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Farmacognosia resumo

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Farmacognosia – Bruna Moreira – Resumo
Medicamentos: substancias ou compostos de substancias que apresentam propriedades curativas ou preventivas de doenças exercendo uma ação farmacológica, imunológica ou metabólica, a restaurar, corrigir ou modificar funções fisiológicas.
Medicamento fitoterápico: obtidos a partir de plantas medicinais, empregando-se apenas derivados de droga vegetal que possua qualidade, segurança e eficácia comprovadas cientificamente, não podendo ser compostos isolados. RDC Nº 17/2010 BPFM – obtidos exclusivamente de matérias-primas ativas vegetais, que possuam sua qualidade, eficácia e segurança comprovadas – vetado o uso por via injetável e oftálmica.
Cultivo – vantagens: evita extinção, cultura manejada, possibilidade de aprimoramento genético, coleta de materiais no mesmo estágio de maturidade. Desvantagens: destruição do solo, o não conhecimento do solo pode levar a intoxicação da planta.
Extrativismo – vantagens: encontra a planta em seu estado natural. Desvantagens: extinção.
Planta medicinal: vegetal que possua em um ou mais órgãos substancias que possam ser usadas para fins terapêuticos, que quando seca (processada) torna-se droga vegetal; presente na farmacopeia (plantas não estão).
Extrato: substancias extraídas da droga ou planta.
Droga vegetal: planta ou parte da planta que contenham substancias responsáveis pela ação terapêutica após coleta, estabilização, processamento e secagem, podendo ser integra, rasurado, triturado e pulverizado.
Matéria prima: substância ativa ou inativa que se emprega na fabricação de medicamento tanto a que permanece inalterada quanto a passível de modificações.
Droga derivada vegetal: produto da extração da planta ou da droga; látex, óleo, tintura, cera...
Fármaco: princípio ativo quimicamente bem definido, substancia isolada.
Solução extrativa: solução polar para extrair substancias polares que não seja água. Metanol, etanol.
Bioeliminação: processo de limpeza da planta vegetal que tira insetos e microrganismos, garante a integridade do material contra insetos e pragas.
Teste de cedência: este teste caracteriza-se por observação e estudo se a embalagem do produto não interage com ele, não cede nada ao produto, a embalagem ideal é que menos interagir. A embalagem deve permitir troca gasosa do material com o meio, o tempo de armazenamento em geral não passa de um ano.
A droga deve ser seca, pois, a retirada de água impede hidrolise, o que para a biossíntese no sistema.
A avaliação da qualidade em produtos naturais é extremamente importante pois muitos fatores podem altera-la.
Exsicata: vegetal ou partes dele coletados, dissecados e secos, conservado em herbário contendo informações sobre o mesmo.
Metabolismo primário – substancias fundamentais para a planta, possuem relação energética; DNA, RNA, proteínas, carboidratos, lipídeos – não possuem principal interesse farmacológico.
Metabolismo secundário – reações bioquímicas que geram produtos que não são diretamente ligados a processos essenciais; alcaloides, taninos, flavonoides... Esses produtos variam de acordo com o local que a planta esta e suas condições.
RDC Nº14/2010 descreve boas praticas na fabricação de insumos farmacêuticos ativos de origem natural, não exige registro da droga vegetal na ANVISA, mas que haja uma revisão em compêndios oficiais e caso não houver que sejam apresentadas pesquisas validadas da segurança e eficácia do mesmo, medicamentos fitoterápicos precisam de registro.
Taxonomia vegetal – o reconhecimento das estruturas tem importante peso para identificação do vegetal. – A nomenclatura cientifica também exerce importante papel, pois diferentes plantas são conhecidas pelo mesmo nome popular em diferentes locais.
Maturidade – Tempo em que a planta apresenta maior concentração do metabólito de interesse.
Variação da composição química
Muitos são os fatores que podem alterar a composição química da planta, o solo plantado, quantidade de oxigênio, temperatura, pressão, altitude, nutrientes do solo, exposição a luz, compostos da água, pragas, etc.
A técnica feita para saber as diferenças de concentrações de substancias é a cromatografia.
Fatores que interferem na qualidade
Os mesmos fatores que interferem na composição química podem alterar a qualidade do produto, mas os pontos principais da qualidade estão relacionados com o processamento do mesmo, a colheita é o ponto critico da qualidade, é importante realiza-la em dias amenos pela manhã e ir armazenando o material em recipientes térmicos, isso evita a volatilização de substancias.
A bioeliminação garante a limpeza da planta e a seleção das melhores partes. A estabilização/secagem deve ser feita em local apropriado, o ideal é reduzir a água do vegetal a menos de 15% pois evita a ação de agentes deletérios. Os parâmetros de limpeza devem ser bem rigorosos para evitar a contaminação das plantas por animais, insetos e microrganismos.
A redução (trituração, pulverização) pode trazer mais perdas das substancias voláteis pois geralmente ocorre em maquinas que esquentam.
O armazenamento deve ser feito de forma rigorosa, em embalagens duplas que passem do teste de cedência, em prateleiras que não estejam encostadas a parede e com um empilhamento mínimo entre as sacarias, a observação diária do local pra comprovação da não presença de animais é necessária, a dedetização do local não pode ser feita com os materiais presentes pois isso pode contamina-los com gases.
Controle de qualidade drogas vegetais e fitoterápicos
O controle de qualidade é importante para garantir que esteja sendo produzido um medicamento com composição constante para que o efeito terapêutico desejado seja alcançado, os parâmetros encontram-se nas farmacopeias e códigos oficinais reconhecidos pela RDC 37/2009.
- Identificação vegetal 
- Identificação da pureza do material (não puros apresentam muitos pontos em CLAE) 
- Detecção de sub. toxicas ou contaminantes
- Quantificação do princípio ativo (marcador químico*)
Processos diretos de identificação são os que não utilizam equipamentos.
A qualidade da matéria-prima utilizada é o determinante inicial para a qualidade do medicamento fitoterápico.
São observados a caracterização da droga, analise macroscópica e microscópica e a descrição da droga em compêndios oficiais, uma amostra deve ser guardada para caso precise fazer um novo teste
A amostragem ou tomada de ensaio (coleta de diversas amostras de um mesmo material p garantir homogeneidade) tem como objetivo verificar se a droga vegetal poderá ser utilizada na produção de medicamentos (laudo técnico), analisa o número de embalagens que cotem a droga, grau de divisão da droga vegetal e quantidade de droga vegetal disponível. Além da tomada de ensaio outras operações são importantíssimas, identificação e verificação de pureza, que verifica a identidade botânica, a pureza e caracteriza, quantifica e dosifica os componentes químicos principalmente envolvidos com a ação farmacológica, a avaliação dos princípios ativos.
Nestas analises devem ser definidos a quantidade de material estranho, de cinzas, de água, materiais pesados, etc.
Os testes de qualidade precisam garantir segurança, eficácia (testes farmacológicos, toxicológicos e clínicos) e qualidade (vigilância sanitária)
RDC 26/2014 diz respeito sobre o registro de medicamentos fitoterápicos e seu controle de qualidade.
Micotoxinas: aflotoxinas, ocratoxinas, fumonisinas e trocotecenos, possuem efeitos tóxicos, RDC 4/2014. 
Classificação de solventes RDC 4/2014
1 – baixo potencial tóxico – álcool.
2 – potencial toxico limitado – metanol e hexano.
3 – muito tóxicos devem ser evitados – benzeno.
Tipos de adulteração relacionados com a identificação da pureza.
Falsificação: Quando é fornecido uma espécie de planta morfologicamente semelhante ao solicitado, mas não é o verdadeiro pelo que se pagou. – Para evitar falsificação, além do controle de qualidade deve-se exigir o nome cientifico do material botânico.
Substituição: Planta diferente da solicitada, como mesmo gênero ou mesma atividade farmacológica. – Mesmo possuindo semelhanças, não é permitido a substituição.
Sofisticação: pratica de difícil detecção, consiste em adição de componentes sintéticos ou naturais semelhantes aos contidos na planta medicinal/droga vegetal, com o objetivo de burlar o teste de qualidade.
*Marcador químico: sub. ou classe de sub. que é utilizado como referência no controle de qualidade, pode ser do tipo ativo, quando relacionado com o efeito terapêutico ou, analítico, quando até o momento não expressa sua correlação com a atividade terapêutica.
Tintura: preparação alcoólica ou hidroalcóolica da extração de drogas vegetais, ou da diluição de extratos, pode ser simples ou composta, dependendo da quantidade de matérias primas empregadas. Em geral 10ml de tintura simples equivale a 1g de droga seca.
Xarope: forma aquosa de alta viscosidade (min 45% de sacarose), geralmente possuem agentes de sabor (flavorizantes) e conservantes.
Extrato: os extratos podem sofrer processos preliminares tais como inativação de enzimas, moagem, desengorduramento. Pode ser preparado por diferentes técnicas de extração, percolação, maceração, entre outros. O solvente utilizado também varia de acordo com o material. Após a extração materiais indesejáveis podem ser retirados. O extrato pode ser fluido(liquido), dissolução do extrato seco correspondente, podem ser adicionados conservantes inibidores de crescimento microbiano. Seco, que é obtido por evaporação do solvente utilizado em preparação, apresenta pelo menos 95% de resíduo seco, podem ser adicionados materiais inertes. Mole, preparação de consistência pastosa, obtida pela evaporação de parte do solvente, como solvente são utilizados apenas água, álcool ou a mistura dos dois, apresentam no mínimo 70% de resíduo seco, se necessário conservantes inibidores de crescimento microbiano podem ser adicionados. Extratos exanicos e cloformicos precisam ter seus solventes eliminados.
Óleos: óleo fixo – não volatiza utilizado em medicamentos e cosméticos, Medicinais: Preparados pela dissolução de princípios ativos de drogas vegetais em óleo fixo. Óleo volátil – óleo essencial. Mistura de compostos químicos de origem vegetal sendo voláteis e aromáticos: Compostos por terpenos e fenilpropanóides. Obtidos por hidrodestilação.
Métodos de extração
Os métodos de extração podem ser de esgotamento ou não, a frio ou a quente, os que são a quente promovem uma maior agitação das moléculas o que melhora a extração porem caso o sistema não seja fechado pode haver muita perda de materiais voláteis, o tempo de extração também é um importante fator, quanto mais tempo em contato com o solvente maior é a extração. Os métodos de esgotamento promovem remoção total dos ativos da droga vegetal.
Infusão: Consiste em lançar água quente/fervente sobre a droga e deixa-la em recipiente fechado por um tempo determinado – o material obtido é o infuso – técnica feita para partes moles da planta como folhas e flores.
Decocção: Consiste em ferver a droga com o solvente (cozinhar) por cerca de 15 min, feito para materiais duros, como cascas e raízes – o material obtido é o decocto.
Maceração: Consiste em colocar a droga vegetal em contato com o liquido extrator por um determinado período (mínimo 7 dias) com agitação uma vez ao dia, pode ser coado ou não. Não é uma técnica de esgotamento pois depois de um tempo o solvente fica saturado. É uma extração a frio e não altera a estrutura molecular do princípio ativo – material obtido é o macerato.
Percolação: É uma técnica de esgotamento que consiste em realizar a passagem do liquido extrator pela droga sucessivamente em temperatura ambiente até esgotar os princípios ativos – nome do material obtido é percolato. (Técnica realizada em lab.)
Extração em Soxhlet: É um método de esgotamento, ocorre em um sistema fechado, o solvente é sempre renovado por conta do condensador, o que permite que sempre um solvente novo passe pela droga esgotando suas substancias. – extrato.
Extração por refluxo: Semelhante a decocção, porém utiliza-se um condensador impedindo a perca dos materiais voláteis e do solvente, essa técnica é feita para estruturas rígidas, não é de esgotamento, obtém-se o extrato.
Fluído supercrítico – CO2: o CO2 é submetido a liquefação por um aparelho altamente pressurizado, e esse liquido é passado pela droga, após a extração o co2 é eliminado por evaporação por exposição a atmosfera, ficando somente o extrato, método limpo, sem geração de artefatos e contaminação.
Extração em clevenger: obtenção de óleos essenciais, é um sistema fechado, a droga é submetida a aquecimento com água, as substancias voláteis e a agua evaporam, no condensador ambas voltam p o estado liquido e por serem imiscíveis se separam, depois por destilação separa-se o óleo essencial.
Evaporação do solvente
Evaporação sob pressão reduzida: um sistema de destilação simples otimizado que retira o solvente por baixa pressão, diminuição da pressão causa consequente diminuição da temperatura de ebulição, o solvente vai e o extrato fica.
Liofilização: diminuição da temperatura a valores negativos submetidos a baixa pressão o que faz com que a água sublime. Método caro
Métodos de separação
Precipitação+filtração: para sólidos insolúveis, por ação da gravidade ou por centrifugação, o solido decanta no fundo da amostra, por filtração simples ou a vácuo o precipitado fica no filtro e o filtrado atravessa.
A centrifugação também pode ser usada para separar líquidos com diferentes densidades, a separação é feita por funil ou por destilação, esta que pode ser simples ou fracionada, a simples é empregada quando a mostra possui somente um componente volátil e com diferentes pontos de ebulição, e a fracionada quando contém vários e com pontes de ebulição próximos assim como é feito como petróleo.
A cromatografia tem muitos usos dentro na área de controle de qualidade, uma dela é a separação, identificação e purificação dos compostos. Certas substancias não são vistas a olho nu quando separdas e para isso utiliza-se reveladores, substancias que quando em contato com a amostra mudam de cor e facilitam a visualização, o interessante dos reveladores é que usa um especifico para cada coisa que deseja-se analisar e cada subs. Tem uma cor. A luz ultravioleta também é utilizada, principalmente para compostos com grupos cromóforos.
Dragendorff – alcaloides, laranja.
Anilina sulfúrica – terpenoides e esteroides, rosa.

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