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DIREITOS REAIS - DIREITO DAS COISAS
Direito das coisas é o ramo do direito civil que regula o poder dos homens sobre os bens e as formas de sua utilização. Dessa forma, o Direito das Coisas destina - se a regular as relações das pessoas com as coisas.
Art. 1.225. São direitos reais:
I - a propriedade;
II - a superfície;
III - as servidões;
IV - o usufruto;
V - o uso;
VI - a habitação;
VII - o direito do promitente comprador do imóvel;
VIII - o penhor;
IX - a hipoteca;
X - a anticrese.
XI - a concessão de uso especial para fins de moradia;         
XII - a concessão de direito real de uso; e      
XIII - a laje. 
 Direitos reais sobre coisa móvel: São suscetíveis de valor econômico, adquiridos com a tradição. 	Direitos reais sobre coisa imóvel: são adquiridos com o registro no cartório competente.
DIREITOS REAIS E DIREITOS PESSOAIS (obrigacionais):
Diferenças:
Há diferenças no polo passivo, onde os direitos reais são oponíveis erga omnes, contra todos. No direito obrigacional, é necessário que o sujeito passivo tenha com outro, uma obrigação decorrente de relação humana. O titular dos Direitos Reais pode exigir de qualquer um, pois o exercício é sobre a coisa, e esta não se extingue. Já as obrigações pessoais se extinguem. A ação dois Direitos Reais, é o direito de sequela e a ação dos direitos obrigacionais, é a execução patrimonial. 
FIGURAS HIBRIDAS DO DIREITO REAL
Obrigações de ônus reais: limitam o uso e o gozo da propriedade, constituindo gravames ou direitos oponíveis erga omnes.
Obrigações propter rem: é a obrigação que recai sobre uma pessoa, por força de determinado direito real.
Obrigações de eficácia real: sem perder seu caráter de direito pessoal (obrigacional), uma vez levado a registro, passa a ter eficácia erga omnes. Por exemplo: compra de um imóvel levado a registro no CRI.
CARACTERISTICAS DOS DIREITOS REAIS
a)Absolutismo: oponibilidade erga omnes- faculdade de se opor a quem intervir ou lhe causar dano (desde que cumpra a unção social)
b) Publicidade: é dono o titular, aquele que registra, tornando público.
c) Sequela/ aderência: ação que torna possível reaver o bem de quem quer que injustamente o possua.
d) Preferencia: vantagem que tem o credor ou titular do direito, sobre outras pessoas. Estão presentes no direito de garantia, como: penhor, hipoteca, etc.
e)Taxatividade: os direitos reais estão impostos por lei (art. 1225). As partes não podem “criar” direitos reais.
CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS REAIS
Sobre coisa própria
Sobre coisa alheia - de gozo
 - de fruição
 - de aquisição
Obs.: a enfiteuse (“superfície de terreno estatal”) foi abolida do cc.
a)Sobre coisa própria: Propriedade (laje)
b)Sobre coisa alheia: 
1- De gozo ou fruição: superfície, servidão, usufruto, uso, habitação.
2- De garantia: penhor, hipoteca, anticrese alienação fiduciária.
3- De aquisição: direito do promitente comprador do imóvel.
Servidão: O imóvel que suporta a servidão chama-se serviente. O outro, beneficiado, é dominante. Constituem restrições que um prédio suporta para uso e utilidade de outro prédio, pertencente a proprietário diferente. As servidões, como direitos reais, acompanha m os prédios quando são alienados.
Usufruto: É o direito de desfrutar temporariamente de um bem alheio como se
dele fosse proprietário, sem alterar- lhe a substância. Usufrutuário é aquele ao qual é
conferido o usufruto. N u- proprietário é aquele que confere o usufruto . Consiste na
possibilidade de retirar da coisa as vantagens que ela oferece e produz. Sua duração
pode ser vitalícia ou temporária.
Uso: É o direito de servir- se da coisa na medida das necessidades próprias e da
família, sem dela retirar as vantagens. Difere do usufruto, já que o usufrutuário retira
das coisas todas as utilidades que ela pode produzir e o usuário não.
Habitação: É um uso limitado, porque referente apenas a um prédio de habitação.
Consiste no direito de se servir da casa residencial com sua família. É a faculdade de
residir ou abrigar- se em um determinado prédio. Tem por traço característico a
gratuidade. Tem por característica própria: o uso da casa tem de ser limitado à moradia
do titular e de sua família. Não pode este servir- se dela para o estabelecimento de um fundo de comércio, ou de sua indústria ; não pode alugá-la, nem emprestá-la; ou serve- se dela para a sua própria residência e de sua família ou desaparece o direito real. Hipoteca: É o direito real de garantia, ou seja, é a vinculação de um bem para
responder com o seu valor por uma dívida. Recai sobre os bens imóveis.
Penhor : É a garantia real sobre bens móveis que ficarão em poder do credor, salvo
nos casos especiais de penhor rural.
Alienação fiduciária: É a forma de garantia consistente na revenda, pelo adquirente ao alienante, e no mesmo ato da compra, da coisa adquirida, ficando apenas
com a sua posse. Após complementação do pagamento, dar-se-á a transferência da
propriedade. É bastante utilizada nos contratos de financiamento para aquisição de
automóveis.
A PROPRIEDADE
Trata - se de um direito absoluto, no sentido de conferir ao titular a faculdade de disposição e o poder de decidir deve-se usá-la, abandoná-la, aliená-la ou destruí-la, ou ainda limitá-la. É perpétua, pois sua duração é ilimitada, e é pessoal, pois consiste no poder de proibir que terceiros exerçam sobre a coisa qualquer dominação.
A propriedade é um direito complexo, contendo as faculdades de:
Gozar 2. Reaver a coisa de quem quer que injustamente a possua 3. Usar 4. Dispor (GRUD)
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A POSSE
É o exercício, pleno ou não, de alguns dos poderes inerentes à
propriedade. É possuidor quem tem a disponibilidade da exteriorização da propriedade. Trata-se de um estado de fato.
		1.Uso 2. Gozo(fruição) 3. Disposição.
-Para adquirir a posse de um bem, bastam ter 1, 2 ou os 3 poderes acima (Inerentes à propriedade)
COMPOSSE
Verifica-se quando duas ou mais pessoas exercem, ao mesmo tempo, poderes possessórias sobre a mesma coisa indivisa.
DETENÇÃO
A detenção é aquela situação em que alguém conserva a posse em nome de outro e em cumprimento às suas ordens e instruções. A detenção não é posse, portanto confere ao detentor direitos decorrentes desta.
TEORIAS EXPLICATIVAS DA POSSE
Entre os modernos há duas teorias importantes :
. Teoria de Savigny (subjetiva ) 
A posse é o poder de dispor fisicamente da coisa, com ânimo de considerá-la sua e defendê-la contra a intervenção de outrem. Encontram- se, assim, na posse dois elementos : um elemento material, o corpus, que é representado pelo poder físico sobre a coisa; e, um elemento intelectual, o animus, ou seja, o propósito de ter a coisa como sua, isto é, o animus rem sibi habendi.
Os dois elementos são indispensáveis para que se caracterize a posse, pois se faltar o corpus, inexiste relação de fato entre a pessoa e a coisa; e, se faltar o animus, não existe posse, mas mera detenção.
1ºCORPUS: PODER ÍSICO DE PODER IMEDIATO SOBRE A COISA
2º “ANIMUS DOMINI”- “REM SIBI HABENDI”: INTENÇÃO DE TER E EXERCER PROPRIEDADE SOBRE A COISA.
.Teoria de Ihering (objetiva) :
Adotada pelo ordenamento.
Considera que a posse é a condição do exercício da propriedade. Critica veementemente Savigny, para ele a distinção entre corpus e animus é irrelevante, pois a noção de animus já se encontra na de corpus, sendo a maneiracomo o proprietário age em face da coisa de que é possuidor.
A lei protege todo aquele que age sobre a coisa como se fosse o proprietário,
explorando- a, dando- lhe o destino para que economicamente foi feita. Em geral, quem assim atua é o proprietário, de modo que, protegendo o possuidor, quase sempre o legislador está protegendo o proprietário.
Concluindo, protege- se a posse porque ela é a exteriorização do domínio, pois o possuidor é o proprietário presuntivo. Tal proteção é conferida através de ações possessórias. Enquanto a ação reivindicatória é a propriedade na ofensiva, a ação possessória é a propriedade na defensiva. Desse modo, a proteção possessória é um complemento à defesa da propriedade, pois através dela, na maioria das vezes, vai o proprietário ficar dispensado da prova de seu domínio.
É verdade que, para se facilitar ao proprietário a defesa de seu interesse, em alguns casos vai o possuidor obter imerecida proteção. Isso ocorre quando o possuidor não é o proprietário, mas um intruso. Como a lei protege a posse, independente mente de se fundamentar ou não em direito, esse possuidor vai ser protegido, em detrimento do verdadeiro proprietário.
Ihering reconhece tal inconveniente. Mas explica que esse é o preço que se paga, em alguns casos, para facilitar o proprietário, protegendo - lhe a posse.
O Código Civil adotou a teoria de Ihering no artigo 485 que, caracterizando a pessoa do possuidor, fornece os elementos para extrair- se o conceito legal de posse: “Considera – se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno, ou não, de algum dos poderes inerentes ao domínio, ou propriedade.”
Quanto à natureza jurídica da posse, sustenta Savigny que a posse é ao mesmo tempo um direito e um fato. Considerada em si mesma é um fato; considerada nos efeitos que gera, isto é, usucapião e interditos, ela se apresenta como um direito.
Para Ihering, a posse é um direito. Partindo de sua célebre definição de direito subjetivo, segundo a qual aquele é o interesse juridicamente protegido, é evidente a natureza jurídica da posse.
CLASSIFICAÇÃO DA POSSE
 
Quanto ao desdobramento:
Direta: Aquele que possui materialmente a coisa, ou seja, aquele que tem a coisa em seu poder, como por exemplo, o locatário. A posse direta, exercida temporariamente, não exclui a posse indireta do titular da propriedade. Ressalta-se que ela pode se desdobrar quando, por exemplo, o usufrutuário, que já possui posse direta, resolve locar o bem a terceiro, caso em que também ficará com a posse indireta.
Indireta: É a do possuidor que entrega a coisa a outrem, em virtude de uma relação jurídica existente entre eles, como é o caso de locação, depósito, comodato, por exemplo. Não há contato físico do possuidor com a coisa.
Quanto aos efeitos:
Ad interdicta: Pode ser defendida pelos interditos através das ações possessórias, bastando a posse ser justa, mas que não conduzem a usucapião.
Ad usucapionem: prolonga-se pelo tempo definido em lei e que dá ao seu titular a aquisição do domínio, ou seja, a que enseja o direito de propriedade. Precisa preencher os requisitos estabelecidos, bem como ter o animus de dono.
Quanto ao tempo:
Posse nova: menos de um ano e um dia.
Posse velha: mais de um ano e um dia.
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Esta modalidade tem relação com prazos para propositura de ação, para se analisar situações de ato e quando houve vícios. É uma classificação quanto a idade da posse.
“estas ações (interdicto proibitório, reintegração da posse e manutenção da posse) devem ser propostas no prazo de até um ano e um dia da agressão (art. 924 do CPC), pois dentro deste prazo o Juiz pode liminarmente determinar o afastamento dos réus que só tem detenção; após esse prazo, o invasor já tem posse velha e o Juiz não pode mais deferir uma liminar, e o autor vai ter que esperar a sentença que demora muito. A liminar é uma decisão que o Juiz concede no começo do processo, já a sentença é uma decisão que só vem no final do processo, após muitos prazos, audiências, etc. E nesse tempo todo os réus estarão ocupando a coisa. Por isso é preciso agir dentro do prazo de um ano e um dia (detenção ou posse nova) para se obter uma grande eficácia na prática. Se o réu tem posse velha, o Juiz deve negar a liminar, mantendo o estado de fato, até que após formar todo o processo o Juiz julgue o estado de direito (art. 1211,CC e súmula 487 STF). O proprietário sempre vence o possuidor, afinal a posse é um fato provisório e a propriedade é um direito permanente.”
Observação:
AÇÕES POSSESSÓRIAS
As Ações Possessórias têm como objeto a Tutela Jurídica da Posse (V. Art. 1.196 e seguintes do CC).
Sendo assim, nelas não se discutem a propriedade do bem e sim a defesa da posse, seja ela pelo possuidor por meio de ação de sua manutenção, ou pelo proprietário no que se refere a sua reintegração; não podendo sob nenhuma hipótese ser confundida com as Ações Petitórias, que tratam da propriedade e do domínio.
Existem três (3) tipos de Ações Possessórias Típicas, são elas:
Manutenção da Posse,
Reintegração da Posse (Art. 554 a 566 NCPC) 
Interditos Proibitórios (Art. 567 e 568 NCPC)
O CPC traz três tipos de ações possessórias, que são admissíveis em casos de:
ESBULHO, TURBAÇÃO OU AMEAÇA A POSSE.
Para cada caso, existe uma ação específica, como indicado abaixo:
As Ações de Reintegração de Posse, decorrem de esbulho, que se dá quando o possuidor perde a posse do bem por ato de terceiro que à toma de maneira forçada. ESBULHO = AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE 
No que se referem as Ações de Manutenção da Posse, se dão por Turbação. Existe Turbação, quando por algum fato ou motivo a posse é “perturbada” por alguém, acarretando incômodo, ou seja, é todo ato que interfere no livre exercício da posse causando transtorno ao possuidor. Podemos exemplificar isso da seguinte forma: Quando um vizinho de uma propriedade Rural utiliza sem o consentimento do proprietário a sua passagem para remanejar o seu gado. Para estes casos caberá a Ação de Manutenção da Posse. TURBAÇÃO = AÇÃO DE MANUTENÇÃO DA POSSE
Em relação aos Interditos Proibitórios, são “remédios” contra a ameaça, e dar-se-á quando existem indícios de Turbação e Esbulho ainda não consumados.
Para estes casos, o possuidor não precisa esperar a concretização do esbulho ou da turbação para ingressar tal ação. Esta é uma medida judicial que tem como objeto repelir algum tipo de ameaça à posse de determinado possuidor, sendo importante destacar que para o ingresso deste tipo de demanda judicial, o possuidor precisa comprovar seu justo receio, não devendo ser pautada em mera desconfiança. AMEAÇA = INTERDITO PROIBITÓRIO
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Quanto a presença de título:
O justo título é um estado de aparência que permite concluir estar o sujeito gozando da posse de determinado bem de boa-fé, até que circunstâncias outras provem o contrário. Nesse sentido, configura-se o justo título, em tese, o título, genericamente considerado, hábil a conferir direito de propriedade, se não contivesse um determinado defeito .
Esse “defeito” configuraria a posse sem justo título, ou seja, apenas se ocupa o bem.
Quantos aos vícios subjetivos:Boa fé: o possuidor exerce a crena e certeza de que é proprietário da coisa um ave eu desconhece qualquer vicio ou impedimento para sua aquisição
Má fé: quando a situação indicar que o possuidor tenha ciência de algum vicio. Dá-se a partir do momento que o possuidor não ignora que tem a posse indevida.
Quanto aos vícios objetivos:
Posse justa: Por exceção, é aquela que não é injusta, ou seja, não é violenta, precária ou clandestina ;
Posse injusta : é a posse violenta, precária ou clandestina;
.Precária: é a posse que foi adquirida em caráter provisório, mas que após findado o prazo estabelecido, o dever de restituição é descumprido.
.Clandestina: é a detenção da coisa de forma oculta de quem interessa conhecê-la, exercida por meios ilícitos.
.Violenta: é a posse obtida por meio de emprego de violência física, moral ou psicológica.
INTERVERSÃO DA POSSE (CONVALESCIMENTO)
A intervenção da posse é a possibilidade de convalescimento dos vícios que originaram aquela posse.
->Salvo prova em contrario, manterá a posse o mesmo caráter da aquisição. A doutrina preconiza que, em duas situações oriundas de fatos externos, incide a mutação da causa possessionis.
a)Fato de Natureza Jurídica: Em razão de uma relação jurídica de direito real ou obrigacional, é facultado ao possuidor que mantenha posse objetiva ou subjetivamente viciada, alterar o seu caráter, sanando os vícios de origem.
EX: Suponha-se que alguém tenha obtido a posse violentamente e posteriormente venha adquirir o imóvel por contrato de compra e venda.
b) Fato de Natureza Material: É a manifestação por atos exteriores e prolongados do possuidor da inequívoca intenção de privar o proprietário do poder de disposição dobre a coisa.
Obs.: Enunciado 237 – é cabível intervenção possessiones, modificação da posse na hipótese em que o possuidor direto demostrar inequivocamente a oposição ao antigo possuidor indireto.
Enunciado 301 – o mero detentor, desde que rompida a subordinação, poderá vir a ter a posse. EX: Caseiro que continua no bem e começa a praticar atos possessórios e o proprietário fica inerte.
AQUISIÇÃO, TRANSMISSÃO E PERDA DA POSSE
	.Aquisição:
Art. 1.204. Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade.
Quem pode adquirir?
Art. 1.205. A posse pode ser adquirida:
I - pela própria pessoa que a pretende ou por seu representante;
II - por terceiro sem mandato, dependendo de ratificação.
Aquisição originária (posse natural)- contato direto sobre a coisa. Não há relação jurídica.
 EX.: Usucapião (não possui vínculo com o dono)
Aquisição derivada (posse civil)- decorre da relação entre pessoas
 a)REAL: entrega da coisa
 b)SIMBÓLICA: simbolicamente se entrega a coisa 
 c)FICTA: não há tradição material
 . Constituto possessório: “A” era proprietário e possuidor pleno. 
 Vendeu o bem para “B”, mas continua no bem como locatário.
 Houve a aquisição e perda da posse de forma ficta. O sujeito 
 Possuía em nome próprio e passou a possuir em nome alheio.
 .Traditio breve manu: O sujeito que possuía em nome alheio, 
 Passa a possuir em nome próprio. Como quando ocorre a 
 compra da casa em que se morava de aluguel.
. Possessio naturalis (posse natural)
No Direito Clássico, possessio naturalis era posse caracterizada pela simples detenção
da coisa, isto é, pelo seu elemento material, não produzindo consequências jurídicas,
sequer sendo tutelada pelos interditos possessórios .
. Possessio civillis (posse civil)
Também no Direito Clássico, a possessio civilis é a posse oriunda de causa reconhecida
como idônea pelo ius civile para a aquisição do domínio; a ela, além dos elementos de
fato que constituem a possessio ad interdicta (o corpus e o animus possiendi, ou seja, o
elemento objetivo e o elemento subjetivo), acresce um elemento jurídico (a causa apta à
aquisição do domínio) que é a condição fundamental para a produção das consequências
substanciais da posse, como o usucapião, a aquisição de frutos, a utilização da ação
pública.
Os legisladores atuais apontam que para se conferir a proteção dos interditos à posse,
basta que ela seja justa, ou seja que não venha eivada dos vícios já mencionados. Assim,
o titular de uma posse justa pode reclamar e obter proteção possessória contra quem o
esbulhe, o perturbe, ou o ameace em sua posse, incluindo o proprietário da coisa.
Se a posse for injusta, o possuidor será garantido em sua posse apenas contra terceiros
que não tenham sido vítimas da violência, da clandestinidade, ou da precariedade,
enfim, de terceiros que não tenham melhor posse.
Quanto à posse ad usucapionem, os juristas atuais a classifica m como aquela capaz de
deferir a seu titular o usucapião da coisa gerando o seu domínio. Para isto hão de ser
supridos requisito s legais tais como a aquisição pela posse mansa e pacífica, com justo
título e boa fé, por um período de dez anos entre presentes ou de quinze entre ausentes
(Código Civil, artigo 551).
Todavia, a lei presume boa fé e justo título , se a posse ultrapassar o tempo de vinte
anos, independentemente de como foi obtida (presunção absoluta).
	
	.Transmissão:
Art. 1.206. A posse transmite-se aos herdeiros ou legatários do possuidor com os mesmos caracteres.
A transmissão pela sucessão, sendo a posse injusta ou de má-fé, continuará nesse estado. O herdeiro que a adquiriu nesse estado, não poderá alegar que não tinha conhecimento que se encontrava nessas condições.
Art. 1.207. O sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor; e ao sucessor singular é facultado unir sua posse à do antecessor, para os efeitos legais.
Obs.: A soma da posse adquirida é facultativa. Pode o sucessor ou alguém de fora, começar do 0 (zero).
.Perda da posse:
A posse sempre estará perdida quando o possuidor não exerça ou não possa exercer poder inerente à exteriorização da propriedade. 
Art. 1.223. Perde-se a posse quando cessa, embora contra a vontade do possuidor, o poder sobre o bem, ao qual se refere o art. 1.196.
Art. 1.224. Só se considera perdida a posse para quem não presenciou o esbulho, quando, tendo notícia dele, se abstém de retornar a coisa, ou, tentando recuperá-la, é violentamente repelido.
	. 
OBJETO DA POSSE
.BEM CORPÓREO- cabe ação possessória
.BEM INCORPÓREO-não cabe ação possessória
 -não cabe usocapião
“Só bens corpóreos podem ser objeto de posse os incorpóreos, não.” 
EFEITOS DA POSSE
Os efeitos da posse são as consequências jurídicas por ela produzidas. São eles:
1.A proteção possessória;
2.A percepção dos frutos;
3. Responsabilidade civil;
4.Benfeitorias;
5. A usucapião.
1. Proteção possessória:
De todos os efeitos da posse, o mais importante é a proteção possessória. A proteção
possessória consiste no consentimento de meios de defesa da situação de fato, que.
aparenta ser uma exteriorização do domínio. Para facilitar a defesa de seu domínio, a lei
confere ao proprietário proteção, desde que prove que está ou estava na posse da coisa,
e que fora esbulhado ou esteja sendo perturbado. Este não precisa recorrer ao juízo
petitório, basta- lhe o ingresso em juízo possessório. Normalmente, o juízo possessórionão ajuda alegar o domínio; já no juízo petitório, a questão de posse é secundária.
Normalmente, a defesa do direito violado ou ameaçado se faz através de recurso ao
Poder Judiciário. Contudo, há casos em que a vítima tem a possibilidade de defender - se
Diretamente (defesa legítima) com seus próprios meios, contanto que obedeça aos.
requisitos legais. Porém, a reação deve seguir imediatamente à agressão e deve se.
limitar ao indispensável, ou seja, os meios empregados devem ser proporcionais à.
agressão, pois, caso contrário, ha verá excesso culposo.
As ações possessórias são fundamentalmente três:
1.A ação da manutenção de posse 
2.A ação de reintegração de posse 
3.O interdito proibitório 
2. A percepção dos frutos:
Sendo vencedor na ação reivindicatória, o proprietário reivindicante tem o direito de
receber do possuidor vencido a coisa reivindicada. Porém, indaga-se qual o destino dos
frutos pendentes ou das benfeitorias realizadas na coisa durante a posse, e, por outro
lado, o prejuízo pelos estragos e deteriorações experimentadas pela coisa principal no
período. Para solucionar estas questões, o legislador deve verificar se o possuidor agia
de má ou boa fé.
Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos.
Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser restituídos, depois de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser também restituídos os frutos colhidos com antecipação.
Art. 1.215. Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos, logo que são separados; os civis reputam-se percebidos dia por dia.
Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio.
3. A responsabilidade civil:
Também aqui é diferente a atitude do legislador, conforme a natureza da fé do possuidor.
Caso o possuidor tenha agido de boa fé, a lei determina que ele não responda pela perda
ou deterioração da coisa a menos que tenha sido culpado. Entretanto, o possuidor de má
fé responde pela perda ou deterioração da coisa em todos os casos, mesmo que
decorrentes do fortuito ou força maior, só se eximindo com a prova de que se teriam
dado do mesmo modo, ainda que a coisa estivesse em mãos do reivindicante.
Art. 1.217. O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a que não der causa.
Art. 1.218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse do reivindicante.
4. As benfeitorias:
Ainda quanto as benfeitor ia s, o legislado r discrimina entre o possuidor de boa e má fé.
O primeiro tem direito à indenização pelas benfeitorias necessárias e úteis, podendo
levantar as voluptuárias que não lhe forem pagas e que admitirem remoção sem
detrimento da coisa. Pelo valor das primeiras, poderá exercer o direito da retenção,
conservando a coisa alheia além do momento em que a deveria restituir. Ao possuidor
de má fé serão ressarcidas somente as benfeitor ias necessárias, porque estas deviam ser
efetuadas estivesse a coisa nas mãos de quem quer que fosse, sob pena de deterioração
ou destruição. Entretanto, ele não adquire o direito de retenção para garantir o
pagamento de referida indenização.
Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.
Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias.
Art. 1.221. As benfeitorias compensam-se com os danos, e só obrigam ao ressarcimento se ao tempo da evicção ainda existirem.
Art. 1.222. O reivindicante, obrigado a indenizar as benfeitorias ao possuidor de má-fé, tem o direito de optar entre o seu valor atual e o seu custo; ao possuidor de boa-fé indenizará pelo valor atual.
5. A usucapião:
A palavra usucapião vem de duas palavras: usus + capere, que significa “tomar pelo uso”. Não é direito, mas modo de se adquirir direito. No nosso caso, adquirir o direito de 
propriedade. Tomar pelo uso, mas não simplesmente isso. É tomar pelo uso prolongado da coisa. 
Esse é o sentido originário da palavra usucapião. 
→ prescrição aquisitiva, regulada pelo direito das coisas, é modo ORIGINÁRIO de aquisição da 
propriedade e de outros direitos reais, suscetíveis de exercício continuado. 
Usucapião: é forma de aquisição originária. Por quê? Porque não há relação de transmissão 
entre o proprietário anterior da coisa usucapida. E por que não há? Porque o possuidor 
adquire por fato próprio, contra o proprietário. A relação é de oposição, e não de transmissão! 
Basta atender aos requisitos. 
 
.PRESSUPOSTOS DA USUCAPIÃO: 
 1º Coisa hábil (obrigatório): o objeto da usucapião deve ser hábil a ser usucapida, deve ser um BEM PARTICULAR imóvel ou móvel. 
 Obs.: bens que NÃO podem ser usucapidos: bem fora de comércio, bem indisponível por vontade humana, bem legalmente indisponível, bem público. 
 Obs.: imóvel de empresa pública, sociedade de economia mista, PODERIAM ser usucapidos; 
só porque não há registro não significa que é um bem público; 
Herança vacante: é a que a autoridade competente conclui que não há quem a ela faça jus, passando os bens que a integram ao patrimônio do Estado, ou seja, apenas com a sentença declaratória de vacância do bem se opera a transferência do imóvel ao bem público; 
Herança jacente é aquela cujos herdeiros ainda não são conhecidos, ou, se conhecidos, 
renunciaram à herança, não havendo outros: se antes da sentença declaratória de vacância 
conseguir preencher os requisitos, poderá usucapir. Depois da sentença declaratória será herança vacante e será patrimônio do bem público; 
 OBS: imóvel em condomínio: quando o pai morre e o imóvel passa aos herdeiros, se aquele único 
filho que ainda mora lá e sempre morou, poderá tentar usucapir, segundo a Jurisprudência e o STF . 
 
2º Posse(obrigatório): ad usucapione (qualificada) 
Elementos: 
→ ânimo de dono: ser clara a vontade de ser dono, atitude ATI VA do possuidor e OMISSIVA do proprietário. 
→ mansa e pacífica: exercida sem oposição, e se houver briguinhas entre os vizinhos? Não há quebra desse elementos, não é qualquer briga. A afronta à esse elemento ocorre quando houver alguma providência judicial; 
→ continuidade na posse (contínua): sem interrupção, não pode ser exercida em intervalos. 
 
Obs: somar a posse, CC Art. 1.243. O possuidor pode, para o fim de contar o tempo exigido pelos artigos antecedentes, acrescentar à sua posse a dos seus antecessores (art.1.207), contanto 
que todas sejam contínuas, pacíficas e, nos casos do art. 1.242, com justo título e de boa-fé. 
“successio possessionis”:aquisição a título universal: CC Art. 1.207. O sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor; 
“accessio possesssionis”: sucessão a título singular : CC Art.1207. e ao sucessor singular é 
facultado unir sua posse à do antecessor, para os efeitos legais. 
 
3º Tempo (obrigatório): depende da modalidade da usucapião varia de uma modalidade para outra, quanto 
menor o prazo , maisrequisitos terá para usucapir. 
As causas que obstam, suspendem ou interrompem a prescrição se aplica a usucapião. 
CC Art. 1.244. Estende-se ao possuidor o disposto quanto ao devedor acerca das causas que obstam, suspendem ou interrompem a prescrição, as quais também se aplicam à usucapião. 
 
4º Justo título (facultativo): é o título que transferiria a propriedade ao possuidor se não fosse viciado. 
→ usucapião ordinária: CC Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, 
contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos. 
CC Art. 1201. Parágrafo único. O possuidor com justo título tem por si a presunção de boa -fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei expressamente não admite esta presunção. 
 
5º Boa-fé (facultativo): CC Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa. 
Plena CONFIANÇA no direito que exerce. 
 
.ESPÉCIES DE USOCAPIÃO
 1.Usucapião ordinária: ☠
Prevista no art. 1242: “Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e 
incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos. Parágrafo único. Será de 
cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, 
com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde 
que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de 
interesse social e econômico.” 
Temos aqui os requisitos da posse, do tempo de 10 anos, já menor do que o primeiro caso, que era de quinze, o justo título abstrato e a boa-fé. 
A moradia reduz o prazo de usucapião. No parágrafo único, o tempo de moradia é reduzido, na usucapião ordinária, de 10 para 5 anos. Exige-se mais, então o tempo é reduzido. 
 
2.Usucapião extraordinária: ☠
Prevista no Art. 1238: “Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir 
como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; 
podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.” 
Estamos diante da usucapião de mais longo tempo no Direito Brasileiro. Quanto mais tempo de posse, menos requisitos. Neste caso bastam a posse e o tempo de 15 anos. Vale inclusive a posse injusta, em que o possuidor expulsa o proprietário e inicia a posse. Justiça da posse não entra na discussão da usucapião. 
O parágrafo único do art. 1238: “O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o 
possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou 
serviços de caráter produtivo.” 
Temos decréscimo de tempo, então precisamos de mais um requisito: moradia ou produtividade. 
“Obras ou serviços de caráter produtivo”: o juiz, pela diretriz da operabilidade, dará, no caso 
concreto, a definição de obra ou serviço de caráter produtivo, quando proferir a sentença. 
 
3.Usucapião especial rural:
A usucapião rural, também denominado pro labore, tem como requisitos a posse como sua por 5 (cinco) anos ininterruptos e sem oposição, de área rural não superior a cinquenta hectares, 
desde que já não seja possuidor de qualquer outro imóvel, seja este rural ou urbano. Ainda 
apresenta como requisito o dever de tornar a terra produtiva por seu trabalho ou de sua 
família, tendo nela sua moradia. 
Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de t erra em zona rural não superior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade. 
 
 4.Usucapião especial urbana:
Já a usucapião urbana, também denominado de pro misero ou pró-moradia, tem como 
requisitos a posse sem oposição de área urbana de até duzentos e cinquenta metros 
quadrados por 5 (cinco) anos ininterruptos, utilizando-a como moradia sua ou de sua 
família, sendo vedada a posse de qualquer outro imóvel. A usucapião rural e urbano estão 
previstas nos artigos 1.239 e 1.240 do CC, respectivamente. 
5.Usucapião especial urbana coletiva:
O artigo 10 do Estatuto da Cidade (Lei n° 10.257/2001) prevê a usucapião coletiva que t em como requisito a ocupação por 5 (cinco) anos ininterruptos e sem oposição de áreas urbanas com mais de duzentos e cinquenta metros quadrados por população de baixa renda com o fim de constituir moradia, com a ressalva de que os possuidores não sejam proprietários de 
qualquer outro imóvel, como nos outros casos de usucapião. Vale ressaltar que nessa espécie de usucapião é necessário também que na área ocupada não seja possível identificar de forma individual os terrenos ocupados, por isso o termo coletivo. 
Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinquenta metros 
quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando- a para sua moradia ou de 
sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 
§ 1o O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a 
ambos, independentemente do estado civil. 
§ 2o O direito previsto no parágrafo antecedente não será reconhecido ao mesmo possuidor mais 
de uma vez. 
 
6. Usucapião familiar (da ex): ☠
A Lei n° 12.424/11 acrescentou o art. 1240-A ao Código Civil, que prevê a possibilidade da 
usucapião da propriedade dividida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar 
àquele que exercer, por 2 anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com 
exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250 metros quadrados, utilizando-o para sua 
moradia ou de sua família e desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou 
rural. 
 
7. Usucapião Indígena:
A Lei 6.001/1973, chamada Estatuto do Índio, estabelece a usucapião especial indígena, modalidalidade diversa da prevista naquela lei. Em seu artigo 33, tal legislação dispõe que “o índio, integrado ou não, que ocupe como próprio, por dez anos consecutivos, trecho de terra inferior a cinquenta hectares, adquirir-lhe-á a propriedade plena”, sendo assim, caso o indígena ocupe imóvel por 10 anos também poderá adquiri-lo por meio da usucapião.
8. Usucapião tabular:
É a usucapião ordinária com prazo reduzido e refere diretamente aos casos em que o imóvel foi adquirido de maneira onerosa, porém com base em um registro posteriormente cancelado. Senão vejamos:
"Art. 1242. Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico".
Cabe ressaltar, que apenas caracterizam o referido parágrafo, os possuidores que estabeleceram sua moradia no imóvel ou os que realizaram investimentos consideráveis, com interesse social e econômico. Um possível exemplo do tipo de situação prevista no artigo 1.242 do Código Civil consiste naquela em que alguém adquire um imóvel daquele que não é o verdadeiro proprietário, tendo, porém efetivado o registro da propriedade. Neste caso, uma vez verificado os requisitos da boa-fé, justo título, posse continua e inconteste, aplica-se a redução do prazo para a caracterização da usucapiãotabular.
9. Usucapião extrajudicial:
extrajudicial de usucapião é o fator tempo/custo, ou seja, para àqueles que possuem toda a documentação em ordem, bastará apresentá-la no Cartório de Registro de Imóveis competente e realizar o pagamento de uma taxa única ao Cartório a fim de que haja todo o trâmite interno para obtenção da propriedade de bem imóvel pela via de usucapião.

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