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Penal IV.docx 07 04

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 
Bianca Afinovicz Página 1 
 
 Conceitos Utilizados 
 Crime = Delito 
 Verbo: ação praticada 
 Teoria Amotio – seria necessária apenas a remoção da coisa do lugar onde se 
achava, sem exigência de posse tranquila e mansa. 
 Consumação quanto ao resultado naturalístico 
1. Crime Material = Conduta + Resultado (é necessário o resultado). Exemplo: 
homicídio. 
2. Crime formal = Conduta + Resultado (basta haver a conduta). Exemplo: 
extorsão. 
3. Crime de Mera Conduta = Conduta (só há conduta). 
Exemplo: omissão de socorro. 
 Tentativa: Quando iniciada a execução e esta é interrompida por circunstancias alheias 
à vontade do agente. 
 Crime comum: cometido por qualquer pessoa 
 Crime próprio: característica especifica do sujeito ativo 
 Tipo objetivo: ação ou omissão praticada pelo agente + tipo de conduta + objeto 
material + meios utilizados. 
 Tipo Subjetivo: intenção do agente. 
 Dolo: vontade + conhecimento ilícito. 
 Elementos subjetivos especificam do tipo: Finalidade do agente 
 Comissivo: Exige uma ação do agente 
 Omissivo próprio: quem deveria agir não age. 
 Omissivo improprio: Não age quando poderia ajudar a evitar o fato. 
 Instantâneo: Consumação imediata 
 Permanente: Encontra-se em estado de consumação. Exemplo: Sequestro. 
 Unissubjetivo: Concurso Eventual 
 Plurisubsistente: vários atos. 
 Crime complexo: dupla objetividade jurídica (2 tipos penais). 
 Reclusão: deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto. 
 Detenção: em regime semiaberto, ou aberto. 
 Juizado especial criminal (JECRIM) – quando a pena máxima é inferior a 2 anos 
(pena de menor potencial ofensivo). 
 Concurso material: quando o agente pratica mais de uma conduta e comete dois ou 
mais crimes, neste caso aplicar-se-á cumulativamente. 
 Concurso formal: quando o agente pratica uma única conduta e comete dois ou mais 
crimes, neste caso aplicar-se-á a pena mais grave e se for o mesmo crime a pena 
deverá ser uma só porém aumentada de 1/6 a metade. Se dolosa a conduta do agente 
as penas serão aplicadas cumulativamente. 
 Crime continuado: quando o agente pratica mais de uma conduta e comete dois ou 
mais crimes da mesma espécie, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução 
e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do 
primeiro, aplicar-se-á a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se 
diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços. 
 Arrependimento Posterior: Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à 
pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da 
queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. 
 Arrependimento Anterior: O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na 
execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já 
praticados. 
 
 
 
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 
Bianca Afinovicz Página 2 
 
Art. 155 Furto 
 Conceito 
* Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel. 
 Tipo objetivo 
* Subtrair (verbo) 
*Comissivo (tipo de conduta) 
* Coisa alheia móvel (objeto material) 
 Classificação do Delito: 
*Crime comum (sujeito ativo) 
*Material (consumação-teoria amotio) 
*Comissivo admitindo omissão imprópria (agente garantidor) 
*doloso + “para si ou para outrem” 
*Instantâneo (o §3º é classificado como crime permanente) 
*Crime unissubjetivo 
*Plurisubsistente 
*Admite-se tentativa. 
 Causas especiais de diminuição de pena: §2º 
 Figuras qualificadas: §4º, §5º, §6º. 
 Causas especiais de aumento de pena: §1º 
 Pena: Reclusão de 1 a 4 anos + multa 
 Ação penal: Pública incondicionada 
 
§1º furto noturno 
*Haverá aumento de 1/3 na pena se o furto ocorrer no período de descanso de certa 
localidade. 
§2º Causa especial de diminuição de pena 
*haverá diminuição de 1/3 na pena ou apenas multa caso o réu seja primário e a coisa furtada 
seja de pequeno valor (não pode ultrapassar um salário mínimo). 
§3º Clausula de equiparação de pena 
*Furto de energia elétrica 
Furto de sinal de TV a cabo não é equiparado a energia pois não é consumível. (HC97261/RS 
– 2ª turma do STF) 
§ 4º Qualificadora 
*A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido: 
 I - Com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; 
 II - Com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza; 
 III - com emprego de chave falsa; 
 IV - Mediante concurso de duas ou mais pessoas. 
§ 5º Qualificadora 
*A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a 
ser transportado para outro Estado ou para o exterior. 
§ 6º Qualificadora 
 *A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos se a subtração for de semovente 
domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no local da subtração. . 
 
Observações do crime de Furto 
1. Proprietário não pratica furto, pratica apropriação indébita. 
2. Ladrão que furta ladrão também pratica o furto. 
3. Praticam furto também o balconista que subtrai mercadoria, o caixa que desvia dinheiro 
do freguês. 
4. A subtração operada por meios de animais adestrados ou instrumentos, aparelhos ou 
maquinas também implicam em furto. 
5. Via de regra cadáver não pode ser objeto de furto, salvo se pertencer a uma instituição 
para determinada finalidade. Exemplo: curso de medicina. 
6. Coisa de ninguém ou coisa abandonada não podem ser objeto de furto. 
7. Coisa perdida: nessa hipótese a conduta penal praticada pelo agente será de 
apropriação indébita. 
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 
Bianca Afinovicz Página 3 
 
8. Retrata um crime comissivo, porém poderá ser praticado através de omissão imprópria 
nas hipóteses do agente garantidor. 
9. Coisa deixada na sepultura: só será caracterizado como furto se a intenção do agente 
for pegar o objeto, se a intenção for profanar o crime não se enquadra em crime de 
furto. 
10. Furto Famélico: quando o agente com apenas um único meio de agir pratica a conduta 
para matar a fome entende-se que haverá estado de necessidade na situação. 
11. Supermercado com vigilância: há possibilidade de tentativa de furto. 
12. Furto de uso: não configura furto, uma vez que quem furta deve ter a intenção de se 
tornar dono da coisa. 
O agente que subtraiu o bem para uso deverá devolver no mesmo estado. 
Na hipótese de furto de uso de um automóvel uma corrente defende que se caracteriza 
em crime de furto em razão do consumo de gasolina, desgastes dos pneus, km, etc. 
Por outro lado, uma 2ª corrente sustenta atipicidade da conduta em razão dos 
desgastes mínimos. 
 
Art. 156 Furto de coisa comum 
 Conceito 
* Subtrair o condômino, coerdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem 
legitimamente a detém, a coisa comum. 
 Tipo objetivo 
* Subtrair (verbo) 
* Coisa móvel comum (objeto material). 
 Consumação 
* Teoria amotio. 
 Classificação do Delito: 
*Crime próprio (sujeito ativo) 
*Material (consumação) 
*Doloso + “para si ou para outrem” (tipo subjetivo) 
*Comissivo (tipo objetivo) 
*Instantâneo 
*Crime unissubjetivo 
*Plurisubsistente 
*Admite-se tentativa. 
 Excludente de antijuridicidade: § 2º 
 Pena: Detenção de 6 meses a 2 anos ou multa. 
 Ação penal: Pública condicionada a representação. 
 
§ 1º - Notitia criminis 
Ação penal pública condicionada a representação 
§ 2º - Extinção de punibilidade 
Não será punido aquele que subtrair coisa comum fungível cujo valor não exceda a quota a 
que tem direito. 
 
Observações 
1. Aquele que não possua nenhuma das qualidades exigidas pelo tipo penal para ser 
sujeito ativo poderá vir a responder pelo furto de coisa comum,desde que tenha 
ingressado na sua esfera de conhecimento as qualidades que o sujeito ativo 
apresente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 
Bianca Afinovicz Página 4 
 
Art. 157 Roubo 
 Conceito 
*Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou 
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à 
impossibilidade de resistência 
 Objeto Material 
* Coisa alheia móvel 
* Integridade física. 
 Tipo objetivo 
*Subtrair (verbo) 
*Comissivo (tipo de conduta) 
*coisa alheia móvel (objeto material) 
*violência ou grave ameaça (meio utilizado) 
 Tipo subjetivo 
*Dolo + 
*Elemento subjetivo especifico “para si ou para outrem”. 
 Consumação 
*Teoria amotio (crime material). 
 Classificação do Delito 
*Crime comum (sujeito ativo) 
*Material (consumação) 
*Comissivo (tipo objetivo) 
*Doloso + “para si ou para outrem” (tipo subjetivo) 
*Instantâneo 
*De concurso eventual, 
*Plurisubsistente, 
*Admite-se tentativa. 
 Figuras qualificadas: §3º 
 Causas especiais de aumento da pena: §2º 
 Pena: Reclusão de 4 a 10 anos e multa 
 Ação penal: Pública incondicionada 
 
§1º: Roubo Impróprio: A violência é empregada depois da subtração objetivando assegurar a 
impunidade do agente ou a detenção da coisa. 
De acordo com o entendimento do STJ o crime estará consumado mesmo não permanecendo 
com o bem. 
Não é admitida a figura da tentativa. 
§2º Causa especial de aumento de pena 
*Aumenta-se de 1/3 a metade se houver o uso de arma, concurso de duas ou mais pessoas, 
serviço de transporte de valores + o agente conhecer essa situação, automóvel levado para 
outro estado ou exterior e privar a liberdade da vitima. 
§3º Qualificadora 
*Se a violência ou grave ameaça causar lesão grave ou gravíssima- 
Pena: Reclusão de 7 a 15 anos. 
Se a violência ou grave ameaça causar morte (Crime de latrocínio) 
Pena: Reclusão de 20 a 30 anos. 
 
Latrocínio 
 É um crime criado pela doutrina 
 A violência que causou a morte deve acontecer no momento do roubo. 
 É processado e julgado pela vara criminal comum 
Sumula 603 STF: “A competência para o processo e julgamento de latrocínio é do juiz 
singular e não do tribunal do júri.”. 
 Tentativa 
1. Morte + subtração = Consumado 
2. S/Morte + S/Subtração = Tentativa 
3. Morte + S/Subtração = Consumado 
4. S/Morte + Subtração = Tentativa 
 
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 
Bianca Afinovicz Página 5 
 
Observações do crime de Roubo 
1. Violência 
*Própria: praticada fisicamente contra a vitima (vis absoluta). 
*Imprópria: retira a capacidade de resistência da vitima – exemplos : sonífero, 
embriaguez, etc. 
2. Grave ameaça 
*intimidação por meio de palavras, gestos, fazendo com a vitima crer que sofrerá 
um mal grave e injusto(Vis compulsiva). 
3. Agente que desistiu de ficar com o bem. 
 Se a desistência for voluntaria antes da consumação aplicaremos o Art. 15 
do código Penal: 
“O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou 
impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados” 
Podemos concluir que mesmo o individuo desistindo do roubo em si, se 
houver a violência ou grave ameaça ele responderá pelo crime que fora 
praticado. 
4. Roubo de Uso 
 Diferentemente do furto de uso, neste crime (art.157) a conduta será típica 
retratando o crime de roubo consumado. 
(entendimento majoritário na doutrina). 
5. Arma 
 Pode ser própria ou imprópria 
*arma própria: criada com a finalidade de ataque e defesa. Exemplo: arma 
de fogo, espada, etc. 
*arma impropria: não foi criada para atacar ou defender. EX. faca de 
cozinha. 
*Arma de brinquedo: o STJ cancelou a sumula 174 que autorizava 
aumentar o pena caso o sujeito intimidasse a vitima com uma arma de 
brinquedo. 
 
6. Na contagem do concurso de pessoas levam-se em consideração os menores de 
18 anos, inimputáveis e pessoas não identificadas. 
7. No crime de roubo o agente não necessita de nenhuma conduta da vitima, 
privando assim, apenas sua liberdade, diferentemente do crime de extorsão que 
para a consumação do crime é necessário alguma conduta da vitima. Exemplo 
roubo: trancar no banheiro para roubar a casa / exemplo de extorsão: senha do 
cartão. 
8. Crime complexo por proteger mais de um bem jurídico: 
* Propriedade, posse ou a detenção 
* Liberdade, integridade física e a vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 
Bianca Afinovicz Página 6 
 
Art. 158 Extorsão 
 Conceito 
*Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter 
para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou 
deixar de fazer alguma coisa. 
 Tipo objetivo 
*Constranger (verbo) 
*Violência própria e grave ameaça (meios) 
*Indevida vantagem econômica (objeto material) 
*Tolerar que faça 
*Fazer 
*Deixar de fazer 
 Classificação do Delito 
*Crime comum (sujeito ativo) 
*Formal (consumação - sumula 96 STJ) 
*Comissivo 
*Doloso exigindo o elemento subjetivo especifico do tipo 
*Instantâneo 
*Unissubjetivo 
*Plurisubssitente 
*Admite-se tentativa 
 Figuras qualificadas: §2º §3º 
 Causas de aumento de pena: §1º 
 Pena: Reclusão de 4 a 10 anos + multa. 
 Ação penal: Pública incondicionada. 
 
§1º: Aumento de pena (1/3 a metade) 
*Se houver concurso de pessoas 
*Emprego de armas 
§2º: Qualificadora 
ART.157 §3º: Se a violência ou grave ameaça causar lesão grave ou gravíssima- 
Pena: Reclusão de 7 a 15 anos. 
Se a violência ou grave ameaça causar morte 
Pena: Reclusão de 20 a 30 anos. 
§3º: Qualificadora 
*Privar a liberdade (pena: 6 a 12 anos) 
*Privar a liberdade resultando em lesão grave (pena: 16 a 24 anos) 
*Privar a liberdade resultando em morte (pena: 24 a 30 anos) 
 
Observações do crime de Extorsão 
1. Não se denominará latrocínio se a extorsão resultar em morte está será 
denominada como extorsão qualificada. 
2. Flagrante 
*Conduta: Constrangimento (cabe flagrante) 
*Resultado: entrega da vantagem (não cabe flagrante) 
3. Na contagem do concurso de pessoas levam-se em consideração os 
menores de 18 anos, inimputáveis e pessoas não identificadas. 
4. Arma 
 Pode ser própria ou imprópria 
*arma própria: criada com a finalidade de ataque e defesa. Exemplo: arma 
de fogo, espada, etc. 
*arma impropria: não foi criada para atacar ou defender. EX. faca de 
cozinha. 
*Arma de brinquedo: o STJ cancelou a sumula 174 que autorizava 
aumentar o pena caso o sujeito intimidasse a vitima com uma arma de 
brinquedo. 
 
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 
Bianca Afinovicz Página 7 
 
5. Sujeito passivo 
 Qualquer pessoa (quem sofre a violência e o titular do patrimônio) 
6. Crime complexo por proteger mais de um bem jurídico: 
* Propriedade, posse ou a detenção 
* Liberdade, integridade física e a vida. 
 
Art. 159 Extorsão mediante sequestro 
 Conceito 
*Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, 
como condição ou preço do resgate. 
 Tipo objetivo 
*Sequestrar (verbo) 
*Comissivo admitindo omissão imprópria (tipo de conduta) 
*Pessoa / qualquer vantagem (objeto material) 
 Classificação do Delito 
*Crime comum 
*Formal 
*Comissivo 
*Doloso exigindo o elemento subjetivo especifico do tipo 
*Permanente 
*Unissubjetivo 
*Plurisubssitente 
*Admite-se tentativa 
 Causas de diminuição de pena: §4º 
 Figuras qualificadas: §1º §2º §3º 
 Pena: Reclusão de 8 a 15 anos 
 Ação penal: Pública Incondicionada 
 
§1º: Qualificadora 
*Se o sequestro durar mais de 24horas. 
*Se a vítima for menor de 18 anos ou maior de 60 anos. 
*Se houver Associação criminosa (art.288) 
§2º: Qualificadora 
*Se do sequestro resultar em lesão corporal gravePena Reclusão de 16 a 24 anos 
§3º: Qualificadora 
*Se do sequestro resultar Morte 
 Pena Reclusão de 24 a 30 anos 
§4º: Causa especial de diminuição de pena (redução de 1 a 2/3 da pena) 
*Delação premiada 
 - Concurso de pessoas 
 - Informações prestadas às autoridades 
 - Facilitar a libertação da vitima. 
 
 
Observações do crime de Extorsão mediante sequestro 
 
1. Se o agente forjar o próprio para extorquir os familiares este 
responderá pelo crime de extorsão (art.158), uma vez que não houve 
de fato o sequestro. 
2. Tanto pessoa física quanto pessoa jurídica pode sofrer o crime de 
extorsão mediante sequestro. Exemplo: 4 sócios da empresa xpto são 
sequestrados e exigem que a empresa pague o valor para que os 
sócios sejam libertados. 
3. O agente que sequestrar animal não responderá por extorsão 
mediante sequestro e sim por extorsão (art.158) 
 
 
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 
Bianca Afinovicz Página 8 
 
4. Associação criminosa: 
*Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim 
específico de cometer crimes: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Vigência) 
 Parágrafo único: A pena aumenta-se até a metade se a 
associação é armada ou se houver a participação de criança ou 
adolescente. 
5. Crime complexo por proteger mais de um bem jurídico: 
* Propriedade, posse ou a detenção 
 *Liberdade Individual 
6. É um crime permanente pois encontra-se em estado de consumação 
enquanto os agentes mantiverem a privação de liberdade da vítima. 
 
 
Art. 160 Extorsão indireta 
 Conceito 
*Exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da situação de alguém, 
documento que pode dar causa a procedimento criminal contra a vítima ou contra 
terceiro. 
 Tipo objetivo 
*Exigir (verbo comissivo) 
*Receber (verbo omissivo) - Crime de ação múltipla. 
*Documento (objeto material) 
 Consumação 
*Exigir: Basta a conduta (formal) 
*Receber: Necessita do resultado (material) 
 Tentativa 
*Exigir: forma escrita (admite) forma verbal (não admite) 
*Receber: Admite-se 
 Classificação do Delito 
*Crime comum 
*Formal (verbo exigir) / Material (verbo receber) 
*Comissivo (verbo exigir) / Omissivo (verbo receber) 
*Doloso exigindo o elemento subjetivo especifico do tipo 
*Instantâneo 
*Unissubjetivo 
*Plurisubssitente 
*Admite-se tentativa na forma verbal do verbo exigir e no verbo receber em qualquer 
forma. 
 Pena: reclusão de 1 a 3 anos e multa 
 Ação penal: Pública Incondicionada. 
 
Observações do crime de Extorsão Indireta 
 
1. Somente nas hipóteses de necessidade que a vítima se encontre é que poderá figurar o 
abuso praticado pelo sujeito ativo. 
2. Crime complexo por proteger mais de um bem jurídico: 
* Patrimônio 
* Liberdade individual 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 
Bianca Afinovicz Página 9 
 
 
Art. 161 Alteração de limites 
 Conceito 
* Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer outro sinal indicativo de linha 
divisória, para apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa imóvel alheia. 
 Sujeito ativo 
*Proprietário ou possuidor do imóvel que faça divisa com o imóvel pretendido (crime 
próprio). 
 Sujeito passivo 
*Somente o vizinho lindeiro 
 Tipo objetivo 
*Suprimir ou deslocar (verbo)- Crime de ação múltipla 
*Comissivo (tipo de conduta) 
*Coisa imóvel alheia (objeto material) 
 Classificação do Delito 
*Crime Próprio 
*Formal 
*Doloso exigindo o elemento subjetivo do tipo 
*Comissivo 
*Instantâneo 
*Concurso eventual 
*Plurisubsistente 
*Admite-se tentativa 
 Pena: detenção de 1 mês a 6 meses e multa 
 Ação penal: Pública Incondicionada ou Privada 
 
§1º: Equiparação de pena 
*águas alheias 
*invade com violência ou grave ameaça 
*Concurso de pessoas 
§2º: Cumulo Material 
*Alteração de limites + Violência 
§3º: Ação Penal 
*Propriedade particular sem violência: Ação Penal Privada 
*Propriedade particular + violência: Ação Penal Pública incondicionada 
 
Observações do crime de Alteração de limites 
1. Se a coisa for móvel caracterizar-se-á a conduta como crime de furto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 
Bianca Afinovicz Página 10 
 
Art. 162 Supressão ou alteração de marca em animais 
 Conceito 
* Suprimir ou alterar, indevidamente, em gado ou rebanho alheio, marca ou sinal 
indicativo de propriedade 
 Tipo objetivo 
*Suprimir ou alterar (verbos) 
*Comissivo (tipo de conduta) 
*gado ou rebanho (objeto material) 
*Marca ou sinal 
 Classificação do Delito 
*Crime Comum 
*Doloso 
*Comissivo 
*Instantâneo 
*Mera conduta ou Formal 
*Concurso eventual 
*Plurisubsistente 
*Admite Tentativa 
 Pena: Detenção de 6 meses a 3 anos e multa 
 Ação penal: Pública Incondicionada 
 
 
Observações do crime de Supressão ou alteração de marca em animais 
 
1. Não há necessidade de haver mais de um animal para se considerar o delito. 
2. Nos casos em que o animal não houver nenhuma marca e o agente vem a marca-lo 
está conduta será atípica, ou seja, não haverá crime. 
 
 
Art. 163 Dano 
 Conceito 
* Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia 
 Tipo objetivo 
*Destruir / Inutilizar / Deteriorar (Verbos) – Crime de ação múltipla 
*Comissivo ou Omissão imprópria (tipo de conduta) 
*Coisa Alheia (Objeto material) 
 Classificação do Delito 
*Crime Comum 
*Material 
*Doloso 
*Comissivo 
*Instantâneo 
*Concurso eventual 
*Plurisubsistente 
*Admite tentativa 
 Pena: Detenção de 1 mês a 6 meses ou multa 
 Ação penal: Privada (art.167) 
 Figuras qualificadas: Parágrafo único 
 
Parágrafo Único – Qualificadora 
*Devem ocorrer antes do crime de dano 
 -Violência ou grave ameaça contra a pessoa 
 -Substancia inflamáveis 
 -Contra patrimônio de administração pública 
 -Motivo egoístico (ação privada) 
*Ação Penal Pública Incondicionada 
*Pena: detenção de 6 meses a 3 anos e multa + pena em relação a violência praticada. 
 
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 
Bianca Afinovicz Página 11 
 
 
Observações do crime de Dano 
 
1. O preso que danificar a cela para fugir responderá sim pelo crime de dano na sua forma 
qualificada – Parágrafo único , III (administração pública). 
2. O agente que pichar não responderá por crime de Dano, responderá pela lei de crimes 
ambientais Lei nº.9605/98-art.65. 
Art. 65. Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. 
§ 1o Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em virtude do seu valor 
artístico, arqueológico ou histórico, a pena é de 6 (seis) meses a 1 (um) ano de 
detenção e multa. 
§ 2o Não constitui crime a prática de grafite realizada com o objetivo de valorizar o 
patrimônio público ou privado mediante manifestação artística, desde que consentida 
pelo proprietário e, quando couber, pelo locatário ou arrendatário do bem privado e, no 
caso de bem público, com a autorização do órgão competente e a observância das 
posturas municipais e das normas editadas pelos órgãos governamentais responsáveis 
pela preservação e conservação do patrimônio histórico e artístico nacional. 
 
3. O crime de dano é considerado transeunte, ou seja, deixa vestígios necessitando 
obrigatoriamente do exame de corpo de delito. 
Art. 158 CPP. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo 
de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. 
Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os 
vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta. 
4. A coisa alheia corpórea pode ser móvel ou imóvel 
 
Art. 164 Introdução ou abandono de animaisem propriedade alheia 
 Conceito 
* Introduzir ou deixar animais em propriedade alheia, sem consentimento de quem de 
direito, desde que o fato resulte prejuízo 
 Tipo objetivo 
*Introduzir (verbo comissivo) 
*Deixar (verbo omissivo) 
*Propriedade alheia (objeto material) 
*Sem consentimento 
*Causar prejuízo (resultado) 
 Classificação do Delito 
*Crime comum 
*Material 
*Doloso 
*Comissivo (introduzir) / Omissivo (deixar) 
*Instantâneo 
*Concurso eventual 
*Plurisubsistente 
*Não admite tentativa 
 Pena: Detenção de 15 dias a 6 meses ou multa 
 Ação penal: Privada 
 
 
 
 
 
 
 
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 
Bianca Afinovicz Página 12 
 
Art. 165 e Art.166 – REVOGADOS TÁCITAMENTE 
Lei nº9606/98 
Art. 62. Destruir, inutilizar ou deteriorar: 
I - bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial; 
II - arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, instalação científica ou similar 
protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial: 
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena é de seis meses a um ano de detenção, 
sem prejuízo da multa. 
Art. 63. Alterar o aspecto ou estrutura de edificação ou local especialmente protegido por 
lei, ato administrativo ou decisão judicial, em razão de seu valor paisagístico, ecológico, 
turístico, artístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem 
autorização da autoridade competente ou em desacordo com a concedida: 
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
Art. 167 
Ação penal 
Art. 167 - Nos casos do art. 163, do inciso IV do seu parágrafo e do art. 164, somente se 
procede mediante queixa. 
Art. 168 Apropriação Indébita 
 Conceito 
* Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção 
 Tipo objetivo 
*Apropriar-se (verbo) 
*Comissivo – dispor o bem (tipo de conduta) 
*Omissivo – Negar a restituição (tipo de conduta) 
 Tentativa 
*Dispor - Admite-se 
*Negar a restituição – Não admite 
*admite arrependimento posterior (art.16) 
 Classificação do Delito 
*Crime Comum 
*Material 
*Doloso 
*Comissivo e Omissivo 
*Instantâneo 
*Concurso eventual 
*Plurisubsistente 
*Admite tentativa salvo se houve negação 
 Pena: 
*Reclusão de 1 a 4 anos + multa 
 Ação penal: Pública Incondicionada 
 Aumento de pena: § 1º 
§ 1º - Causa Especial de Aumento de Pena 
*aumenta-se um terço da pena, quando o agente recebeu a coisa: 
I - em depósito necessário; 
II - na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou 
depositário judicial; 
III - em razão de ofício, emprego ou profissão. 
 
Observações do crime de apropriação indébita 
 
1. Haverá diminuição de 1/3 na pena ou apenas multa caso o réu seja primário e a coisa 
furtada seja de pequeno valor (não pode ultrapassar um salário mínimo) 
 
 
Art. 168-A Apropriação Indébita previdenciária 
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 
Bianca Afinovicz Página 13 
 
 Conceito 
* Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, 
no prazo e forma legal ou convencional 
 Sujeito ativo 
*Quem deve repassar à contribuição (crime próprio) 
 Sujeito passivo 
*O contribuinte e o Estado 
 Tipo objetivo 
*Deixar de repassar (verbo) 
*Omissivo (tipo de conduta) 
*Previdência social (bem jurídico) 
*Contribuição (Objeto material) 
*Dentro da forma e prazo legal (Condição) 
 Classificação do Delito 
*Crime Próprio 
*Material 
*Doloso 
*Omissivo 
*Instantâneo 
*Concurso eventual 
*unisubsistente 
*Não Admite tentativa 
 Pena: 
*Reclusão de 2 a 5 anos + multa 
 Ação penal: Pública Incondicionada 
 
 
§ 1º Equiparação de pena 
I - Recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência social que 
tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do 
público; 
II - Recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado despesas 
contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à prestação de serviços; 
III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido 
reembolsados à empresa pela previdência social. 
 § 2o Extinção de punibilidade 
É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o 
pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à 
previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. 
§ 3º Perdão Judicial 
É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for 
primário e de bons antecedentes, desde que: 
 I - tenha promovido após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o 
pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; ou 
II - o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele 
estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o 
ajuizamento de suas execuções fiscais. 
§ 4o Extinção de punibilidade 
A faculdade prevista no § 3o deste artigo não se aplica aos casos de parcelamento de 
contribuições cujo valor, inclusive dos acessórios, seja superior àquele estabelecido, 
administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. 
 
Observações do crime de apropriação indébita previdenciária 
1. Haverá diminuição de 1/3 na pena ou apenas multa caso o réu seja primário e a coisa 
furtada seja de pequeno valor (não pode ultrapassar um salário mínimo). 
2. Competência: Justiça Federal 
3. Princípio da insignificância: valor devido não ultrapasse R$ 20.000,00 
Art. 169 Apropriação de coisa havida por erro, caso fortuito ou força da natureza 
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 
Bianca Afinovicz Página 14 
 
 Conceito 
* Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu poder por erro, caso fortuito ou 
força da natureza 
 Tipo objetivo 
*Apropriar-se (verbo) 
*Coisa alheia (objeto material) 
*Erro, caso fortuito ou força maior (condição) 
 Tentativa 
*Admite-se salvo na hipótese de negação de restituição 
*Admite-se arrependimento posterior 
 Classificação do Delito 
*Crime comum 
*Material 
*Doloso exigindo elemento subjetivo especifico do tipo 
*Comissivo e Omissivo 
*Concurso eventual 
*Instantâneo 
*Plurisubsistente - admite-se tentativa 
*Unisubsistente – não admite tentativa 
 Pena: detenção de 1 mês a 1 anos ou multa 
 Ação penal: Pública Incondicionada 
 
Parágrafo Único- Equiparação de pena 
*Tesouro encontrado por sorte 
*Coisa achada (prazo para devolução: 15 dias) 
 
Observações do crime de Apropriação de coisa havida por erro, caso fortuito ou força da 
natureza 
 
1. Se o agente estivesse procurando pelo tesouro e dele se apoderasse haveria um crime 
de furto. 
2. Coisa de ninguém: não há crime 
3. Haverá diminuição de 1/3 na pena ou apenas multa caso o réu seja primário e a coisa 
furtada seja de pequeno valor (não pode ultrapassar um salário mínimo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 171 Estelionato 
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 
Bianca Afinovicz Página 15 
 
 Conceito 
* Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou 
mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento 
 Tipo objetivo 
*Induzir ou manter (verbo) 
*Comissivo (tipo de conduta) 
*Vantagem ilícita (objeto material) 
*prejuízo alheio (resultado) 
* artifício, ardil, ou outro meio fraudulento (por meio de) 
 Classificaçãodo Delito 
*Crime Comum 
*Material 
*Doloso exigindo o elemento subjetivo especifico do tipo 
*Comissivo 
*Instantâneo 
*Concurso eventual 
*Plurisubsistente 
*Admite tentativa 
 Pena: Reclusão de 1 a 5 anos + multa 
 Ação penal: Pública Incondicionada 
 
§ 1º - Privilegiado 
Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena 
conforme o disposto no art. 155, § 2º. 
 
§ 2º - Causa de Equiparação de pena 
*Disposição de coisa alheia como própria 
*Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria 
*Defraudação de penhor 
*Fraude na entrega de coisa 
*Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro 
*Fraude no pagamento por meio de cheque 
§ 3º - Causa especial de aumento de pena 
*A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em detrimento de entidade de 
direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência. 
 
Estelionato contra idoso 
§ 4o - Causa especial de aumento de pena 
Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido contra idoso. 
Observações do crime de estelionato 
1. Falsificação de documento + estelionato 
STF: Crime forma 
STJ: Crime material 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 172 Duplicata simulada 
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 
Bianca Afinovicz Página 16 
 
 Conceito 
* Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não corresponda à mercadoria vendida, 
em quantidade ou qualidade, ou ao serviço prestado. 
 Tipo objetivo 
*emitir (verbo) 
*Comissivo (tipo de conduta) 
*Fatura, duplicata ou nota de venda (objeto material) 
 Classificação do Delito 
*Crime Próprio (sujeito ativo) 
*Formal (consumação) 
*Doloso (tipo subjetivo) 
*Comissivo 
*Instantâneo 
*Concurso eventual 
*Plurisubsistente 
*Admite tentativa 
 Pena: Detenção de 2 a 4 anos + multa 
 Ação penal: Pública Incondicionada 
Parágrafo único – figura equiparada 
 Falsificar ou adulterar o livro das duplicatas. 
 
Art. 180 Receptação 
 Conceito 
*Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa 
que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba 
ou oculte . 
 Tipo Objetivo 
*Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar e influir (verbo) 
*Coisa (objeto material – móvel STF) 
*Produto de crime (condição) 
*Receptação própria (adquirir) 
*Receptação imprópria (influir 3º de boa-fé que adquira) 
 Consumação 
*Receptação própria: material 
*Receptação imprópria: formal 
 Tentativa 
*Receptação própria: admite, salvo no verbo ocultar 
*Receptação imprópria: não admite 
 Classificação 
*Crime comum 
*Receptação própria: material 
*Receptação imprópria: formal 
*doloso 
*comissivo 
*omissivo (verbo ocultar) 
*Instantâneo 
*Permanente (verbos ocultar, transportar e conduzir) 
*Concurso eventual 
*Plurisubsistente 
*Receptação própria: admite, salvo no verbo ocultar 
*Receptação imprópria: não admite 
 Pena: Reclusão de 1 a 4 anos + multa 
 Ação Penal: Pública Incondicionada 
 
 
 
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 
Bianca Afinovicz Página 17 
 
§ 1º - Qualificadora 
 Atividade comercial ou industrial (crime próprio) 
 Deve saber (dolo eventual e direto) 
Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa. 
§ 2º - Equiparação de conduta qualificada 
 Atividade comercial ou industrial irregular 
§ 3º - Figura Culposa 
 Desproporção entre valor e o preço 
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa, ou ambas as penas. 
§ 4º - A receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do crime de 
que proveio a coisa. 
§ 5º - Perdão Judicial / Privilegiado 
 § 3º- réu primário (perdão judicial) 
 Caput §1º §2º - réu primário + pequeno valor (crime privilegiado) 
§ 6º - Causa especial de aumento de pena 
 Pessoa da administração pública direta, indireta ou concessionaria. 
Dobra 
 
Observações 
1. Caso o proprietário da coisa que fora objeto de um crime adquirir seu 
bem de voltar por meio de receptação o doutrinador Rogerio Sanches 
entende que é possível que o proprietário responda pelo crime de 
receptação, por outro lado o doutrinador Nelson Hungria entende que 
não há crime de receptação. 
 
 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 181 – Isenção de pena 
I - Cônjuge, na constância da sociedade conjugal; 
II - Ascendente ou descendente 
 
Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é 
cometido em prejuízo 
I – Cônjuge divorciado; 
II – Irmão 
III - tio ou sobrinho, com quem o agente coabita. 
 
Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores: 
I - Se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave ameaça 
ou violência à pessoa; 
II - Ao estranho que participa do crime. 
III - se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.

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