Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Arl Arl indo indo UgulUgul ino ino Netto Netto €€ FISFIS IOLIOL OGIOGI A €A € MEDMED ICIICI NA NA P2 €P2 € 20082008 .1.1 1 FAMENE NETTO, Arlindo Ugulino. FISIOLOGIA IIFISIOLOGIA II FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA (Professora Mônica e Socorro Gadelha) O sistema respirat€rio • respons‚vel por fornecer oxigƒnio (O2) aos tecidos para realiza„…o de rea„†es importantes ao met abolismo do corpo, al•m de remover e elim inar o di€xido de car bono (CO 2), produto deste metabolismo. As fun„†es do sistema respirat€rio podem se resumir a trƒs: ventilação (respira„…o); trocas gasosas entre os alv•olos e os capilares (respira„…o externa) ou entre os capilares sistƒmicos e as c•lulas teciduais do corpo (respira„…o interna); e a utilizaçã o do oxigênio na respira„…o celular. Para o desempenho destas fun„†es, a respira„…o pode ser dividida em quatro grandes eventos: € Ventilação pulmonar , que se refere ‡ troca de ar entre a atmosfera e os alv•olos pulmonares;€ Difusão do oxigênio e do CO 2 entre os alv•olos e o sangue. € Transporte de oxi gênio e de CO 2 no sangue e nos lˆquidos corporais, para as c•lulas (oxigƒnio) e a partir delas (di€xido de carbono). € Regulação da ventilação e de outros aspectos da respira„…o. O sistema respirat€rio interage tamb•m com outras ‰fun„†es n…o-respirat€riasŠ, por•m importantes para a homeostasia: vocaliza„…o, degluti„…o, regula„…o t•rmica, v‹mito, mic„…o e defeca„…o e parto (manobra de Valsalva), sono e emo„†es. A ANATOMIA DASNATOMIA DAS V V IASIAS R R ESPIRAT•RIAS ESPIRAT•RIAS As vias de condução do sistema respiratório est…o representadas pelo nariz (cavidade nasal), boca, faringe, laringe, traqu•ia, br‹nquios principais, br‹nquios secund‚rios e terci‚ri os. As vias respiratórias , onde o oxigƒnio do ar inspirado j‚ pode ser trocado pelo CO2 do ar oriundo da circula„…o sistƒmica, s…o representadas pelos bronquˆolos respirat€rios e sacos alveolares (conjunto de alv•olos). Esses €rg…os podem ser divididos tamb•m em: trato respiratório superior e trato respiratório inferior (traqu•ia e pulm†es). Este primeiro deve ser bem analisado em certas patolo gias pulmonares, uma vez que algumas desenvolvem sintomas nesse trato a•reo superior. Os pulmões s…o dois €rg…os localizados na cavidade tor‚cica que cont•m os br‹nquios terminais e os bronquˆolos do sistema respirat€r io. Œ ele quem cont•m, ao nˆvel de seu hilo (via de entrada e saˆda pulmonar), as art•rias pulmonares (que levam sangue rico em CO 2 do cora„…o) e as veias pulmonares (que trazem sangue oxigenado de volta ao cora„…o). CAVIDADE NASAL A cavidade nasal • delimitada anteriormente pelas narinas e posteriormente pela nasofaringe, sendo dividia em duas partes por uma parede osteo cartilaginosa. Em seu interior existem dobras chamadas de conchas (cornetos) nasais , respons‚veis por aumentar a superfˆcie de contato entre o ar e a mucosa, auxiliando na umidifica„…o e aquecimento do ar . No teto das fossas nasais, existem c•lulas sensoriais que comp†em o nervo olfat€rio (I p ar de nervos crania nos), respons‚vel pela olfa„…o. Ela • revestida inter namente pela mucosa nasal, cuja submucosa possui um grande nmero de vasos sanguˆneos. O calor do sangue nesses vasos aquece o ar e, assim, as demais vias respirat€ri as e os pulm†es recebem ar aquecido. A mucosa • dotada de cˆl ios do epit•l io respirat€rio e c•lulas caliciformes que produzem uma substŽncia viscosa, levemente amarelada, denominada muco. Al•m de lubrificar a mucosa, junto com os pƒlos, retƒm microrganismos e partˆculas de poeira do ar, funcionando como um filtro ; serve tamb•m para umedecer o ar.Logo, a mucosa nasal tem como finalidade: € Aq uec im ento e u mi di fi caç ão do ar : com auxˆlio das conchas nasais, que apresentam vasos sanguˆneos cujo trajeto do sangue se faz em sentido contr‚rio ao fluxo de ar que entra na via a•rea. € Lim peza e filtração do ar : devido a reten„…o de partˆculas no muco, que s…o dirigidos para a faringe pelos cˆlios do epit•lio respirat€rio para serem expectorados ou deglutidos. Arl Arl indo indo UgulUgul ino ino Netto Netto €€ FISFIS IOLIOL OGIOGI A €A € MEDMED ICIICI NA NA P2 €P2 € 20082008 .1.1 2 FARINGE A faringe , órgão músculo- tubular comum aos sitemas resp iratório e digestório , é reponsável por s eparar e conduzir o ar para traquéia e o alimento para o esôfago. OBS1: Quando o alimento toca o palato duro da faringe e chega ao terço posterior da cavidade oral, ocorre uma sequência de eventos reflexos que promovem o fechamen to das pregas vocais, o fechamento da epiglote s obre a glote e, consequentimente, a passagem do alimento para o esôfago, evitando que este alcance as vias aéreas. OBS²: A presença de restos de alimento na e piglote ou na laringo faringe podem des encadear tais reflexos e cau sar a oclusão das vias respiratórias, bloqueando a respiração e promovendo risco eminente de morte. LARINGE A laringe é um órgão complexo, envolvido com a fonação, formado por 9 cartilagens interconectadas por membranas, ligamentos e articulações sinoviais. O esqueletocartilaginoso da laringe é formada por 3 cartilagens ímpares (tireóidea, cricóidea e epiglótica) e por 3 cartilagens pares (aritenóidea, corniculada e cuneiforme). Todas elas revestidas de membrana mucosa que são movidas pelos músculos da laringe. As dobras da membrana mucosa dão srcem às pregas vocais; as de cima, falsas; as de baixo, verdadeiras. Em resumo, a laringe é um órgão envolvido tanto com a respiração (impedindo a entrada de corpos estranhos nas vias respiratórias e permitindo a passagem de ar para a traquéia) como na fonação (graças à vibração das pregas vocais durante a passagem de ar na laringe). Portanto, a função das pregas vocais verdadeiras consiste na produção de sons quando elas estão praticamente fechadas, permitindo apenas a passagem de uma quantidade moderada de ar . TRAQUÉIA E BRONQUIOS São tubos músculo-cartilaginosos responsáveis por manter as vias aéreas sempre abertas, graças à presença dos anéis cargilaginosos e de músculo liso . Esta estrutura muscular é responsável pela broncodilatação ou broncoconstricção, que depende dos impulsos simpáticos e parassimpáticos, respectivamente. Contudo, não há oclusão total neste núvel do trato respiratório dev ido à presença dos anéis de hialina. Estes órgãos tem a função de conduzir ar para a zona respiratória. A parede bronqueal é recoberta de cílios, que se projetam do topo de suas células epiteliais. Têm função de eliminar partículas juntamente como o muco, produzindo-o para manter a integridade da parede muscosa de toda árvore respiratória. OBS3: O cigarro distrói os cílios, gerando metaplasia do epitélio respiratório, ou seja, mudança do epitélio pseudo- estratificado ciliado para pavimentoso estratificado comproliferação células caliciformes. OBS4: Os brônquios e a traquéia são tão sensíveis ao toque que até mesmo quantidades muito pequenas de matéria estranha, ou outra causa de irritação, desencadeia o reflexo da tosse . Os impulsos nervosos estimulados por esta irritação passam das vias aéreas até núcleos localizados no bulbo encefálico (núcleo do trato solitário) , principalmente via fibras aferentes viscerais do nervo vago. No bulbo, uma sequência de envetos é deflagrada por circuitos neuronais Arl Arl indo indo UgulUgul ino ino Netto Netto €€ FISFIS IOLIOL OGIOGI A €A € MEDMED ICIICI NA NA P2 €P2 € 20082008 .1.1 3 do centro respirat€rio, que ativam os nervos frƒnicos, os nervos intercostais e os nervos da laringe. Estes nervos fazem com que uma grande quantidade de ar (devido ao aumento da press…o exercida pelo diafragma e pelos msculos intercostais) seja direcionada de encontro ‡ glote e ‡ epiglote, que se encontram fechadas (gra„as ‡ inerva„…o da laringe que, em parte, se faz pelo nervo vago). Este fen‹meno faz com que a glote seja for„ada a abrir de forma sbita e grosseira, como uma explos…o, promovendoo som caracterˆstico da tosse e uma for„a press€rica que geralmente • capaz de expulsar os elementos estran hos que desencadearam o processo. O espirro tem o mesmo mecanismo, a n…o ser pelo estˆmulo o correr na cavidade nasal e ser caracterizado pelo abaixamento do palato mole e vu la, para que o ar se direcione pelo nariz, limpando-o. BRONQUÍOLOS A medida que v…o se aproximando da por„…o respirat€ria, os bronquios v…o diminuindo a sua luz e a cartilagem hialina vai sendo sub stituˆda por fibras de col‚geno e apen as a musculatura lisa vai predominand o. Œ em nˆvel dos bronquˆolos que a broncoconstric„…o • mais evidente. O calibre dos boronquˆolos, no geral, • controlada pela demanda de O 2 necess‚ria ao organismo: em casos de exercˆcios, h‚ uma broncodilata„…o para chegar mais ar nas zonas respirat€rias, enquanto que, nas situa„†es derepouso, os bronquios passam por broncoconstric„…o, para evitar gasto desnecess‚rio de energia (devido a contra„…o muscular). Em crises asm‚ticas, por se tratar de um processo inflamat€rio, h‚ libera„…o de histamina que causa uma broncoconstri„…o (broncoespasmo) ao contrair o msculo liso que recobre os bronquilos, gerando grande resistƒncia ‡ expira„…o e, consequentemente, dificuldade respirat€ria. Portanto, a luz dos bronquˆolos • mantida gra„as ‡ contra„ …o do msculo liso br‹nq uico que, por sua vez, • mediado pela a„…o de alguns neurotransmissores e citocinas: € Por estimula„…o simp‚tica, a adrenal secreta noraepinefrina e epinefrina. Ambos os horm‹nios, part icularmente a apinefrina, em virtude de sua maior estimula„…o por receptores beta, causam dilata„†es nas paredes dos bronquˆolos. € A acetilcolina, liberada por efeito parassimp‚tico vagal, causa broncoconstric„…o. € A histamina • um fator secretado pelos mast€citos do parenquima do pr€prio pulm…o, causando broncoconstric„…o, geralmente por respostas al•rgicas. A asma • uma doen„a inflamat€ria cr‹nica caracterizada pela obstru„…o cr‹nica ao fluxo de ar nas vias respirat€rias (e n…o na parte mecŽnica da respira„…o, difer entemente da miastenia, como veremos mais adiante). Sua fisiopatologia est‚ relacionada ao edema da mucosa br‹nquica, a hiperprodu„…o de muco nas vias a•reas e a contra„…o damusculatura lisa das vias a•reas, com consequente diminui„…o de seu diŽ metro (broncoesp asmo) e edema dos br‹nquios e bronquˆolos. Isto resulta em v‚rios sintomas, como: dispn•ia, tos se e sibilos (sons agudos resultantes da resistƒncia ‡ passagem do fluxo a•reo), principalmente ‡ noite. O estreitamento das vias a•reas • geralmente reversˆvel, por•m, em pacientes com asma cr‹nica, a inflama„…o pode determinar obstru„…o irreversˆvel ao fluxo a•reo. As caracterˆsticas patol€gicas incluem a presen„a de c•lulas inflamat€rias nas vias a•reas, exsuda„…o de plasma, edema, hipertrofia muscular, rolhas de muco e descama„…o do epit•lio. O diagn€stico • principalmente clˆnico e o tratamento consta de medidas educativas e drogas que melhorem o fluxo a•reo na crise asm‚tica e antiinflamat€rios, principalmente a base de cortic€ide. OBS5: Asma, informa o texto acima, pode ser causada por contra„…o da musculatura lisa dos bronquˆolos, geralmente, devido a uma rea„… o al•rgica. Esta rea„…o • mediada, principa lmente, pela histamina , que • liberada pelos mast€citos, ativados por al•rgenos da mucosa do trato respirat€rio inferior. Isso leva, em segundos, ‡ constri„…o br‹nquica e aumento de secre„…o de muco e lˆquidos, tornando a respira„…o mais dificultosa pelo aprisionamento de ar nos pulm†es. Logo, ela • uma doen„a al•rgica caus ada por uma resposta imunol€gic a retro-alimenta da, ou seja: a resposta al•rg icainicia o seu processo e n…o para, acarretando a libera„…o de citocinas e histamina, respons‚veis por causar broncoconstrição (redu„…o do calibre dos br‹nquios, dificultando a saˆda e entrada de ar) e vasodilatação (aumentando assim, a permeabilidade dos vasos devido ao aumento de suas fenestr a„†es espa„os entre as c•lulas endoteliais gerando edema, que piora os sintomas da asma). Esse s efeitos associad os dificultam a saˆda do ar ric o em CO2 dos pulm†es, o que diminui, consequentemente, a entrada adequada de ar oxigenado, causando cianose. Arl Arl indo indo UgulUgul ino ino Netto Netto €€ FISFIS IOLIOL OGIOGI A €A € MEDMED ICIICI NA NA P2 €P2 € 20082008 .1.1 4 OBS6: Duas classes de medicamentos tƒm sido utilizada s para tratar a asma: os broncodilatadores (para aumentar a luz dos bronquˆolos) e os antiin flamat€rios hormonais (os cortic€ides , que inibem a a„…o imun ol€gica das his taminas). As ‰bombinhasŠ (aparelho usado para perfurar capsulas medicamentosas inalantes) de asm‚ticos, geralmente combinam esses dois tipos de medicamentos, adiministrando-os de forma inalat€ria, para que o medicamento aja diretamente no ponto desejado os bronquˆolos. € Broncodilatadores: s…o medicamentos, como o pr€prio nome diz, que dilatam os br‹nquios (vias a•reas) quando o asm‚tico est‚ com falta de ar, chiado no peito ou crise de tosse. Existem broncodilatado res chamados beta2-agonistas - uns apresentam efeito curto e outros efeito prolon gado (que dura at• 12h). Al•m dos beta2 - agonistas, outros broncodilatadores, como teofilinas e anticolin•rgicos, podem ser usados. € An ti in fl amat ór io s (co rt ic óides): os cortic€ides inalat€rios s…o, atualmente, a melhor conduta para combater a inflama„…o, sendo utilizados em quase todos os asm‚ticos. S€ n…o s…o usados pelos pacientes com asma leve intermitente (que tƒm sintomas espor‚d icos). Os cortic€ides apresen tam, como um de seus mecanismos de a„…o, a capacidade imunossupress ora, o que diminui a resposta imunol€gica da asma. Tais medicamentos s…o utilizados com o intuito de prevenir as exacerba„†es da doen„a ou, pelo menos, minimiz‚-las e aumentar o tempo livre da doen„a entr e uma crise e outra. Os cortic€ides devem ser ut ilizados de maneira contˆn ua (todos os dias), j‚ que combatem a inflama„…o cr‹nica da mucosa br‹nquica, que • o substrato para os acontecimentossubsequentes. Deve-se fazer uso, principalmente, de anti-histamˆnicos. OBS7: As prostaglandinas tƒm efeito broncoconstrictor, e devem ser bloqueadas por corticóides em crises asm‚ticas. AL VÉOLOS Os alvéolos pulmo nare s s…o estruturas de pequenas dimens†es, mas bastante numerosas , localizadas no final dos bronquˆolos, onde se realiza a hematose pulmona r (trocas gasosas) atrav•s da difus…o gasosa. O alv•olo corresponde, portanto, ‡ estrutura morfofunciona l do pulm…o. S…o cavidades diminutas que se encontram formando os pulm†es nas paredes dos vasos menores e dos sacos a•reos. Por fora dos alv•olos h‚ redes de capilares sanguˆneos. Suas paredes s…o muito tƒnues e est…o compostas unicamente por uma capa de c•lula s delgadas e planas, pela qual as mol•culas de oxigƒn io e de di€xido de carbon o passam com facilidade. A hematose pulmonar, ou troca gasosa, ocorre durante a respira„…o orgŽnica do ser vivo e • o processo onde o oxigƒnio conduzido at• os alv•olos no pulm…o, passam para a corrente sanguˆnea para ser conduzido pelas hem‚cias e futuramente entr ar nas c•lulas e ocasionar a respira„…o celular na presen„a da glicose. Na hematose, tamb•m ocorre o processo de elimina„…o do di€xido de carbono produzido pela combust…o da queima de oxigƒnio combinado com a glicose como resultado da respira„…o celular. Os alv•olos s…o unidades microsc€picas, que s…o circundados por vasos capilares. Œ nesta estrutura onde ocorre a hematose. Est es alv•olos se organizam na forma de sacos alveolares, realizando uma hematose maisefetiva. Os alv•olos s…o revestidos por 2 tipos de c•lulas, pneumócito tipo I (macr€fago) e pneumócito tipo II (a pr€pria c•lula de revestimento alveolar). O pneum€cito tipo II • respons‚vel pela produ„…o de surfactante. H‚ cerca de 10 a 30 alv•olos por ducto ou saco alveolar, ou seja, 200 a 600 milh†es de alv•olos nos pulm†es. Isto significa que, em separado, asuperfˆcie respirat€ria conferida pelos alv•olos • capaz de cobrir meia quadra de tƒnis . Por esta raz…o, sintomas pulmona res como a dispn•ia geralmente refletem doen„as mais avan„adas e graves. Autores afirmam que a pr€pria dispn•ia s€ se manifesta quando 50% da capacidade pulmonar est‚ comprometida e, por esta raz…o, o diagn€stico de doen„as pulmonares geralmente se d‚ de forma tardia. Síndrome da Angústia Respiratória Recém-nascido. Devido ao fato do sistema respirat€rio ser o aparelho mais tardiamente maturado, crian„as prematuras est…o propen„as a falta de surfactante devido ao pouco desenvolvimento dos pneum€citos dos alv•olos. Isso faz com que os alv•olos se colabem, incapacitando as trocas gasosas nesse nˆvel. Síndrome da Angústia Respiratória no Adulto (SARA). A sˆndrome da angstia respirat€ria aguda (tamb•m denominada sˆndrome da angstia respirat€ria do adulto) • um tipo de insuficiƒncia pulmonar provocado por diversos distrbios que causam acmulo de lˆquido nos pulm†es (edema pulmonar). Essa sˆndrome • considerada uma emergƒncia m•dica que pode ocorrer mesmo em pessoas que anteriormente apresentavampulm†es normais. Arl Arl indo indo UgulUgul ino ino Netto Netto €€ FISFIS IOLIOL OGIOGI A €A € MEDMED ICIICI NA NA P2 €P2 € 20082008 .1.1 5 ÁRVORE RESPIRATÓRIA (BRONQUICA) E ALVÉOLOS Posteriormente a entrada dos brônquios principais no hilo pulmonar, estes ramificam-se de forma constante dentro dos pulmões para formarem a árvore brônquica. São cerca de 20 divisões das vias aéreas: da traquéia até os bronquíolos respiratórios: (ZONA DE CONDUÇÃO) Brônquios principais • Brônquios lobares (3 no pulmão D e 2 no E) • Brônquios segmentares • Bronquíolos terminais • (ZONA RESPIRATÓRIA) Bronquíolos respiratórios • Ductos alveolares• 5 ou 6 sacos alveolares • Alvéolo: unidade estrutural básica da respiração. Os brônquios são estruturas tubulares, com diâmetros variados e que apresentam cartilagem na parede; os bronquíolos são vias aéreas desprovidas de cartilagem, apresentam além da porção condutora, alvéolos na su a parede. O epitélio é pseud o- estratificado cilíndrico ciliado na traquéia e brônquios, torna-secuboidal nos bronquíolos e pavimentoso nos alvéolos. OBS8: Em resumo, no que diz respeito à divisão da árvore respiratória, temos: € Zona de condução: Traquéia • Bronquio primário • Árvore bronquial • Bronquios terminais (60000). € Zona respiratória: Bronquíolo respiratório (500000) • Sacos alveolares (8 milhões) • Alvéolos. PLEURA PULMONAR A pleura é uma fina capa membranosa formada por dois folhetos: € Pleura parietal que recobre internamente a parede costal da cavidade torácica. € Pleura visceral que recobre os pulmões, o mediastino (pleura mediastinal) e o diafragma (pleura diafragmática). Nas situações normais, a cavidade pleural ou espaço pleural, espaço virtual entre os dois folhetos da pleura, é ocupado por uma pequena quantidade de líquido para a lubrificação das pleuras denominado de líquido pleural. A função desse líquido seroso que é segregado pela pleura é a lubrificação e facilitação dos movimentos dos pulmões durante a mecânica da ventilaçãopulmonar, bem como na manutenção do vácuo interpleural , que consiste em um pressão negativa existente entre os dois folhetos. Esta pressão negativa se faz imp ortante para a expansão pulmonar: quando a caixa torácica se expande, a pleura parietal se afasta da visceral, o que diminui ainda mais a pressão e, por propriedades físicas, a pleura visceral é repuxada, o que faz com que o pu lmão se expanda junto aos movimentos de expansão da caixa torácica, mesmo sem que haja nenhum ligamento anatômico entre as duas pleuras. A pleura é, portanto, uma membrana envoltória intra-torácica, que no seu interior tem um espaço laminar (espaço pleural/ interpleural/ intrapleural), também denominado de cavidade pleural. Esse espaço poderá ser ocupado em situações patológicas co m a formação de coleções de gases ou ar ( pneumotórax) ou líquido (derrame pleural, empiema pleura l, hemotórax, quilotórax). As doenças que acometem as pleuras podem provocar seqüelas com ader ências pleurais e espessamento pleura l (pleuris) com encarceramento pulmonar, como por exemplo, o que ocorre no empiema pleural e na tuberculose pleura l. Em quadros como esse, devido ao fim do vácuo interpleural, o pulmão é incapaz de expandir junto a parede torácica. Apesar de essas coleções sempre constituírem uma condição anormal que dificultam a ventilação pulmonar, a conduta no tratamento poderá ser conservadora nos pequenos pneumotórax espontâneos, nos pacientes sem respiração mecânica e nas pequenas coleções líquidas não sépticas e cujo diagnóstico seja conhecido. Nas dema is situações, impõe-se o tratamento cirúrgico com toracocentes e (punção pleural) ou drenagem pleural. A t oracocentese e a drenagem pleura l são, portanto procedimentos cirúrgicos com finalida de diagnóstica e terapêutica nas doenç as dacavidade pleural. Arl Arl indo indo UgulUgul ino ino Netto Netto €€ FISFIS IOLIOL OGIOGI A €A € MEDMED ICIICI NA NA P2 €P2 € 20082008 .1.1 6 MÚSCULOS DA RESPIRAÇÃO O pulmão funciona como um compartimento de trocas gasosas, onde há entrada e saída contínua de ar. Porém, ele não tem a capacidade de receber ar por si só. A entrada (inspiração) de ar no pulmão está relacionada à expansão da caixa torácica pelo auxílio de músculos respiratórios, bem como a saída (expiração) está ligada com a diminuição dessa caixa. € Músculos inspiratórios: ao se contraírem, produzem aumento do volume da caixa torácica. a) Diafr agma: traciona a superfície inferior dos pulmões para baixo, aumentando o volume da caixa torácica no sentido vertical (crânio-caudal). b) Interc osta is exte rnos e músculos do pescoço (Este rnocle idoma stóide o e esca len os) : tracionam as costelas e o osso esterno para cima e para diante, aumentando o volume da caixa torácica no sentido horizo ntal (ântero-posterior). Esses são mais cobrado s na respiração forçada. Músculos expira tórios: ao se contraírem, produzem diminuição do volume da caixa torácica. a) Músculos abdomina is (T ransve rso, oblíquo exte rno e oblíquo inte rno): elevam a superfície inferior dos pulmões, diminuindo o volume da caixa torácica no sentido vertical (crânio-caudal). b) Múscul os inte rco sta is inte rno s: tracionam as costelas e o esterno para baixo, diminuindo o volume da caixa torácica no sentido horizontal (ântero-posterior). Ao expandir o tórax por meio da ação dos músculos inspiratórios, o pulmão acompanha essa expansã o devido ao vácuo interpleural (que aumenta devido ao aumento do volume torácico) e repuxa a pleura visceral. Essa expansã o do pulmão gera uma pressão subatmosférica, fazendo com que o ar flua do meio para dentro do pulmão. Ao reduzir de volume, o pulmão gera uma pressão supratmosférica, que faz com que o ar seja expulso de dentro dos alvéolos. Miastenia grave: é uma doença auto-imune caracterizada pela presença de anticorpos (proteínas de defesa) do próprio organismo atacando os receptores de acetilcolina na junção neuromuscular (contato entre o nervo e o músculo), gerando prejuízos motores. A acetilcolina é um neurotransmissor (substância química que é liberada pelos impulsos nervosos) importante na passagem do estímulo nervoso ao músculo e provocar as contrações musculares, responsáveis pelo movimento. Entre muitos outros fatores, a miastenia grave pode causar falta de ar (quando envolve os músculos da respiração), sob condições extremas, como durante uma infecção respiratória, caracterizando uma "crise miastênica" na qual a pessoa pode precisar de ajuda respiratória (ventilação mecâ nica). Logo, em relação à respiração, essa doença afeta apenas a parte mecânica da respiração, diferentemente da asma, que está relacionada com a hiper- reatividade da musculatura lisa. Arl Arl indo indo UgulUgul ino ino Netto Netto €€ FISFIS IOLIOLOGIOGI A €A € MEDMED ICIICI NA NA P2 €P2 € 20082008 .1.1 7 P P RESS‚ESRESS‚ES P P ULMONARES ULMONARES Os pulm†es se expandem e esvaziam por causa da mudan„a de press…o entre a atmosfera e os alv•olos, sempre acompanhando os movimentos da caixa tor‚cica. PRESSÃO ALVEOLAR (Palv) Œ a press…o no interior dos alv•olo s, sendo a respons‚vel por manter a expans…o pulmonar contra a parede tor‚cica, evitando assim seu colabamento. Quando a glote est‚ aberta, tem-se: Patm = Palv , n…o havendo at• ent…o fluxo de ar. Mas com a expans…o da caixa tor‚cica, a Palv torna-se menor que a Patm, devido ao aumento do volume do pulm…o (Lei de Boyle-Mariote), ocasionando a entrada de ar nos pulm†es. PRESSÃO INT RAPLEURAL (Pip ) Œ a press…o no espa„o pleural, ou seja, entre as duas pleuras. Ela deve ser sempre negativa em rela„…o ‡ Palv pela falta de ar nesse espa„o, oque • mantido por drenagem linf‚tica contˆnua. Ela • causada devido a tens…o superficial dos lˆquidos sobre os alv•olos e pelas fibras el‚sticas retr‚teis do pulm…o que causam uma tendƒnc ia natural do pulm…o em colabar, diminuindo ainda mais essa press… o entre as pleuras . Essa press…o • mais negativa ainda na inspira„…o, e nunca pode se tornar igual ou maior que a press…o atmosf•rica, o que seria impossˆvel a realiza„…o da respira„…o. PRESSÃO TRANSPULMON AR (Ptp ) Œ a diferen„a de press…o entre a press…o alveolar e a press…o intrapleural: Ptp = Palv € Pip Ptp = 760 € 754 = 4mmHg Pneumotórax: • uma emergƒncia m•dica causada pela presen„a de ar na cavidade pleural, ocorrendo como resultado de uma doen„a ou les…o da pleura. A forma„…o do derrame gasoso, ap€s a rotura pleural, eleva a press…o intrapleural e o pulm…o tende ao colapso. Um pneumot€rax de grandes propor„†es ou um pneumot€rax aberto tende a aumentar progressivamente a press…o intrapleural ocasionando o colapso do pulm…o, desvio do mediastino, compress…o da veia cava, queda do d•bito cardˆaco e hipotens…o arterial. O pneumot€rax espontŽneo hiperten sivo se forma em decorrƒncia do mecanismo de v‚lvula unidirecionalque s€ permite a passagem do ar do pulm…o para a pleura, e que, portanto, necessita de tratamento de emergƒncia. Na realidade, o pneumot•rax hipertensivo • definido pela quantidade de ar na caixa tor‚cica suficiente para colabar a veia cava superior e a veia cava inferior. Consequentemente, se estas duas veias colabam, o paciente morre por choque hipovol‚mico por aus‚ncia de prƒ-carga . Por esta raz…o, o quadro clˆnico destes pacientes consiste em palidez cutŽneo-mucosa, hipotens…o arterial, aumento da frequƒncia cardˆaca e turgƒncia jugular. M M ECƒNICA DAECƒNICA DA R R ESPIRA„…O ESPIRA„…O Os pulm†es, como j‚ foi discutido, acompanha a expans…o tor‚cica e sua diminui„…o, formando assim, diferentes sistemas. Esses sistemas obedecem algumas leis para que a mecŽnica da respira„…o seja possˆvel. LEI DE BOYLE A Lei de Boy le-Mariotte (enunciada por Robert Boyle e Edme Mariotte) diz que: ‰Sob temperatura constante (condi„†es isotermas), o produto da press…o e do volume de uma massa gasosa • constante, sendo, portanto, inversamente proporcionais. Qualquer aumento de press…o produz uma diminui„…o de volume e qualquer aumento de volume produz uma diminui„…o de press…oŠ.Isso significa que, com o aumento do volume pulmonar, diminui a press…o alveolar em rela„…o ‡ pess…o atmosf•rica, promovendo a entrada de ar para os pulm†es. Com a diminui„…o do volume pulmonar, aumenta-se a press…o alveolar em rela„…o a press…o atmosf•rica, promovendo a saˆda de ar dos pulm†es. Arl Arl indo indo UgulUgul ino ino Netto Netto €€ FISFIS IOLIOL OGIOGI A €A € MEDMED ICIICI NA NA P2 €P2 € 20082008 .1.1 8 LEI DE HOOKELEI DE HOOKE Afirma que os corpos perfeitamente elá sticos exibem uma relação linear entre a força aplicada e a deformaç ão obtida até ser alcançado o módulo de elasticidade. Tanto os pulmões como a caixa torácica são elasticas e armazenam energia quando se destendem. Grande parte do chamado comportamento elastico pulmonar se deve a tens€o superficialtens€o superficial da interface líquido/gás e características do parênquima pulmonar. € Tens€o superficial:Tens€o superficial: a tendência da lâmina líquida que recobre os alvéolos internamente é de contrair devido a tensão superfic ial de alguns líquid os (efeito que ocorre na camada supe rficial de um líquido que leva a sua superfície a se comportar como uma membrana elástica , em que as moléculas situadas no interior de um líquido são atraídas em todas as direções pelas moléculas vizinhas e, por isso, a resultante das forças que atuam sobre cada molécula é praticamente nula). Com a entrada de ar nos alvéolos, essa tensão superficial existe nte força a saída do mesmo devido a essa tendência natural de colabamento dos alvéolos. Os alvéolos não colabam graças à existência de surfactante pulmonar surfactante pulmonar , agente tensoativo na água produzido pelos pneumócitos tipo II dos alvéolos, que reduz acentuadamente a tensão superficial da água que encobre os alvéolos. O surfactante é uma mistura complexa de vários fosfolipídios (dipalmitoil fosfatidilcolina), proteínas (apoproteínas surfactantes) e íons (calcio), que não se dissolvem uniformemente em água, espalhando-se sobre a superfície da mesma, uma vezque alguns de seus componentes apresentam áreas hidrofílicas (que reagirão com a água) e outras áreas hirdofóbicas (não se dissolve, orientando e organizando de outra forma as partículas de água). € Parenquima pulmonar:Parenquima pulmonar: presença de fibras de elastina e colágeno entrelaçadas. LEI DE LAPLACE E FEN•MENO DA INTERDEPEND‚NCIALEI DE LAPLACE E FEN•MENO DA INTERDEPEND‚NCIA Laplace afirmava que, em um sistema fechado de bolhas comunican tes (como os alveolos), as menores tendem a esvaziar-se nas bolhas maiores. Isso é importante pois, quanto menor o tamanho dos alvéolos, maior a sua tensão superficial, a mais facilmente se colaba. O fenômeno da interdependência, mais um fator que estabiliza os alvéolos pulmonares evitando que eles colapsem, afirma que os alvéolos mais distendidos tracionam os alvéolos colapsados, abrindo-os outra vez. OBSOBS99: Complacƒncia pulmonar:: Complacƒncia pulmonar: na fisiologia, complacƒnciacomplacƒncia é uma medida da tendência de um órgão oco a resistir ao recuo às suas dimensões srcina is com a remoção de uma força compressiva ou distensiva. Em outras palavras, complacência pulmonar é a capacidade de extensão desse órgão quando ele é expandido por um aumento na pressão transpulmonar. A complacência dos pulmões em um adulto normal é de 200ml de ar/cmH 2O, isto é, a cada 1cmH2O, o volume do pulmonar, após cerca de 10 a 20 segundos, expande em 200ml. A complacƒncia doscomplacƒncia dos pulm„espulm„es é uma medida importante na fisiologia respiratória . Fibrose está associada com uma diminuição da complacência pulmonar,enquanto enfisema/DPOC estão associados com um aumento da complacência pulmonar. O surfactante pulmonar aumenta a complacência. A complacência é maxima em volumes pulmonares moderados, e muito baixa em volumes que são muito baixos ou muito altos. M M OVIMENTOSOVIMENTOS R R ESPIRAT•RIOS ESPIRAT•RIOS Basicamente, a inspira…€oinspira…€o consiste na entrada do ar (com alta concentração de O2 e baixa de CO2) para os pulmões. Já a expira…€oexpira…€o consiste na saída do ar (alta concentração de CO2 e baixa de O2) dos pulmões. IINNSSPPIIRRAA††‡‡OO EEXXPPIIRRAA††‡‡OO NORMALNORMAL € Contrai o diafragma; € Músculos intercostais externos aumentam o volume do tórax e do pulmão. € Pressão intrapulmonar reduz em cerca de 3 mmHg. € Relaxa o diafragma € Relaxam musculos intercostais internos e a elasticidade dos pulmões reduzem o volume do tórax e do pulmão. € Pressão intrapulmonar aumenta em cerca de 3mmHg. FOR†ADAFOR†ADA € Inspiração auxiliada pela contração dos musculos acessórios (escalneos e ECM), reduzindo a pressão pulmonarem 20mmHg ou menos. € Expiração auxiliada pela contração dos musculos abdominais e intercostais intenos, que aumentam a pressão intrapulmonar em 30mmHg ou mais. Complacƒncia = ˆVComplacƒncia = ˆV ˆPˆP Arl Arl indo indo UgulUgul ino ino Netto Netto €€ FISFIS IOLIOL OGIOGI A €A € MEDMED ICIICI NA NA P2 €P2 € 20082008 .1.1 9 INSPIRAÇÃO Durante a inspiração, com a expansão da caixa torácica, a pressão alveolar diminui em cerca de 3mmHg em relação a atmoférica (760mmHg). A pressão intrapleural torna -se mais negativa (-8mmHg). EXPIRAÇÃO Durante a expiração, com compessão da caixa torácica, a pressão alveolar aumenta em cerca de +3mmHg em relação a pressão atmosférica. A pessão intrapleural torna-se menos negativa (-2mmHg). V V OLUMES EOLUMES E C C APA APA CICI DADDAD ESESP P ULMONARES ULMONARES Os volumes e as capacidades pulmonares são medidos por meio da espirometria . A espirometria (do latim espiro = r espirar; metrum = medida) consiste em medir a entrada e a saída de ar nos pulmões, ou seja, afere as capacidades e volumes pulmonares. O espirometro (figura ao lado) é um equipamento composto por uma escala indicadora de volume, uma campânula flutuante, um tranque com água e um bocal.Na espirometria, podem ser medidos quatro volumes (volumes corrente, de reserva inspiratório, de reserva expiratório, residual) e quatro capacidades (capacidades inspiratória, funcional, vital e capacidade pulmonar total). Volumes pulm onare s. Os volumes são as medidas individuais da quantidade de ar que o indivíduo é capaz de inspirar ou de expirar de acordo com a espirometria. € Volume Corrente (VC= 500ml): corresponde ao volume de ar inspirado e expirado em cada ciclo respiratório em condições basais(o ciclo respiratório ocorre em repouso).O volume corrente pode ser designado ainda como VT (tidal volume). € Volume de Reserva Inspiratória (VRI=3000ml): é o volume de ar extra que ainda se consegue inspirar depois de já ter inspirado o volume corrente, não incluindo-o então. € Volume de Reserva Expiratória (VRE=1100ml): volume de ar que, por meio de uma expiração forçada, ainda pode ser exalado ao final da expiração do volume corrente normal. € Volume Residual (VR=1200ml): volume do ar que permanecenos pulmões mesmo ao final da mais vigorosa das expirações (mesmo assim, é constantemente renovado).Não pode ser demonstrado no gráfico da espirometria, uma vez que o espirograma só demonstra volumes inspirados ou expirados. Caso fosse registrado, estaria abaixo da reserva expiratória. Ele é calculado por meio do método da diluição do He. Esse volume residual é sempre renovado por difusão. Ele está em equilíbrio com o sangue, pois ele nunca sai do alvéolo para os vasos. Capacidades pulmonares. As capacidades, por definição, são as somas de dois ou mais volumes pulmonares. € Capacidade Inspiratória (CI=VC+VRI = 3500ml): é a quantidade de ar que um indivíduo pode inspirar, partindo do nível expiratório basal e enchendo ao máximo os pulmões. € Capacidade Residual Funcional (CRF=VRE+VR=2300mL):consiste emuma quantidade de ar que, em condições normais, permanece nos pulmões ao final da expiração normal. Não pode ser calculada por espirometria. € Capacidade Vital (CV=VRI+VC+VRE=4600ml): é a amplitude total de uma inspiração máxima e uma expiração máxima,passando pelo volume corrente (incluindo-o). Consiste, portanto, na maior quantidade de ar que uma pessoa pode expelir dos pulmões após tê-los enchido ao máximo e, em seguida, expirado completamente. € Capacidade Pulmonar Total (CPT=VC+VRI+VRE+VR=5800ml ou CPT=CV + VR): representa o somatório de todos os volumes pulmonares, ou seja, todo o volume de ar existente no pulmão.Não pode ser medida na expirometria por ter volume residual como um de seus componentes. Arl Arl indo indo UgulUgul ino ino Netto Netto €€ FISFIS IOLIOL OGIOGI A €A € MEDMED ICIICI NA NA P2 €P2 € 20082008 .1.1 10 VOLUME RESPIRATÓRIO MINUTO (VRM) O Volume Respirat€ rio Minuto (VRM) co rresponde ‡ quantidade total de ar que s e movimenta pelas via s respirat€rias a cada minuto. VRM= Volume Corrente (VC) x Freqüência Respiratória (FR) VRM= 500ml x 12 ciclos.min -1 = 6000ml.min -1 ou 6 litros.min -1 VOLUME ESPAÇO MORTO (VEM = 150ml) 6 litros de sangue p ercorrem as vias a•reas por minuto. Por•m, nem todo a r inspirado participa das trocas gasosas (aproximadamente 150mL). Este volume corresponde ao volume do espaço morto , que ocupa apenas a zona que n…o participa da difus…o a•rea, isto •, a zona de condu„…o. Em outras palavras, • o volume de ar que entra nos pulm†es, por•m n…o ati nge os alv•olos. Consis te no ar que se encontra no nariz, laringe, faringe, traqu•ia e br‹nquios terminais e que ser‚ expirado sem nunca ter entrando nos alv•olos. Compreende cerca de 150 ml de ar, ainda oxigenado, o que mostra a importŽncia das insufla„†es (‰respira„†es boca a bocaŠ) como forma de fornecer ar oxigenado para o socorrido. VENTILAÇÃO ALVEOLARŒ o volume total de ar que chega aos alv•olos a cada minuto. Œ o produto da freqƒncia respirat€ria pelo volume de ar que entra nos alv•olos. VA = FR x (VCVEM), em queVEMcorresponde ao Volume do Espa„o Morto (150ml). VA = 12 ciclos.min-1 x (500ml-150ml) VA = 12 ciclos.min-1 x 350ml VA =4200ml.min-1 ou 4,2 L.min-1 P P RINC†PIOS F†SICOS DAS TROCAS GASOSAS RINC†PIOS F†SICOS DAS TROCAS GASOSAS Os pulm†es do ser humano s…o os principais €rg…os do sistema respirat€rio. S…o respons‚veis pelas trocas gasosas entre o ambiente e os sangue. S…o dois €rg…os de forma piramidal, de consistƒncia esponjosa medindo mais ou menos 25 cm de comprimento. Os alv•olos s…o estruturas saculares (semelhantes a sacos) que se formam no final de cada bronquˆolo e tƒm em sua volta dos chamados capilares pulmon ares. Nos alv•olos ocor rem as trocas gasosas ou hematose pulmonar , em que h‚ a entrada de oxigƒnio na hemoglobina do sangue (formando a oxiemoglobina) e saˆda do g‚s carb‹nico ou di€xido de carbono (que vem da c•lula como carboemoglobina) com dois capilares para o alv•olo. CIRCULAÇÃO PULMONAR A circula„…o pulmonar tem inˆcio com o sangue rico em CO2 proveniente do ventrˆculo direito, que passa para o pulm…o por meio do tronco pulmonar e art •rias pulmonares. Essa circula„…o tem a fun„…o de transportar o sangu e venoso rico em CO 2 at• os capilares pulmonares, onde o CO 2 • expelido para dentro do alv•olos para ser eliminado naexpira„…o e o O2 • absorvido para dentro dos capilares para seguir na circula„…o sistƒmica. A distribui„…o do fluxo depende da inter-rela„…o das art•rias e veias pulmonares e as press†es alveolares. Os pulm†es normais apresentam um gradiente de perfus…o entre os ‚pices e bases dependendo dos efeitos da gravidade. Na posi„…o ortost‚tica, a press…o hidrost‚tica na base • de cerca de 25 a 30 cmH2O, enquanto que no ‚pice • praticamente zero . Existe, ent…o, um gradiente de concentra „…o entre a base e o ‚pice. Assim, s…o definidas trƒs zonas de perfus…o nos pulm†es: € Zona 1: Nos ter„os superiores, a maior press…o do alv•olo determina um colapso das veias e art•rias, oferecendo portanto, uma maior resistƒncia ao fluxo sanguˆneo. Logo, nessa zona, a press…o alveolar excede a press…o arterial e o fluxo de sangue • muito reduzido nessa ‚rea. Isso acontece devido o fato do ar ser menos denso que o sangue, concentrando-se ent…o, no ‚pice dos pulm†es, fazendo dessa regi…o a zona mais hiperventilada do €rg…o. € Zona 2: No ter„o m•dio do pulm…o, a press…o do alv•olo • superada pelo pico de press…o da arterˆola durante a sˆstole ventr icular. Assim, nesta regi…o, a perfus…o se faz principa lmente durante a sˆsto le, parte do ciclo cardˆaco. Logo, nessa regi…o, a press…o arterial exce de a press…o alveolar, e o flux o sanguˆneo aumenta em dire„…o a base. € Zona 3: Nos ter„os inferiores, a press…o alveolar • superada pelas press†es das veias e arterˆolas, que permanecem dilatados, havendo maior perfus…odessa regi…o durante todo o ciclo cardˆaco (a base recebe 4x mais sangue que o ‚pice). Logo, nessa regi… o, a press…o arterial e veno sa excedem a press…o alveolar e aumentam em dire„…o a base. A resistƒncia ao fluxo sanguˆneo • mˆnima, fazendo com que os capilares permane„am distendidos. Isso ocorre devido a a„…o da gravidade, que pelo sangue ser mais denso que o ar,concentra-se mais facilmente na regi…o da base. Isso faz com que essa regi…o seja a mais hiperfundida do pulm…o. Arl Arl indo indo UgulUgul ino ino Netto Netto €€ FISFIS IOLIOL OGIOGI A €A € MEDMED ICIICI NA NA P2 €P2 € 20082008 .1.1 11 OBS10: Por esta raz…o, doen„as pulmonares de dissemina„…o hematogƒnica, como trombose, infarto ou pneumonias, acometem, principalmente, as ‚reas mais perfundidas do pulm…o, como a base. Doen„as que est…o ligadas a regi†es mais ventiladas, como atelectasia ou tuberculose, acometem mais os ‚pices pulmonares. Tuberculose: doen„a infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis . A tuberculose se dissemina atrav•s de gotˆculas no ar que s…o expelidas quando pessoas com tuberculose infecciosa tossem, espirra m, falam ou cantam. A infec„…o pelo M. tuberculosis se inicia quando o bacilo atinge os alv•olos pulmonares e pode se espalhar para os n€dulos linf‚ticos e daˆ, atrav•s da corrente sanguˆnea para tecidos mais dist antes onde a doen„a pode se desenvolver: a parte superior dos pulm†es, os rins, o c•rebro e os ossos. A resposta imunol€gica do organismo se d‚ por meio de macr€fagos que matam a maioria dos bacilos, levando ‡ forma„…o de tecido fibroso cicatricial ("tub•rculos"), formando n€dulos de tuberculose, que s…o pequenas les†es que consistem em tecidos mo rtos de cor acinzenta da contendo a bact•ria da tuberculose. O problema • que geralmente, essa resposta imunol€gica falha e os bacilos se espalham por todo o pulm…o, acarretando na forma„…o de muitos tub•rculos, diminuindo a capacidade de trocas gasosas. Pneumonia s…o infec„†es que se instalam nos pulm†es que podem acometer a regi…o dos alv•olos pulmonares onde desembocam as ramifica„†es terminais dos br‹nquios e, ‡s vezes, os interstˆcios (espa„o entre um alv•olo e outro). Basicamente, pneumonias s…o provocadas pela p enetra„…o de um agente infeccioso ou irritante ( bact•rias, vˆrus, fungos e por rea„†es al•rgicas) no espa„o alveolar , onde ocorre a troca gasosa. O tipo mais comum • a pneumonia bacteriana, causada pelos Pneumococcus . Esse local deve estar sempre muito limpo,livre de substŽncias que possam impedir o contacto do ar com o sangue. Por•m, na pneum onia, os alv•ol os est…o repletos de hem‚cias, leuc€citos e lˆquidos, devido ‡ inflama„…o infecciosa e fragilidade da membrna do alv•olo. Isso causa uma redu„…o da superfˆcie respirat€ria e diminui a ventila„…o dessas ‚reas, causando hip€xia (‘O2) e hipercapnia (’CO2). Diferentes do vˆrus da gripe, que • altamente infectante, os agentes infecciosos da pneumonia n…o costumam ser transmitidos facilmente. OBS11: Note que a tuberculose acomete mais o ‚pice do pulm…o po r ser uma regi…o hiperventilada, pois o bacilo • adquirido pelo ar . J‚ a pneumonia acomete mais a base po r ser uma regi…o hiperfundida , pois a maioria das pneumonia s s…o de srcem hematogƒnica (bact•ria vem pelo sangue). R R EGULA„…O DO FEGULA„…O DO F LUXO LUXO SANGU†NEO PULMONAR PELA SANGU†NEO PULMONAR PELA VENTILA„…OVENTILA„…O PULMONAR PULMONAR O controle do fluxo sanguˆneo pulmonar • fun„…o da ventila„…o pulmonar. “reas pouco ventiladas (hip€xia) causa vasocontric„…o com diminui„…o do fluxo sanguˆneo local, e redistribui„…oi do sangue para ‚reas mais ventiladas. A maior parte do sangue da circula„…o pulmonar, flui atrav•s de ‚reas bem ventiladas. PERFUSÃO SANGU ÍNEA REGULADA PELA MUDANÇA DA VENTILAÇÃO PULMONAR Um queda da ventila„…o pulmonar causa redu„…o do PO2 no sangue, gerando uma vasoconstric„…o dos vasos pulmonares, decaindo o fluxo sanguˆneo (diferentmente da vasodilata„…o que oco rre nos capilares sistƒmicos). Quando h‚ aumento da ventila„…o pulmonar, haver‚ uma maior PO2 sanguˆnea, gerando vasodilata„…o de vasos pulmonares, aumentando, assim, o fluxo sanguˆneo para essa regi…o. VENTILAÇà O SANGUÍNEA REGULADA PELA MUDANÇA DA CIRCULAÇÃO PULMONAR Quando o fluxo sanguˆneo aumenta, aumenta-se a hematose e o PCO2 nos alv•olos, dilatando os bronquˆolos para aumentar o fluxo de ar entrando no pulm…o. Quando o fluxo sanguˆ neo diminui, h‚ uma redu„…o na PCO 2 dos alv•olos, causando constric„…o dos bronquˆolos, diminuindo o fluxo de ar. Arl Arl indo indo UgulUgul ino ino Netto Netto €€ FISFIS IOLIOL OGIOGI A €A € MEDMED ICIICI NA NA P2 €P2 € 20082008 .1.1 12 T T ROCA DE L†QUIDOS NOS ROCA DE L†QUIDOS NOS C C API API LARLAR ESESP P ULMONARES ULMONARES A dinŽmica das trocas de lˆquidos atrav•s das membranas dos capilares pulmonares • qualitat ivamente a mesma que ocorre nos tecidos perif•r icos. Entretanto, do ponto de vista qua ntitativo, existem diferen „as importantes, que incluem as seguintes: € A press…o capilar pulmonar • baixa, de cerca de 7mmHg, em compara„…o com a press…o do capilar funcional dos tecidos perif•ricos, que atinge cerca de 17mmHg. € A press…o coloidosm€tica do lˆquido intersticial • ligeiramente mais negativa do que no tecido subcutŽneo perif•rico, sendo cerca de -14mmHg. € Os capilares pulmonares s…o relativamente perme‚veis ‡s proteˆnas, de modo que a press…o coloidosm€tica do liquido intesticial pulmonar • de cerca de 14 mmHg. € As paredes alveolares t…o finas que qualquer press…o positiva nos espa„os intesticiais maior do que a pess…o alveolar (superio a 0 mmHg), permite a passagem delˆquidos dos espa„os intesticiais para o interior dos alv•olos. O lˆquido intersticial exerce press…o coloidosm€tica negativa de -8 mmHg . Logo, tem-se: PRESS”O DE FILTRA”O = FORA DE EXPULS”O (29) FORA DE ABSOR”O (28) = +1 OBS12: A press…o intesticial negativa dos pulm†es servem como mecanismo para manter os alv•olos ‰secosŠ. Isso serve como explica„…o para intender o porque que os alv•olos n…o se enchem de lˆquidos, uma vez que sua membrana • muito fr‚gil. Isso n…o acontece porqu e os capilares pulmonares e o sistema linf‚tico pulmonar normalment e mantƒm uma ligeira press…o negativa nos espa„os intersticiais, o que mostra que qualquer excesso de lˆquido dentro do alv•olo ser‚ simplesmente sug ado para o interstˆcio. Uma pequena quantidade de lˆquidos exsuda do epit•lio sobre a supe rfˆcie de revestimento dos alv•olos para mantƒ-los midos. Edema pulmonar: qualquer fator capaz de elevar a pess…o dos lˆquidos intersticiais, far‚ com que haja extravasamento deles para dentro dos alv•olos, dificultanto o processo da hematose. As causas mais comuns s…o insuficiƒncia cardˆaca esquerda (causa grande aumento da press…o venosa pulmonar e inunda„…o dos espa„os intesticiais), insuf iciƒncia hep‚tica (por diminui„…o da albumi na s•rica) e les†es da membrana dos capilares pulmonares (causada por infec„†es como a pneumonia ou por inala„…o de substŽncias nocivas, como g‚s cloro e di€xido de enxofre). Para diminuir e tratar edemas pulmonares, aumeta-se a pess…o dos gasesrespirat€rios e administra-s e albumina, fazendo com que o lˆquido intesticia l volte para os capilares por pess…o a•rea e osm€tica. R R EGULA„…OEGULA„…O N N EUROL•GICA DAEUROL•GICA DA R R ESPIRA„…O ESPIRA„…O A mol•cula de O2 se liga fracamente com a por„…o heme da hemoglobina, que transporta 97% do O2. Quando a PO 2 nos capilares alveolares est‚ elevada o O2 se liga a hemoglobina, e quando a PO2 cai nos tecidos, o O2 se dissocia da hemoglobina. O centro respirat€rio • composto por neur‹nios localizados no bulbo e na ponte e ajuda no ajus te da respira„…o. Existem grupos de neur‹nios dorsais do bulbo respons‚veis pela inspira„…o e neur‹nios ventrais respons‚veis pela expira„…o. O O2 n…o exerce efeito direto sobre o centro respirat€rio, por•m atua antes sobre os quimioreceptores perif•ricos (carotˆdeose a€rticos) os quais transmitem sinais nervo sos ao centro respirat€rio via nervos vago e glossofarˆngeo. O excesso de di€xido (ou de ˆons de hidrogƒnio) exerce a„…o direta sobre o pr€prio centro respirat€rio, estimulando os movimentos de inspira„…o e expira„…o. Uma vez alteradas, as concentra„†es dos gases estimulam o centro respirat€rio, o qual promove o aumento ou a diminui„…o daventila„…o, regulando o equilˆbrio entre os gases respirat€rios.
Compartilhar