PRODUÇÃO TEXTUAL Administração

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Bacharelado em Administração
MARCOS DA COSTA PINHEIRO
produção textual: 
“RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL”
Teresópolis/RJ
2015
Bacharelado em Administração
MARCOS DA COSTA PINHEIRO
Produção Textual apresentada à Universidade Norte do Paraná – UNOPAR – como requisito para aprovação nas disciplinas: Gestão de Pessoas; Responsabilidade Social; Direito Empresarial e do Trabalho.
Orientadores:
- Elizete Alice Zampronio de Oliveira
- Fabiane Muzardo
- Janina Vargas Testa
produção textual: 
“RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL”
Teresópolis/RJ
015
INTRODUÇÃO
A responsabilidade social da empresa indica que ela deve conduzir seus negócios com responsabilidade e contribuir para o desenvolvimento social, uma vez que deve ter a capacidade e o interesse de conhecimento e, em essencial, entender as variadas partes envolvidas no empreendimento, atividade humana e o capital investido. Em consequência disto, vale ressaltar que a responsabilidade social da empresa precisa observar os direitos fundamentais dos trabalhadores, como, por exemplo, os princípios da dignidade da pessoa humana e da solidariedade, a ética moral e social que são dois direitos que significa para o empregado respeito à sua dignidade como cidadãos. Os trabalhadores vivem na constante pelo respeito perante os seus colegas de trabalho e empregadores, procurando assegurar sempre a todos um ambiente igualitário, justo e sadio. 
1. DIREITO EMPRESARIAL E DO TRABALHO E RESPONSABILIDADE SOCIAL DA EMPRESA
1.1. Local de Trabalho x Trabalho decente
A responsabilidade social acontece quando empresas, de forma voluntária, adotam posturas, comportamentos e ações que promovam o bem estar dos seus públicos interno e externo. É uma prática voluntária, posto que não deve ser confundida exclusivamente por ações compulsórias impostas pelo governo ou por quaisquer incentivos externos (como fiscais, por exemplo). O conceito, nessa visão, envolve o beneficio da coletividade, seja ela relativa ao público interno (funcionários, acionistas, etc.) ou ao público externo (comunidade, parceiros, meio ambiente, etc.).
Muitas empresas atualmente adotam práticas de responsabilidade social. Algumas com foco no meio ambiente, outras na educação, outras em projetos culturais e por aí vai. O que importa é saber que existem variadas áreas de atuação para empresas interessadas em praticar a responsabilidade social. Grande parte das empresas, independente do porte, pode desenvolver mecanismos para auxiliar na satisfação dos funcionários bem como prestar ajuda à comunidade local. A liderança e o envolvimento das empresas dependem de seus recursos financeiros e humanos. No entanto, pequenas e médias empresas podem aumentar seu desenvolvimento participando de atividades cooperativas com outras empresas. A partir do momento que essas organizações venham a se conscientizar da importância dessas ações para o futuro da sociedade e, por consequência, do seu próprio futuro, poderão surgir ao longo do tempo, ideias inovadoras e criativas que venham a superar eventuais dificuldades.
No atual mercado de trabalho, cada vez mais competitivo e acirrado, as ações de responsabilidade social da empresa representam vantagens para a empresa, provocando um maior valor a sua imagem, a sua marca e aos seus produtos e serviços. 
A responsabilidade social da empresa engloba também um fator fundamental: o ambiente adequado de trabalho. Sem um ambiente adequado, a responsabilidade social da empresa fica comprometida de forma negativa.
1.2. Direitos Humanos X Empresas
Com a promulgação da Constituição de 1988, os direitos humanos ganharam no Brasil, uma ampla proteção normativa. Essa proteção vem sendo gradativamente ampliada, tanto pela adesão a tratados internacionais de direitos humanos como pela adoção de um conjunto de leis específicas, voltados a concretização dessa norma.
Entretanto, direitos humanos não objetivam apenas regular a relação entre o Estado e seus cidadãos. Num cenário de globalização econômica, a atuação de empresas pode também impactar – de forma positiva ou negativa – o gozo dos direitos humanos. Com grandes empresas cada vez mais atuando sem fronteiras em um mercado globalizado, foi necessário construir regras e princípio de atuação das empresas que sejam condizentes com o respeito aos direitos humanos.
1.3. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a ideia de trabalho decente
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), Trabalho Decente é um "trabalho adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, equidade e segurança, capaz de garantir uma vida digna". Sendo assim, o Trabalho Decente é uma condição essencial para a superação da pobreza, a diminuição das desigualdades sociais, a garantia da democracia e o desenvolvimento sustentável.
O Trabalho Decente é o ponto de convergência dos quatro objetivos estratégicos da OIT: o respeito aos direitos no trabalho, a promoção do emprego produtivo e de qualidade, a extensão da proteção social e o fortalecimento do diálogo social.
A noção de trabalho seguro também está no centro da Agenda do Trabalho Digno da OIT. A Agenda representa a estratégia da OIT que consiste em gerir a globalização, promover o desenvolvimento sustentável, erradicar a pobreza e garantir que todos possam trabalhar com dignidade e segurança. A existência de trabalho seguro e saudável é uma condição essencial para a concretização dos quatro objetivos estratégicos que constituem a Agenda do Trabalho Digno: 
1. Normas internacionais do trabalho e princípios e direitos fundamentais no trabalho;
2. Emprego digno;
3. Proteção social para todos;
4. Tripartismo e diálogo social.
Muitas das normas internacionais adaptadas desde que a OIT foi fundada em 1919 abordam questões que dizem questão a segurança e saúde no trabalho. O trabalho só é considerado digno se for seguro e saudável.
2. GESTÃO DE PESSOAS
Falar de gestão de pessoas é falar de gente, de mentalidade, de vitalidade e ação. A gestão de pessoas é uma das áreas que mais vem sofrendo com transformações nos últimos anos. A visão que se tem hoje da área de gestão de pessoas é bem diferente de sua configuração original, quando recebia o nome Administração de Recursos Humanos (ARH). Muita coisa mudou desde lá. A Gestão de Pessoas tem sido a responsável pela excelência das organizações bem sucedidas e pela simbolização do capital intelectual, e mais que tudo, a importância do fator humano em plena era tecnológica.
A moderna Gestão de Pessoas consiste de várias atividades integradas, como Recrutamento e Seleção, Treinamento e Desenvolvimento, Qualidade de Vida no Trabalho, Programa de Cargos e Salários. Todos esses processos estão bastante relacionados entre si, de tal maneira que se interpenetram e se influenciam reciprocamente. 
Cada processo tende a favorecer ou prejudicar os demais, isso depende da forma que são utilizados. Para serem considerados socialmente responsáveis, é essencial o equilíbrio na condução de todos esses processos. Cada processo deve funcionar como um sistema aberto e interativo. Trata-se de um modelo de diagnóstico de Gestão de pessoas. 
As empresas são organismos constituídos por pessoas com finalidades e interesses particulares que se inter-relacionam de forma a atingi-los. O contexto da gestão de pessoas é formado por pessoas e organização. De acordo com CHIAVENATO 2010, p.8, "as pessoas passam boa parte de suas vidas trabalhando dentro de organizações e as organizações dependem delas para atingir seus objetivos e cumprir suas missões". MELO NETO; FROES, 2001, p. 42, conceitua responsabilidade social como sendo “o foco da empresa, seus empregados e seus dependentes, ou seja, beneficiários internos da empresa os quais a organização não pode sobreviver”. Dessa forma, compreende-se que, a empresa deve manter uma boarelação com seus colaboradores não pode limitar-se somente a gestão de obrigações legais e ao cumprimento das leis trabalhistas. 
CONCLUSÃO
A partir do momento em que se concebe a responsabilidade social como elemento fundamental dos recursos humanos, a gestão de pessoas necessita ser redefinida, e neste sentido conceber uma concepção que englobe manter os profissionais satisfeitos e em condições seguras e adequadas de trabalho, capazes de torná-los responsáveis pelas suas ações no processo produtivo.
É indispensável que a nova Gestão de Pessoas seja capaz de corresponder às novas exigências, elevando suas tendências e transformando a maneira de pensar, considerando os conceitos abordados diante da moderna concepção.
A moderna gestão de pessoas procura a colaboração eficiente dos seus associados e, para isso, é necessário considerá-los peças-chave do novo sistema. Atualmente a organização não administra recursos humanos, nem as pessoas, acima de tudo, administra com as pessoas, na chamada administração participativa, onde os indivíduos cheios de inteligência, habilidade e criatividade passam a fazer a diferença neste processo competitivo no mundo empresarial.
A empresa com responsabilidade social é aquela que tema capacidade de ouvir os interesses das diversas partes e incorporá-los no planejamento de suas atividades, procurando atender às demandas de todos, e não somente dos acionistas ou proprietários. 
Concluindo, observamos que a Gestão de Pessoas tem participação fundamental no processo de responsabilidade social, uma vez que sua participação, age diretamente sobre capacitação, o envolvimento e desenvolvimento de uma organização e as pessoas que a compõe. O setor de gestão de pessoas tem uma grande responsabilidade na formação do profissional que a organização almeja , com a finalidade de obter o desenvolvimento e crescimento da instituição e do próprio funcionário, tido como colaborador para adquirir os resultados esperados. Cabe a área de Gestão de Pessoas função espcial de humanizar as empresas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASHLEY, Patrícia Almeida (Coord.). Ética e responsabilidade social. São Paulo: Saraiva, 2003.
BRUSCATO, Wilges. Manual de direito empresarial brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2011.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos Novos Tempos. 2ª ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
MELO NETO, Francisco Paulo de; FROES, César. Gestão da responsabilidade social corporativa: o caso brasileiro. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001.
ZANITELLI, Leandro Martins. Capitalismo Brasileiro e Responsabilidade Social Empresarial. Disponível em http://dx.doi.org/10.5007/2177-7055.2013v34n66p83. Acesso em 14/10/2015.