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UNIDADE 3 Teoria da Burocracia, Teoria Estruturalista, Abordagem Sistêmica e Teoria da Conti

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01
Ebook
Modelos de Administração
UNIDADE 3 - Teoria da Burocracia, Teoria Estruturalista, Abordagem Sistêmica e Teoria da Contingência
Teoria da Burocracia ..............................................................................................................................07
Teoria Estruturalista .................................................................................................................................11
Abordagem Sistêmica .............................................................................................................................15
Abordagem Contingencial ......................................................................................................................20
Síntese ...................................................................................................................................................26
Referências Bibliográficas ........................................................................................................................27
Sumário
05
Aqui você terá a oportunidade de entender melhor a terminologia “burocracia” e fazer 
um comparativo dos princípios desta Escola do pensamento com o desgastado conceito 
de burocracia nos dias atuais. Esta abordagem será complementada com o estudo da 
teoria estruturalista, que representa um complemento da Teoria da Burocracia.
Será apresentada também a abordagem sistêmica e a contingencial, que surgiram como 
uma tentativa de levar para as organizações uma visão ampla e interligada dos conceitos 
envolvidos numa organização para ser mais eficiente. Você poderá refletir acerca do 
desempenho de nossas organizações nos dias atuais caso o pensamento sistêmico não 
tivesse prevalecido.
Unidade 3Apresentação
07
Capítulo 3Teoria da Burocracia, Teoria 
Estruturalista, Abordagem Sistêmica 
e Teoria da Contingência
3.1 Teoria da Burocracia
A Teoria da Burocracia se desenvolveu de maneira independente da Administração Científica, 
embora os períodos em que ocorreram sejam muito próximos.
A Administração Científica imprimiu um enfoque científico e técnico, sobretudo em razão da 
formação em Engenharia de Frederick W. Taylor. Já a Burocracia foi marcada por um enfoque 
sociológico, em razão da formação em Sociologia de seu principal representante, Max Weber.
Abordagens
Clássicas
Relações Humanas
Teoria
Comportamental
Abordagem
Sistêmica
Teoria
Estruturalista
Teoria Neoclássica
Linha do tempo
Década 1910 Década 1930 Década 1950 Década 1960
Teoria da
Burocracia
Figura 1 – Cronologia das abordagens do pensamento administrativo.
Fonte: Elaboração própria.
A Teoria da Burocracia propõe uma forma de organização das atividades humanas baseada 
em papéis e documentos processados em sequência entre as unidades de uma estrutura 
organizacional.
A Teoria da Burocracia emergiu por volta da década de 1940, impulsionada por: 
1) parcialidade da Teoria Clássica e da escola de Relações Humanas, por não 
apresentarem uma abordagem global e integrada dos problemas da Empresa; 
08 Laureate- International Universities
Ebook - Modelos de Administração
2) necessidade de um modelo de organização capaz de integrar todas as variáveis 
envolvidas; 
3) tamanho e complexidade das Empresas exigindo modelos organizacionais mais 
definidos; 
4) o ressurgimento da Sociologia da Burocracia a partir da descoberta dos trabalhos de 
Max Weber. 
Embora se possa julgar, à primeira vista, que a burocracia é encontrada apenas em 
organizações públicas, ela está presente em várias organizações com diferentes objetivos e 
características: organizações comerciais, industriais, militares, educacionais, religiosas, entre 
outras.
Embora a forma de organização burocrática seja antiga, ela apenas foi formalizada como uma 
teoria efetiva quando os estudos de Max Weber, devotado à Sociologia, à Ciência Política e ao 
Direito, ganharam reconhecimento.
Max Weber nasceu em Erfurt, Alemanha, em 1864. Formou-se em Direito, atuou como 
professor de Economia Política e contava com sólida formação em História, Literatura, 
Psicologia, Teologia e Filosofia. Quando faleceu, em 1920, seus estudos estavam em estado 
caótico e foram organizados a partir de manuscritos fragmentados, sendo, a partir daí, 
publicados A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, em 1930, e Economia e Sociedade, 
em 1947. Os estudos e a perspectiva de análise de Max Weber conduziram-no à posição de 
um dos fundadores da Sociologia como uma escola de pensamento.
A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo vinculam o surgimento do capitalismo à 
doutrina calvinista protestante. O protestantismo condenava o dispêndio da renda em símbolos 
de vaidade e prestígio e vangloriava o trabalho árduo, a poupança e o ascetismo que 
proporcionavam a aplicação de rendas excedentes. Na obra, Weber detalha o tipo ideal de 
conduta religiosa que contribuiu decisivamente para o desenvolvimento e fortalecimento do 
capitalismo.
Você sabe qual é o objetivo da criação da religião protestante? A religião protestante 
surgiu como resultado de uma tentativa de reforma da Igreja Católica pregando, 
sobretudo, que os ensinamentos registrados na Bíblia é que deveriam ser seguidos. 
Outra característica é a prática de não cultuar santos e outras imagens, além de não 
acreditar em penitências para o perdão dos pecados. O protestantismo se expandiu 
por meio de três gerações da reforma: luterana, calvinista e anglicana.
NÓS QUEREMOS SABER!
A outra obra de Weber, Economia e Sociedade, discorre sobre o tipo ideal de organização. 
O “tipo ideal” de Weber foi construído para identificar uma organização burocrática. O “tipo 
ideal” não tem um fim em si mesmo, é uma forma de compreensão da sociedade e não é 
prescritivo, ou seja, não constitui um conjunto de recomendações, mas sim uma abstração 
descritiva. No “tipo ideal” a organização é considerada uma “máquina” impessoal que 
funciona de acordo com as regras, tem áreas de jurisdição fixas, conta com hierarquia e é 
pautada em documentos escritos.
A análise da burocracia por Weber tem um enfoque marcadamente sociológico e se inicia com 
a discussão dos processos de dominação, ou, em outras palavras, o emprego da autoridade 
09
e a probabilidade de haver obediência dentro de um grupo. São três os tipos puros de 
autoridade:
•	 Tradicional: respeito a quem tem o direito de comando segundo a prática tradicional 
ou costume. A autoridade tradicional não é resultante das qualidades intrínsecas 
de seu detentor. São exemplos de autoridade tradicional na “instituição família”, o 
pai nas sociedades paternais e a mãe nas sociedades matriarcais; na “instituição 
religiosa”, o padre, bispo ou papa; na “instituição política”, o presidente do partido.
•	 Carismática: devoção ao líder. Decorre das qualidades intrínsecas da pessoa. Lula, 
Kennedy e Hitler são considerados lideranças baseadas em autoridade carismática.
•	 Racional, legal ou burocrática: baseada em meritocracia, com traços impessoais, 
técnicos e racionais, como exemplificado nas empresas e organizações militares.
Os três tipos de autoridade correspondem ou são exercidos em três tipos de sociedade: 
sociedade tradicional; carismática; e legal, racional ou burocrática.
Os interesses de Max Weber recaem sobre a sociedade legal, racional ou burocrática, 
representada por organizações empresariais e militares de onde Weber extrai as características 
da burocracia:
•	 formalidade – as organizações são constituídas essencialmente por sistemas de 
normas e a autoridade é definida por elas;
•	 impessoalidade – os seguidores obedecem à autoridade definida pelas normas;
•	 profissionalismo – os funcionários são contratados, remunerados e qualificados para 
o cargo.
Essas três características principais da burocracia podem ser detalhadasconforme mostrado no 
quadro abaixo.
Formalidade
Caráter legal das 
normas
Formalismo nas 
comunicações
Divisão do trabalho.
Impessoalidade Impessoalidade Hierarquização da 
autoridade
Rotinas e 
procedimentos
Profissionalismo.
Competência técnica 
e mérito
Especialização da 
administração
Profissionalização.
Quadro 1 – Principais características da burocracia.
Fonte: Chiavenato (2004).
Essas características das organizações burocráticas possibilitam certa previsibilidade do 
comportamento humano e, sobretudo, a padronização do desempenho dos membros 
profissionais da organização, facilitando o alcance dos objetivos organizacionais.
Após analisar as características da Burocracia, Weber conclui que a administração burocrática 
é a forma mais racional de exercer autoridade, pois a organização burocrática possibilita 
o exercício da autoridade, a obtenção de obediência com precisão, a continuidade, a 
disciplina, o rigor e a confiança. Porém, é preciso encontrar, em um continuum, o ponto exato 
10 Laureate- International Universities
Ebook - Modelos de Administração
para construção do tipo ideal de organização burocrática. Imagine uma reta onde, em um 
extremo, uma organização pouco burocratizada e, no extremo oposto, uma organização muito 
burocratizada. Nesse continuum há uma infinidade de possibilidades e medidas. O desafio está 
em localizar o equilíbrio ou o que Weber convencionou chamar de “tipo ideal”. Essa análise de 
Max Weber serviu de marco, de ponto de partida para a análise de outros autores.
A Burocracia sofre críticas em razão da ênfase excessiva nas regras e procedimentos, que coíbe 
a iniciativa e o emprego da criatividade, elimina a flexibilidade necessária às atividades não 
rotineiras e conduz a uma inversão de valores de que os meios são mais importantes que os 
fins organizacionais. Também é criticada por exaltar a impessoalidade, o que conduz a certa 
falta de sensibilidade ao exigir a completa separação entre cargo e indivíduo, quando, na 
prática, são indissociáveis.
A Burocracia, por não reconhecer o aspecto humano, não considera a existência da 
organização informal e, tampouco, considera a existência de conflito, elemento sempre 
presente onde existem relacionamentos humanos.
Com o desenvolvimento do pensamento administrativo, a Teoria da Burocracia também é 
criticada por não considerar o entorno da organização, ou seja, a conexão com o ambiente no 
qual ela está inserida.
Hannah Arendt, judia alemã emigrada para os Estados Unidos durante a ascensão 
do nazismo, com formação em teologia e filosofia, escreveu, em 1963, Eichmann em 
Jerusalém a partir da cobertura para o The New Yorker sobre o julgamento de Adolf 
Eichmann, responsável pelo extermínio em massa de três milhões de judeus. Durante 
todo o julgamento, Eichmann insistiu que estava apenas cumprindo ordens, a mesma 
estratégia de defesa adotada nos julgamentos dos crimes de guerra nazistas em 
Nuremberg. Declarou explicitamente que abdicou de sua consciência para seguir os 
princípios do Führer. 
Mas qual a contribuição de Arendt para o que estudamos até aqui? 
No livro Eichmann em Jerusalém, Arendt revela que Eichmann não era um “demônio 
e um poço de maldade”, mas alguém horrivelmente normal: um típico burocrata que 
se limitara a cumprir ordens, com zelo, sem capacidade de distinguir o bem do mal. 
Arendt apontou para a complexidade da natureza humana e cunhou a expressão 
“banalidade do mal”. Foram seus escritos que sistematizaram e relacionaram o desvio 
do comportamento humano como resultante da obediência cega a uma ordem ou 
autoridade burocrática.
Transferindo essa discussão para um ambiente organizacional, quantos executivos 
assumem a responsabilidade de demissão de parte de sua equipe para atender uma 
ordem oriunda de uma autoridade burocrática, quando, individualmente, não têm 
motivos para realizar tal ato?
NÓS QUEREMOS SABER!
11
O livro de Franz Kafka, O Processo, editado postumamente em 1925, narra o 
infortúnio que acomete o funcionário de banco Joseph K.
Joseph K. é um homem reservado que vive em uma pensão e tem bom relacionamento 
com os demais moradores. Um dia é acordado por um inspetor de polícia que lhe 
informa que está preso, mas não o leva sob custódia. Durante o processo, Joseph 
segue com suas atividades normais, tendo apenas que ficar à disposição das 
autoridades a qualquer hora do dia. Incomodado por não saber do que está sendo 
acusado, ele decide investigar em busca de uma resposta. O Processo é uma crítica à 
burocracia, destacando disfunções presentes em várias organizações onde Joseph K. 
busca elementos para elucidar o mistério.
NÃO DEIXE DE LER...
3.2 Teoria Estruturalista
A Teoria Estruturalista surgiu como um desdobramento da Teoria da Burocracia de Max Weber. 
Foi influenciada pelo estruturalismo nas Ciências Sociais, que procura explorar as inter-relações 
ou estruturas por meio das quais o significado é produzido dentro de uma sociedade ou 
cultura. Considera a organização em todos os seus aspectos, em outras palavras, uma visão 
integrada de sua estrutura, sofrendo influência de aspectos externos, impacto de seus aspectos 
internos e das múltiplas relações que se estabelecem.
A estrutura consiste em um conjunto formal de elementos que permanece inalterado, ocorrendo 
uma mudança na organização ou alteração de um dos seus elementos ou relações. Uma 
analogia que exprime essa ideia é um rio que é sempre o mesmo, embora as águas que nele 
correm nunca sejam as mesmas.
James March, estudioso organizacional e do processo decisório, autor de dezenas de artigos 
científicos e livros de referência para os estudos organizacionais, com 17 títulos de doutor 
honoris causa, publicou Handbook of Organizations, em 1965, onde define a organização 
como um conjunto de relações sociais estáveis, criadas com a clara intenção de alcançar 
objetivos ou propósitos.
Você já ouviu falar em Honoris causa, ou causa nobre, em português? É um título 
honorífico concedido por uma instituição de Ensino Superior a uma personalidade que 
não faz parte de seu quadro docente ou funcional, em sinal de reconhecimento por 
suas contribuições às ciências, às artes e à sociedade em geral.
NÓS QUEREMOS SABER!
A Teoria Estruturalista conta com algumas características marcantes. Considera tanto a 
organização formal quanto a organização informal, diferentemente da Teoria da Burocracia, 
que considerava apenas a organização formal. Uma questão que merece destaque é que a 
Teoria Estruturalista identifica o homem organizacional que, movido por recompensas materiais 
e sociais, desempenha diferentes papéis sociais em seu trabalho e em outras organizações com 
as quais se relaciona.
Em algumas situações atua como superior, em outras como subordinado, cliente, fornecedor, 
entre outras. Outro entendimento da Teoria Estruturalista é que os conflitos são inevitáveis, 
dado que os interesses dos funcionários e os objetivos da empresa não são exatamente os 
mesmos.
12 Laureate- International Universities
Ebook - Modelos de Administração
Relembre as visões do Homem nas abordagens administrativas:
Abordagem clássica = Homo Economicus
Abordagem relações humanas = Homem Social
Teoria estruturalista = Homem Organizacional
Constitui outra característica o fato de a Teoria Estruturalista concentrar-se no estudo da 
estrutura interna das organizações e na interação destas com outras organizações. Em 
outras palavras, entende que nenhuma organização é autônoma, ou seja, toda organização 
depende de outras e da sociedade. Essa perspectiva resulta na compreensão da necessidade 
de adequação dos objetivos organizacionais à medida que ocorrem mudanças no ambiente 
externo, da influência do ambiente sobre a organização e da natural necessidade de 
desenvolver estratégias para lidar com o ambiente.
James D. Thompson, tambémestudioso organizacional e da teoria da decisão, publicou 
Organizations in Action: social science bases of administrative theory, em 1967, obra na qual 
aborda duas estratégias básicas para lidar com o ambiente:
1) competição: é uma forma de rivalidade entre duas ou mais organizações mediadas 
por um terceiro grupo que pode ser constituído por clientes, fornecedores, entre 
outros.
2) cooperação: pode assumir três variações:
 » ajuste ou negociação, como os acordos sindicais coletivos que definem as bases 
das relações de troca entre as lideranças empresariais e sindicais;
 » coopção ou cooptação, que consiste na absorção de elementos estranhos 
na liderança de uma organização, de modo a integrar as partes e limitar a 
arbitrariedade de uma organização na definição de seus objetivos. Por exemplo, 
incluir no conselho de administração um membro de um banco credor ou um 
membro do principal fornecedor, ou um ex-ministro influente com ação política no 
governo;
 » coalizão, que trata da combinação de duas ou mais organizações com vistas a 
um objetivo comum, por exemplo desenvolver pesquisa. A coalizão empresarial e 
a de partidos políticos são exemplos representativos.
A Teoria Estruturalista surge a partir da Teoria da Burocracia de Max Weber e ganha corpo a 
partir dos desdobramentos de algumas questões. Alguns estudiosos desenvolveram tipologias 
alternativas para as organizações e outros discutiram as disfunções da burocracia.
A Teoria Estruturalista utiliza uma abordagem mais ampla do que as escolas anteriores, pois 
tem intenção de conciliar a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas, e também 
basear-se na Teoria da Burocracia.
Essa abordagem ampla é feita com base em uma abordagem múltipla, considerando as 
contribuições das escolas mencionadas anteriormente. Essa abordagem múltipla considera 
vários aspectos: organização formal e informal, recompensas materiais e sociais, diferentes 
enfoques da organização, níveis da organização e diversidade de organizações. 
Entre as tipologias alternativas ao tipo ideal de Burocracia proposto por Max Weber, duas se 
destacam: uma proposta por Amitai Etzioni e outra sugerida por Peter Blau e Richard Scott.
13
Tipo ideal de
Max Weber
Etzioni Perrow Roth Merton Burns eStarker
Blau e
Scott
Tipologias
alternativas
Disfunções
Organizacionais
Modelo Mecanicista
e Modelo Orgânico
Figura 2 – Tipologias de burocracia.
Fonte: Maximiano (2006).
Amitai Etzioni publicou Organizações Complexas, em 1961. No livro o autor defende que 
o modelo weberiano do tipo ideal não abrange todas as organizações. Para Etzioni, uma 
organização consiste em uma unidade social grande e complexa, com objetivos específicos que 
não se enquadram em um modelo universal, ou, como denominado por Weber, “tipo ideal”.
Para Etzioni, há três tipos de organizações que correspondem cada uma a um tipo de poder 
exercido e a um tipo de obediência. O quadro a seguir ilustra a tipologia proposta por ele.
Tipo de poder
Tipo de 
contrato 
psicológico
Tipo de 
organização Forma de controle Exemplos
Coercivo 
(punições).
Alienatório: 
obediência 
mecânica.
Coercivo: 
objetivo é 
controlar o 
comportamento
Violência
Campos de 
concentração, 
prisões, 
hospitais 
penintenciários.
Manipulativo 
(recompensas).
Calculista:
obediência 
interesseira.
Utilitário: 
objetivo é obter 
resultados 
por meio de 
barganha com 
funcionários.
Recompensa.
Organizações 
de negócios.
Normativa 
(crenças).
Moral: 
disciplina 
Interior.
Normativa: 
objetivo é 
realizar missão/ 
tarefa.
Comprometimento.
Organizações 
de voluntários, 
religiosos, 
políticos.
Quadro 2 – Tipologia de Etzioni.
Fonte: Etzioni (1961).
As organizações de negócios são consideradas organizações utilitárias por Etzioni, que entende 
que a remuneração é o principal meio de controle dos funcionários. Mas outros fatores, tais 
como satisfação com o cargo, prestígio, estima, além de relações sociais no trabalho, podem 
determinar o desempenho. Além da remuneração, há ainda outras recompensas: promoções, 
benefícios, incentivos.
14 Laureate- International Universities
Ebook - Modelos de Administração
Peter Blau e Richard Scott publicaram Organizações Formais, em 1962, obra na qual 
materializaram outro modelo para interpretar as organizações. Para os autores, a organização 
é estabelecida para atingir finalidades específicas agrupadas em categorias de acordo com o 
beneficiário principal da organização. O quadro a seguir ilustra a tipologia de Blau e Scott.
Beneficiário Exemplo
Próprios membros da organização. Clubes, associações, cooperativas, sindicatos.
Proprietários ou dirigentes. Empresas em geral.
Clientes. Hospitais, universidades.
Sociedade em geral. Organizações do Estado/governo.
Quadro 3 – Tipologia de Blau e Scott.
Fonte: Blau, Scott (1962).
Outros autores estruturalistas dedicaram-se às disfunções da burocracia: Charles Perrow, 
William Roth e Robert Merton.
Charles Perrow publicou Análise Organizacional: uma visão sociológica, em 1970, obra 
na qual afirma que as organizações são sistemas sociais constituídos por pessoas que têm 
interesses independentes e levam para esses ambientes sua vida pessoal. As organizações, 
portanto, não são compostas de funcionários exclusivamente burocráticos e refletem as 
imperfeições dos seres humanos. Perrow aprofunda na obra as disfunções da burocracia que 
estão resumidas no quadro a seguir
Particularismo Características
Disfunção
Defender dentro da organização os interesses de grupos externos.
Exemplo: panelinha com colegas de uma mesma escola.
Patriamonialismo
Defender interesses pessoais.
Contratar parentes, fazer negócios com empresas da família etc.
Excesso de regras
Multiplicidade de regras e exigências para obtenção de um serviço.
Exemplo: firma reconhecida.
Hierarquia
Divide responsabilidade e atravanca o processo decisório, realça 
vaidades e estimula disputa pelo poder.
Quadro 4 – Disfunções da burocracia: Perrow.
Fonte: Perrow (1970).
Para William Roth, o crescimento das organizações dificulta o processo de tomada de decisão 
em razão de as competências e responsabilidades serem limitadas, de haver conflito na disputa 
para ocupação de cargos, da distância entre decisão da chefia e executores, resultante dos 
muitos níveis hierárquicos, do desestímulo à inovação e da indefinição de responsabilidades, já 
que os resultados pela eficiência não podem ser avaliados com precisão.
Robert K. Merton critica o modelo weberiano por não ter considerado o fator humano e 
apresenta como disfunções da burocracia: a valorização excessiva dos regulamentos, o excesso 
de formalidade, a resistência a mudanças, a despersonalização das relações humanas, a 
hierarquização do processo decisório, a exibição de sinais de autoridade e as dificuldades no 
atendimento a clientes.
Burns e Stalker distinguiram dois modelos organizacionais: mecanicista e orgânico. No 
primeiro, as tarefas são especializadas e fragmentadas, marcadas por regras e controle. A 
15
centralização é proveniente da hierarquia formal de autoridade e o fator humano necessita 
ser abafado, pois é produtor potencial de ineficiência. No segundo, os indivíduos trabalham 
em grupos, a comunicação percorre todos os níveis organizacionais, as regras e controle são 
menores, e o fator humano é considerado e estimulado na tomada de decisão. Para Burns e 
Stalker, o sistema mecanicista é mais apropriado para um ambiente estável, e o orgânico mais 
indicado para ambientes turbulentos.
Você considera que exista alguma situação organizacional que não esteja imersa em 
um ambiente em permanente estado de mudança ou turbulento?
NÓS QUEREMOS SABER!
A Teoria Estruturalista recebe duas duras críticas. Uma refere-se às tipologias organizacionais 
que, criadaspara que seja possível comparar as organizações entre si, são limitadas quanto à 
aplicação prática. A outra se refere às disfunções organizacionais, ou seja, enfoca problemas e 
patologias organizacionais em detrimento do seu funcionamento mais regular.
Mas afinal, por que estudamos a Teoria Estruturalista se sua contribuição prática é pequena?
O aspecto prático não é o forte da Teoria Estruturalista. Por outro lado, representa o 
nascedouro da Teoria Organizacional, que estuda em profundidade os aspectos sociológicos 
organizacionais. Especificamente, dedica-se ao estudo da estrutura organizacional: formas, 
consequências e elementos de sustentação; processos organizacionais: liderança, tomada de 
decisão, poder; ambientes organizacionais: natureza e tipos de organização, e que contribui, 
sobremaneira, para a compreensão dos formatos e significados das organizações atuais.
3.3 Abordagem Sistêmica
O contexto histórico do surgimento da Teoria dos Sistemas não é recente. Os gregos já 
trabalhavam a ideia de sistema. Mary Parker Follett, em 1918, já destacava a necessidade 
dos administradores considerarem uma situação em sua integralidade. A Filosofia ou 
Psicologia da Forma ou Gestalt, como é mais conhecida, data da década de 1920 e explica o 
comportamento humano como sendo resultante de processos perceptivos. 
Você sabe o que é Gestalt? Gestalt é um termo em alemão de difícil tradução, mas 
que se aproxima de “forma” ou “configuração”.
NÓS QUEREMOS SABER!
Para a Gestalt, os elementos da realidade são indissociáveis, não devem ser separados uns 
dos outros. A natureza de cada elemento é definida pela estrutura, pela finalidade do conjunto 
a que pertence. O todo não é apenas a soma das partes, é mais do que isso. Sua essência 
depende da configuração das partes e precisa ser analisado em seu conjunto.
A Gestalt tem aplicações na Psicanálise e explica fenômenos do aprendizado relacionados à 
Semiótica como, por exemplo, crianças que ainda não sabem ler, mas reconhecem produtos 
pela forma, como a imagem da Coca-Cola.
A Teoria Cibernética (1948) ganha corpo com o matemático Norbert Wiener, ao identificar que 
16 Laureate- International Universities
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todo sistema pode ter seu desempenho autocontrolado por meio de algum fluxo de informações 
que permita medir seu comportamento relativamente ao objetivo pretendido, mantendo o 
funcionamento desejado. Os estudos da Teoria Cibernética tiveram como inspiração o estudo 
dos mísseis autocontrolados, mas apenas mais tarde é que foi explorada essa aplicação às 
organizações.
A Teoria dos Sistemas, surge, efetivamente, com os estudos do biólogo alemão Ludwig von 
Bertalanffy, em 1937. Bertalanffy constatou que a ciência tratava de forma compartimentada 
problemas que exigiam uma abordagem mais ampla, a integração de várias ciências. Também 
identificou a interdependência das partes que formam o todo, o que significa que não basta 
analisar as partes, mas suas inter-relações também. Além disso, percebeu que para tratar uma 
realidade complexa é necessário um tratamento igualmente complexo. Por fim, apontou que os 
limites de um sistema dependem do observador e que as fronteiras entre os sistemas ou entre o 
sistema e seu ambiente são arbitrárias.
A análise das inter-relações sugerida por Bertalanffy pode ser comparada com as estruturas das 
células. Não é suficiente observar e conhecer em profundidade as mitocôndrias, complexo de 
Golgi, e outras células, mas também as inter-relações das enzimas produzidas por cada uma 
dessas estruturas celulares.
A complexidade é a base do enfoque sistêmico na Administração e é resultante direta do 
número de problemas e variáveis em uma situação. Constitui uma condição normal que 
organizações e administradores têm que enfrentar, dado que nenhum problema é simples 
e linear. Quanto mais evolui a sociedade, mais complexos seus problemas. E quanto mais 
modernas as organizações, mais complexos os problemas que enfrentam. Para lidar com essa 
complexidade, é necessário adotar um enfoque sistêmico.
São exemplos de organizações modernas: aeroportos, portos, consórcios de empresas, 
cooperativas e condomínios de empresas, como a fábrica da GM em Gravataí (RS) e o 
complexo industrial da Ford em Camaçari (BA), cuja arquitetura organizacional é bastante 
inovadora.
O enfoque sistêmico possibilita entender a interdependência das causas e variáveis dos 
problemas complexos, facilitando a organização de soluções.
É importante compreender o significado de sistema. Sistema é um todo complexo ou 
organizado, um conjunto de partes ou elementos interdependentes. Todo sistema tem um 
objetivo e todo sistema tem uma natureza orgânica, ou seja, uma mudança em uma das partes 
provoca alterações em todo o sistema. 
O ajustamento sistemático é contínuo. O primeiro movimento é denominado entropia, que 
é a tendência à desordem como resultado da alteração de uma ou mais de uma das partes, 
seguido do próximo movimento, que é a homeostasia, ou seja, a tendência ao equilíbrio.
Os sistemas podem ser, de acordo com sua constituição, físicos ou materiais, conceituais ou 
abstratos, ou, de acordo com sua natureza, fechados ou abertos. Sistemas fechados não têm 
intercâmbio com o meio ambiente e são herméticos, como as máquinas e equipamentos. 
Sistemas abertos estabelecem relações com ambiente, como no caso de organismos vivos e 
organizações.
Exemplos:
•	 sistema físico e fechado: relógio;
17
•	 sistema conceitual e fechado: regras e procedimentos;
•	 sistema físico e aberto: seres humanos e empresas;
•	 sistema conceitual e aberto: negociações internacionais.
Na Administração Científica, o enfoque de Taylor era única e exclusivamente o binômio 
“produtividade e eficiência”. E se Taylor tivesse adotado uma visão sistêmica? Ele 
poderia ter considerado o impacto no ambiente da poluição das fábricas, ou mesmo o 
impacto no comporta- mento humano considerando a sobrecarga de trabalho.
NÓS QUEREMOS SABER!
As organizações são sistemas abertos que processam insumos e geram produtos ou serviços 
cuja avaliação de qualidade e desempenho retroalimenta o processo.
Todas as organizações estão embutidas em sistemas mais amplos, como o sistema político-
legal, que é fruto da atuação do Estado ao definir o funcionamento dos agentes econômicos; 
o sistema econômico e financeiro, que rege o funcionamento dos mercados; o sistema 
tecnológico, que determina o acesso às inovações tecnológicas; o sistema social, que 
determina o nível educacional e cultural da mão de obra e o comportamento do consumidor; 
e o sistema concorrencial, que determina o conhecimento dos concorrentes e permite melhor 
posicionamento estratégico. Todos esses sistemas são chamados genericamente de ambiente.
feedback
Entradas Processamento
Cultura e sociedade Concorrência
Saídas
Ambiente político/legal
Te
cn
ol
og
ia Econom
ia
Figura 3 – Enfoque sistêmico e a interface ambiental.
Fonte: Bertalanfy (1975)
18 Laureate- International Universities
Ebook - Modelos de Administração
As nomenclaturas “entropia” e “homeostasia”? Elas são relativas à alteração e 
acomodação dos sistemas, são oriundas da termodinâmica, que estabelece uma 
relação com a energia.
NÓS QUEREMOS SABER!
Os elementos constituintes de um sistema são: entradas ou insumos, saídas ou resultados, 
processamento ou transformação, retroalimentação ou feedback e o ambiente em que atua. 
Constituem entradas ou insumos um projeto de produto, peças, máquinas e equipamentos, 
recursos humanos, procedimentos, instalações, informações, entre outros. A etapa de 
processamento é diferente em todas as organizações e envolve um mix de entradas e uma 
tecnologia de processamento diferentes. As saídas são produtos ou serviços, além de salários, 
impostos, lucro aos acionistas e melhor qualificação dos recursoshumanos.
O feedback é a retroação, a avaliação dos resultados gerando novos inputs para 
processamento. E o ambiente imediato é composto por concorrentes, fornecedores, clientes, 
mercado, distribuidores, sindicatos, entre outros. O macroambiente é marcado pelo 
desenvolvimento tecnológico, sustentável, legal, econômico, demográfico, político, entre outras 
questões de natureza mais ampla.
Como uma organização como o Greenpeace pode influenciar o sistema econômico? 
Um movimento contra a exportação de grãos de soja transgênica de uma empresa 
nacional, por exemplo, pode ativar o sistema político legal, que passará a criar 
impedimentos para as empresas produtoras e exportadoras de soja transgênica. 
Fatalmente será ativado o sistema econômico, já que o balanço das exportações 
brasileiras sofrerá impacto direto.
Também o movimento do Greenpeace pode tornar de conhecimento mais amplo as 
informações sobre os eventuais malefícios da soja transgênica e isso pode influenciar 
o sistema social, ou mais precisamente, o comportamento do consumidor. Enfim, uma 
série de relações e impactos pode ocorrer provocada a partir de um único agente.
NÓS QUEREMOS SABER!
19
Uma indústria ilustra facilmente um sistema. Procure apontar quais são as entradas 
ou insumos no processo produtivo avícola e automobilístico. Em que consiste o 
processamento? Quais são as saídas? Pense em exemplos de feedback e no ambiente 
no qual a indústria está inserida e arrole alguns exemplos.
Podem ser considerados insumos de uma indústria avícola as matrizes animais, as 
granjas, os frangos, o maquinário, a lagoa de decantação necessária para aprovação 
dos órgãos fiscalizadores, os recursos humanos empregados, o projeto de produção, 
entre outros.
O processamento consiste na engorda do frango com ração de milho, no processo 
de abate após 30 dias, na higienização dos animais, no processamento efetivo dos 
cortes de frango, além de salários, impostos e outros. A saída é o frango embalado 
inteiro ou cortes tradicionais e específicos, miúdos, acondicionados em embalagens, 
resfriados ou congelados. Um feedback interessante para retroalimentar o processo 
é a informação de que um número elevado de pés de frango contém calosidades e, 
muito embora não causem prejuízo algum à saúde, não são aceitáveis esteticamente e 
podem gerar insatisfação do consumidor. Assim sendo, uma providência a ser tomada 
é aumentar a cama de serração nas granjas, dado que a calosidade do animal é fruto 
da fricção da pata com a estrutura de madeira das granjas.
No que compete ao ambiente, como exemplo pode-se considerar que o preço da 
carne, sobretudo bovina, determina fortemente o preço do frango. Outro exemplo é 
a febre aviária, que impactou a venda de frango, ou novas determinações sanitárias 
legais para exportação para a Rússia, um dos grandes importadores do frango 
brasileiro.
Agora reflita considerando a indústria automobilística.
Realizada a reflexão e o exercício com a indústria de produtos, sugere-se que agora o 
mesmo com a indústria de serviços. Resgate o exemplo da empresa de telemarketing 
e identifique quais são as entradas, processamento e saídas, assim como exemplos de 
feedback e questões ambientais.
PRATIQUE!
Após essas reflexões, fica evidente que a organização é um sistema aberto com objetivos 
múltiplos e diversas interações com o meio ambiente. É composta por vários subsistemas em 
interação dinâmica e mutuamente dependentes, imersa em um ambiente dinâmico sujeito 
a diferentes demandas e limitações, sendo difícil determinar os limites fronteiriços entre um 
sistema e outro.
As organizações são sistemas embutidos em outros sistemas, e por se tratar de um sistema 
aberto, o comportamento organizacional é previsível, mas nunca determinístico, visto que há 
variáveis desconhecidas que podem emergir.
Vários autores contribuíram para a Teoria dos Sistemas aplicada às organizações, sobretudo 
na década de 1960. Fremont Kast, James Rosenzweig e Richard Johnson legitimaram a 
complexidade da tecnologia e da sociedade, tornando-se necessário utilizar abordagens 
sistêmicas, criando, assim, um novo paradigma científico para a Administração. Charles W. 
Churchman insere a ideia de sistema de informações gerenciais como fundamental para apoiar 
o trabalho do gerente.
20 Laureate- International Universities
Ebook - Modelos de Administração
Nesse mesmo período outras abordagens da Administração surgiram, evidenciando a ebulição 
e grande desenvolvimento da área nessa época. Justamente nesse período, precisamente no 
dia 9 de setembro de 1965, dia em que é comemorado o Dia do Administrador, a profissão 
foi instituída pela Lei 4.769. No ano seguinte foi publicado o currículo mínimo para o curso de 
Administração pelo Ministério da Educação, definindo um quantum mínimo de carga horária de 
matérias que deveria ser cumprido. Atualmente não existe mais currículo mínimo para nenhuma 
profissão, já que o conceito foi substituído por diretrizes curriculares que são significativamente 
mais flexíveis.
Daniel Katz e Robert Kahn (The Social Psychology of Organizations, John Wiley & Sons, 
New York, 1966) estudaram de maneira detalhada as características da organização como 
um sistema aberto e contribuíram assim com muitos dos conceitos importantes relativos à 
Teoria dos Sistemas aplicada às organizações. Essas características são: o ciclo repetitivo de 
recebimento de inputs; transformação desses inputs e os outputs desse processamento; as 
forças de entropia e homeostase; o feedback como insumo ao processo; os tênues limites e 
fronteiras que separam a organização dos vários sistemas que está imersa; a diferenciação em 
função do ambiente em que atuam.
O modelo sociotécnico de Tavistock foi proposto por sociólogos e psicólogos do Instituto de 
Relações Humanas da Tavistock com base em resultados de pesquisas efetuadas em minas de 
carvão e empresas têxteis indianas. O modelo aponta que a organização é formada por dois 
subsistemas: o técnico e o social. O primeiro é composto por recursos e componentes físicos 
e abstratos, como objetivos, divisão do trabalho, tecnologia, instalações, procedimentos. O 
segundo é composto por todas as manifestações do comportamento dos indivíduos e grupos, 
como relações sociais, grupos informais, cultura, clima, atitudes e motivação.
A Teoria dos Sistemas evidenciou a importância do pensamento integrado, reconheceu e 
valorizou a percepção do ambiente como determinante da eficácia da organização e abriu 
caminho para o surgimento e consolidação de novas abordagens da Administração, como a 
Abordagem Contingencial e a Abordagem Estratégica, que ainda serão objeto de estudo no 
âmbito dessa disciplina.
3.4 Abordagem Contingencial
Contingência é algo incerto ou eventual, que depende de alguma coisa. A Abordagem 
Contingencial entende que não existe uma forma única ou melhor de alcançar os resultados 
organizacionais. A estrutura de uma organização e seu funcionamento são dependentes da 
sua interface com o ambiente externo, dado que as características ambientais condicionam as 
características organizacionais.A Teoria Contingencial nasceu na década de 1960 de uma série 
de pesquisas para verificar as estruturas organizacionais mais eficazes em determinados tipos 
de empresas, por isso também é chamada de Neoestruturalista, por alguns estudiosos. 
Os principais autores que contribuíram para a estruturação dessa abordagem foram: Alfred 
Chandler, Burns e Stalker, Lawrence e Lorsch e Joan Woodward, com destaque para Lawrence e 
Lorsch, cuja produção marca efetivamente o surgimento da Teoria da Contingência.
Alfred Chandler publicou Strategy and Structure, em 1962, obra baseada em pesquisas 
realizadas com quatro empresas: DuPont, GM, Standard Oil e Sears. Concluiu que a estrutura 
das empresas foi sendo adaptada e ajustada à sua estratégia, e que diferentes ambientesconduzem à adoção de novas estratégias, que por sua vez exigem diferentes estruturas 
organizacionais.
Tom Burns e George Stalker, como já visto nesta unidade, pesquisaram 20 indústrias inglesas 
para verificar a relação entre as práticas administrativas e o ambiente externo e classificaram a 
empresa em dois tipos: mecanicistas e orgânicas.
21
Afinal, por que os tipos mecanicista e orgânico, de Burns e Stalker, citados na Teoria 
Estruturalista, também são citados na Teoria Contingencial? Porque os limites entre uma teoria 
e outra não são tão evidentes. Inclusive, por esse motivo, a Teoria da Contingência também é 
denominada Teoria Neoestruturalista, ou seja, uma continuidade daquela.
Paul Lawrence e Jay Lorsch pesquisaram dez empresas pertencentes a três áreas: plásticos, 
alimentos empacotados e recipientes e identificaram duas questões organizacionais básicas: 
diferenciação e integração. A primeira se refere às tarefas especializadas desempenhadas 
pelos departamentos. A segunda corresponde à necessidade de alcançar unidade de esforços 
e coordenação entre os departamentos. São processos opostos e antagônicos e não existe uma 
“solução pronta” que indique a melhor medida ou forma de organizar, já que as organizações 
precisam ser sistematicamente ajusta- das às condições ambientais.
É com os estudos de Lawrence e Lorsch que a Teoria da Contingência ganha força. Esta 
percebe a organização como um sistema aberto, no qual as variáveis organizacionais se inter-
relacionam de maneira complexa e são dependentes das variáveis ambientais que, por sua 
vez, são independentes. Significa afirmar que as condições organizacionais dependem das 
condições ambientais.
Joan Woodward desenvolveu uma pesquisa na qual investigou se os princípios da 
Administração correlacionavam-se com o êxito do negócio. A pesquisa envolveu cem empresas 
inglesas classificadas em três grupos de tecnologia de produção: unitária, em torno da qual 
se reúnem os funcionários e o maquinário; em massa, mecanizada, que conta com linhas de 
produção; e em processo ou automatizada, cuja participação humana é mínima.
A conclusão de Woodward foi que diferentes tipos de tecnologia envolvem diferentes 
manufaturas de produtos e influenciam a estrutura organizacional. Em outras palavras, o 
desenho organizacional é afetado pela tecnologia adotada. Confira alguns exemplos aplicados 
ao mercado brasileiro:
•	 Tecnologia de produção unitária: fábrica da Embraer em São José dos Campos.
•	 Tecnologia de produção em massa: GM em São Caetano do Sul.
•	 Tecnologia de produção em processo: Oxiteno, indústria química presente em três 
plantas no estado de São Paulo e unidades de produção também no Rio Grande do 
Sul, Bahia, México e Venezuela.
As contribuições para a Teoria da Contingência de Chandler, Burns e Stalker, e Lawrence e 
Lorsch, apontam para a estreita dependência da organização em relação ao seu ambiente. 
Woodward, além de também tratar dessa questão, indica dependência da organização em 
relação à tecnologia adotada. Portanto, a principal conclusão da Teoria da Contingência é que 
as características de uma organização dependem das circunstâncias ambientais e da tecnologia 
que ela utiliza.
3.4.1 Variáveis ambientais
O ambiente, como já visto na Teoria de Sistemas, compreende inúmeros outros sistemas: 
desenvolvimento tecnológico, legal, político, econômico, demográfico, ecológico, cultural, 
entre outros, comuns a todas as organizações e por isso também denominado macroambiente. 
Há também o ambiente mais direto, por vezes denominado ambiente de tarefa e que 
compreende: fornecedores de insumos, clientes, concorrentes, entidades reguladoras, como 
órgãos regulamentadores governamentais e órgãos protetores do consumidor.
22 Laureate- International Universities
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As organizações ora têm poder sobre seu ambiente de tarefa, ora são dependentes deste. Ora 
impõem um preço para compra de insumos de fornecedores, ora são submetidas ao controle 
e fiscalização da vigilância sanitária ou de agências reguladoras, como é o caso do produto 
Speedy, da antiga Telefônica, atual Vivo, que teve sua comercialização suspensa pela Agência 
Nacional de Telecomunicações – Anatel.
As organizações procuram aumentar o seu poder e reduzir sua dependência. Esse é o papel 
da estratégia. Como se trata de um tema que merece destaque, a abordagem estratégica será 
estudada detalhadamente em outra unidade.
Há, basicamente, duas tipologias de ambiente relacionadas a variações de estabilidade e 
homogeneidade. Em um ambiente estável há regras e regulamentos que regem o cotidiano de 
trabalho; em um ambiente instável, é preciso incorporar novas informações continuamente, 
o que conduz a um planejamento contingente. Em um ambiente homogêneo, há pouca 
segmentação de mercado, características homogêneas de fornecedores, clientes e concorrentes, 
entre outros aspectos. No ambiente heterogêneo, ao contrário, há necessidade significativa de 
diferenciação e descentralização para lidar com os diferentes perfis de fornecedores, clientes e 
concorrentes. A figura 4 ilustra essa questão, evidenciando as diferentes combinações dessas 
tipologias.
Estruturas simples:
poucas divisões
funcionais.
Regras e categorias
para aplicar.
Departamentalização 
geográ�ca, descentralização.
Absorção da incerteza;
planejamento
contingente.
Diferenciação e
descentralização.
Absorção da incerteza;
planejamento
contigente.
Muitas divisões
funcionais e
territoriais.
Regras e categorias
para aplicar.
Ambiente
Homogêneo Instável
H
et
er
og
ên
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Es
tá
ve
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Figura 4 – Comparativo entre ambientes.
Fonte: Adaptado de Chiavenato (2004).
De novo a noção de continuum entra em cena. Há infinitas possibilidades de posicionamento 
entre uma linha que liga o ambiente homogêneo em um extremo a um ambiente heterogêneo 
em outro. O mesmo vale para o ambiente estável e instável.
Outra perspectiva interessante é analisar a presença da lógica de sistema aberto e fechado 
em um mesmo ambiente organizacional. A lógica de sistema aberto é mais perceptível no nível 
institucional, onde a incerteza é bastante presente, exigindo uma postura mais estratégica, já 
que é necessário definir e redefinir o posicionamento da empresa com base em informações 
23
captadas do ambiente. A lógica do sistema fechado é mais presente no nível operacional, 
que exerce a racionalidade limitada restrita ao que é conhecido e lhe foi apresentado, e que 
executa os planos e programas determinados pelo nível intermediário, que por sua vez recebeu 
instruções do nível institucional. A figura abaixo evidencia essa discussão.
Nível
institucional
Nível
intermediário
Nível
operacional
Logística
sistema
aberto
Incerteza
Figura 5 – Logística dos sistemas fechado e aberto. O sistema fechado engloba os 3 níveis.
Fonte: Adaptado de Chiavenato (2004).
3.4.2 Variáveis tecnológicas
Todas as organizações utilizam alguma forma de tecnologia ou know-how que se 
desenvolve nas organizações e extrapola a manifestação física incorporada e contida em 
máquinas, equipamentos e instalações, e está presente também nas pessoas sob a forma 
de conhecimentos intelectuais ou operacionais. Essa perspectiva, relativa à tecnologia não 
incorporada, tem sido bastante divulgada por meio de um conceito relativamente recente 
denominado “capital intelectual” das empresas.
James Thompson (1920 – 1973) julga a tipologia proposta por Woodward (produção unitária, 
em massa e automatizada) insuficiente, considerando a amplitude de tecnologias encontradas 
nas organizações. Assim, o autor propõe uma nova tipologia baseada em três diferentes tipos 
de tecnologia, incluindo aí as empresas ditas complexas.
Organizações complexas são aquelas cuja tecnologia empregada é intensiva e aplicada de 
maneira a atenderas necessidades de cada cliente. Os exemplos clássicos de organizações 
complexas são hospitais e universidades, mas atualmente, dada a complexidade de muitos 
produtos e serviços, a complexidade organizacional está presente em vários outros setores de 
atuação.
24 Laureate- International Universities
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Tecnologia Principais características
Elos em sequência
A B C D Produto
Repetitividade do processo produtivo.
Ênfase no produto. Linha de produção.
Mediadora
Cliente Organização Cliente 
mediadora
Diferentes tarefas padronizadas. Ênfase em clientes 
interdependentes,
mediados pela empresa.
Produto abstrato.
Serviços e técnicas especializadas
A 
B Cliente
C 
D 
Diferentes tarefas são convergidas para cada cliente.
Ênfase no cliente. Tecnologia flexível.
Quadro 5 – Tipologia de Thompson.
Fonte: Chiavenato (2004).
Exemplos:
•	 Tecnologia em sequência: adotada na Volkswagen em São Bernardo do Campo.
•	 Tecnologia mediadora: agência de seguros, bancos.
•	 Tecnologia intensiva: hospital.
James Thompson, juntamente com Frederick Bates, aprofundaram a análise e desenvolveram 
outra tipologia evidenciando como os objetivos organizacionais podem influenciar a natureza 
da organização.
Nessa tipologia, os autores relacionam tecnologia e produto, gerando quatro combinações, 
conforme expresso no quadro a seguir. A tecnologia fixa não permite utilização em outros 
produtos e serviços, exatamente o oposto da tecnologia flexível, que pode ser aplicada em 
outros produtos e serviços. Um produto concreto pode ser descrito com precisão, já um produto 
abstrato não permite descrição precisa, nem especificação ou identificação claras.
25
Concreto Abstrato
Fixa
Pouca possibilidade de mudança.
Estratégia voltada para a colocação 
de produto no mercado.
Ênfase na área mercadológica da 
empresa. Receio de ter o produto 
rejeitado pelo mercado.
Ex.: empresas do ramo 
automobilístico.
Alguma possibilidade de mudança, 
respeitados os limites impostos pela 
tecnologia.
Estratégia voltada para obtenção de 
aceitação de novos produtos pelo 
mercado.
Ênfase na área mercadológica 
(promoção e propaganda).
Ex.: Universidades.
Flexível
Mudanças relativamente fáceis nos 
produtos.
Estratégia voltada para a inovação e 
criação constante de novos produtos 
ou serviços.
Ênfase na área de P&D.
Ex.: Empresas do ramo 
automobilístico.
Adaptabilidade ao meio ambiente.
Estratégia voltada à obtenção de 
consenso externo (novos produtos) e 
interno (novos processos).
Ênfase nas áreas de P&D, 
mercadológica e RH.
Ex.: Empresas de consultoria e 
propaganda.
Quadro 6 – Matriz de tecnologia X produto de Thompson.
Fonte: Chiavenato (2014)
A Teoria da Contingência recebeu algumas críticas, sobretudo no que compete à assunção 
de um estado de independência das variáveis ambientais destacado nos estudos pioneiros 
de Lawrence e Lorsch, dado que muitas vezes as organizações estão na posição de exercer 
controle sobre certos aspectos do seu ambiente.
Outro ponto criticado e que merece referência é que as mudanças nas variáveis ambientais e 
tecnológicas são cada vez mais frequentes, entretanto, a estrutura organizacional não deve ser 
alterada na mesma medida.
Muitos fatos do dia-a-dia podem ser criticados e relacionados com as teorias 
administrativas. Basta lembrar a escolha pelo governo brasileiro do padrão de TV 
digital japonês e a influência da TV Globo nessa escolha, evidenciando claramente o 
poder de uma organização sobre o ambiente. O artigo de Kennedy Alencar, publicado 
na Folha de S.Paulo, no dia 8 de março de 2006, ilustra essa situação. Você pode ler 
o texto em: www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi0803200602.htm.
NÃO DEIXE DE LER...
Afinal, qual a principal contribuição da Abordagem Contingencialista?
A principal contribuição da Teoria da Contingência é avançar a noção de que 
a organização é um sistema aberto em contínua inter-relação com o ambiente, 
adicionando a variável “tecnologia” como determinante da estrutura organizacional.
NÓS QUEREMOS SABER!
26 Laureate- International Universities
A partir da década de 1940, em função das críticas às Abordagens da Teoria Clássica e 
da Escola de Relações Humanas, e também pela redescoberta dos trabalhos da Sociologia 
da Burocracia elaborados por Max Weber, surgiu a Teoria da Burocracia. Ela baseia-se na 
racionalidade e na adequação dos meios para atingir os objetivos planejados. Sua essência 
baseia-se nos princípios: caráter legal das normas e regulamentos, comunicações formais, 
caráter racional e divisão do trabalho, impessoalidade nas relações, hierarquia de autoridade, 
rotina e procedimentos padronizados, competência técnica e meritocracia.
Ao longo do tempo a terminologia burocracia descaracterizou-se e nos dias de hoje é muito 
usada para ilustrar volume alto de documentos, regras rígidas e etapas desnecessárias de 
procedimentos, que impedem ações rápidas ou eficientes. Entretanto para Weber, burocracia 
é a organização eficiente, e para tanto define com detalhes como as operações devem ser 
realizadas.
A Teoria Estruturalista apresenta uma visão ampla da organização, procurando conciliar os 
aspectos mostrados nas Abordagens da Teoria Clássica, na Escola de Relações Humanas e na 
Teoria da Burocracia, através de uma concepção múltipla que envolve: a organização formal e 
a informal, tanto as recompensas materiais como as sociais, os diferentes níveis hierárquicos da 
organização, as análises intraorganizacional e a interorganizacional.
A partir da década de 1960 surge a Teoria dos Sistemas, com base nas ideias do alemão 
Ludwig Bertalanffy. A Teoria dos Sistemas baseia-se em três premissas básicas: os sistemas 
existem dentro de sistemas, os sistemas são abertos, e as funções de um sistema dependem de 
sua estrutura. E nessa concepção todos os sistemas são compostos dos seguintes parâmetros: 
entradas ou insumos, saídas ou resultados, processamento, retroação ou feedback e ambiente.
A partir da premissa da influência ambiental no contorno organizacional, a Teoria 
Contingencial afirma que não há uma única forma de se organizar, e sim múltiplas, as quais 
são influenciadas continuamente pelas mudanças ambientais. A visão da Teoria Contingencial 
procura enfatizar desenhos organizacionais e sistemas gerenciais que sejam adequados para 
cada situação específica, visto que o ambiente em que a organização atua está em continua 
mudança.
SínteseSíntese
27
BERTALANFY, Ludwig Von. Teoria Geral dos Sistemas. Petropólis: 1975.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração: edição compacta. 
7a. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2004.
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ETZIONI, Amitai. Análise comparativa de Organizações Complexas. São Paulo: Atlas, 
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HALL, Richard. Organizações: estrutura, processos e resultados. 8a. ed. São Paulo: Prentice 
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MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Introdução à Administração. 7a. ed. São Paulo: Atlas, 
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______. Introdução à Administração. 7a. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
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ReferênciasBibliográficas

Outros materiais