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Processo Penal.docx 07 04

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Bianca Afinovicz Página 1 
 
Processo Penal 
 
 O processo é um instrumento que serve para aplicar o direito ao 
caso concreto 
 
 Sistema Processual Penal: Acusatório (estado-juiz, autor e réu) 
 
Princípios Processuais Penais 
 
1. Imparcialidade do Juiz 
2. Igualdade Processual 
3. Favor Rei ou benefício do réu – in dubio pro réu 
4. Presunção da inocência 
5. Contraditório 
6. Ampla Defesa 
7. Verdade Real – Juiz produz provas 
8. Livre convencimento motivado 
9. Duplo grau de jurisdição (recurso) 
10. Juiz natural (regras pré-estabelecidas) 
11. Identidade física do juiz (acompanhar a produção de provas) 
12. Publicidade 
 
Eficácia da lei processual no espaço 
A lei processual penal é aplicada em todo território nacional. 
 
 
Eficácia da lei processual no tempo 
A lei processual penal é aplicada de imediato independentemente se benéfica 
ou não para o réu. 
 
Interpretação da lei processual penal 
Admite analogia quando há uma lacuna na lei visto que o processo não pode 
parar. 
 
Persecução Penal 
Atividade do Estado de investigar, processar e julgar o fato punível. 
1ª fase – Investigação (Inquérito Policial) 
2ª fase – Processual (Ação Penal) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bianca Afinovicz Página 2 
 
Inquérito Policial 
O inquérito policial é uma peça oficial, escrita e sigilosa que consiste na 
investigação para apuração de prova de materialidade (certeza que um fato 
criminoso ocorreu) e indícios de autoria para que o MP possa oferecer 
denúncia e assim iniciar a ação penal. 
Essa investigação é feita pela polícia judiciaria, presidida pelo delegado de 
polícia que tem o dever de investigar se necessário o inquérito policial, uma vez 
que se já houver prova de materialidade e indícios de autoria o inquérito policial 
será dispensável. 
O delegado tem um prazo de 30 dias se o indiciado estiver solto ou 10 dias 
caso ele esteja preso, para remeter os autos do inquérito ao fórum podendo 
solicitar ao juiz a prorrogação deste prazo para cumprir diligencias essenciais. 
Ao concluir o inquérito o delegado deverá fazer um relatório e remeter ao 
fórum, ao chegar às mãos do ministério público (fiscal do inquérito e autor da 
ação penal) este poderá solicitar novas diligencias imprescindíveis para a ação 
penal e remeter de volta a delegacia, pode também solicitar o arquivamento do 
inquérito podendo ser desarquivado (observando a prescrição do crime) caso 
surjam novas provas. 
Nos casos de arquivamento solicitado pelo Ministério Público o juiz pode 
concordar e arquivar como pode discordar do promotor e remeter o inquérito 
policial ao Procurador geral que ao concordar com o juiz oferecerá denuncia ou 
solicitará que outro promotor ofereça (longa manus), não podendo obrigar o 
promotor que solicitou o arquivamento a fazê-la. Por outro lado, se ele 
discordar do juiz o inquérito deverá ser arquivado sem mais questionamentos. 
Pode ocorrer também a extinção de punibilidade que faz coisa julgada material, 
ainda que exista materialidade e autoria o MP nada pode fazer. 
Não havendo nenhum impedimento o promotor deverá oferecer a denúncia 
(petição inicial). 
 
Observação: 
 Diferentemente do sistema processual penal (acusatório) o Inquérito 
Policial é inquisitivo não vigorando o princípio do contraditório. 
 Formas de instauração: 
1. De ofício: Iniciada por ato voluntario da autoridade oficial. 
2. Requisição do Juiz ou do MP: ordem a ser cumprida pelo 
delegado. 
3. Requerimento do ofendido: a vítima deve solicitar que as 
investigações se iniciem. 
4. Prisão em flagrante 
 
 
Bianca Afinovicz Página 3 
 
 Notitia criminis (maneira pela qual o delegado fica sabendo da 
existência do delito): 
1. Cognição imediata: pelas atividades rotineiras da 
autoridade policial. 
2. Cognição mediata: pela intermediação de terceiros. 
3. Cognição coercitiva: Prisão em flagrante 
Ação Penal 
Para que ocorra a ação penal o MP precisa que as partes possuam 
legitimidade, precisa que aja interesse de agir (prova de materialidade de dos 
indícios de autoria) e que tenha a possibilidade jurídica do pedido (o fato tem 
que ser um crime). 
 
Ação Penal Pública 
A ação penal pública pode ser incondicionada ou condicionada a 
representação e tem como autor o ministério público e este é obrigado a 
oferecer a denúncia, no prazo de 15 dias se o acusado estiver solto ou 5 dias 
caso o acusado esteja preso, se convicto da materialidade e da autoria. 
Quando o MP não cumprir o prazo para oferecer a denúncia a vítima poderá 
promover dentro de 6 meses contados a partir do vencimento do prazo do MP 
por meio de queixa-crime, podendo ainda o promotor aditar a queixa, substitui-
la, concordar e acompanhar ou retomar a ação caso tenha sido abandonada 
pelo particular (ação penal privada subsidiaria da pública). 
Iniciada a ação penal o promotor não pode dela dispor, ainda que tenha 
mudado de ideia quanto a condenação do acusado. 
O MP deve, sem exceção, processar todos que cometeram o delito e a pena 
aplicada não poderá passar da pessoa condenada. 
 
Ação Penal Privada 
A ação penal privada é facultada ao particular que caso queria ingressar com 
uma ação penal deverá fazer por meio de um advogado necessitando de uma 
procuração específica para realizar a queixa-crime (petição inicial) e esta 
deverá ser feita no prazo decadencial de 6 meses a ser contando da data do 
descobrimento da autoria do crime. 
A queixa-crime pode ser oferecida pela vítima, o representante leal, cônjuge, 
ascendente, descente e irmão se a vítima estiver morta ou ausente. 
Nos casos de ação penal privada o MP será o fiscal da lei, podendo aditar a 
queixa-crime para aprimorar a parte técnica e nunca agirá como parte. 
A vítima pode antes do transito em julgado perdoar o réu e este pode ou não 
aceitar o perdão. 
 
 
 
Bianca Afinovicz Página 4 
 
Ação civil ex delito 
 
A sentença penal é um título de execução no cível, fazendo com que a pratica 
da infração penal torne certo o dever de reparar o dano causado à vítima. 
Dada a sentença penal o juiz fixará um valor mínimo estipulando o quanto 
deverá ser pago a vítima pelo dano causado e na ação civil poderão ser 
acrescidos outros valores. 
Faz coisa julgada no cívil a decisão penal que declarar que o fato não existiu 
provar que o réu não foi o autor e apontar excludentes de ilicitude. 
Não impede a ação cívil se a decisão penal apontar que o fato existiu mas não 
é crime, não provar o fato ou a autoria, o estado de necessidade agressivo da 
vitima e a legitima defesa onde por erro na execução atinge terceiros. 
 
Jurisdição 
Jurisdição é o poder de aplicar o direito material a um caso concreto. 
 
Competência 
A competência é delimitação da jurisdição e podemos defini-la pelo local da 
infração, pelo domicilio do réu, pela prevenção do juízo, pela natureza da 
infração, pela distribuição, pela conexão ou continência e pela prerrogativa de 
função. 
 
1. Determinando o foro e a justiça competente 
a) Lugar da Infração 
Em regra, utilizamos o local onde ocorreu o resultado de determinado 
crime, salvo nas hipóteses dos crimes doloso contra a vítima que 
considerar-se-á local do crime aquele que fora cometido ação/conduta 
delituosa. 
Nos crimes a distância utilizamos a teoria da ubiquidade podendo ser 
considerado lugar do crime, tanto onde ocorreu a ação quanto o lugar 
do resultado. 
b) Domicilio do Réu 
Quando o lugar do crime for desconhecido ou a ação penal for 
privada. 
c) Natureza da Infração 
 Justiça Comum: Federal e Estadual. 
 Justiça Especial: Militar e Eleitoral. 
 
 
 
 
BiancaAfinovicz Página 5 
 
2. Se houver mais de um juiz competente em determinada circunscrição 
judiciaria 
d) Prevenção 
O primeiro juiz que tiver se adiantado aos demais na prática de algum 
ato do processo ou antes mesmo do oferecimento da denúncia será 
competente para julgar aquele caso. 
e) Distribuição 
A distribuição será feita sempre que não houver um juiz prevento e 
esta será feita por uma espécie de sorteio não sabendo e nem 
podendo prever onde irá ser processado e julgado aquele processo. 
 
3. Para a facilitação do processo, após determinado o foro a justiça e o juiz 
competente este poderá os processos por certa semelhança serem 
juntados por conexão ou continência. 
 
 
f) Conexão: quando há dois ou mais crimes 
 Intersubjetiva: cometidos por duas ou mais pessoas 
 Conexão intersubjetiva por reciprocidade: umas contra outras 
 Conexão intersubjetiva por simultaneidade: ao mesmo tempo 
 Conexão intersubjetiva por concurso de agente: Cooperação 
para a prática delituosa 
 Objetiva: unidos pelo próprio crime 
 Conexão objetiva teleológica: o 1º delito é praticado para 
facilitar a execução do 2º delito. 
 Conexão objetiva consequencial: um 2º delito é cometido 
visando garantir a vantagem obtida do 1º delito ou para ocultar 
o 1 º delito ou para obter a impunidade do autor do 1º delito. 
 Conexão objetiva instrumental: unidos pelas características e 
circunstancias de vários crimes que se assemelham. 
g) Continência 
 Subjetiva: duas ou mais pessoas cometendo 1 crime 
 Concurso de agentes 
 Objetiva: uma pessoa cometendo dois ou mais crimes 
 Concurso formal: única ação vários resultados 
 Aberratio ictus: uma conduta dolosa resultando outra conduta 
culposa do mesmo bem jurídico tutelado. 
 Aberratio delicti: uma conduta dolosa resultando outra conduta 
culposa de bem jurídico tutelado diferente. 
 
 
Bianca Afinovicz Página 6 
 
h) Prerrogativa de função: julgamento originariamente por órgãos 
superiores em face do cargo exercido por determinada pessoa. 
 TJ: prefeito, juiz, promotor, entre outros. 
 STJ: governador, desembargador, entre outros. 
 STF: Presidente da República, deputados federais, senadores, 
ministros do Estado, entre muitos outros. 
Observações: 
 Quando um crime doloso contra a vida é cometido por alguém que 
tenha o foro privilegiado este será julgado pelo órgão superior 
competente e não pelo tribunal do júri, porém se esta prerrogativa 
de função é estipulada pela constituição estadual ao invés da 
Constituição Federal o agente será julgado pelo tribunal do júri. 
 Nos processos por crime contra a honra que admitem a exceção 
da verdade se o querelante for detentor de foro privilegiado e o ofensor 
resolver ingressar com exceção da verdade neste a caso a exceção da 
verdade será julgada pelo órgão superior competente.

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