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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA PORTFÓLIO DAS AULAS PRÁTICAS DE BIOLOGIA CELULAR Deirisangela dos Santos Jesus Tâmara Rodrigues dos Santos Santana Salvador - BA 2017 SUMÁRIO PRÁTICA 1: NOÇÕES DE MICROSCOPIA ÓPTICA 2 PRÁTICA 2: UTILIZAÇÃO DO MICROSCÓPIO ÓPTICO 3 PRÁTICA 3: MÉTODOS PARA ESTUDO DE MATERIAL BIOLÓGICO 4 PRÁTICA 4: OBSERVAÇÃO DE CULTURA DE MICROORGANISMOS 6 PRÁTICA 5A: OBSERVAÇÃO DE CÉLULAS VEGETAIS 9 PRÁTICA 5B: OBSERVAÇÃO DE CÉLULAS ANIMAIS 11 PRÁTICA 6: COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA MEMBRANA PLASMÁTICA 12 PRÁTICA 7: PERMEABILIDADE DA MEMBRANA 14 PRÁTICA 8: DETERMINAÇÃO DE GRUPOS SANGUÍNEOS 16 PRÁTICA 9: ESFREGAÇO SANGUÍNEO 18 REFERÊNCIAS 33 1 PRÁTICA 1: NOÇÕES DE MICROSCOPIA ÓPTICA A Biologia Celular começou com o microscópio óptico, e ainda hoje é essencial à área, além de ampliar a imagem do objeto o microscópio serve para aumentar o poder de resolução do olho humano. Os elementos que compõem o MO constituem dois sistemas, denominados PARTE ÓPTICA e PARTE MECÂNICA. A parte mecânica suporta e permite controlar a parte óptica que amplia as imagens. OBJETIVO Conhecer e identificar as partes e peças que constituem o microscópio óptico (MO). 2 PRÁTICA 2: UTILIZAÇÃO DO MICROSCÓPIO ÓPTICO É importante lembrar que para uma estrutura ser observada através de um microscópio óptico é necessário que ela seja suficientemente fina para deixar que os raios luminosos a atravessem, além de ter índices de refração ou coloração diferente do meio que a circunda. OBJETIVO Verificar o funcionamento e treinar o manuseio e uso correto do microscópio óptico em várias situações. PROCEDIMENTO Foi possível observar as fibras vegetais no papel. E as letras sofreram algumas mudanças ao serem observadas ao microscópio. 3 PRÁTICA 3: MÉTODOS PARA ESTUDO DE MATERIAL BIOLÓGICO ❖ IN VIVO - Observação de células íntegras, vivas e com todos os seus componentes funcionando. Ex.: células da folha de Elodea. ❖ IN VITRO - Observação de células íntegras, vivas, porém, fora do seu organismo de origem. Ex.: células em laboratórios de biotecnologia. OBJETIVO Conhecer os métodos de estudo e preparação de material biológico para ser observado ao MO. FORMAS DE ESTUDO FIXAÇÃO: A fixação consiste em manter as estruturas das células o mais semelhante possível aquelas que tinham quando faziam parte do organismo vivo. Tudo que é observado ao microscópio deve ser fino o suficiente para ser atravessado pela luz. As formas mais utilizadas para tornar o tecido celular mais fino são as seguintes: ESFREGAÇO: Usado para observar células que estão mergulhadas em meio líquido como o sangue, secreção vaginal, secreção da garganta. Coloca-se uma gota de sangue na extremidade de uma lâmina e, com a ajuda de outra lâmina se processa o estiramento. Após a secagem do líquido, as células que permanecem aderidas à lâmina podem ser fixadas, coradas e observadas ao microscópio. Nessa técnica não se costuma cobrir os esfregaços com lamínula. 4 ESMAGAMENTO: Consiste em colocar um fragmento de tecido entre lâmina e lamínula, fazendo-se leve pressão com o polegar. Desse modo, as células se espalham formando uma camada muito fina. MICROTOMIA: Consiste em obter cortes finos de células ou tecidos, através do micrótomo. Os corte de tecidos obtidos com o micrótomo tem espessura de 4 a 5 µm. 5 PRÁTICA 4: OBSERVAÇÃO DE CULTURA DE MICROORGANISMOS Os filos de animais aquáticos microscópicos geralmente são utilizados como marcadores de qualidade do ambiente aquático onde eles existem, ou seja, quanto mais inóspita for a infusão, menor diversidade de microrganismos haverá. De acordo com esse contexto, podemos observar na água de aquário, na infusão de repolho e alface a presença de microorganismos com características parecidas que poderão ser comparadas e analisadas. OBJETIVOS Visualizar, caracterizar e classificar os microrganismos em culturas, através do microscópio óptico nas infusões (alface e repolho), e na água de aquário. MICROORGANISMOS OBSERVADOS: Vorticella: É um microorganismo eucarioto do reino protista. Protozoário unicelular, ciliado (forma de locomoção), possui um pedúnculo e uma coroa de cílios na sua parte apical, sua nutrição é baseada em bactérias e a reprodução é através de brotamento (divisão binária). Encontrado na infusão do alface. 6 Paramécio: Eucarionte, Protozoário unicelular, de vida livre, portador de corpo translúcido e achatado. Se locomovem por cílios, a corrente contínua de água que os cílios provocam também se envolve na sua alimentação, que se compõe de algas e bactérias microscópicas. Reproduzem-se por divisão simples. Encontrado na infusão do alface. Rotífero: Eucarionte, possui um corpo ciliado, que está relacionado a sua locomoção e nutrição, revestido de cutículas. De vida livre e solitária, é abarcado por um sistema digestivo. Foi encontrado na água de aquário e na infusão de alface. 7 Ameba: Eucarionte, Protozoário unicelular, não possui uma forma definida, é constituída de substância gelatinosa, sua locomoção é baseada em pseudópodes, sendo classificado como rizópode ou sarcodíneo. A nutrição é através de fagocitose, possui um sistema de osmorregulação (elimina o excesso de água absorvido), através de vacúolo de contração. Encontrado na infusão de alface. Microalga: Eucariontes do reino Protista, unicelular, podem estar associados em colônias. Encontradas na infusão de alface. Podem se tratar de algas clorofíceas ou cianofíceas. 8 PRÁTICA 5A: OBSERVAÇÃO DE CÉLULAS VEGETAIS Nos vegetais, a célula apresenta estruturas como a membrana plasmática, os vacúolos, plastídeos pigmentados, responsáveis pela fotossíntese denominadas cloroplastos e uma parede que reveste externamente. Formada principalmente por celulose, essa parede garante maior resistência a célula vegetal, evitando a ruptura pela entrada de água. Além disso, ela é responsável por dar tamanho e forma à célula vegetal e proteger contra a entrada de patógenos. OBJETIVOS Observar a estrutura geral das células vegetais. Identificar o movimento intracelular (ciclose), comparar os diferentes tipos de células vegetais (folha da Elodea e catafilo de cebola), e comparar material corado e não corado. CÉLULAS OBSERVADAS: Elodea: Presença de cloroplastos, parede celular e vacúolo. A ciclose é bem visível no endoplasma da célula. A velocidade da ciclose é aumentada pela elevação da luz e da temperatura. A importância é que com isso, os nutrientes podem ser distribuídos igualmente para todas as partes dessa células. 9 Células da cebola: É perceptível o núcleo descentralizado na célula, isso ocorre pela presença dos vacúolos. Ausência de cloroplastos, possui uma espessura mais fina em relação a Elodea. DISCUSSÃO: 1. QUE ESTRUTURAS INDICAM QUE AS CÉLULAS OBSERVADAS SÃO VEGETAIS? A presença de cloroplastos e parede celular. 2. EM QUE DIFEREM OS DOIS TIPOS DE CÉLULAS OBSERVADAS? As células da cebola não possuem cloroplastos e a parede celular tem uma espessura mais fina em relação a elodea. 3. QUAIS AS ESTRUTURAS DAS CÉLULAS DE ELODEA PUDERAM SER OBSERVADAS? Os cloroplastos, parede celulare vacúolo. 4. QUAIS AS ESTRUTURAS DAS CÉLULAS DA EPIDERME DA CEBOLA QUE PUDERAM SER OBSERVADAS? Parede celular e núcleo. 5. FOI OBSERVADO ALGUM TIPO DE MOVIMENTO NO INTERIOR DAS CÉLULAS? Sim. A ciclose, é uma corrente citoplasmática orientada num certo sentido, sendo bem visível especialmente no endoplasma de muitas células vegetais. 6. ESSAS CÉLULAS ESTÃO VIVAS? Sim. 10 PRÁTICA 5B: OBSERVAÇÃO DE CÉLULAS ANIMAIS A célula animal apresentam uma estrutura organizada. Elas possuem a membrana plasmática, o citoplasma e o núcleo. A membrana plasmática que delimita o seu conteúdo e controla a entrada e saída de substâncias. No citoplasma encontramos diversas organelas, como os ribossomos, lisossomos, centríolos, mitocôndrias, etc. O núcleo celular contém o material genético, na forma de cromossomos. Como a célula animal é eucarionte, o núcleo é delimitado por membrana. Têm a função de originar tecidos e órgãos que apresentam funcionalidades complementares. Cada organela presente na célula desempenha uma função específica. OBJETIVO Observar a estrutura geral das células animais, e comparar células animais com células vegetais. CÉLULAS OBSERVADAS: Mucosa bucal: O núcleo da célula animal é caracteristicamente delimitado por um envoltório nuclear. É centralizado. No seu interior há o nucléolo e os filamentos de material genético. 11 É perceptível a presença de uma membrana plasmática, ausência de parede celular. Núcleo mais centralizado em relação às células vegetais. Citoplasma. PRÁTICA 6: COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA MEMBRANA PLASMÁTICA A membrana plasmática apresenta permeabilidade seletiva para pequenas moléculas apolares e certa permeabilidade para água. As demais substâncias e macromoléculas atravessam a membrana por transporte através de proteínas ou por endocitose. Ela é uma estrutura macromolecular composta por uma bicamada lipídica e proteínas associadas, que formam a superfície celular e delimita os compartimentos celulares. OBJETIVO Analisar como os agentes físicos e químicos podem interferir na integridade das membranas biológicas. 12 Os lipídios formam uma camada dupla e contínua, no meio da qual se encaixam moléculas de proteína. A dupla camada de fosfolipídios é fluida, de consistência oleosa, e as proteínas mudam de posição continuamente, e recebeu o nome de Modelo Mosaico Fluido (Singer e Nicholson, 1972). Os fosfolipídios têm a função de manter a estrutura da membrana e as proteínas têm diversas funções. As membranas plasmáticas de um eucarióticos contêm quantidades particularmente grande de colesterol. As moléculas de colesterol aumentam as propriedades da barreira da bicamada lipídica e devido a seus rígidos anéis planos de esteróides diminuem a mobilidade e torna a bicamada lipídica menos fluida. 13 DISCUSSÃO: Analisamos como os agentes físicos e químicos podem interferir na integridade das membranas biológicas. A beterraba quando aquecida solta o pigmento betacianina. Ainda observou-se a reação da catalase, e a reação com detergente formando micelas, e a interação com os fosfolipídios da membrana, aumentando a permeabilidade após desestruturar a membrana. N° DO TUBO SUBSTÂNCIA RESULTADO TUBO 1 ÁGUA A beterraba flutuou TUBO 2 ACETONA A beterraba afundou TUBO 3 ÓLEO E ÁGUA A beterraba ficou entre a água e o óleo TUBO 4 DETERGENTE A beterraba flutuou PRÁTICA 7: PERMEABILIDADE DA MEMBRANA A membrana plasmática é semipermeável e permite a livre movimentação de moléculas de água, mas não de certas substâncias, como açúcar e sal, que estejam dissolvidas nela. Elas possuem permeabilidade seletiva. OBJETIVO Compreensão e a observação do processo de osmose em células vegetais (plasmólise e deplasmólise), e reconhecer a importância da isotonicidade para o equilíbrio celular. 14 CÉLULA DA ELODEA Uma célula vegetal, se colocada numa solução hipertônica, perde água para o meio, fazendo com que fique murcha. Se a concentração do meio externo continuar maior que a do meio intracelular, perderá mais água, fazendo a membrana plasmática se separar da parede celular. Esse processo é chamado de Plasmólise. Como não há deformação da parede celular, ela não exerce pressão de turgescência (PT = zero). Diz-se que a célula está plasmolisada. CÉLULA DA TRADESCANTIA SPATHACEA Se a célula plasmolisada for colocada em meio hipotônico, absorve água e retorna à situação inicial. O fenômeno inverso à plasmólise chama-se deplasmólise. Quando o meio é hipotônico, há diferença de pressão osmótica entre os meios intra e extracelular. À medida que a célula absorve água, distende a membrana celulósica, que passa a oferecer resistência à entrada de água. Ao mesmo tempo, a entrada de água na célula dilui o suco vacuolar, cuja pressão osmótica diminui. Em certo instante, a pressão de turgescência (PT) se iguala à pressão osmótica (PO), tornando a entrada e a saída de água proporcionais. 15 PRÁTICA 8: DETERMINAÇÃO DE GRUPOS SANGUÍNEOS Os grupos sanguíneos foram descobertos no início do século xx (cerca de 1900 - 1901), quando o cientista Austríaco Karl Landsteiner se dedicou a comprovar que havia diferenças no sangue de diversas pessoas, isolou os glóbulos vermelhos (hemácias), e fez diferentes combinações entre plasma e hemácias, tendo como resultados a presença de aglutinação dos glóbulos em alguns casos, e sua ausência em outros (BEIGUE/ MAN, 2003). OBJETIVO Determinar os tipos sanguíneos sistema ABO e Rh dos alunos, a partir da reação do sangue com o soro. Verificar a incidência dos vários tipos sanguíneos do sistema ABO e Rh na população e comparar com os resultados obtidos. DISCUSSÃO Grupo sanguíneo é um sistema de caracterização do sangue baseado na presença ou ausência de substâncias antigênicas herdáveis, presentes nas membranas das hemácias. Esses antígenos podem ser proteínas, carboidratos, glicoproteínas e em outros tipos celulares. 16 Hemaglutinação é a aglutinação de hemácias devido a fixação de anticorpos a antígenos específicos (dos sistemas ABO). Esses antígenos provoca aglutinação das células quando estas sofrem reação cruzada com anticorpos. O Fator Rh é um antígeno de membrana, presentes nas hemácias do macaco Rhesus e de humanos. Constitui o segundo sistema mais importante de classificação sanguínea. Indivíduos que apresentam o antígeno Rh D na superfície das suas hemácias são chamados de Rh+ positivos, e os que não possuem o antígeno Rh D, são os de Rh- negativos. Os dois sistemas são de extrema importância para estruturar características de um indivíduo. 17 PRÁTICA 9: ESFREGAÇO SANGUÍNEO Entre os elementos figurados do sangue, distinguem-se os glóbulos vermelhos, as plaquetas sanguíneas e os glóbulos brancos. No esfregaço sanguíneo corado observam-se as células mais numerosas e anucleadas, são as hemácias. As células, bem menos numerosas são os leucócitos. Os pontos róseos, minúsculos, são as plaquetas. OBJETIVOS Preparar lâminas de esfregaço sanguíneo, seguido de coloração para evidenciar as estruturas. Identificar os diferentes tipos de células que compõem o sangue. DISCUSSÃO Os glóbulos brancos são responsáveis pela defesa do organismo. Recebem também o nome de leucócitos. Neutrófilos: São atraídos pelos produtos químicos liberados pelos invasores, fagocitam bactérias e corpos estranhos. São os mais numerosos dos leucócitos, em torno de 70% dototal. Eosinófilos: Participam das reações alérgicas e nas infecções parasitárias. Fortemente corados pela eosina, daí sua denominação. Seu núcleo é bilobulado. 18 Basófilos: São responsáveis pela resposta alérgica e liberação de histaminas. Representam menos de 1% do total de leucócitos. Possui um núcleo irregular e lobulado. Linfócitos: Participam do processo de defesa produzindo e regulando a formação de anticorpos. Representam de 20 a 30% dos leucócitos. Monócitos: Estão relacionadas aos processos de fagocitose. Originam os macrófagos especializados em fagocitar. Representam de 3 a 7% dos leucócitos. Seu núcleo é grande, excêntrico e reniforme. Hemácias: Ou eritrócitos, têm uma forma bicôncava. Esta forma é eficaz para as trocas gasosas. A sua função é transportar O² e dióxido de carbono. Contém o pigmento vermelho chamado de hemoglobina. São anucleadas. Plaquetas: São pequenos elementos celulares anucleados que intervém na coagulação sanguínea ou homeostase. Pequenos pontos róseos, apresentam um diâmetro de 2 a 4 µm. 19 PRÁTICA 10: EXTRAÇÃO DE DNA DE MORANGO A extração de ácidos nucléicos é a primeira das várias etapas para os estudos moleculares de um organismo. A extração envolve 3 etapas: a ruptura física e química das membranas celulares para liberação do material genético, e a separação dos cromossomos em seus componentes básicos: DNA e proteínas e a separação do DNA dos demais componentes celulares. OBJETIVO Isolar DNA de células vegetais. DISCUSSÃO Na molécula de DNA existem duas longas fitas de nucleotídeos que se enrolam formando uma estrutura de dupla hélice. Essa molécula se auto-reproduz e sintetiza o RNA que é uma fita simples que atua na síntese de proteínas. Cada nucleotídeo é composto por um açúcar, uma base e um fosfato, o açúcar é uma pentose do tipo desoxirribose no DNA e ribose no RNA. As bases são de 4 tipos A (adenina), C (citosina), T (timina ), G (guanina) para o DNA. No RNA a base T (timina) é substituída pela base U (uracila). Para as duas fitas se ligarem e enrolarem formando uma dupla hélice, as bases se conectam através de ligações formando pontes de hidrogênio entre as bases complementares (A e T, G e C no caso do DNA e no caso do RNA A e U). Quando ocorre a duplicação do DNA uma enzima separa as duas fitas da dupla hélice, e a informação contida no DNA é transferida para uma molécula de RNA, essa molécula é muito semelhante ao DNA, porém é constituída de um único filamento e sua função é reproduzir a seqüência de um dos filamentos do DNA, atuando como intermediário na construção de uma proteína. Cada uma das hélices 20 do DNA serve como molde para a construção do novo DNA. Uma das razões de se trabalhar com morangos é que por serem muito macios e fáceis de homogeneizar, são mais eficientes para se extrair o DNA. Morangos maduros também produzem pectinases e celulases – enzimas que degradam a pectina e a celulose , presentes nas paredes celulares das células vegetais. Além disso, os morangos possuem muito DNA: eles possuem 8 cópias de cada conjunto de cromossomos, o que facilita a extração. A solução para extrair DNA também conhecida como solução de lise, é assim denominada devido a sua função de rompimento da membrana plasmática e outras membranas. Quanto mais os morangos forem macerados maior será sua superfície de contato com a solução de lise e melhor a ação da solução sobre as células. Isto permitirá a liberação de uma maior quantidade de moléculas de DNA. O detergente permite a desestruturação das moléculas de lipídios das membranas. Com a ruptura das membranas o conteúdo celular, incluindo as proteínas e o DNA, soltam-se e dispersam-se na solução. A adição do sal (NaCl) proporciona ao DNA um ambiente favorável para a extração de DNA. O sal contribui com íons positivos que neutralizam a carga negativa do DNA. Numerosas moléculas de DNA podem coexistir nessa solução. E o álcool gelado torna possível a visualização das moléculas, que se agrupam formando um monte de filamentos muito finos tipo fios de algodão. Isso ocorre devido ao fato de a proteína DNA ser insolúvel em álcool, ou seja, ela não se dissolve no álcool. O DNA é menos denso que a água e a mistura aquosa dos restos celulares. 21 PRÁTICA 11: CICLO CELULAR A mitose é um processo de divisão celular no qual uma célula dá origem a outras duas, as três com o mesmo material genético (e número de cromossomos). Ocorre em casos de reprodução assexuada, crescimento de organismos e regeneração de tecido. OBJETIVO Identificar as diferentes fases da mitose e reconhecer as modificações morfológicas dos cromossomos em cada fase. DISCUSSÃO O período compreendido entre uma divisão e outra é denominado interfase, que ocupa aproximadamente 95% do tempo do ciclo celular. A mitose dura aproximadamente 45 minutos e é convencionalmente dividida em: prófase, metáfase, anáfase e telófase, sendo o último evento a citocinese, que corresponde à divisão do citoplasma. Na prófase há a condensação dos cromossomos, tornando-os cada vez mais curtos e grossos. Estes - duplicados na interfase e denominados, agora de cromátides-irmãs, unidos pelo centrômero - passam a ser visíveis ao microscópio. Os nucléolos desaparecem; o fuso mitótico, um conjunto de microtúbulos localizados nos pólos da célula, formando fibras, começa a ser formado. Ao fim da prófase, a carioteca é rompida e as cromátides são espalhadas pelo citoplasma. Na metáfase, as fibras alcançam a região ocupada pelo núcleo. Alguns microtúbulos das fibras polares se ligam a estruturas protéicas presentes na região do centrômero, denominadas cinetócoros. Assim, há um deslocamento progressivo das cromátides para a região equatorial da célula, 22 formando a placa metafásica, ou placa equatorial, onde estas ficam alinhadas. A anáfase consiste na separação dos centrômeros, separando duas cromátides de cada cromossomo sendo, assim, denominados cromossomos irmãos. Estes vão para os pólos opostos da célula, com a ajuda das fibras do fuso, uma vez que seus microtúbulos se encurtam. Na telófase, há novamente a condensação dos cromossomos e reorganização do nucléolo e carioteca está situado ao redor de cada conjunto cromossômico, que se descondensam. Começa a citocinese. Em células vegetais, a divisão se dá de dentro para fora – citocinese centrípeta. Nas células vegetais, a citocinese é centrífuga, de fora para dentro: há a formação de uma lamela, que cresce do centro para a periferia e separa as duas células. 23 PRÁTICA 12: CATALASE E PEROXISSOMOS As enzimas são substâncias do grupo das proteínas e atuam como catalisadores de reações químicas. Elas estão entre as biomoléculas mais notáveis devido a sua extraordinária especificidade e poder catalítico, que são muito superiores aos dos catalisadores produzidos pelo homem. Praticamente todas as reações que caracterizam o metabolismo celular são catalisadas por enzimas. Sendo que catalisador é uma substância que acelera a velocidade de ocorrência de certa reação química. A catalase é uma enzima produzida pelos animais e vegetais, portanto de ocorrência geral, que degrada o Peróxido de Hidrogênio (H2O2 – água oxigenada) em H2O e oxigênio livre. OBJETIVOS Observar a ação da enzima catalase produzida no fígado para a degradação da água oxigenada, e também observar alguns fatores que influenciam em sua atividade enzimática. DISCUSSÃO Observou-se que houve reação logo que o fígado teve contatocom a água oxigenada fazendo com que formasse espuma, e tendo também um aquecimento no recipiente. Pois devido à reação, a enzima catalase presente no fígado degrada a água oxigenada fazendo com que seja liberado mais rapidamente o oxigênio permanecendo então somente a água. 24 Observou-se que a reação foi muito maior do que no tubo 1, contendo mais espuma e o aquecimento também foi maior. Uma explicação mais clara sobre o aumento da reação em comparação com o primeiro tubo, é que com a areia a maceração foi mais eficaz, ou seja, ela ajudou na trituração fazendo com que fosse liberada uma maior quantidade de enzimas. 25 Fígado fervido não triturado. Observou-se que não houve desnaturação das catalases ao ferver. Reagiu pouco. 26 27 PRÁTICA 13: MONTAGEM, COLORAÇÃO E OBSERVAÇÃO DE AMIDO O grão de amido, produto da polimerização glicose, possuem formas típicas, dependendo da espécie de planta em questão, as quais permitem sua identificação. Os grãos de amido mais importantes são obtidos de órgãos subterrâneos como raízes e túberos (caules tuberosos). São considerados oficiais no Brasil os amidos de milho, arroz, trigo, mandioca e batata por constarem da Farmacopeia Brasileira. OBJETIVO Identificar o amido como um exemplo de forma de armazenamento de glicose pelo vegetal. DISCUSSÃO Grãos de amido da Batata, desconsiderar as eventuais bolhas de ar (artefatos). Com lugol diluído. 28 Batata com lugol diluído. 29 Banana com lugol diluído. 30 Feijão com lugol diluído. 31 Farinha de trigo com lugol diluído. 32 REFERÊNCIAS 1. ALBERTS, B.; BRAY, D.; HOPKIN, K.; JOHNSON, A.; LEWIS, J.; RAFF, M.; ROBERTS, K. & WALTER, P. Fundamentos da Biologia Celular. 3° ed. Porto Alegre: Artmed, 2011. 2. CARVALHO, H.F. & RECCO PIMENTEL, S. M. A Célula. 2° ed. Barueri: manole, 2007. 3. COOPER, G.M. & HAUSMAN, R.E. A Célula: Uma abordagem Molecular. 3° ed. Porto Alegre: Artmed, 2007 4. LEHNINGER, A.L. Princípios de Bioquímica. Trad. W. R. Lodi. 2° ed. São Paulo: Sarvier, 1995. 839 p.il. 33
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