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SAÚDE DO TRABALHADOR, 
ERGONOMIA E 
SEGURANÇA DO PACIENTE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE ENFERMAGEM
DISCIPLINA DE SEGURANÇA DO PACIENTE
Dayane Pereira da Silva
Francisca Geisa
Kevin Melgaço da Costa
Laís Kelly Maciel Rabelo
Lara Lídia Ventura Damasceno
Nelson
A interdependência entre a saúde do trabalhador, a ergonomia e a segurança do paciente é tão intensa, que torna-se difícil a análise dos eventos e a concepção de intervenções para a prevenção de incidentes que não envolvam esses temas e não considerem a perspectiva sistêmica da situação de trabalho.
* Situação de trabalho: Sistema que engloba o trabalhador, o posto de trabalho e a organização em que esse posto se integra.
Designa atividades de elevada complexidade (física, tecnológica, instrumental), com constante pressão temporal e substancial tensão relacionada à prestação dos melhores cuidados possíveis. É marcado pela diversidade (e variabilidade) humana, a prevalência do sexo feminino, progressivo envelhecimento dos profissionais, elevadas exigências físicas, trabalho emocional, trabalho noturno e por plantões. Além disso, considera-se os aspectos organizacionais do trabalho hospitalar, em particular os aspetos hierárquicos e relacionais entre profissionais de saúde.
Trabalho na área da saúde
O primeiro elemento de suporte à prevenção de problemas, no contexto da segurança do paciente e da saúde do trabalhador, é um eficiente e efetivo planejamento estrutural, em relação ao design hospitalar, definição de circuitos, implantação e disposição de equipamentos, integrado em um sistema participativo de todos os envolvidos, que se beneficia com o apoio da ergonomia. (Uva, Serranheira 2008).
A atividade de trabalho na prestação de cuidados de saúde é uma resposta individual, num determinado momento, a um conjunto de condicionantes internas (características, capacidades e limitações dos profissionais de saúde) e externas (envolvimento físico, organizacional, tecnológico, social), cujos efeitos podem incluir o erro e o consequente efeito adverso ao paciente.
Ergonomia
(Também denominada fatores humanos e engenharia humana). Considera que todos os aspetos determinantes da saúde do paciente ou dos profissionais de saúde devem ser observados de forma sistêmica e integrada. Pode contribuir para a segurança do paciente, dentre outras formas, por meio de intervenções: 
A ergonomia objetiva, no essencial, a adaptação do trabalho (suas condições e exigências) à pessoa (IEA 2000).
Os fatores ergonômicos são aqueles que incidem no comportamento do trabalhador. É ele o desenho dos equipamentos, do posto de trabalho, a maneira que a atividade é executada. Comunicação, o meio ambiente (grau de insalubridade, iluminação, temperatura, etc.) (CAVASSA, 1997 apud MARZIALI; ROBAZZI, 2000).
Ergonomics
Corrente ergonômica criada por Ombredanne e Faverge. Propôs uma nova metodologia sistêmica e integrada de análise do trabalho, na perspectiva desses autores, a nova abordagem permitia a integração e a compreensão dos diversos elementos e interações numa situação de trabalho, visando o surgimento de novas ideias, soluções ou possibilidades, no sentido da transformação do trabalho e da sua adaptação à pessoa.
A ergonomia, na área dos hospitais (ergonomia hospitalar e em outras organizações de saúde), dá ainda os primeiros passos. Apesar de o tema “melhoria das condições de trabalho em meio hospitalar” ser reconhecidamente importante.
Figura 1: Modelo de análise da situação de trabalho.
Fonte: Adaptado de Leplat, Cuny (2005).
Aspectos do design ergonômico que contribuem para a qualidade do serviço (Serranheira et al. 2010): 
Garantia da flexibilidade e a adaptabilidade do sistema, tanto para os pacientes, quanto para os profissionais.
Investimento na antecipação, identificação, prevenção do erro e cultura organizacional de segurança.
Automatização e normalização dos procedimentos de acordo com o conhecimento científico na área específica.
Facilidade de acesso e visualização do paciente. O layout dos serviços deve considerar fundamental que os profissionais de saúde tenham contato visual com os pacientes sob seus cuidados. 
Integração das características e capacidades – dos profissionais de saúde (idade, sexo, morfotipo), e dos pacientes. 
Colaboração para a redução da fadiga (física e mental) no trabalho noturno e por grandes horas consecutivas.
Saúde do trabalhador
A incapacidade para o trabalho decorrente de problemas de saúde é uma realidade mundial, com considerável custo socioeconômico e prejuízo psicossocial.
*Fatores que afetam diretamente os profissionais da saúde:
Em relação à incapacidade dos trabalhadores de enfermagem: Observa-se no cenário nacional e internacional a grande incidência de restrições físicas e psíquicas, como perda de força muscular, decorrentes de distúrbios osteomusculares, assim como os transtornos de ansiedade e depressão. Essa realidade tem expressivo impacto na organização do trabalho e, consequentemente, na qualidade e segurança do paciente.
Adequação aos postos de trabalho
Condição indispensável que não deve ser vista apenas como um simples elemento de conforto, mas sim uma mudança imprescindível ao trabalho, permitindo que as exigências sejam harmoniosas com as capacidades dos profissionais de saúde, possibilitando repercussão na segurança do paciente.
Exemplo prático:
Posto de trabalho de enfermagem em uma enfermaria.
- Ajustável aos trabalhadores femininos e masculinos.
- Possibilidade de trabalhar sentado mantendo contato visual com os pacientes.
Sistema de ajustabilidade às posições ortostáticas e sentada.
Identificação dos espaços livres para a acessibilidade dos profissionais e pacientes, além de diminuir os risco da propagação de infecções relacionadas a prestação de cuidados de saúde.
Interação sequencial e lógica dos equipamentos.
Displays de visualização dentro da zona de conforto visual dos utilizadores.
Armário em altura elevada
Utilizar escadinha
Armazenar objetos pesados próximos a altura da cintura
Bancada de trabalho com altura inadequada
Colocar os pés alternadamente em um banquinho
Bancada de trabalho com altura adequada
Postura incorreta
Postura correta
A profissão com maior taxa de incidência de LMELT é a enfermagem. De acordo com dados estatísticos de 2007 do Bureau of Labor Statistics dos Estados Unidos (US Bureau of Labor Statistics, 2009), essa taxa é de 252 casos por 10 mil enfermeiros (taxa sete vezes superior à observada no conjunto de todos os trabalhadores).
Lesões musculoesqueléticas ligadas ao trabalho (LMELT)
A prevenção de LMELT’s em hospitais e outras unidades de saúde tem sido implementada por meio de Programas de Saúde e Segurança, por exemplo, na movimentação de pacientes (zonas de trabalho espacialmente adequadas), nos equipamentos (implementação de sistemas de elevação mecânica de pacientes) e nos profissionais de saúde (formação sobre aspectos posturais e biomecânicos na manipulação de pacientes).
Health and Safety Executive (HSE 2003), por meio de um estudo com 22 mil trabalhadores de 130 profissões distintas, concluiu que, entre as 27 profissões caracterizadas estressantes, 7 pertenciam ao setor da saúde. 
Circunstâncias indutoras de estresse:
Grande quantidade de trabalho; Sobrecarga.
Carência de recursos.
Grande número de pacientes.
Conflitos entre profissionais.
Exigência emocional.
Ambiguidade de papéis.
Fatores de natureza organizacional 
(como o estilo de liderança).
As condições psicológicas dos trabalhadores da Saúde
Os pacientes internados em hospitais com pior taxa enfermeiro por paciente (oito pacientes/enfermeiro) têm 31% de risco de morte a mais do que em hospitais com taxa de quatro pacientes/enfermeiro (Clarke, Sloane, Aiken 2002). Existe aumento de risco de burnout de 23% e de insatisfação profissional de 15% por cada paciente a mais do que quatro pacientes por enfermeiro.
Resposta dos profissionais de saúde a um erro com consequências para seus pacientes:Graves problemas emocionais, podendo tais emoções conduzir a “cicatrizes emocionais” permanentes. 
Síndrome de Burnout.
Consequências no desempenho, saúde e bem estar dos prestadores.
As instituições de saúde devem assumir a responsabilidade de garantir a existência de sistemas formais (e informais) de apoio a esses profissionais.
A saúde do paciente e dos profissionais deve ser observada de forma sistêmica e integrada
Exemplo prático: QUEDA DO PACIENTE DE UMA MACA – Resultou em uma fratura do colo do fémur.
A identificação das causas deve ser realizada. Podendo ser:
	- Incompleta: Se apenas considerar a inadequação dos 	equipamentos (dispositivo 	técnico) ou sua má utilização (erro 	humano).
	- Completa: Fazendo uso da perspectiva sistêmica na identificação 	dos aspectos 	organizacionais, como os recursos humanos 	presentes no serviço, com a atribuição de 	responsabilidades na 	vigilância dos pacientes em maca e, até mesmo, a carga de trabalho 	existente nesse período (manhã, tarde ou noite), que poderão ser 	determinantes na sua árvore causal.
O conhecimento dos vários componentes do trabalho é essencial para a compreensão das situações que podem gerar desempenho inferior, erros e incidentes. Podemos citar:
As características individuais e/ou sociais (Idade, gênero, formação e experiência).
A sobrecarga de trabalho física/cognitiva, situações clínicas novas ou de elevada complexidade, lapsos, enganos e até incidentes no desempenho clínico. 
Relação ruim entre o trabalhador e a tecnologia existente nos equipamentos utilizados.
Problemas estruturais (má organização dos espaços, incorreta disposição dos equipamentos e carência de recursos).
Diferentes formações dos profissionais de saúde.
Elevadas exigências organizacionais.
Equipes de trabalho reduzidas X Número de pacientes excessivos.
Falta de empenho e motivação dos profissionais.
Dificuldades na comunicação.
Para a detecção e prevenção eficaz de incidentes é necessário:
Estrutura da situação de trabalho
Pessoas
OrganizaçãoObjetivos
Dispositivo técnico
Envolvimento
Atividade
Efeitos/
pessoas
Efeitos/
sistema
I
II
III
Mental
Física
Social
A segurança do paciente, a ergonomia e a saúde dos profissionais são, de fato, “duas faces da mesma moeda” (Serranheira et al. 2010) e qualquer intervenção preventiva tendente a reduzir a probabilidade de ocorrência de acontecimentos evitáveis deve valorizar os aspectos relacionados com a prestação de cuidados na perspectiva da saúde e segurança de quem os presta. Sua interdependência obriga a que, nos sistemas complexos (como é o caso dos hospitais), haja suficiente investimento, tanto num como noutro, para se obterem os melhores resultados em qualidade em saúde.
19
	BIBLIOGRAGIA
ALEXANDRE, N. M. C. Aspectos ergonômicos relacionados com o ambiente e equipamentos hospitalares. Rev latino- am.enfermagem, Ribeiro Preto, v. 6, n. 4, p. 103-109, out. 1998. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rlae/v6n4/13881.pdf> Acesso em: 18 fev. 2018.
BAPTISTA , P. C. P. et al. Saúde dos trabalhadores de enfermagem e a segurança do paciente: o olhar de gerentes de enfermagem. Rev Esc Enferm USP, v. 40, n. 2, p. 122-128, abr 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v49nspe2/1980-220X-reeusp-49-spe2-0122.pdf> Acesso em: 17 fev. 2018.
FERREIRA, N. L. et al. Ergonomia na Área de Saúde - Recomendações Básicas: Aspectos Ergonômicos e Posturais nas Atividades dos Trabalhadores da Área de Saúde. In: ______. Manual sobre ergonomia: Em direção a uma universidade saudável. Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, 2001. 92 p. Disponível em: <http://www.dgrh.unicamp.br/documentos/manuais/man_dsso_ergonomia.pdf> Acesso em: 18 fev. 2018.
FREITAS, I.B. Portal Hospitais Brasil: A ergonomia nos ambientes de saúde. Disponível em: <http://portalhospitaisbrasil.com.br/a-ergonomia-nos-ambientes-de-saude/> Acesso em: Fev/2018.
SERRANHEIRA, F., SOUSA, A., SOUSA, P. Ergonomia hospitalar e segurança do doente: Mais convergências que divergências. Revista Portuguesa de Saúde Pública, v. 10, p. 58-73, 2010. Disponível em: <https://run.unl.pt/bitstream/10362/19758/1/RUN%20-%20RPSP%20-%202010%20-%20V.%20Tematico%20n10a07%20-%20p.58-73.pdf> Acesso em: 19 Fev. 2018.
SOUSA-UVA, A.; SERRANHEIRA, F. Saúde do trabalhador, ergonomia e segurança do paciente. In: SOUSA, P.; MENDES, W. (Org.). Segurança do paciente: Criando Organizações de Saúde Seguras. Rio de Janeiro: Editora Fio Cruz, 2014. 208 p. Disponível em: <http://portalses.saude.sc.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=10997&Itemid=85> Acesso em: 20 Fev. 2018.
______. Segurança do Doente e Saúde e Segurança do Profissional de Saúde. Escola Nacional de Saúde Pública – Universidade Nova de Lisboa, 2016. Disponível em: < https://proqualis.net/aula/seguran%C3%A7a-do-doente-e-sa%C3%BAde-e-seguran%C3%A7a-do-profissional-de-sa%C3%BAde> Acesso em: 19 Fev. 2018.

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