diferença entre o seu sucesso e o seu fracasso. Basta um deslize, uma escorregadela, e pronto. A imagem do profissional ganha, no mercado, a mancha vermelha da desconfiança (p. 28).
	Levando-se em consideração esses aspectos entendemos que o profissional comprometido eticamente com sua profissão deve respeitar os valores do grupo no qual está inserido, deve ter conhecimento a respeito de assuntos técnicos da profissão, integridade no agir, deve respeitar seus pares e à própria classe, tendo certo grau de reserva com as informações em decorrência do seu exercício profissional. 
A ÉTICA DO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO
	Quando falamos sobre a profissão professor temos a convicção de que este profissional tende a ser um modelo, uma referência para seus alunos, sendo assim o mesmo deve atentar-se para a imagem que passa e quais os reais atributos de sua função. Muitas são as pesquisas de cunho acadêmico que buscam compreender como se forma a identidade deste profissional ao longo de sua trajetória. 
Para muitos estudiosos o professor comumente é visto como um produtor de “corpo de saberes e técnicas” e “um conjunto de normas e valores”. Alguns educadores baseiam suas práticas pedagógicas em paradigmas pré-estabelecidos e assim empobrecem suas ações, demonstrando assim não estarem comprometidos eticamente com o seu trabalho e, portanto, não promovem uma educação de qualidade aos seus alunos. Mas em contrapartida infelizmente o educador em muitos momentos é sobrecarregado por cobranças em relação a sua função. 
O professor é obrigado a lidar constantemente com diferentes aspectos inerentes ao processo de ensino aprendizagem, de cuidados com a infância, de higiene, de saúde, de administração escolar, de respeito e trabalho com os diferentes contextos sociais, econômicos e culturais, bem como com as diferentes estruturas familiares de hoje, tornando a profissão docente algo místico, reafirmando a convicção de que se espera muito deste profissional. Tais fatores fazem com que o docente torne-se muita das vezes desmotivado, pois tudo isso ocasiona a indefinição da real função do professor. 
	A prática pedagógica e a ética do docente, bem como as virtudes que o docente deve ter como comportamento ético, devem estar adequadas a um modelo de educação na sociedade. A educação tem papel importante no meio social, mas é necessário saber como atua a educação conforme sua concepção. Vale aqui destacar que muitas mudanças sociais ocorreram nos últimos tempos às quais influenciam a vida pessoal e profissional dos professores. 
Podemos afirmar que o educador frente ao cenário do sistema educacional sente-se perdido, ocasionando assim uma crise de identidade docente o que pode ser um fator determinante para que este profissional não tenha um comprometimento ético com sua profissão, além que outros problemas podem surgir ocasionados por esta crise e que irão refletir seriamente no ambiente de trabalho. Esteve in Nóvoa (1999) cita alguns destes problemas e defende como se tentar minimizá-los:
Desajustamento e insatisfação perante os problemas reais da prática; pedidos de transferência para fugir das situações problemas; inibição de envolvimento pessoal; desejo de abandono da profissão; absentismo laboral; esgotamento; estresse; ansiedade; auto depreciação; reações neuróticas; depressões. No que se refere à formação dos professores perante todas estas transformações e os problemas ocasionados por elas, é preciso identificarmos erros e incorporarmos novos modelos na formação inicial para evitar o aumento de profissionais da educação desajustados às demandas sociais, bem como articularmos estruturas de apoio aos professores (p. 97). 
	Em seu livro Pedagogia da Autonomia (2006) Paulo Freire exibe uma proposta de prática educativa permeada no compromisso e na responsabilidade do educador, pois: 
A relação em sala de aula, os limites da ética, do que é “ser ético”, do reconhecer um sujeito do outro lado e não um objeto dos interesses do docente é parte de uma complexidade em que o despreparo para exercer a função pode resultar em um verdadeiro desastre na tentativa de ser professor (JÚNIOR et al; 2009, p. 153).
	Nesta mesma obra Freire acentua a importância do comportamento ético do docente, relacionando os saberes propostos por ele e que são primordiais à prática pedagógica e a importância de que este profissional observe essas virtudes. Sobre a ética do profissional da educação Freire (2006) na introdução do tema nos diz que:
 Gostaria, por outro lado, de sublinhar a nós mesmos, professores e professoras, a nossa responsabilidade ética no exercício de nossa tarefa docente. Sublinhar esta responsabilidade igualmente àquelas e àqueles que se acham em formação para exercê-la. Este pequeno livro se encontra cortado ou permeado em sua totalidade pelo sentido da necessária eticidade que conota expressivamente a natureza da prática educativa, enquanto prática formadora. Educadores e educandos não podemos, na verdade, escapar à rigorosidade ética. Mas, é preciso deixar claro que a ética de que falo não é a ética menor, restrita, do mercado, que se curva obediente aos interesses do lucro... Falo, pelo contrário, da ética universal do ser humano. Da ética que condena o cinismo do discurso citado acima, que condena a exploração da força de trabalho do ser humano, que condena acusar por ouvir dizer, afirmar que alguém falou A sabendo que foi dito B, falsear a verdade, iludir o incauto, golpear o fraco e indefeso, soterrar o sonho e a utopia, prometer sabendo que não cumprirá a promessa, testemunhar mentirosamente, falar mal dos outros pelo gosto de falar mal. A ética de que falo é a que se sabe traída e negada nos comportamentos grosseiramente imorais como na perversão hipócrita da pureza em puritanismo. A ética de que falo é a que se sabe afrontada na manifestação discriminatória de raça, de gênero, de classe. É por esta ética inseparável da prática educativa, não importa se trabalhamos com crianças, jovens ou com adultos, que devemos lutar. E a melhor maneira de por ela lutar é vivê-la em nossa prática, é testemunhá-la, vivaz, aos educandos, em nossas relações
com eles... (p.15).
	Em consonância com as palavras de Freire podemos afirmar que a profissão de educador pode se beneficiar com o debate sobre os valores fundamentais da profissão. Assim, uma crescente consciencialização das normas e da ética da profissão pode contribuir para aumentar a satisfação profissional dos professores e de potenciar o seu prestígio e autoestima, aumentando o respeito que a sociedade sente por estes profissionais.
	Um profissional eticamente comprometido apesar das intempéries que venha a enfrentar deve ter em mente que ao assumir a profissão docente tem diversos compromissos entre os quais podemos citar: justificar a confiança em si depositada aumentando o respeito pela profissão e oferecendo aos seus alunos uma educação de qualidade; garantir que seu conhecimento profissional seja constantemente atualizado e aperfeiçoado; determinar a natureza e o formato de programas de formação contínua como expressão essencial do seu profissionalismo; divulgar toda a informação relevante aos seus alunos atuando como um agente transformador tendo em mente que não se pode isolar o conhecimento teórico da realidade social sua e de seus alunos; dispor de todos os esforços para promover a democracia e os direitos humanos através da educação. 
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, realizado com gestores, docentes e pais de alunos de uma Escola Pública do Distrito Federal, sendo 3 servidores da equipe gestora; 05 professores e 05 pais de alunos, totalizando 13 sujeitos participantes. A pesquisa foi desenvolvida através de entrevistas semiestruturadas na intenção de localizar a coesão ou diversidade do discurso dos sujeitos participantes em relação à concepção sobre o comprometimento ético dos profissionais da educação.
A escolha pela abordagem qualitativa se deu como meio metodológico mais adequado de coleta de dados de pesquisa para fins de obtenção dos resultados segundo o objetivo proposto. Conforme assegura Gaskell (2011):
A finalidade real da pesquisa qualitativa não é contar opiniões ou pessoas, mas, ao contrário, explorar o espectro de opiniões, as diferentes representações sobre o assunto em questão (p.68).
Portanto, a nossa finalidade aqui foi identificar os mais diversos “pontos de vista” que existem no imaginário dos gestores, docentes e pais sobre o tema do comprometimento ético do profissional da educação, sendo considerado irrelevante para nós os aspectos quantificadores e a intenção generalizante na interpretação de dados.
Uma vez que nosso estudo possui caráter qualitativo, não temos como objetivo quantificar as instituições ou os supervisores, docentes ou pais que partilham de uma dada opinião sobre o tema, mas, e somente, apresentar as perspectivas que emergem do social perante a discussão em questão através dos dados coletados em entrevistas semiestruturadas.
Dessa forma, surgiu a necessidade de restringir o grupo de análise, de forma que se obtivesse uma amostragem possível de ser estudada em profundidade. O número foi reduzido devido ao fato de encontrarmos pouca disposição dos sujeitos para participação deste estudo. 
Os sujeitos da pesquisa foram convidados a participar através de contato pessoal, por telefone e/ou endereço eletrônico. Os participantes foram devidamente esclarecidos quanto ao objetivo do estudo, seus riscos e benefícios e à metodologia utilizada. Aqueles que concordaram em participar da pesquisa assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Ao todo participaram deste estudo: 03 (três) profissionais da Equipe Gestora, 05 (cinco) docentes e 05 (pais).
A pesquisa foi realizada utilizando entrevistas semiestruturadas ( conforme apêndice) como instrumento de coleta de dados, que foram cuidadosamente registradas. As perguntas foram direcionadas ao docente seguindo um roteiro pré-formulado sobre suas percepções a respeito da concepção sobre ética e comprometimento ético dos profissionais da educação. As respostas integralmente coletadas nas entrevistas foram usadas para direcionar o desenvolvimento da pesquisa correlacionando as pontuações dos participantes entre si e com a literatura selecionada sobre o tema.
Optamos também por utilizar a observação participante a qual foi realizada em turmas de 2º e 3º ano, e também acompanhando o trabalho da equipe gestora semanalmente o que possibilitou-nos a oportunidade de unir o objeto ao seu contexto, contrapondo-se ao princípio de isolamento no qual fomos formados.
Vale salientar que:
A observação participante é uma das técnicas muito utilizada pelos pesquisadores que adotam a abordagem qualitativa e consiste na inserção do pesquisador no interior do grupo observado, tornando-se parte dele, interagindo por longos períodos com os sujeitos, buscando partilhar o seu cotidiano para sentir o que significa estar naquela situação (QUEIROZ, et al : 2007, p.3).
	
	Com o auxílio desta observação participante, tornou-se possível analisar a realidade social que rodeia os participantes, tentando captar os conflitos e tensões existentes e identificar grupos sociais que têm em si a sensibilidade e motivação para as mudanças necessárias.
ANÁLISE DOS DADOS
A interpretação dos dados coletados foi realizada através da metodologia de Análise de Conteúdo desenvolvida pela autora Laurence Bardin para pesquisa
qualitativa. Bardin (2011) compreende que:
A linguagem é uma ferramenta expressiva do indivíduo, a qual possibilita a realização de leitura exaustiva, interpretação maleável e execução de novas inferências ao conteúdo, capazes de apresentar evoluções no estabelecimento das hipóteses de pesquisa. Todas as etapas referentes ao processo de interpretação foram rigorosamente cumpridas, na tentativa de garantir a fidedignidade dos resultados em concordância com as afirmativas dos entrevistados (p.12).
	Demos seguimento à exploração do material através de uma releitura e análise minuciosa dos textos, buscando codificar seus dados, de forma a apresentar os conteúdos expostos pelos significados comuns encontrados, e não somente pela
frequência dos termos expressos.
Ao analisarmos a primeira pergunta da entrevista podemos observar que todos os entrevistados possuem uma concepção mais ou menos parecida sobre ética e comprometimento ético como pode-se observar em algumas das respostas abaixo:
R 1: “Para mim a ética está intimamente ligada a valores morais. Comprometimento ético significa estar apto a atuar como um profissional pronto a exercer suas funções com responsabilidade e coesão.”
R 2: “Ética é um conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade.”
R 3: “Para mim ética são as regras assumidas pelo indivíduo para garantir seu bem-viver.”
	
Nota-se aqui que alguns dos participantes da pesquisa acreditam que a ética está ligada aos valores morais. Estes sujeitos apresentaram seus entendimentos sobre formação ética como concepção ampla das relações interpessoais e afirmaram a estreita relação da ética como um padrão de conduta fortemente influenciado pela moralidade da sociedade em que o indivíduo esteja inserido.
	Cabe-nos aqui destacar que a maioria dos entrevistados ao serem questionados sobre a importância da ética no ambiente profissional é possível notar a relação afirmada entre a ética e o meio; os valores morais foram referidos com grande relevância, seja no perfil de convivência social ou na experiência específica do grupo profissional. Sendo por referência à formação individual do cidadão ou ao profissional propriamente, foi presente a relevância dada aos aspectos comportamentais, configurando uma importância maior às atitudes cotidianas exigidas nas relações interpessoais do que à ética enquanto exercício de reflexão filosófica secundária através da qual se realiza a análise crítica dos valores que se acreditam verdadeiros e universais. Podemos ver isto plenamente exposto nos trechos das entrevistas a seguir:
R 1: “Nada mais é que o compromisso de o homem respeitar os
seus semelhantes, no trato da profissão que exerce.”
R 2: “A ética no ambiente de trabalho proporciona um exercício prazeroso da profissão sendo fundamental para o alcance da excelência profissional.”
R 3: “Acredito que a ética é fundamental para o profissional da educação, pois, parte do seu trabalho é justamente a formação de cidadãos, função esta, impossível de ser realizada sem a presença da consciência e prática da ética.”
	Quando questionados (gestores e docentes) sobre o estudo da ética em seus cursos de graduação todos os entrevistados afirmaram categoricamente que esta disciplina foi contemplada, pressupõe-se assim que estes profissionais da educação visualizem que em sua profissão correspondem funções extremante complexas: diagnóstico, planejamento, direção, decisão, as quais supõem uma dose muito maior de responsabilidade.
	Em sua maioria os entrevistados afirmam que um dos maiores problemas éticos vivenciados em seu ambiente de trabalho se remete ao fato de “profissionais sem compromisso com uma educação de qualidade”. Aqui pode-se afirmar que dentro do próprio meio estes sujeitos remetem a culpa do fracasso escolar muitas vezes está intimamente ligado à questão ética, ou seja, ao não comprometimento ético de alguns profissionais.
	Analisando as respostas dos entrevistados em relação às características que deve-se ter um profissional eticamente comprometido com sua profissão os mesmos citaram que: educação, respeito, cooperação, bom humor, honestidade, responsabilidade, competência, pontualidade, senso crítico, conhecimento teórico e prático. 
	Para a maioria dos entrevistados um profissional da educação para ser considerado ético e competente deve primar por possibilitar uma educação de qualidade aos seus alunos como podemos observar em alguns trechos das entrevistas:
R 1: “Aquele que se esforça para trazer e fazer o melhor por seus alunos, primando pela aprendizagem dos mesmos.”
R 2: “Acredito que o professor que age de forma ética com alunos, professores e funcionários escolares passa aos alunos um importante modelo de comportamento ético. Ele busca a qualidade no processo educacional. È crítico, reflexivo e dialógico.”
R 3: “Para mim é aquele que está aberto ao novo, corre riscos e rejeita qualquer ato de discriminação. Acredita no diálogo igualitário e auxilia na formação de cidadão críticos e reflexivos.”
	Os trechos acima destacados demonstram claramente que estes profissionais reconhecem seus papéis enquanto agentes facilitadores do processo de ensino aprendizagem.
	Em sua totalidade todos os entrevistados afirmam que seus relacionamentos profissionais estão voltados para a construção do bem estar no contexto sócio cultural em que se encontram e que acreditam que estão agindo coerentemente com os princípios éticos que regem sua profissão. Somente uma entrevista foi taxativa em confirmar que na área da educação existem profissionais que valorizam somente seus salários sem importarem-se com a questão do comprometimento ético.
	Os pais entrevistados opinaram que cabe aos professores a tarefa de auxiliar no conhecimento do aluno, ensinar a convivência, ensinar valores, ensinar o aluno a agir como cidadão, sendo assim é possível observar que estes mesmos esperam que este profissional haja com ética e possibilite uma educação de qualidade aos seus filhos.
R 1: “O professor é responsável por auxiliar no conhecimento do aluno, e esse conhecimento se dá diariamente, e para isso acredito que o professor deve trocar experiências com colegas, planejar, analisar e se auto avaliar todos os dias, sabendo que cada aluno é um ser individual e tem necessidades diferentes.”
R 2: “Ensinar, passar o conhecimento, passar a matéria. E ao mesmo tempo ensinar a convivência, geralmente é na escola que a criança tem o primeiro convívio em sociedade.”
R 3: “Ensinar o aluno a pensar e agir como um cidadão.”
	A observação participante permitiu-nos confrontar os dados das entrevistas com a realidade vivenciada. Foi possível constatar que alguns profissionais entrevistados conhecem os principais princípios da ética profissional, mas não agem em conformidade com os mesmos. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	A educação se tornará mais coerente e eficaz se os educadores forem capazes de explicitarem esses valores, ou seja, se desenvolverem um trabalho, que seja reflexivo e esclareça as bases concernentes da educação. Cabe ao profissional da educação compreender que somente um compromisso ético verdadeiramente assumido fará com que a escola cumpra o seu papel na construção da esperança de um mundo melhor para toda a humanidade.
	É primordial que o docente se engaje eticamente, vale destacar que o engajamento ético resulta de uma profunda consciência dos valores implicados nos atos humanos. Somente esta consciência poderá resultar em um verdadeiro comprometimento com uma postura ética fundamental.
	Os educadores precisam se movimentar, em sua prática educativa, administrando possibilidades éticas em um contexto impregnado de moral. Isto quer dizer que os desafios para sua eticidade se vêem condicionados pela obrigatoriedade de se submeterem à normas as mais diversas e, por vezes, de pouca significação. Submetidos assim à contingências não-eticas, acomodam-se em legalismos que pouco ou nada acrescentam ao verdadeiro sentido educativo. Diante disto cumpre-nos afirmar que a tarefa do educador não pode ser reduzida a uma mera preparação técnica para um fazer competente, mas implica a construção de seres humanos por inteiro.
	Diante dos aspectos analisados é possível verificar que a maioria dos entrevistados reconhecem a importância de que o profissional da educação tenha um comprometimento ético com a função que exerce, mas em contrapartida reconhece que nem sempre os docentes agem de acordo com as regras estabelecidas pelas instituições. Nota-se também que estes sujeitos denotam refletir constantemente acerca da importância da profissão docente e sua prática pedagógica, da autonomia docente, do professor como servidor público, da ética e da avaliação docente em busca da melhoria qualidade profissional e de ensino. Podemos assim concluir que o sentido de ética profissional não se resume apenas as condutas normativas que devem ser postas em pratica como se fossem regras extremamente ditatórias, mas sim a um conjunto de virtudes que fluem do superego do profissional, entre elas: honestidade, competência, compreensão, otimismo, prudência, humildade, criatividade e responsabilidade. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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VAZQUEZ, A. S. Ética. 24. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
APÊNDICES
APÊNDICE A – ENTREVISTA COM EQUIPE GESTORA E PROFESSORES
Cargo: Diretora
Idade: 45 anos
Para você, o que significa ética? E comprometimento ético?
Qual a importância da ética no ambiente de trabalho?
Qual o papel da ética no sucesso de um profissional da educação atualmente? A falta de ética atrapalha seu crescimento?
Como você conceitua ética profissional?
Em seu curso de graduação este assunto foi estudado?
Na prática, quais as principais questões éticas com as quais você já se deparou no seu ambiente de trabalho?
Para você, quais características deve ter um trabalhador para ser considerado um profissional ético?
Você verifica muitas atitudes antiéticas em profissionais da sua área? Em caso positivo poderia me relatar?
O que a seu ver é um professor ético e competente?
Você acredita que esteja agindo coerentemente com os princípios éticos que norteiam minha profissão?
 Seus relacionamentos profissionais estão voltados para o respeito à dignidade humana e a construção do bem-estar no contexto sócio cultural em que se encontra?
 Faça este questionamento a si mesmo: Até que ponto estou agindo eticamente, fazendo o que deve ser feito, independentemente de ter ou não alguém me olhando, me supervisionando ou me elogiando?
APÊNDICE B – ENTREVISTA COM PAIS OU RESPONSÁVEIS
1.	Qual você acha que seria a principal função de um professor?
2.	Você acha que atualmente os professores são comprometidos com a sua profissão?
3.	O que a seu ver é um professor ético e competente?
4.	Como você define a relação entre seu (sua) filho (a) e a (o) professora (o)?
5.	Você acredita que seu (sua) filho (a) esteja sendo atendido (a) em suas reais necessidades pela (o) professora (o)?
6.	Gostaria de fazer mais alguma colocação?

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