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Material de apoio Introdução engenharia


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Prévia do material em texto

Introdução à Engenharia 
Eletrônica 
Juliano de Mello Pedroso 
Aula 1 
 
 
Conversa inicial 
Seja bem-vindo(a) à primeira aula de Introdução à Engenharia 
Eletrônica do curso de Engenharia Elétrica! Nesta aula, vamos 
estudar os seguintes assuntos: 
 Princípios e objetivos 
 Papel do Engenheiro na sociedade 
 Perfil do Egresso 
 Remuneração 
 Histórico 
Vamos lá? 
Introdução 
Nesta aula, serão apresentados os princípios e objetivos da 
engenharia, o papel do engenheiro na sociedade e perfil do 
egresso. Discutiremos também a remuneração e abordaremos 
um breve histórico da Engenharia. 
Todos esses assuntos remetem a uma visão ampla da 
Engenharia, profissão considerada uma dentre as que mais 
agregam qualidade de vida para a humanidade. 
Acesse o material on-line e acompanhe a introdução em vídeo do 
professor Juliano! 
Contextualização 
Através dos tempos tem-se dito que a história da engenharia se 
funde com a história da civilização. É certo que civilizações 
altamente desenvolvidas são totalmente relacionadas através de 
suas conquistas nesta área de conhecimento. Mas qual é a 
definição de engenharia? 
S.E. Lindsay (1920) diz que: “Engenharia é a pratica da aplicação 
segura e econômica das leis científicas que governam as forças 
e matérias da natureza, através da organização, design e 
construção, para o benefício da humanidade”. 
Já o comitê de Certificação de Engenharia e Tecnologia dos 
Estados Unidos (1982) diz que “Engenharia é a profissão na qual 
o conhecimento das ciências matemáticas e naturais, obtido 
através do estudo, experiência e prática, á aplicado com 
julgamento no desenvolvimento de novos meios de utilizar, 
economicamente, os materiais e forças da Natureza para o 
benefício da humanidade. ” 
Depois dessas duas definições mensura-se o papel do 
engenheiro no desenvolvimento da humanidade. Entretanto 
falaremos mais a fundo sobre a engenharia eletrônica, que 
projeta e desenvolve componentes, sistemas eletrônicos e 
equipamentos empregados em muitas áreas, como sistemas de 
geração, transmissão e distribuição de eletricidade e consumo 
(aparelhos de TV, computadores, etc.). 
Esse profissional de materiais eletroeletrônicos, sistemas de 
medição e controle, sistemas embarcados e informática pode 
trabalhar em várias áreas correlatas com essas citadas, como 
projetos, implantação e consultoria. 
Acompanhe as primeiras considerações do professor Juliano no 
material on-line! 
Princípios e objetivos 
A palavra engenheiro vem do século XVI e tinha um significado 
muito peculiar: “construtor de engenhos militares”. 
Particularmente do antigo francês engigneor, que por sua vez se 
originou da palavra latina ingenium: qualidade, talento, 
genialidade, habilidade. Essas qualidades inerentes aos 
 
 
engenheiros são utilizadas para melhorar os processos do dia a 
dia. 
Existe um sem número de pessoas criativas que trouxeram 
benefícios a humanidade. A primeira questão relevante e de 
forma direta é: 
O que é um engenheiro? 
Engenheiros são indivíduos que combinam os conhecimentos de 
matemática, física e economia para arranjar soluções para 
problemas técnicos com os quais a sociedade se depara. Tais 
indivíduos se diferem dos cientistas no âmbito prático, pois a 
maioria dos engenheiros aplica seus conhecimentos em 
formulação de projetos práticos, ou seja, atrelados a um produto 
ou serviço. 
Devido a esse cunho prático, um engenheiro, em seus projetos, 
deve levar em consideração não só os aspectos práticos, mas 
também o custo das soluções propostas. 
Além disso, com a modificação do curso da natureza, é 
necessário atender às necessidades da crescente população; 
com isso, apareceram preocupação como a degradação do 
ambiente, fator que modificou consideravelmente as abordagens 
modernas da engenharia. 
Atualmente, fontes de energia e recursos não são mais 
consideradas inesgotáveis, tornando a preocupação com o meio 
ambiente latente na engenharia eletrônica. Por isso, um dos 
principais objetivos da engenharia é o controle e a utilização 
de recursos dentro de um sistema produtivo. 
Normalmente, o engenheiro trabalha com uma equipe 
interdisciplinar e suas funções podem ser divididas em várias 
áreas. Confira-as a seguir. 
 
Cientistas 
Profissionais preocupados com pesquisas tecnológicas que não 
necessariamente resultarão em aplicações práticas. Isso os 
difere dos engenheiros, que aplicam conhecimento de ciências 
em situações práticas. 
Tecnólogos 
Lidam com problemas mais específicos, que não requerem um 
conhecimento tão profundo como os exigidos por engenheiros e 
cientistas. 
Técnicos 
Realizam tarefas específicas como desenhos, procedimentos de 
laboratório ou bancada, construção de protótipos ou modelagem. 
Artesãos 
Possuem habilidades manuais (soldagem, construção, mecânica, 
etc.) a fim de construir dispositivos especificados por cientistas, 
engenheiros, tecnólogos e técnicos. 
Dicas 
Para um trabalho proveitoso, é interessante que o engenheiro: 
 Discuta as ideias respeitosamente com os companheiros. 
 Possua a habilidade de transmitir e receber ideias. 
 Saiba lidar com as críticas. 
 Possua aptidão para criticar adequadamente a solução 
proposta, analisando pontos fortes e fracos. 
 Tenha paciência para sempre tentar novamente quando 
as coisas não dão certo! 
 
 
Área de Pesquisa: O profissional da área de engenharia 
eletrônica vai explorar, descobrir e aplicar novos princípios 
científicos. 
Área de Desenvolvimento: Nesta área, o engenheiro 
transforma ideias ou conceitos em processos produtivos. 
Área de Projeto: O engenheiro conecta a geração de ideias com 
a produção. 
Área de Produção e Testes: Manufatura e montagem de 
componentes eletrônicos ou produtos. 
Área de Vendas: Conhecimento técnico para realizar vendas de 
produtos específicos. 
Área de Operação: Manutenção da estrutura de produção. 
Área de Construção: Construção de estruturas dos projetos. 
Área de Gestão: Otimização do uso de recursos. 
Área de Educação: Ensino dos princípios da engenharia, 
geralmente em universidades ou escolas técnicas. 
Área de Consultoria: Fornecimento de serviços de engenharia 
para clientes, por conta própria ou em parceria com outros 
engenheiros ou equipes interdisciplinares. 
Nota-se que para o Engenheiro há sempre coisas a fazer, ou 
seja, o mundo nunca está pronto. Um engenho deve ficar sempre 
atento ao seu redor, pois as coisas que estão a sua volta podem 
ser problemas que devem ser resolvidos ou soluções que podem 
ser aplicadas em diversas situações do dia a dia da profissão. 
Em resumo, a vida do engenheiro é: identificação de 
problemas e proposição de soluções! 
O engenheiro tem que gostar do que faz, achar importante as 
mudanças que proporciona, se motivar na imensidão das 
possibilidades que pode executar. O engenheiro foi concebido 
para construir maravilhas, formar impérios e fazê-los prosperar. 
Como disse Confúcio: “ Escolha um trabalho que ame e não terá 
que trabalhar nenhum dia da sua vida”. 
Materiais complementares 
A seguir, você encontrará interessantes materiais para ampliar 
suas reflexões sobre a profissão do engenheiro: 
Por que a engenharia no Brasil é assim? 
https://exatasmentes.wordpress.com/2013/09/10/por-que-a-
engenharia-no-brasil-e-assim/ 
Reportagem: Vantagens de fazer engenharia 
https://www.youtube.com/watch?v=rOaJRhBIi9w 
Para pensar: Um Dia Feito de Vidro 
https://www.youtube.com/watch?v=D1aEaRtHj6s 
Acompanhe o parecer do professor Juliano acessando o vídeo 
do material on-line! 
 
O papel do engenheirona sociedade 
A engenharia, independentemente da habilitação técnica a que 
esteja atrelada, modifica o ambiente em que aplica seus 
conceitos e fornece as ferramentas que cumprem objetivos bem 
definidos e, na maior parte, essenciais para a sociedade. 
Esses aspectos parecem óbvios, mas muitas vezes não é 
simples parar para pensar na força que isso pode ter para cada 
indivíduo que tem contato com os resultados obtidos pela 
Engenharia. 
 
 
Por exemplo, o Engenheiro Civil deve saber que não está 
simplesmente construindo casas e prédios, mas proporcionando 
às pessoas o conforto que um lar pode oferecer. 
O engenheiro eletrônico deve saber que não está só projetando 
equipamentos eletrônicos, mas também melhorando a qualidade 
de vida das pessoas. 
O engenheiro eletrônico 
Com o avanço do conhecimento técnico e científico, a função do 
engenheiro eletrônico destaca-se no mercado de trabalhado 
globalizado do século XXI. 
Assumindo a responsabilidade pela pesquisa e desenvolvimento 
de novos produtos eletrônicos, além do melhoramento das 
matrizes energéticas, o engenheiro eletrônico se depara com um 
cenário totalmente diferente dos apresentados nos séculos 
passados, como a preocupação da sociedade com o uso 
adequado dos recursos naturais e humanos. 
Com esse panorama, o profissional da engenharia eletrônica 
precisa de uma formação acadêmica ampla, compreendendo 
ciências humanas e exatas para a criação de um pensamento 
sistêmico articulado nas diversas áreas de conhecimento, com a 
possibilidade de solução dos problemas com que se depara no 
dia a dia, de forma a contribuir com a sociedade. 
Devido aos avanços científicos e tecnológicos ocorridos 
principalmente no século XIX e XX, a forma de pensar e se 
relacionar com o mundo, com a natureza e do ser humano 
consigo mesmo mudou. Na cultura em que estamos inseridos, a 
razão se apresenta como condição pela qual se pretende 
compreender a totalidade do mundo. 
Nessa sociedade contemporânea, o que se observa é que a 
razão está pautada em modelos, fórmulas e equações 
 
 
matemáticas, as quais têm o anseio de explicar tudo 
cientificamente, com a pretensão do domínio científico e técnico 
sobre a natureza. 
Porém, pensar e pautar o desenvolvimento humano 
prioritariamente a partir de uma razão técnico-científica é algo 
questionável no que se refere à complexidade da vida humana. 
A técnica acompanha os seres humanos desde suas raízes, que 
se perdem na noite dos tempos. Em sua origem etimológica 
grega, techne significa arte. Arte de fazer coisas, de construir 
instrumentos necessários à sobrevivência humana. Porém, a 
partir do século XIX, o termo aumenta sua força de 
aplicabilidade. 
Com o avanço das pesquisas e desenvolvimento de inovações 
tecnológicas, a técnica é aceita pela civilização ocidental e 
amplamente apoiada como uma área de inúmeras possibilidades 
de crescimento econômico, político e social. 
As teorias científicas são desenvolvidas com os avanços do 
conhecimento técnico. 
A ciência e a técnica ganham espaço e se afirmam na 
civilização da máquina. 
A partir do momento em que se parte dos princípios de 
explicação da natureza com fórmulas matemáticas, criam-se 
sistemas, articulados às teorias precisas, aceitas por 
satisfazerem o maior número de casos possíveis e por sobreviver 
à refutação do maior número de pesquisadores possíveis. 
Com isso, as coisas do mundo passam, de seus nomes comuns, 
a nomes e justificativas científicas. O estudo, a compreensão e 
as possibilidades de interferência sobre o mundo e as coisas 
passam a ser significativamente valorizadas em detrimento de 
outras formas de percepção ou conhecimento do mundo. 
Inicialmente as pessoas trabalhavam como artesãos, porém, com 
o advento da revolução industrial, substitui-se a energia do 
homem pela energia da máquina. A revolução industrial pode ser 
pensada como uma grande mudança na forma de produzir o 
mundo humano, causada pelo uso intensivo da técnica, onde o 
aumento da produtividade é considerado evidência da melhora 
no padrão de vida. 
Pensava-se que, dessa forma, o ser humano não precisaria mais 
submeter-se aos imperativos do trabalho, considerados 
aniquiladores de suas energias vitais e que, consequentemente, 
todos teriam acesso aos bens produzidos de que necessitavam. 
Nesse momento, o importante é saber o que fazer com toda a 
técnica adquirida durante séculos de estudos, pesquisas e 
desenvolvimentos. Notavelmente o homem, de um fim em si 
mesmo, tornou-se meio dos inventos e avanços técnicos. 
A técnica assumiu na sociedade contemporânea a condição de 
fim em si mesma. 
A técnica implica em áreas específicas do conhecimento do 
comportamento humano, visto que outras funções complexas e 
especializadas são cotidianamente articuladas, e que a 
adaptação humana a essas situações se tornou para o indivíduo 
um problema de difícil solução. 
Sociedade e Produção 
Nos primórdios da civilização ocidental, as sociedades eram 
formadas por cidadãos vivendo de forma comunitária, 
desenvolvendo técnicas para melhorar as condições da 
agricultura, da saúde, do transporte, entre outras necessidades 
da vida humana. Com o passar dos anos, as ações coletivas 
passam por transformações. 
 
 
Entre as principais transformações, destacam-se as promovidas 
pelos ideais da modernidade, alicerçadas no desenvolvimento da 
ciência e da tecnologia. Os gregos, considerados os criadores da 
cultura ocidental, desenvolveram ideias e princípios políticos, 
éticos e estéticos que incidiam sobre o modo de viver na cidade-
comunidade. 
Eles se organizavam politicamente em cidades-estados, cada 
qual com sua organização interna e se relacionavam com as 
cidades vizinhas. Porém, todas se mantinham a partir de sua 
população que falava a mesma língua e compartilhava a mesma 
cultura. Principalmente pela sua posição geográfica, 
desenvolveram formas de comercialização de mercadorias 
baseadas em troca de especiarias. 
Até o século XIX, os modos de produção tinham moldes em 
pequenas indústrias de beneficiamento de produtos agrícolas. 
Com a Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra neste mesmo 
século, a técnica ganha espaço com a criação de máquinas 
capazes de maior produção em menor quantidade de tempo. 
Esse modo de produção era justificado com a melhora da 
condição humana de trabalho e, consequentemente, de vida, 
pois a partir desse momento, as máquinas fariam o serviço mais 
difícil. Porém, com maior produção era necessário melhorar o 
escoamento desses produtos industrializados. Veremos na 
sequência como isso se deu. 
O advento da máquina sempre foi relativamente bem recebido 
pela civilização, a qual sempre considerou magnificamente as 
engenhocas capazes de imitar movimentos da natureza e 
desafiar as formas antigas para execução dos mesmos 
trabalhos. Quando mais a civilização aceitava as máquinas, mais 
força ganhavam as pesquisas e desenvolvimentos científicos e 
técnicos. 
Algumas pessoas especializam-se, na sociedade moderna, a 
inovar e criar novas máquinas e desenvolver sistemas mais 
seguros, rentáveis e estáveis de tecnologia. 
Saiba mais sobre o papel do engenheiro eletrônico: 
O engenheiro eletrônico, atuando na área do desenvolvimento de 
produtos, tem como missão, entre outros pontos, inovar sistemas 
de forma a melhorar a qualidade e confiança dos consumidores 
na máquina. Trabalhando na indústria, é responsável por manter 
a fábrica sempre em pleno funcionamento. 
No início, as máquinas serviam para melhorar as condições de 
vida das comunidades. Entretanto, com o desenvolvimentoda 
civilização da máquina, as tecnologias, de certa forma, fazem 
com que as pessoas tenham necessidades que seus 
antepassados não tinham. Essas necessidades são, de certa 
forma, criadas pela indústria, logo, pelos engenheiros, também. 
Além disso, a matriz curricular dos cursos de formação do 
engenheiro eletrônico não pode ser deficiente nas disciplinas 
humanas, as quais desenvolvem os pensamentos sociais e 
éticos, voltando-se, em geral, a capacitação técnica sem a 
criação de ideais coletivos. Senão, os formados em engenharia 
eletrônica buscarão inovação tecnológica e ampliação da oferta 
de produtos sem a devida preocupação com os resultados 
refletidos na sociedade. 
A atuação do profissional em engenharia elétrica não deve ser 
banalizada em construção de necessidades e resolução delas. 
Não é possível falar que desconhece as desigualdades sociais e 
econômicas criadas por um sistema econômico que se baseia no 
lucro de uma classe minoritária e aumento da distância 
econômica entre os burgueses e o proletariado. 
O engenheiro deve desenvolver um trabalho que não seja 
voltado ao modo de produção capitalista e sim capaz de incluir 
 
 
diversas classes econômicas e sociais em um modo de vida que 
supra as necessidades vitais dos seres humanos, 
prioritariamente às das máquinas, contribuindo, assim, para a 
criação de um mundo mais desenvolvido humanamente, criando 
novas possibilidades de bem viver, atendendo a toda a 
população. 
Acesse os artigos e o vídeo a seguir para aprofundar seus 
conhecimentos acerca da importância do engenheiro na 
sociedade e, especificamente, no cenário brasileiro. 
O papel do engenheiro na sociedade brasileira 
https://periodicos.utfpr.edu.br/rts/article/download/2514/1627 
http://www.confea.org.br/media/Imagem_doengenheiro_nasocied
ade_brasileira.pdf 
Engenheiro pra quê? 
https://www.youtube.com/watch?v=5pFnimpF9Rk 
No vídeo do material on-line, o professor Juliano falará mais 
sobre o tema. Não deixe de acessar! 
 
Perfil do Egresso 
As características que compõem o perfil do egresso de um curso 
superior são, por um lado, o resultado de um processo de 
formação acadêmica e, por outro, a entrada para um processo de 
integração do profissional ao mercado de trabalho. 
Neste sentido, a especificação do perfil do egresso de um curso 
de graduação exige a articulação entre a formação acadêmica e 
as exigências de uma prática profissional que se insere em um 
mercado de trabalho caracterizado pela mudança. 
O Engenheiro Eletrônico é profissional de formação generalista, 
que atua em áreas como: 
 Materiais eletroeletrônicos. 
 Sistemas de medição e de controle eletroeletrônico. 
 Desenvolvimento de sistemas, produtos e equipamentos 
eletrônicos. 
 Sistemas embarcados. 
 Conversores. 
 Equipamentos biomédicos e informática médica. 
No arquivo a seguir, você encontrará os temas abordados na 
formação e a infraestrutura recomendada: 
Temas abordados na formação 
Atendidos os conteúdos do núcleo básico da Engenharia, os 
conteúdos profissionalizantes são: 
Eletricidade 
Circuitos Elétricos 
Circuitos Lógicos 
Conversão de Energia 
Eletromagnetismo 
Eletrônica Analógica e Digital 
Eletrônica Aplicada 
Microprocessadores 
Micro controladores 
Dispositivos Lógico-Programáveis 
Processamento Digital de Sinais 
 
 
Instrumentação Eletroeletrônica 
Materiais Elétricos 
Máquinas Elétricas e Acionamentos 
Transmissão e Recepção de Sinais Analógicos e Digitais 
 
Infraestrutura recomendada 
Práticas de Laboratório de: 
Eletricidade e de Circuitos 
Máquinas Elétricas e de Acionamentos 
Eletrônica Digital 
Eletrônica Analógica 
Dispositivos Lógico-Programáveis 
Processamento Digital de Sinais 
Informática 
 
O engenheiro também: 
Estuda, projeta e especifica materiais, componentes, dispositivos 
e equipamentos eletroeletrônicos, eletromecânicos, magnéticos, 
ópticos, de instrumentação, sensores e atuadores de 
transmissão e recepção de dados, de áudio/vídeo, de segurança 
patrimonial e de eletrônica embarcada. 
Planeja, projeta, instala, opera e mantém sistemas e instalações 
eletrônicas, equipamentos, dispositivos e componentes odonto-
médico-hospitalares e de instrumentação biomédica, sistemas de 
medição e instrumentação eletroeletrônica, de acionamentos de 
máquinas, de controle eletrônico e de automação e de sistemas 
eletrônicos embarcados. 
Coordena e supervisiona equipes de trabalho, realiza estudos de 
viabilidade técnico-econômica, executa e fiscaliza obras e 
serviços técnicos, efetua vistorias, perícias e avaliações, emitindo 
laudos e pareceres. Em suas atividades, considera a ética, a 
segurança, a legislação e os impactos ambientais. 
Áreas de atuação 
O Engenheiro Eletrônico é habilitado para trabalhar: 
Em empresas de automação e controle. 
No mercado industrial e de sistemas de automação predial. 
Na fabricação e aplicação de máquinas e equipamentos elétricos 
e eletrônicos. 
Em áreas que envolvam componentes, equipamentos e sistemas 
eletrônicos. 
No desenvolvimento de softwares para equipamentos. 
Na operação e na manutenção de equipamentos eletrônicos e no 
desenvolvimento de circuitos digitais e analógicos. 
Com projetos de circuitos eletrônicos específicos e 
microeletrônicos e desenvolvimento de instrumentos de medidas. 
No desenvolvimento de sistemas de controle de processos 
físicos e químicos. 
Com sistemas de áudio/vídeo e comunicação de dados. 
Com hardware e software de sistemas computacionais e 
processamento de sinais-imagem. 
Legislação pertinente 
 
 
Lei 5.194/66. 
Resolução CNE/CES 11/2002. 
Leia o artigo a seguir, que reflete sobre a teoria e prática da 
engenharia: 
http://observatoriodaimprensa.com.br/interesse-
publico/_ed787_oportunidade_para_o_reencontro_entre_teoria_
e_pratica/ 
Assista também à reportagem sobre engenharia elétrica a seguir: 
https://www.youtube.com/watch?v=qkIeM4I3zhM 
No material on-line, o professor Juliano dará seu parecer sobre 
este tema! Confira! 
 
Remuneração 
Um tema tem sido recorrente no mercado de trabalho: 
“O Brasil precisa de engenheiros. ” 
Entretanto, não existe uma tabela com valores que sejam usados 
no dia a dia. São muitas variáveis que compõem a remuneração 
de um engenheiro eletrônico na indústria ou no seu campo de 
trabalho. 
Experiência, técnica, jogo de cintura, trabalho em equipe, 
motivação, entre outras, são características procuradas e 
valiosas no mercado. Atualmente inovação, criatividade e 
empreendedorismo têm feito sucesso também. 
Nesse momento, já devemos perceber que a remuneração 
depende de vários fatores, inclusive o momento econômico da 
empresa. Porém, é certo que: 
Quanto mais qualificado o engenheiro, maior a probabilidade 
de negociação em carreiras horizontais e verticais. 
Mas você conhece a diferença entre estes tipos de carreira? 
Carreira horizontal 
A promoção horizontal consiste na troca de cargo entre áreas 
diferentes na empresa ou ainda aumento salarial por mérito. Para 
tal, demonstrar um ótimo rendimento por médios e longos 
períodos de tempo tende a funcionar. 
As promoções horizontais acontecem somente em empresas 
que possuem seus cargos e salários organizados e bem 
definidos. 
Carreira vertical 
A promoção vertical consiste em ocupar cargos de maior 
importância e responsabilidade dentro de uma empresa. Ou seja, 
dentro da estrutura de cargos de uma empresa, é “subir” de 
nível. Um exemplo disto é quando um auxiliar administrativo 
passa a ser um assistente administrativo. 
Para que esse tipo depromoção ocorra, o ideal é que o 
profissional melhore seu currículo através do ingresso em 
um curso de graduação ou de especialização. 
Algumas funções do engenheiro eletrônico na indústria são: 
Estagiário de Engenharia eletrônica 
O estágio ajuda o estudante de engenharia a adquirir experiência 
e entender os trâmites empresariais. Existem modalidades de 
estágio não remunerado e remunerado. Normalmente o 
estagiário tem direitos trabalhistas e carga horária reduzida, mas 
tudo isso é definido em contrato determinado de trabalho. 
Remuneração: gira em torno de um a dois salários vigentes. 
 
 
Assistente de Engenharia eletrônica 
É um profissional com contrato indeterminado, diferente do 
estagiário, e detém maior responsabilidade em sua função dentro 
da empresa. Normalmente não assume projetos inteiros, porém 
auxilia diretamente a equipe de engenharia a resolvê-los. 
Tem a motivação de conhecer todas as rotinas e deveres da 
função de um engenheiro eletrônico. Em algumas empresas, 
essa função tem o nome de engenheiro eletrônico Trainee. 
Remuneração: gira em torno de dois a três salários vigentes. 
Engenheiro eletrônico Júnior 
Normalmente profissional recém-formado ou no início da carreira, 
detentor de pouca ou nenhuma experiência. Está numa situação 
de primeiro emprego ou mudança de área. 
Remuneração: gira em torno de 6 salários vigentes. 
Engenheiro eletrônico Pleno 
Profissional com experiência mínima de dois anos, nível de 
responsabilidade maior que o Engenheiro Júnior. Assume 
projetos completos e começa a se tornar referência para outros 
engenheiros. 
Remuneração: gira em torno de 10 salários vigentes. 
Engenheiro eletrônico Sênior 
Cargo com alta responsabilidade, profissional que sabe de todos 
os processos da empresa, tem uma experiência considerável 
pela participação em vários processos e tomada de decisões 
estratégicas para o desenvolvimento de vários projetos. 
Remuneração: acima de 10 salários vigentes. 
Gestor de Engenharia Eletrônica 
Cargo que depende de características de engenheiro Sênior com 
as capacidades de chefia e liderança. Um cargo mais gerencial, 
se desligando da parte técnica e assumindo tarefas estratégicas 
e gerenciais que visam o crescimento de um setor inteiro na 
empresa. 
Remuneração: acima de 10 salários vigentes. 
É importante citar que os valores indicados são apenas para 
referência, pois não são tabelados. O engenheiro eletrônico tem 
uma infinidade de oportunidades, até mesmo pela demanda 
crescente de engenheiros no mercado de trabalho brasileiro, 
então essa separação de forma restrita e imutável não é regra a 
ser seguida à risca. 
Qualquer profissional pode começar como engenheiro Júnior e ir 
direto para o Sênior sem passar pelo Pleno, ou seja, é 
determinante o quanto se esforça para obter valor no mercado de 
trabalho. 
Se o engenheiro eletrônico tiver uma veia de empreendedorismo 
pode criar um negócio próprio. Existem inúmeras oportunidades 
como startups (uma empresa embrionária, que conta com 
projetos promissores ligados à pesquisa, investigação e 
desenvolvimento de ideias inovadoras), vendas, prestação de 
serviços ou consultoria. 
Desta maneira, o profissional pode ter ganhos que não sejam 
atrelados a variáveis estáticas. Nesse sentido é interessante o 
engenheiro eletrônico sempre se aprimorar, ter garra e força de 
vontade que será recompensado. 
Para mais informações importantes sobre o salário, acesse os 
materiais a seguir: 
Os salários dos engenheiros no Brasil 
 
 
http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/quanto-ganham-os-
engenheiros-no-brasil 
Salário Mínimo Profissional – Senge/PR 
http://www.senge-pr.org.br/salario-minimo-profissional/ 
Acessando o material on-line, preste atenção às contribuições do 
professor Juliano! 
 
Histórico 
Antes de adentrarmos no histórico da engenharia elétrica, 
convém citar uma definição de Eletrônica: 
 
Eletrônica é o campo da ciência e da engenharia que trata dos 
dispositivos eletrônicos e de sua utilização e a parte da física que 
estuda e utiliza as variações de grandezas elétricas para captar, 
transmitir e processar informações. Trata dos circuitos elétricos e 
instrumentos constituídos por: 
 
 Válvulas termiônicas 
 Dispositivos semicondutores (tais como transistores, 
termistores e circuitos integrados) 
 Tubos de raios catódicos e outros componentes, entre os 
quais aqueles baseados no efeito fotoelétrico (células 
fotoelétricas, válvulas fotomultiplicadoras, etc.). 
 
A origem dos aparelhos eletrônicos remonta às pesquisas de 
Thomas Alva Edison, que em 1883 descobriu o que chamamos 
hoje de "Efeito Edison", ou efeito termiônico. 
Ele demonstrou a formação de uma corrente elétrica fraca no 
vácuo parcial entre um filamento aquecido e uma placa metálica. 
A corrente era unidirecional e cessava se a polaridade do 
potencial entre o filamento e a chapa fosse invertida. Ficou 
comprovado que os transmissores da eletricidade estavam 
eletrizados. Mais tarde, estes transmissores receberam o nome 
de elétrons. 
Confira o desenvolvimento inicial da Eletrônica: 
 
1887 
 Heinrich Hertz, durante as suas experiências com arcos 
voltaicos, observa que a luz emitida durante a descarga de 
alta voltagem de um arco elétrico influía 
consideravelmente na descarga produzida por outro arco 
menor, colocado diante dele. No momento em que o 
menor deixaria de receber a luz da descarga do maior, 
produzia-se uma faísca muito mais curta do que enquanto 
iluminado. 
 Iniciou-se assim o estudo da Foto eletricidade. 
 
1888 
 William Hallwachs demonstra que um eletroscópio com 
esfera de zinco perde sua carga negativa se a esfera for 
exposta à luz ultravioleta. 
 O fenômeno tornou-se conhecido como "Efeito Hallwachs" 
e determinou serem negativas (elétrons) as cargas 
emitidas pela esfera de zinco sob a ação do ultravioleta. 
1889 
 Elster e Geitel, físicos alemães, estudam o fenômeno e 
observam que os metais alcalinos sódio e potássio emitem 
elétrons também sob influência da luz comum. Trabalham 
juntos pesquisando a ionização da atmosfera e o efeito 
fotelétrico. 
 Descobriram o fenômeno da descarga de um eletroscópio 
na proximidade de um rádio elemento e enunciaram, em 
 
 
decorrência dessa observação, a Lei do Decrescimento 
Radioativo. 
1897 
 J. A. Fleming, físico inglês, faz a primeira aplicação prática 
do "Efeito Edison". É considerado um dos pioneiros da 
radiotelegrafia. 
 Usa a propriedade unidirecional da corrente movida a 
elétrons para criar um detector de sinais telegráficos. 
1899 
 Jonathan Zenneck, físico alemão, contribuiu para o 
desenvolvimento na radiotelefonia e das técnicas de alta 
frequência na Alemanha. 
 Inventou o medidor de ondas elétricas e um processo para 
multiplicação das frequências. 
1904 
 A válvula de Fleming é a origem do tubo díodo. Esse 
aparelho foi a origem de todas as válvulas utilizadas em 
telecomunicações. 
 Ele criou também um ondímetro, um amperímetro térmico 
para correntes de alta frequência e um manipulador de 
indução variável. Deve-se a ele a regra, hoje clássica, dos 
"três dedos", que dá o sentido das forças 
eletromagnéticas. Essa regra é usada para a 
determinação do campo magnético, a partir do produto 
vetorial da carga e do campo elétrico. 
1905 
 Elster e Geitel construíram a primeira célula fotoelétrica de 
utilização prática de elementos alcalinos; criaram o 
primeiro fotômetro fotoelétrico e um transformador Tesla. 
 Lee de Forest, inventor norte-americano, se lançou à 
promoção da radiocomunicação,organizando uma 
companhia telegráfica. Fracassou nessa primeira 
tentativa, mas desenvolveu o Tubo de Braun e criou o 
osciloscópio catódico, origem dos cinescópios dos atuais 
aparelhos de televisão. 
1906 
 Lee de Forest inventa a lâmpada de três eletrólitos ou 
tríodo. Acrescenta um terceiro eletrólito (grade) à válvula 
de Fleming. A utilidade dessas válvulas como geradores, 
amplificadoras e detectores foi aos poucos impondo-se. 
1907 
 Lee de Forest expõe sua teoria da difusão das ondas 
elétricas. Depois da Segunda Guerra Mundial, constrói a 
primeira estação ionosférica alemã. 
1910 
 Lee de Forest transmite a voz do maior tenor de todos os 
tempos, Caruso. Mas só com a primeira Guerra Mundial 
sua invenção tornou-se amplamente utilizada e foi 
produzida em larga escala. 
 Inventa também o fonofilme, aparelho precursor na 
indústria do sistema falado. 
 
Conforme o século XX avançava, as pesquisas e 
desenvolvimentos na área também se aprofundavam. Algumas 
contribuições importantes desta época foram: 
Edwin Howard Armstrong 
Engenheiro eletrônico norte-americano, desenvolveu um sistema 
radiofônico de frequência modulada, diminuindo as interferências 
nas transmissões e aumentando o nível de som. 
 Tem como invenções no campo da radiotelefonia: 
Circuito regenerativo (1912) 
Circuito super-heteródino (1918) 
Circuito superregenerativo (1920) 
 
 
 
 
 
Vladimir Zworykin 
Engenheiro e inventor russo, a partir de suas invenções se 
desenvolveu todo o sistema eletrônico da televisão moderna. É o 
primeiro a conseguir transformar uma imagem em uma corrente 
elétrica. 
 Teve como importante trabalho a aplicação da eletrônica à 
medicina. 
 Inventor do iconoscópio, ponto de partida para o sistema 
de televisão, colaborou na elaboração de outros 
equipamentos eletrônicos, como o microscópio eletrônico. 
 
Sir Robert Alexander Watson-Watt 
Físico escocês, concebeu um sistema de detecção de um objeto 
e de medida da distância por intermédio de ondas 
eletromagnéticas em 1925. 
 Dessa forma nasceu o RADAR (RAdio Detection And 
Ranging), cujas primeiras estações foram instaladas na 
Inglaterra. 
Nos anos seguintes os aparelhos que produzem e detectam 
ondas eletromagnéticas - sobretudo curtas e ultracurtas - são 
desenvolvidos e as teorias de modulação aprofundadas: 
Em 1927, Carson empreende estudos matemáticos relativos ao 
transporte de um sinal por uma corrente elétrica portadora 
(modulação). 
 
A modulação de frequência é prevista por Armstrong em 1928. A 
modulação de uma mesma onda portadora por várias 
comunicações telefônicas simultâneas permite o surgimento da 
técnica das comunicações múltiplas com um mesmo suporte 
material, colocando o telefone à disposição do grande público. 
Blumldin e Schönberg desenvolvem em 1930 um sistema 
comercial para tratar a imagem elétrica produzida pelo tubo de 
Zworykin, permitindo o transporte à distância e a reconstituição 
local. 
Manfred Barthélemy, físico francês, é considerado um dos 
criadores da televisão na França. Dedicou-se primeiro à criação 
de aparelhos de medição e depois à radiofonia. 
Durante a Primeira Guerra Mundial, Manfred construiu 
instrumentos emissores e participou da instalação do centro de 
comunicação na Torre Eiffel. 
Manfred interessou-se em seguida pela televisão, aperfeiçoando 
o dispositivo do escocês John Baird, e foi encarregado de uma 
emissão regular de TV em 1935. Por ocasião da Segunda Guerra 
Mundial, realizou pesquisas sobre radares. Mais tarde, criou o 
isoscópio, um tubo aperfeiçoado para a TV. 
Manfred e René elaboraram a transformação da imagem elétrica 
em imagem luminosa, o que permitiu o desenvolvimento e 
produção de câmaras, amplificadores, geradores de sinais de 
imagem, sinais de linha, sinais de sincronização, multiplicadores 
de frequência, etc. 
 
Neste ponto, os transistores (na verdade os semicondutores em 
geral) revolucionaram a eletrônica. Em poucos anos, o invento se 
disseminaria por todo o parque industrial e permitiria uma onda 
de inovações tecnológicas sem precedentes. 
 
Transistores são dispositivos simplificados baseados no 
comportamento elétrico de semicondutores. Eles são 
responsáveis pela amplificação dos sinais nos circuitos. 
Substituem as válvulas, hoje em dia, na maioria das aplicações. 
Os transistores substituíram as válvulas eletrônicas. 
 
Os rádios portáteis, então possíveis, traziam estampada a 
expressão 'Solid State' (estado sólido), em referência à ausência 
de válvulas, já que seus circuitos eram construídos com cristais 
(sólidos, sem vácuo ou preenchimento com gases). 
Nascia a era da microeletrônica e isso revolucionaria a 
computação. Apesar do desenvolvimento de computadores 
 
 
digitais estar enraizado no ábaco e em outros instrumentos de 
cálculo anteriores, foi creditado a Charles Babbage o design do 
primeiro computador moderno. 
Saiba mais sobre as contribuições de Babbage no artigo a 
seguir: 
http://www.tecmundo.com.br/historia/16641-charles-babbage-um-
cientista-muito-alem-de-seu-tempo.htm 
 
Confira alguns marcos importantes da história da informática no 
final do século XX: 
 
1939: O primeiro computador totalmente automático, Mark I, ou 
Automatic Sequence Controlled Calculator, é iniciado em 1939 
na Universidade de Harvard, por Howard Aiken. 
1946: O primeiro computador digital eletrônico, ENIAC - 
Electronic Numeral Integrator and Calculator - que usava 
centenas de válvulas eletrônicas, é completado na Universidade 
da Pensilvânia. 
1951: O UNIVAC (UNIversal Automatic Computer) se torna o 
primeiro computador a lidar com dados numéricos e alfabéticos 
com igual facilidade. Também foi o primeiro computador 
disponível comercialmente, usado no censo americano da 
década de 50. 
Anos 60: Os computadores de primeira geração foram 
suplantados pelos transistorizados entre o fim da década de 50 e 
início da década de 60. Esses computadores de segunda 
geração já eram capazes de fazer um milhão de operações por 
segundo. 
Anos 70: Os computadores de terceira geração, com circuitos 
integrados, foram substituindo os anteriores, de meados dos 
anos 60 até a década de 70. 
Anos 80: Década foi caracterizada pelo desenvolvimento do 
microprocessador e pela evolução dos minicomputadores, 
microcomputadores e computadores pessoais, cada vez 
menores e mais poderosos. 
Percebemos que, no decorrer dos anos, a eletrônica assumiu 
grande importância em nossas vidas. Tudo que está ao nosso 
redor está envolvido de alguma forma com a eletrônica, que 
facilitou o nosso dia a dia. Os componentes eletrônicos foram 
realmente uma descoberta marcante, nos proporcionando um 
imenso avanço tecnológico e simplificando nosso modo de viver.
 
Para reforçar seus conhecimentos sobre a história da 
engenharia, não deixe de acessar os seguintes materiais 
complementares: 
 
A história da Engenharia no Brasil e no mundo 
http://senge-go.org.br/a-historia-da-engenharia-no-brasil-e-no-
mundo/ 
Memória da Engenharia 
https://www.youtube.com/watch?v=tVbsAMtm0rg 
Para finalizar este tema, assista ao vídeo do professor Juliano 
acessando o material on-line! 
 
Trocando ideias 
Como vão os seus estudos? Até agora foram tratados de 
assuntos relacionados a engenharia eletrônica e agora 
queremos saber sua opinião! 
O que te motiva para estudar engenharia elétrica? 
Por que escolheu a carreira de exatas? 
O que já conhecia sobre essa carreira? 
 
 
 
 
Na prática 
Começa agora uma carreira profissional fantástica! Engenheiros,assim como as outras profissões, transformam o mundo. Mas 
nada vem de graça ou somente por sorte; deve-se ter esforço e 
dedicação. 
Para nossa atividade, você deve escolher 5 termos que você leu 
no texto. Por exemplo: 
1. Frequência 
2. Filamento 
3. Semicondutores 
4. Vácuo 
5. Amplificador 
A seguir procure, na internet ou qualquer fonte de pesquisa, as 
definições dos termos. O objetivo dessa atividade é a criação de 
um método de pesquisa – uma das importantes competências 
do engenheiro. 
 
Síntese 
Nesta aula, foram abordados assuntos correlatos à engenharia 
eletrônica: a definição de engenharia eletrônica, papel do 
engenheiro na sociedade, perfil do egresso, remuneração e 
histórico da engenharia eletrônica. Esses assuntos abriram as 
portas para um novo mundo: A vida de Engenheiro. 
A vida de um engenheiro é um livro aberto, pois tem muito a 
estudar e se desenvolver, mas como disse Miguel de Cervantes: 
“Estar preparado é a metade da vitória”. 
 
 
Tenha certeza de que vale a pena! Bons estudos e até a 
próxima aula! 
Por fim, confira os comentários gerais do professor Juliano no 
material on-line! 
 
Referências 
BAZZO, W. A.; PEREIRA, L.T.V. Introdução à Engenharia. 
UFSC, 2ª edição, Florianópolis, 2009. 
BARROS, A. P.; LEHFELD, N. A. S. Fundamentos de 
Metodologia. Pearson, 3ª edição, 2007. 
BASTOS, Lília Da Rocha; PAIXÃO, Lyra; FERNANDES, Lúcia 
Monteiro; DELUIZ, Neise. Manual para a Elaboração de 
Projetos e Relatórios de Pesquisa, Teses. Dissertações, LTC, 
6ª Edição, Rio de Janeiro, 2003. 
HOLTZAPPLE, Mark T., REECE, W. Dan. Introdução à 
Engenharia. Rio de Janeiro: LTC, 2006. 
GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos De Pesquisa. 
São Paulo: Atlas, 5ª edição, 2010. 
Referenciais nacionais dos cursos de engenharia. Disponível 
em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/referenciais.pdf 
 
GLAUCO MARTINS DE ALMEIDA FILHO 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Engenharia 
Eletrônica 
 
 
 
 
 
Introdução a Engenharia Eletrônica 
 
Aula 02 
 
 
Professor Juliano de Mello Pedroso 
 
 
 
 
 
 
GLAUCO MARTINS DE ALMEIDA FILHO 
 
2 
Introdução 
Conversa inicial 
Olá, aluno! Já estamos na segunda aula da disciplina “Introdução a Engenharia 
Eletrônica”. 
Hoje veremos as habilitações da engenharia elétrica. 
Existem várias habilitações quando se fala em engenharia, no caso da 
Engenharia Elétrica são três: 
1. Elétrica (Eletrotécnica) 
2. Eletrônica 
3. Telecomunicações 
Podemos também dizer que habilitação técnica é o ramo que são trabalhados 
os assuntos e as aplicações. A seguir será descrita cada uma delas. 
Bons estudos! 
 
Problematização 
Se olharmos a nossa volta, não é difícil perceber nossa dependência cada vez 
maior de produtos tecnológicos. A necessidade de se comunicar o obter 
informações de forma cada vez mais rápida é crescente, evoluções diárias de 
tecnologia. Muito dessas evoluções nos economizam tempo, nos facilitam a vida, 
protege a saúde, enfim um sem número de benefícios. 
 
Porém temos que tomar como ponto de partida quais são os possíveis ramos 
que o engenheiro pode trabalhar, ou seja, conhecendo suas habilitações 
saberemos quais campos de trabalho o engenheiro pode atuar. 
A engenharia elétrica é ramo da engenharia que trabalha com os estudos e 
aplicações da eletricidade, eletromagnetismo e eletrônica. A seguir falaremos de 
cada uma das habilitações. 
 
 
GLAUCO MARTINS DE ALMEIDA FILHO 
 
3 
Conteúdo teórico 
Tema 1: Engenharia Eletrotécnica 
A Engenharia Eletrotécnica é o ramo da engenharia que trabalha com geração, 
transmissão e distribuição de energia elétrica. 
Porém, o Engenheiro eletricista pode atuar em outras áreas tais como: 
 Planejar 
 Supervisionar 
 Executar projetos nas áreas de eletrotécnica, relacionadas à potência da 
energia. 
A seguir descrevemos algumas áreas da eletrotécnica. 
 
Geração de energia elétrica 
A energia elétrica é uma das formas de energia mais utilizadas no mundo. Pode 
ser gerada de várias formas: hidrelétrica, térmica, nuclear, eólica, etc. 
No Brasil a principal fonte de geração elétrica é a hidrelétrica. A energia gerada 
por uma hidrelétrica é obtida através do aproveitamento do potencial hidráulico 
de um rio. Para que esse processo seja realizado é necessário que a construção 
da usina seja feita em rios que possuam uma elevada quantidade de água e um 
desnível em seu curso. 
A força da água em movimento é conhecida como energia potencial, essa água 
passa por tubulações da usina com velocidade e força relativamente altas, 
realizando a movimentação das turbinas. Nesse processo, ocorre a 
transformação de energia potencial (energia da água) em energia mecânica 
(movimento das turbinas). As turbinas em movimento estão conectadas a um 
gerador, que é responsável pela transformação de energia mecânica em energia 
elétrica. 
Você sabia que no Brasil, devido a sua enorme quantidade de rios, boa 
parte da energia elétrica disponível é proveniente de grandes usinas 
hidrelétricas? 
 
GLAUCO MARTINS DE ALMEIDA FILHO 
 
4 
Vamos ver como é gerada essa energia na prática? 
 
 Barragem e Reservatório 
A barragem tem por objetivo interromper o curso normal do rio e permitir 
a formação do reservatório. Além de "estocar" a água, esses reservatórios têm 
outras funções: permitem a formação do desnível necessário para a 
configuração da energia hidráulica; captam a água em volume adequado; e 
regularizam a vazão dos rios em períodos de chuva ou estiagem. 
 
 Turbina 
Antes de se tornar energia elétrica, a energia primária deve ser convertida 
em energia cinética de rotação. O dispositivo que realiza essa transformação é 
a turbina. As turbinas são formadas por uma série de pás ligadas a um eixo 
conectado ao gerador. 
Durante o seu movimento giratório, as turbinas convertem a energia 
cinética (do mocimento da água) em energia elétrica, por meio dos geradores 
que produzirão a eletricidade. 
 
GLAUCO MARTINS DE ALMEIDA FILHO 
 
5 
Depois de passar pela turbina, a água é restituída ao leito natural do rio pelo 
canal de fuga. Os principais tipos de turbinas hidráulicas são: Pelton, Kaplan, 
Fracis e Bulbo. Cada turbina é adaptada para funcionar em usinas com 
determinada faica de altura, de queda e vazão. 
 
 Gerador 
O último elemento da cadeia de transformações é o gerador, que converte o 
movimento rotatório da turbina em energia elétrica. Esse dispositivo funciona 
com base nas leis da indução eletromagnética, em sua forma mais simples, 
consiste em uma espira em forma de retângulo. 
O engenheiro eletrotécnico atua na criação de hidrelétricas contribuindo no 
dimensionamento das turbinas, sistemas de armazenamento. 
Ele também pode realizar essas tarefas em usinas térmicas e eólicas. 
Seus conhecimentos também são uteis em subestações de energia, as quais 
devem ajustar seus processos e capacidade de fornecimento de acordo com a 
demanda da região que atendem. 
 
 Transmissão 
Para que a energia elétrica chegue em sua casa é necessário que tenha linhas 
de transmissão desde a fonte geradora (Usinas, etc.) até a sua residência. Esta 
energia em alta tensão elétrica viaja pelos fios da rede elétrica, passando por 
torres e subestações de energia que, por sua vez, adequam a tensão elétrica 
para o consumidor final. As subestações enviam esta energia até as cidades, 
através da fiação elétrica que passa pelos postes que vemos nas ruas. 
Engenheiros eletrotécnicos atuam na implantação, expansão e manutenção das 
linhas de transmissão.GLAUCO MARTINS DE ALMEIDA FILHO 
 
6 
 Distribuição 
O segmento de distribuição se caracteriza como o segmento do setor elétrico 
dedicado à entrega de energia elétrica para um usuário final. Como regra geral, 
o sistema de distribuição pode ser considerado como o conjunto de instalações 
e equipamentos elétricos que operam, geralmente, em tensões inferiores a 230 
kV, incluindo os sistemas de baixa tensão. 
A conexão e o atendimento ao consumidor do ambiente regulado são realizados 
pelas distribuidoras de energia. Além delas, as cooperativas de eletrificação 
rural, entidades de pequeno porte, distribuem energia elétrica exclusivamente 
para seus associados. 
A energia distribuída é a energia efetivamente entregue aos consumidores 
conectados à rede elétrica de uma determinada empresa de distribuição. Essa 
rede pode ser aérea, suportada por postes ou por dutos subterrâneos. O 
engenheiro que atua na distribuição trabalha nos lugares onde existe a rede 
elétrica projetando, expandindo, coordenando manutenções. 
Clique no link e entenda > 
http://saibaumpoucomais.com.br/wp-content/uploads/2015/06/transmissao-
energia-eletrica.png 
Existem vários outros lugares onde o engenheiro eletricista pode atuar como por 
exemplo: projeto de instalações elétricas prediais, automação residencial e 
industrial, circuitos elétricos, etc. 
 
Para complementar o que vimos até aqui, o professor Juliano preparou um 
vídeo bem interessante! Confira no material on-line. 
 
 
Agora, um vídeo bem interessante! 
Quer saber mais sobre o Engenheiro Eletricista? Então, assista: 
https://www.youtube.com/watch?v=gkPgt27HWf8 
 
 
GLAUCO MARTINS DE ALMEIDA FILHO 
 
7 
Tema 2: Engenharia Eletrônica 
Parece misterioso como um toque sonoro indica que chegou uma nova 
mensagem no smartphone, o que mudar o controle do vídeo game o herói do 
jogo se movimente, e que podemos conversar com uma pessoa do outro lado do 
mundo. 
Na maioria das vezes não conseguir entender como uma porta pode travar 
detectando um metal dentro de uma bolsa comum. Para o engenheiro eletrônico 
isso é totalmente lógico literalmente. 
Essa profissão é ideal para quem é dinâmico, vive “antenado” com as notícias 
de novas tecnologias e ainda é capaz de propor soluções originais para os 
problemas do dia a dia. 
Este profissional desempenha um papel muito importante em várias áreas, 
dentre elas áreas de telecomunicações, automação industrial e ainda 
bioeletrônica, o que torna um dos profissionais das áreas de engenharia mais 
disputados no mercado. 
Com relação a área de engenharia eletrônica temos um ramo da engenharia 
elétrica onde é possível realizar os projetos, a construção e a manutenção dos 
equipamentos eletrônicos e digitais, dentre eles computadores, aparelhos de 
televisão, redes telefônicas, entre uma série de outras áreas. 
A área inclui um planejamento e a implantação dos processos de automação 
industrial. Os engenheiros com esta formação poderão contar com um campo de 
trabalho muito amplo, e suas tarefas variam desde a criação das peças de um 
equipamento mais simples, até mesmo elaborar o desenvolvimento de uma 
estrutura complexa para automatizar a produção de uma fábrica por exemplo. 
Este profissional poderá ainda se dedicar a elaboração de técnicas de execução 
dos aparelhos e sistemas, além de sua instalação, reparação e manutenção. 
Ter uma boa habilidade com números, e ainda um domínio de princípios de 
Mecânica e Física, além de uma boa coordenação motora e meticulosidade são 
algumas características relevantes e importantes para esta área de engenharia. 
 
GLAUCO MARTINS DE ALMEIDA FILHO 
 
8 
Nessa habilitação compete inúmeros exemplos de atribuições aos engenheiros 
eletrônicos, de modo resumido: 
 
 Supervisão, coordenação e orientação técnica 
 Estudo, planejamento, projeto e especificação 
 Estudo de viabilidade técnico-econômica 
 Assistência, assessoria e consultoria 
 Direção de obra e serviço técnico 
 Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico 
 Desempenho de cargo e função técnica 
 Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica; 
extensão 
 Elaboração de orçamento 
 Padronização, mensuração e controle de qualidade 
 Execução de obra e serviço técnico 
 Fiscalização de obra e serviço técnico 
 Produção técnica e especializada 
 Condução de trabalho técnico 
 Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou 
manutenção 
 Execução de instalação, montagem e reparo 
 Operação e manutenção de equipamento e instalação 
 Execução de desenho técnico 
 
Nesse contexto um engenheiro eletrônico deve estar preparado para 
alterar o futuro com o uso de novas tecnologias, ou até mesmo velhas 
tecnologias em problemas novos. 
 
 
 
 
GLAUCO MARTINS DE ALMEIDA FILHO 
 
9 
 
 
O professor Juliano traz mais detalhes no vídeo do tema 2 que está no 
materinha on-line! 
 
 
Agora você talvez já consiga responder essa: Que tipo de engenheiro você é? 
Clique aqui e responda: 
http://testedeengenharia.guiadoestudante.abril.com.br/ 
 
 
Que tal outro vídeo que fala sobre o curso de Engenharia Elétrica? 
https://www.youtube.com/watch?v=OE__KQRSH1E 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GLAUCO MARTINS DE ALMEIDA FILHO 
 
10 
Tema 3: Engenharia de Telecomunicações 
A Telecomunicação é responsável pelo planejamento, projeto, operação e 
manutenção dos sistemas eletrônicos e de telecomunicações, como por exemplo 
telefonia móvel e fixa, transmissão de dados, redes de computadores, redes sem 
fio, rádio e TV. 
O profissional formado em Engenharia de Telecomunicações está apto a exercer 
funções na Infraestrutura em redes de telecomunicações, criando, projetando, 
implantando e gerenciando, inclusive transmissões de dados como a internet, 
transmissão de dados digitais por fibras óticas e satélites. Pode atuar também 
na comunicação móvel em aparelhos sem fio com acesso à internet, 
principalmente com a chegada do 4G. 
Esse profissional atua em empresas concessionárias de serviços de 
telecomunicações, de telefonia fixa e móvel, de cabeamento estruturado e fibra 
óptica e de infraestrutura. Também encontra trabalho na indústria 
eletroeletrônica, nos órgãos reguladores das atividades de telecomunicação e 
nas empresas e laboratórios de pesquisa científica e tecnológica. 
A telecomunicação é uma das principais ferramentas para toda e qualquer 
atividade comercial ou industrial. 
Seja empresas de energia, petrolíferas, de transporte e logística, da área de 
mineração, não importa, sempre será importante a presenças do engenheiro. 
 
A seguir, vamos ver como esse profissional vai atuar! 
 Infraestrutura 
Criar, projetar, coordenar estudos de viabilidade, construir, implantar, 
operar, gerenciar e controlar a qualidade de sistemas e redes de 
telecomunicações, inclusive comunicações de dados: redes locais, 
metropolitanas e mundiais (Internet). 
 
 
 
 
GLAUCO MARTINS DE ALMEIDA FILHO 
 
11 
 
 Comunicações móveis 
Desenvolver sistemas de transmissão de voz, dados, imagens e acesso à 
internet via aparelhos sem fio (wireless). 
 Projeto 
Projetar sistemas de transmissão de dados digitais por meio de toda a 
infraestrutura de telecomunicações; projetar e desenvolver equipamentos 
eletrônicos para as indústrias eletroeletrônicas na área de telecomunicações. 
 Serviços 
Gerenciar a implantação, comercialização, tarifação, configuração e operação 
de redes de telecomunicações. Atuar em ensaios, otimização, calibração, 
manutençãoe reparos de equipamentos e sistemas telecomunicações. 
 Acadêmica e científica 
Focar em pesquisas e também nas aulas em instituições de ensino. 
 
O professor Juliano pode nos ajudar mais um pouco! Confira no vídeo do 
material on-line!!! 
 
Agora veja no “Guia do Estudante”, mais detalhes sobre a “Engenharia 
de Telecomunicações”... 
Clique aqui: http://guiadoestudante.abril.com.br/profissoes/engenharia-
producao/engenharia-telecomunicacoes-685600.shtml 
Um pouco de história? Vamos dar uma “volta” e conhecer melhor a 
Telecomunicação: 
http://www.sarmento.eng.br/Telecomunicacoes.htm 
 
 
 
 
GLAUCO MARTINS DE ALMEIDA FILHO 
 
12 
Tema 4: Outras Engenharias 
Engenharia da Computação 
A constante evolução na área de informática aumentou a demanda por 
profissionais que atuassem na área de hardware e software. Onde hardware é a 
parte física do computador e software que envolve a parte lógica, ou seja os 
programas, sistemas operacionais e arquivos 
O engenheiro da computação pode atuar nessas duas áreas distintas: 
Hardware 
Desenvolve projetos de periféricos para computadores ou sistemas 
embarcados. Este profissional é capaz de construir computadores completos. 
Software 
Desenvolve componentes lógicos de um computador, rotinas ou conjunto de 
instruções que controlam o funcionamento de um computador. 
 
Engenharia de controle e automação 
Dentro de uma indústria ou empresa existem vários processos. A engenharia de 
controle e automação tem como responsabilidade transformar esses processos 
automáticos, tornando-os mais confiáveis e versáteis. Essa profissão leva em 
consideração a otimização do processo, ou seja, a operação tem que ser a mais 
simples e econômica possível. 
O sistema de controle não precisa realizar a automação completa do processo 
industrial. Também, há processos semiautomáticos, onde parte da ação 
necessitam intervenção manual. As escolhas dependerão do tipo de processo, 
custos envolvidos e segurança dos operadores. 
Alguns exemplos de sistemas de controle e automação são: robôs industriais, 
linha de montagem de automóveis, manufatura de circuito eletrônico, fabricação 
de microchip (circuito integrado), sistemas de tratamento de água, refinaria de 
petróleo, usinas de geração de energia, siderúrgicas, petroquímicas e etc. 
 
 
 
GLAUCO MARTINS DE ALMEIDA FILHO 
 
13 
Engenharia Mecatrônica 
Esse ramo se caracteriza por uma formação interdisciplinar nas seguintes áreas 
de atuação: mecânica, eletrônica controle e informática industrial. 
Em muitas instituições de ensino relacionam a engenharia de controle e 
automação com a Mecatrônica dizendo que são iguais. 
Essa é umas áreas onde a robótica é mais aplicada, sempre sendo questionada 
por tentar substituir o homem no seu papel na sociedade. 
 
Engenharia de Produção 
O profissional engenheiro de Produção é uma peça com grande valor no 
processo produtivo, tem lugar em quase todos os ramos industriais. 
É o ramo que gerencia os recursos humanos, financeiros e materiais de uma 
empresa. Sua formação permite que o profissional conecte conhecimento de 
engenharia com técnicas de administração. 
Define a melhor forma de integrar mão de obra, equipamentos e matéria-prima, 
a fim de avançar na qualidade e aumentar a produtividade. Por atuar como elo 
entre os setores técnicos e administrativos, seu campo de trabalho ultrapassa os 
limites da indústria. 
O especialista em economia empresarial, por exemplo, costuma ser contratado 
por bancos para montar carteiras de investimentos. 
Este profissional é requisitado, também, por empresas prestadoras de serviços 
para definir funções e planejar escalas de trabalho. Há diversos cursos que 
permitem ingressar nesta carreira como tecnólogo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
GLAUCO MARTINS DE ALMEIDA FILHO 
 
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Quer mais esclarecimentos sobre todas essas áreas? 
Então assista ao vídeo do professor Juliano no material on-line! 
Quer saber quais são os 34 tipos de Engenharia? Então, clique ali no ícone: 
http://guiadoestudante.abril.com.br/vestibular-enem/conheca-34-tipos-
engenharia-existem-602301.shtml 
 
Agora mais um vídeo! Esse faça sobre a indústria automobilística: 
https://www.youtube.com/watch?v=2VwaD-nQUFs 
 
GLAUCO MARTINS DE ALMEIDA FILHO 
 
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Trocando Ideias 
Nossa!! Esse é um mundo novo, não acha?? 
Então, agora nós vamos aguçar a nossa criatividade... 
Uma empresa chamada Dental faz pasta de dente para uma determinada região 
do Brasil. Essa empresa tem o seguinte problema: todos os setores que fazem 
pasta de dente são comandados por circuitos eletrônicos, ou seja, não tem 
contato com o ser humano, por esse motivo várias caixas de pasta de dente são 
embaladas e entregues ao cliente sem o produto dentro da caixa. 
Você foi contratado como Engenheiro Junior dessa empresa e é a sua grande 
chance de resolver o problema e se destacar. Qual é a solução que você vai 
propor? 
Vá até o nosso Fórum e troque ideias com os colegas! Vai ajudar a desenvolver 
o assunto! 
 
Na Prática 
Estamos rodeados de benfeitorias feitas por engenheiros em nossa vida. 
Identifique um equipamento eletrônico que mais é útil em sua vida cotidiana e 
justifique sua resposta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://s-media-cache-
ak0.pinimg.com/736x/3e/5e/d0/3e5ed0e0a95a6fc9709042b0464fa3a2.jpg 
 
GLAUCO MARTINS DE ALMEIDA FILHO 
 
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Síntese 
Nesta aula foram abordadas as habilitações que podem ser escolhidas na 
engenharia. A Engenharia usa a tecnologia e os conhecimentos especializados 
para produzir novos produtos e melhorar a vida das pessoas. 
Tradicionalmente relacionadas a objetos concretos (objetos reais, sólidos, que 
podem ser palpáveis), com as novas tecnologias a engenharia tem evoluído 
mudado o seu conceito geral. 
 
Importante ressaltar que todas as características técnicas e humanas são 
interessantes e que devemos nos atentar aos detalhes da profissão também, 
como falar uma língua estrangeira, procurar sempre se atualizar e fazer as coisas 
com vontade e determinação. 
 
 
Referências 
BIBLIOGRAFIA - BIBLIOGRAFIA BÁSICA 1. BAZZO, W. A.; PEREIRA, L.T.V.; 
Introdução a Engenharia. UFSC, 2ª edição, Florianópolis, 2009. – 
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/referenciais.pdf 
http://guiadoestudante.abril.com.br 
http://guiadoestudante.abril.com.br/vestibular-enem/conheca-34-tipos-
engenharia-existem-602301.shtml 
 
 
 
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Engenharia Elétrica 
Introdução a Engenharia Eletrônica 
 
 
 
 
 
Aula 3 
 
 
Professor Juliano de Mello Pedroso 
 
 
 
 
 
 
 
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Introdução 
Olá! Seja bem-vindo à terceira aula da disciplina “Introdução à Engenharia 
Eletrônica”! Nesse encontro, veremos as várias carreiras que o professional 
dessa área pode atuar, que são: 
 Carreira Industrial 
 Carreira em Gestão 
 Carreira Acadêmica 
 Carreira em Pesquisa e Desenvolvimento 
 Carreira de Empreendedor 
 
Bons estudos! 
Problematização 
Você decidiu fazer Engenharia, e agora? 
Em qualquer lugar que pretenda trabalhar, seja dentro de um escritório, 
fazendo planejamentos ou atuando no chão de fábrica, essa profissão exige 
muita precisão e comprometimento. Se você está com vontade de participar 
desse mundo, as notícias são ótimas: o setor não para de crescer e as 
oportunidades tendem a aumentar cada vez mais. 
Um engenheiro pode seguir várias carreiras,o motivo disso são as 
disciplinas vistas no curso, que dão uma ampla vantagem no mercado de 
trabalho. Tal profissional tem a capacidade de se adaptar e trabalhar como 
engenheiro de vendas, professor, pesquisador ou um engenheiro de projetos, 
por exemplo. E são essas várias áreas que estudaremos nessa aula. Vamos lá? 
 
 
 
 
 
 
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Carreira industrial 
O setor fabril brasileiro está se tornando um dos mais competitivos do 
mundo, por meio de processos automáticos de produção e aprimoramento 
profissional. Os salários e benefícios costumam ser mais elevados que outras 
áreas. Porém, muitas pessoas ficam receosas em se candidatar a uma vaga 
neste setor. Por que isso acontece? 
 Talvez por ser uma área que exija um trabalho mais pesado e desafiador. 
Mas é importante lembrar que ela pode fornecer um crescimento considerável. 
Indústria química, fabricação de jogos, indústria de design da moda, 
metalúrgica. Enfim, cada uma delas tem seu lado positivo. Portanto, existem 
alguns motivos que podem incentivar o investimento na busca por vagas neste 
setor: 
 Experiência e aprendizado: na verdade, talvez essa seja uma das 
principais vantagens em qualquer emprego. O conhecimento que podemos 
adquirir no ambiente de trabalho é indescritível. A área industrial com certeza vai 
proporcionar isso, independentemente do local de atuação. 
 Levar o que aprendeu para a sua imaginação: você pode usar 
os seus conhecimentos industriais para criar seu próprio negócio posteriormente. 
 
 Possibilidade de atingir metas difíceis e exercer atividades 
desafiadoras: o serviço industrial, em sua grande maioria, é considerado 
pesado. Portanto, o desafio é garantido e consequentemente vem a satisfação 
em ter conseguido concluir o serviço. 
 Destacar-se dentro da empresa: se você realizar uma 
capacitação de leitura e interpretação de desenho ou de cálculo técnico, por 
exemplo, poderá se destacar em relação aos demais funcionários. Deste modo, 
é possível trilhar o seu próprio caminho na empresa, crescendo por você mesmo. 
 Estabilidade: no setor industrial não costuma haver muita 
rotatividade de funcionários, ou seja, você pode ter estabilidade no seu emprego. 
Se estiver fazendo o trabalho correto, pode ter uma certa tranquilidade, pois além 
 
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de não ser demitido, terá grandes chances de ir subindo de cargo na empresa. 
Só depende do seu potencial e da sua força de vontade! 
 
Mas em relação à área industrial, é comum vermos notícia sobre a 
mecanização dos processos, ou seja, o homem está cada vez mais sendo 
substituído por máquinas. Será que isso é necessariamente ruim? 
 
Bom, primeiramente é importante saber que o cerne da riqueza não é o 
setor industrial, mas o conhecimento. De forma mais específica o conhecimento 
aplicado com o intuito de reduzir o percentual total da indústria na economia e 
de aumentar a riqueza das massas por meio dos serviços (que podem ser digitais 
ou pessoais, mas não são baseados na manufatura). 
É por isso que a indústria será, cada vez mais, equipada por máquinas 
totalmente controladas por programas computacionais. Utilizar mão de obra 
humana para fazer esforços repetitivos e puramente mecânicos é um completo 
desperdício de recurso e de dinheiro. 
 O uso de máquinas e de inteligência artificial permite que a humanidade 
seja libertada do fardo do trabalho maçante e exaustivo. 
É incrível que economistas, em pleno século XXI, ainda condenem as 
máquinas e desejem que seres humanos façam um serviço totalmente 
mecânico, tedioso e, em relação às máquinas, bem menos produtivo. 
Ou seja, o uso de máquinas é um fator positivo! Isso porque exige do 
funcionário cada vez mais especialização e preparo para desempenhar um 
trabalho muito mais cognitivo que braçal. 
 Ao longo de séculos — aliás, ao longo de milênios —, os pais sempre se 
esforçaram para colocar seus filhos dentro de alguma guilda ou para arranjar 
para eles alguma sinecura. Ou seja, o objetivo era que eles nunca mais 
precisassem fazer trabalho físico extenuante. 
 
 
 
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Guilda 
Segundo o dicionário Houaiss on-line (2009), guilda era uma “associação 
que agrupava, em certos países da Europa durante a Idade Média, indivíduos 
com interesses comuns (negociantes, artesãos, artistas) e visava proporcionar 
assistência e proteção aos seus membros”. 
Sinecura 
Segundo o Dicionário Houaiss on-line (2009), sinecura é um “emprego ou 
cargo rendoso que exige pouco trabalho”. 
 
 Ironicamente, o que quase todos os pais querem para seus filhos é 
exatamente aquilo que o livre mercado já vem propiciando ao redor do mundo 
(mais máquinas, menos trabalho braçal). Ainda assim, há pessoas que 
reclamam do declínio da participação da indústria na economia, que tem sido 
uma das maiores bênçãos do mundo moderno. 
Porém, há os que honestamente acreditam que a economia de seu país 
está ruim simplesmente porque a porcentagem da economia que é ocupada pela 
indústria está em constante declínio. 
Chegamos a uma incoerência, não é mesmo? Isso porque aquilo que os 
indivíduos querem para seus filhos é exatamente o que eles lamentam estar 
acontecendo na economia: 
 
Não quero que meu filho tenha de fazer um trabalho manual pesado, 
mas não concordo com o fato das máquinas estarem substituindo pessoas 
no trabalho manual. 
 
Pessoas que pensam assim sofrem dissonância cognitiva. Você já ouviu 
falar nesse termo? Trata-se de uma teoria criada pelo psicólogo novayorkino 
Leon Festinger. Ele afirma que “dissonância e consonância são relações entre 
cognições, ou seja, entre opiniões, crenças, conhecimentos sobre o ambiente e 
conhecimentos sobre as próprias ações e sentimentos. Duas opiniões ou 
 
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crenças ou itens de conhecimento são dissonantes entre si quando não se 
encaixam um com o outro, isto é, são incompatíveis” (FESTINGER, 1956, p. 25). 
Ficou curioso? Então clique a seguir e acesse um interessante texto sobre 
esse assunto: 
http://brazil.skepdic.com/dissonancia.html 
Ao redor do mundo, as nações industrializadas terceirizaram sua base 
manufatureira de duas maneiras: ou transferiram suas indústrias pesadas para 
países estrangeiros extremamente pobres ou adotaram programas 
computacionais que não reclamam na hora de fazer o trabalho pesado (e o 
fazem com extrema eficiência). 
E qual foi a consequência? Os trabalhos passaram a ser efetuados com 
uma qualidade ímpar tanto por pessoas pobres em países estrangeiros quanto 
por robôs que estão se tornando cada vez mais eficientes em decorrência da 
adoção de melhores técnicas de produção e de melhores programações 
computacionais. Em absolutamente todas as etapas desse processo sempre 
surgiram luditas reclamando da substituição de mão de obra humana por 
máquinas. 
Ludita 
A palavra “luditas” vem de “luddismo” que é um “movimento coletivo que 
se estendeu pela Inglaterra desde o início do século XIX. Contrário à 
mecanização do trabalho, visava a destruição da máquina, responsabilizando-a 
pelo desemprego e pela miséria social nos meios de produção” (HOUAISS, 
2009). 
 
Você sabe qual a origem do termo "sabotagem"? 
Essa palavra vem do francês sabot, que significa “sapato”. Operários que 
estavam perdendo seus empregos para as máquinas atiravam sapatos nelas 
com o intuito de danificá-las. Uma perfeita ilustração do uso da coerção contra 
empreendedores e contra os proprietários dos meios de produção. 
 
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Ao longo dos últimos 200 anos, em todos os estágios em que as máquinas 
substituíram a mão de obra humana, houve um extraordinário aumento na 
produção e na produtividade, bem como um extraordinário aumento na riqueza 
per capita. Isso se deve principalmente ao acesso aos bens de capital, que até 
1800 eram poucos e ineficazes. 
Hoje, porém, os trabalhadores têm a sua disposição um maquinário de 
melhor qualidade, que está cada vez mais eficaz e eficiente, o que faz com sejam 
necessários cada vez menos pessoas para executar uma determinada função 
com a mesma qualidade. Esses trabalhadores substituídos por máquinas de 
maior qualidade vão buscar emprego em novas áreas do setor de serviços. 
Essa tem sido a história da transformação do mundo em um lugar melhor 
ao longo dos últimos 200 anos. Por que, após tudo isso, as pessoas 
repentinamente passaram a ficar preocupadas com o fato de que máquinas e 
programas computacionais irão continuar substituindo trabalhadores em várias 
áreas? Isso é exatamente o que vem acontecendo há dois séculos. Por que 
repentinamente querem parar com tudo isso? 
O que mudou hoje é isso: o processo de crescimento está se tornando 
exponencial. Logo, a questão agora é essa: os arranjos sociais que 
prevaleceram pelos últimos 200 anos podem continuar prevalecendo pelos 
próximos 200 anos? Em outras palavras, podem as instituições sociais que foram 
forçadas a mudar e a se adaptar ao longo dos últimos dois séculos sobreviver à 
transição para um mundo completamente distinto durante os próximos dois 
séculos? 
A velocidade das mudanças econômicas está se acelerando, algo que 
sempre ocorre quando você lida com os últimos estágios de uma curva 
exponencial. A lei de Moore e a lei de Metcalfe se combinaram para transformar 
o mundo nesses últimos 40 anos. E não há nenhum sinal de reversão. Ao 
contrário, as mudanças estão se acelerando. Estamos vivenciando na prática a 
teoria das mudanças aceleradas. 
 
 
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Lei de Moore Lei de Metcalfe 
O número de circuitos em um chip 
duplica a cada ano, ou — na pior das 
hipóteses — a cada 18 meses. A 
principal consequência é o declínio 
nos custos da informação digital. 
O crescimento no valor da 
informação acarreta aumento no 
número de participantes em um 
sistema de comunicações. Pense na 
diferença entre uma máquina de Fax 
e o Facebook. 
 
A seguir e veja uma tirinha sobre a Lei de Moore: 
http://i1.wp.com/www.showmetech.com.br/wp-
content/uploads/2015/04/smt-tiras-joao-e-jonas-lei-de-moore.jpg 
 
Sempre estamos à procura de alguém que faça algo por nós. Se uma 
máquina é capaz de substituir o trabalho humano, então ela deve substituir o 
trabalho humano. Para que desperdiçá-lo em tarefas repetitivas que podem ser 
feitas por uma máquina de maneira igualmente eficaz e menos dispendiosa, não 
é mesmo? 
O trabalho humano é o mais versátil de todos. Há inúmeras coisas que as 
pessoas podem aprender a fazer. Já uma máquina pode fazer bem apenas 
aquilo para o que foi projetada. 
O segredo para se ter uma alta renda não é possuir capacidade de efetuar 
tarefas repetitivas, mas ter uma mente criativa e saber aplicar princípios gerais 
a casos específicos, encontrando ferramentas especializadas com as quais 
implantar seu plano. 
Se você trabalha no setor industrial, deve aspirar a uma posição que 
esteja entre uma máquina especializada e a resolução de um problema imediato. 
Existem todos os tipos de problemas imagináveis e inimagináveis nos processos 
de produção, o que significa que uma máquina não irá solucioná-los. 
 
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Qualquer tipo de problema tem de ser resolvido por um ser humano 
equipado com uma ferramenta adequada. É a criatividade humana, em conjunto 
com o uso de ferramentas, que garante a produção de uma máquina. 
Aspire a uma posição em que você tenha que utilizar sua mente 
constantemente. 
Qualquer indivíduo que queira trabalhar no setor industrial deverá saber 
que os trabalhadores que possuírem grandes habilidades serão cada vez mais 
bem pagos, porém estarão constantemente pressionados a se manterem 
atualizados com as inovações tecnológicas. Quem não conseguir manter esse 
ritmo será eliminado pela concorrência. 
Você sabe a diferença entre trabalho, emprego e carreira? Clique e 
entenda. 
http://metodo.srv.br/lideranca/diferenca-entre-trabalho-emprego-e-
carreira/ 
Quais são os profissionais da área industrial e o que eles fazem? Clique 
no botão a seguir e confira um vídeo que trata desse tema: 
http://g1.globo.com/goias/videos/v/confira-como-e-o-trabalho-dos-
profissionais-da-area-industrial-em-goias/3105322/ 
No vídeo a seguir o professor Juliano traz mais informações sobre a 
carreira industrial. Não deixe de conferir! Acesse a versão online da aula e 
assista ao vídeo. 
 
 
 
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Carreira em Gestão 
Independentemente da área de especialização, os cursos de Engenharia 
ensinam a fazer algo prático. Seja software, construção de edifícios, produção 
de medicamentos ou máquinas, a orientação dos engenheiros é para a criação 
de algo que funcione e ajude a resolver os problemas das pessoas. 
 
Tal como as máquinas, as organizações são sistemas. Dessa forma, 
necessitam de uma liderança capaz de produzir bons resultados de forma 
eficiente. 
 
Esse pensamento sistemático é fundamental na liderança de empresas. 
Usando a sua capacidade de concepção e desenvolvimento de sistemas 
complexos, os engenheiros estão bem preparados para conceber estruturas 
organizacionais e processos robustos alinhados com a estratégia das empresas. 
 Os cursos de Engenharia desenvolvem nos alunos a capacidade de 
análise de informação complexa e de pensamento lógico para a resolução de 
problemas. Nas organizações, não faltam desafios para este tipo de 
competência, não só nas áreas operacionais como também no marketing e na 
área financeira. 
O engenheiro vive envolvido com números e processos, porém se 
pretende fugir das outras áreas é bom repensar a escolha, já que é preciso 
também saber lidar com pessoas! Cada vez mais encontram-se engenheiros à 
frente de grandes empresas, isso porque o mercado tem buscado esses 
profissionais para atuar como gestores. 
 O engenheiro é antes de tudo um planejador, prosperou como 
empresário e deixou de ser puramente engenheiro. O que torna o perfil do 
engenheiro atrativo para outras áreas é a natureza dos conhecimentos inerentes 
à Engenharia, como raciocínio lógico, facilidade de cálculos, visão sistêmica e a 
capacidade de relacionar diversas variáveis. 
 
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Eles sabem resolver problemas como ninguém, isso quer dizer que não 
desistem de encontrar uma solução, não se contentam com os dados aparentes 
e têm uma lógica para trabalhar. Clique nos botões a seguir e confira algumas 
outras características de profissionais que atuam nessa área: 
Exatidão 
Engenheiros não lidam com margem de erro, ou seja, com aquela 
possibilidade de dar tudo errado. Ao olhar um problema, identificam todas as 
variáveis e questionam os dados até achar a resposta certa. Com eles, o chute 
não tem vez. 
Lógica 
Quantos táxis há em Nova York? Quantas bolinhas de pingue-pongue 
cabem em um Boeing 737? Um engenheiro dificilmente perde a cabeça diante 
de perguntas como essas, típicas de entrevistas de recrutamento. Antes de 
chegar a alguma conclusão sobre o todo, ele quebra em pedacinhos,