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I.Introdução
	
	
O gás natural é uma mistura de hidrocarbonetos leves encontrada no subsolo, na qual o metano tem uma participação superior a 70 % em volume. A composição do gás natural pode variar bastante dependendo de fatores relativos ao campo em que o gás é produzido, processo de produção, condicionamento, processamento, e transporte. O gás natural é um combustível fóssil e uma energia não-renovável.
O gás natural é encontrado no subsolo através de jazidas de petróleo, por acumulações em rochas porosas, isoladas do exterior por rochas impermeáveis, associadas ou não há depósitos petrolíferos.
II.Histórial
O gás natural foi descoberto na Pérsia entre 6000 a.C. e 2000 a.C. e, segundo algumas indicações históricas, era usado para manter aceso o “fogo eterno” – símbolo de adoração de uma seita local.
Em 1821, as ruas de Fredonia, perto de Nova Iorque, eram iluminadas por gás natural, meramente porque o gás emergia espontaneamente de um buraco no chão, à saída da cidade. A canalização era feita de madeira e chumbo e pode assim imaginar-se o nível de insegurança para as pessoas, quer em termos de potenciais explosões, quer em termos de envenenamento. Não havia mecanismos fiáveis para transportar o gás até às casas o que impedia assim o seu uso para aquecimento, cozinha e outros usos, sendo apenas utilizado para iluminação pública.
Foi, finalmente, a descoberta de Robert Bunsen – o célebre bico de Bunsen – em 1885, misturando ar e gás natural, que permitiu usar plenamente as vantagens deste combustível. Os produtores de gás natural rapidamente mudaram a sua atenção para as propriedades térmicas deste combustível, promovendo-o como fonte de energia para aquecimento ambiente, de águas sanitárias e cozinha. Os mercados industriais e da produção térmica de eletricidade tiveram pouca expressão até ao fim da IIª Guerra Mundial. Só após os anos 40 o gás natural passou a ser largamente disponibilizado, pelo desenvolvimento das necessárias infraestruturas de transporte. De notar que, dada a escassez de gasodutos, a maioria do gás produzido, em associação com o petróleo bruto e, mais raramente, com o carvão, não era aproveitado. Quando eram encontradas bolsas exclusivamente de gás natural, estas não eram exploradas. A baixa qualidade dos tubos, bem como a das junções, atrasou o desenvolvimento das redes de transporte de gás natural.
Foi após a IIª Guerra Mundial que o transporte de gás por gasoduto teve a sua expansão. Foram os avanços resultantes da guerra, na metalurgia, na soldadura e na produção dos tubos que permitiram o rápido desenvolvimento do transporte de gás. Uma vez que as redes de transporte e de distribuição se expandiram, a indústria e as centrais térmicas passaram a ser importantes clientes do gás natural. Após um período de interdição nos anos 70, o gás natural é atualmente muito usado para a produção de energia elétrica. Para este fato muito contribuiu a tecnologia do ciclo combinado, em que o rendimento é muito superior ao das centrais convencionais.
III.Gás Natural
É um combustível fóssil referenciado como uma das fontes de energia mais limpas, seguras e úteis. Normalmente constituído por metano (95% ou mais), propano e outros componentes mais pesados, o gás natural não tem cor nem cheiro. O gás natural é resultado da transformação de fósseis de animais e plantas que existiam na pré-história. O território Angolano, especialmente a região Zaire (Soyo), é rico em gás natural, o que garante seu abastecimento por muitos anos.
A versatilidade é a principal característica do gás natural, podendo ser utilizado tanto na geração de energia elétrica, quanto em motores de combustão do setor de transportes, na produção de chamas (como substituto ao gás liquefeito de petróleo, GLP), calor e vapor. 
Por isso, a aplicação é possível em todos os setores da economia: indústria, comércio, serviços e residências.
As reservas totais provadas no mundo eram, ao final de 2007, de 177,36 trilhões de m³. O Oriente Médio liderava o ranking mundial, com 73,2 trilhões de m³, correspondentes a 41,3% do total.
III.1.Definição
O gás natural "é a porção do petróleo que existe na fase gasosa ou em solução no óleo, nas condições originais de reservatório, e que permanece no estado gasoso em CNTP (condições normais de temperatura e pressão) "
III.2.Composição
A composição do gás natural pode variar muito, dependendo de fatores relativos ao reservatório, processo de produção, condicionamento, processamento e transporte. De uma maneira geral, o gás natural apresenta teor de metano superiores a 70% de sua composição, densidade menor que 1 e poder calorífico superior entre 8.000 e 10.000 kcal/m3, dependendo dos teores de pesados (etano e propano principalmente) e inertes (nitrogênio e gás carbônico).
Nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil, o gás natural comercializado deve estar de acordo com as seguintes especificações:
Poder Calorifico Superior → 35.000 a 43.000 kJ/m³ 
Índice de Wobbe → 46.500 a 53.500 kJ/m³ 
Número de metano, mínimo → 65% mol 
Metano, máximo → 85,0 % mol. 
Etano, máximo → 12,0 % mol. 
Propano, máximo → 6,0 % mol. 
C4+, máximo → 3,0 % mol. 
Oxigênio, máximo → 0,5 % mol. 
Inertes (N2 + CO2), máximo → 6,0 % mol. 
CO2, máximo → 3,0 % mol. 
Enxofre Total, máximo → 70 mg/m³ 
H2S, máximo → 10 mg/m³ 
Ponto de orvalho de água, máximo → -45 °C @ 1 atm 
Ponto de orvalho de hidrocarbonetos, máximo → 0 °C @ 1 atm 
III.3.Riquezas
Conjunto de componentes do gás natural mais pesados que o propano (Fração C3+). Se o teor de pesados for superior a 8,0% o gás é considerado rico, se for menor que 6,0% o gás é considerado pobre, se o teor estiver entre 6,0 e 8,0% o gás é considerado de riqueza mediana. A riqueza é um parâmetro importante na seleção da via tecnologica a ser utilizada no processamento do gás.
Os hidrocarbonetos mais pesados do gas natural têm maior valor comercial.
III.4.GLP
O gás de petróleo liquefeito (GPL), também chamado de gás liquefeito de petróleo (GLP), é uma mistura de gases de hidrocarboneto utilizado como combustível em aplicações de aquecimento (como em fogões e veículos).
O GPL é a mistura de gases condensáveis presentes no gás natural ou dissolvidos no petróleo. Os componentes do GPL, embora à temperatura e pressão ambientais sejam gases, são fáceis de condensar. Na prática, pode-se dizer que o GPL é uma mistura dos gases propano e butano.
O propano e o butano estão presentes no petróleo (crude, bruto) e no gás natural, embora uma parte se obtenha durante a refinação de petróleo, sobretudo como subproduto do processo de craqueamento catalítico (FCC, da sigla em inglês Fluid Catalytic Cracking).
O GPL ou GLP é um dos sub-produtos do petróleo como a gasolina, diesel e os óleos lubrificantes, sendo retirado do mesmo através de refino em uma refinaria de petróleo. Torna-se liquefeito apenas quando é armazenado em bilhas,botijões ou tanques de aço em pressões de 6 a 8 atmosferas (6 a 8 kgf/cm²). Para sua armazenagem são utilizados recipientes fabricados em aço de várias capacidades volumétricas e formas. Na construção desses recipientes utilizam-se materiais com capacidade mecânica para aguentarem pressões de até 17 kgf/cm², por dois principais motivos: segurança com relação a eventuais possibilidades de rompimento (manuseio inadequado ou excesso de pressão no enchimento) e facilitação da vaporização do produto que é essencial para a sua utilização. Todos os recipientes que contêm GLP são cheios até 85% de sua máxima capacidade. Os outros 15% de espaço livre é utilizado na vaporização do produto que ocorre com a troca de calor entre a parede do recipiente e o GLP armazenado na forma líquida - vaporização natural. Quanto maior a temperatura externa do recipiente maior a velocidade de vaporização do GLP.
A vaporização também é diretamente proporcional à quantidade de superfície de contato do recipiente com o GLP(parede molhada). Por exemplo: um botijão de 13 kg de GLP, considerada uma temperatura externa constante, vaporizará mais gás quando cheio do que quando estiver com 50% de sua carga, pois o GLP terá apenas a metade da superfície de contato com o recipiente para a sua possível troca de calor e eventual vaporização do líquido. Em grandes consumos, onde não é suficiente a vaporização natural para atender a demanda, são utilizados aparelhos chamados de vaporizadores que possibilitam a vaporização do produto.
O princípio básico de um vaporizador é o seguinte: o GLP passa por dentro do aparelho através de um duto aquecido, geralmente por uma resistência elétrica, troca calor com este duto aquecido e vaporiza-se permitindo o atendimento da demanda, o que chama-se vaporização forçada.
O GLP é formado por vários hidrocarbonetos sendo os principais o propano e o butano. Uma molécula de propano é caracterizada pela presença de três átomos de carbono e oito átomos de hidrogênio (C3H8). Já o butano, pela presença de quatro átomos de carbono e dez átomos de Hidrogênio (C4H10). Portanto, uma molécula de butano é mais pesada do que uma molécula de propano e a sua tendência em uma mistura é a de ficar depositada no fundo do recipiente de armazenagem. Ao percentual de mistura desses gases chama-se no jargão densidade (relacionado ao conceito de densidade, relacionado à massa por volume). Quanto maior a presença percentual de propano na mistura, menor a densidade do produto e, é claro, consequentemente menor o peso do mesmo. Ao contrário, quanto maior o percentual de butano na mistura maior a densidade e consequentemente o seu peso.
III.5.Segurança na utilização
O GLP não é corrosivo, poluente e nem tóxico, mas se inalado em grande quantidade produz efeito anestésico e também asfixia, pois empurra o gás respirável do ambiente em que se encontra. O GLP não possui cor nem odor próprio, mas por motivo de segurança nele é adicionado a substância (Mercaptano ou Tiol) ainda nas refinarias, para facilitar sua detenção.
IV.Tratamento do gás natural
O tratamento do gás natural é realizado através do condicionamento, ou seja, um conjunto de processos físicos ou químicos aos quais o gás deve ser submetido para reduzir os teores de contaminantes para se respeitar as especificações.
Um desses processos é a desidratação, que consiste em remover a água. Este processo promove a corroção dos equipamentos e induz à formação de hidratos que podem reduzir a capacidade dos gasodutos.
A dessulfuração é outro processo utilizado para a remoção de compostos de enxofre através de processos de absorção. O processamento, consiste nas operações que promovem a separação de frações leves do gás (metano e etano denominado gáses residuais) das frações pesadas (desde propano até hexano, que apresentam maior valor comercial).
 A refrigeração traduz-se na condensação das frações pesadas do gás através da passagem de um fluido refrigerante. A absorção refrigerada consiste na circulação de gás em contacto com um óleo de absorção, nas condições de altas pressões e baixas temperaturas, conseguidas através de um fluido de refrigeração. O processo expansão Joule-Thompson trata-se da expansão de gás através de uma válvula que provoca um abaixamento de temperatura que conduz à condensação das frações mais pesadas.
V.Fase de separação
A corrente proveniente de um poço de perfuração geralmente é constituída por água, óleo e gás natural associado. 
A separação dessa mistura trifásica água, óleo e gás se faz necessária pelo fato da indústria ter grande interesse econômico nas frações óleo e gás. 
A água deve ser removida devido à sua capacidade de formar emulsões com viscosidades superiores à do petróleo desidratado e hidratos em uma corrente constituída por gás natural, formando depósitos que podem reduzir o diâmetro da tubulação. 
Sua remoção evita o superdimensionamento do sistema de bombeio e transferência, e danos às operações de processo nas refinarias, pois representa um volume ocioso na transferência e tancagem do petróleo e pode gerar problemas de incrustação e corrosão nos oleodutos de exportação.
Assim, é efetuado o processamento primário que consiste na separação de petróleo, gás e água sob condições controladas, no tratamento ou condicionamento dos hidrocarbonetos para que possam ser transferidos para as refinarias onde é efetuado o processamento propriamente dito, e no tratamento da água para reinjeção ou descarte.
Todo o processo de separação da corrente trifásica é realizado em plataformas com ajuda de equipamentos como separadores trifásicos, bombas, compressores e colunas absorvedoras. Além do fato da importância da separação estar voltada para o interesse econômico nas frações constituídas por hidrocarbonetos, a separação da mistura trifásica é muito importante sob o ponto de vista da fase gás, uma vez que a presença de água no duto poderá promover a formação de hidratos, produzindo depósitos que reduzem o diâmetro da tubulação.
O processamento do gás consiste da compressão, remoção de CO2 e desidratação (remoção da umidade residual) para ser utilizado principalmente como gás combustível e gás lift nos poços de produção, sendo o excedente exportado através de gasodutos. 
O gás excedente, ao chegar em terra, deve ser processado adequadamente em Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGN).
Fig.1. separação trifasica
Quando uma emulsão de óleo e água é produzida e posteriormente decantada, uma camadade água relativamente limpa aparecerá no fundo, denominada de água livre. Sobre esta camadamantém-se uma camada de emulsão óleo/água, e sobre a emulsão aparece uma camada de oleo relativamente limpo.Separadores trifásicos, algumas vezes denominados de extratores de água livre, sãoutilizados para separar e remover qualquer água livre que possa estar presente no processo. Oprojeto é idêntico aos separadores bifásicos, sendo que mais espaço deve ser deixado para adecantação do líquido e algum dispositivo deve ser adicionado para a remoção da água livre.
No separador bifásico, ocorre a separação gás/líquido,enquanto que, no separador trifásico, ocorre, também, a separação óleo/água.Para maximizar a produção de óleo e de acordo com a pressão do sistema, pode sernecessária a utilização de vários estágios de separação, permitindo o processamento da produção depoços que tenham diferentes pressões de fluxo.Os separadores são fabricados nas formas vertical e horizontal. Por apresentarem uma maiorárea superficial de interface, permitindo uma melhor separação líquido/gás, os separadoreshorizontais são normalmente mais eficientes. São utilizados, principalmente, em sistemas queapresentem espumas e altas razões gás/óleo. As desvantagens referem-se ao manuseio dos sólidosproduzidos (os verticais têm uma geometria que permite a deposição localizada no fundo do vaso,facilitando a remoção) e à menor capacidade de absorver grandes variações de fluxo (golfadas).Os vasos separadores baseiam-se nos seguintes mecanismos para a separação líquido/gás:
 
ação da gravidade e da diferença de densidades: responsável pela decantação do fluidomais pesado;
 
separação inercial: mudanças bruscas de velocidade e de direção de fluxo permitindo aogás desprender-se da fase líquida devido à inércia que esta fase possui;
 
aglutinação das partículas: contato das gotículas de óleo dispersas sobre uma superfície, oque facilita sua coalescência, aglutinação e conseqüente decantação;
 
força centrífuga: aproveita as diferenças de densidade do líquido e do gás.Um separador típico constitui-se de quatro seções distintas:
 
seção de separação primária: onde o fluido choca-se com defletores ou é dirigido por umdifusor que lhe impõe um movimento giratório, fazendo com que o líquido se precipite para o fundodo vaso. É nesta seção que a maior parte do líquido é separado, removendo rapidamente as golfadase as gotículas de maior diâmetro do líquido. Com isso, ocorre uma diminuiçãoda turbulência,evitando o retorno do líquido para a fase gasosa.
seção de acumulação (coleta) de líquido: onde ocorre a separação das bolhas gasosas queficaram no seio do líquido após a separação primária. Para que seja efetiva, o líquido devepermanecer retido durante um certo tempo (chamado tempo de retenção), o qual pode variar de 3a 4 minutos.
 
seção de separação secundária: onde se separam as gotículas menores de líquidocarreadas pelo gás após a separação primária. O mecanismo é o mesmo da seção de acumulação,sendo grandemente influenciado pela turbulência do gás.
 seção aglutinadora: onde as gotículas de líquido arrastadas pela corrente de gás, nãoseparadas nas seções anteriores, são aglutinadas em meios porosos e recuperadas. Para retenção depequenas gotículas de líquido na parte superior dos vasos, são utilizados vários tipos de extratoresde névoa.
V.1.Separadores bifasicos
Na separação bifasica o fluido entra no separador e choca-se com defletores de entrada 
(secção de separação primaria), os quais provocam uma mudança brusca de velocidade e direcção do fluido. A força da gravidade causa a separação das goticulas liquidas mais pesadas que deixam a corrente de gás e se acomulam no fundo do vaso, onde o liquido é coletado. Esta secção de coleta assegura um tempo de retenção apropriado, necessário para que o gás se desprenda do líquido e vá para o espaço superior do separador.
Fig.2. separadores bi fasicos 
V.2.Ponto de orvalho
Temperatura na qual ocorre a formação da primeira gota de líquido quando o gás sofre resfriamento ou compressão. Os líquidos normalmente encontrados São água, hidrocarbonetos ou glicol, que apresentam pontos de orvalhos distintos. O requerimento de segurança mais importante do gás natural é a temperatura no ponto de orvalho, para evitar formação de líquido. Á água no estado líquido é precursora da formação de compostos corrosivos atravez da combinação de componentes do gás , especificamente CO2 e H2S a combinação de agentes corrosivos e a pressão varialvel durante o transporte de combustivel pode resultar em rachaduras metalicas e causar obstruções nos sistemas de gás. Os hidratos formados quando a água livre reage com hidrocarbonetos, podem obstruir linhas de instrumentação, válvulas de controlo e filtros.
VI.Condicionamento
�Um reservatório de gás natural
É o conjunto de processos físicos ou químicos aos quais o gás natural é submetido, de modo a remover ou reduzir os teores de contaminantes para atender as especificações legais do mercado, condições de transporte, segurança, e processamento posterior.
O gás natural pode ser armazenado na forma líquida à pressão atmosférica. Para tanto os tanques devem ser dotados de bom isolamento térmico e mantidos à temperatura inferior ao ponto de condensação do gás natural. Neste caso, o gás natural é chamado de gás natural liquefeito ou GNL.
O ciclo do gás divide-se nas seguintes etapas até o consumidor final:
- Exploração
- Produção
- Processamento
- Transporte
- Distribuição e Utilização
VI.1.Exploração
A exploração é a etapa inicial dentro da cadeia de gás natural, consistindo no conhecimento e estudo das estruturas propícias ao acúmulo de petróleo ou gás ou seja conduz à descoberta dos reservatórios e esta dividadia em duas fases. A primeira fase é a pesquisa onde, através de testes sísmicos, verifica-se a existência em bacias sedimentares de rochas reservatórias (estruturas propícias ao acúmulo de petróleo e gás natural). Caso o resultado das pesquisas seja positivo, inicia-se a segunda fase, que é a perfuração perfura-se um poço pioneiro e poços de delimitação (primeiros poços em uma área produtiva) para comprovação da existência do gás natural ou petróleo em nível comercial e mapeamento do reservatório, que será encaminhado para a produção.
Dependendo de sua origem, classifica-se como gás associado e não associado. O primeiro é o que se extrai junto com o petróleo e contém grande quantidade de hidrocarbonetos, como etano, propano, butano e naftas. O gás não associado é o que se encontra em depósitos que contém unicamente gás natural.
Na exploração os conceitos de geologia e geofisica são amplamente ultilizados os geologos e geofisicos analisam um grande volume de informações geradas na fase da pesquisa, reunindo um razoavel conhecimento sobre a espessura, profundidade e comportamento das camadas de rochas existentes em uma bacia sedimentar. Com base nesse conhecimento, são escolhidos os poços propicios para perfuração de poços.A perfuração desses poços é fundamental para complementar o conhecimento do reservatório, pós mesmo com o actual desenvolvimento da tecnologia, não é possivel determinar com izatidão a presença de hidrocarbonetos no subsolo apenas com análise de dados da superficie. 
VI.2.Produção
Depois de confirmada a existencia de acomulação de hidrocarbonetos, inicia-se a fase de desenvolvimento e produção do campo produtor. Até este ponto as indústrias de petroleo e gás natural caminham juntas.
Ao ser produzido, o gás deve passar inicialmente por vasos separadores, que são equipamentos projetados para retirar a água, os hidrocarbonetos que estiverem em estado líquido e as partículas sólidas (pó, produtos de corrosão, etc.). Se estiver contaminado por compostos de enxofre, o gás é enviado para Unidades de Dessulfurização, onde esses contaminantes serão retirados. Após essa etapa, uma parte do gás é utilizada no próprio sistema de produção, em processos conhecidos como reinjeção e gás lift, com a finalidade de aumentar a recuperação de petróleo do reservatório. Nas áreas de produção o gás é consumido internamente na garação de eletricidade e vapor, o restante do gás é enviado para processamento, que é a separação de seus componentes em produtos especificados e prontos para utilização, o gás é queimado caso não haja infra-estruturas suficiente que permitam seu aproveitamento adecuado como era o caso de Angola antes do projecto Angola LNG.
A produção do gás natural pode ocorrer em regiões distantes dos centros de consumo e, muitas vezes, de difícil acesso, como, por exemplo, a floresta amazônica e a plataforma continental. Por esse motivo, tanto a produção como o transporte normalmente são atividades críticas do sistema. Em plataformas marítimas, por exemplo, o gás deve ser desidratado antes de ser enviado para terra, para evitar a formação de hidratos, que são compostos sólidos que podem obstruir os gasodutos. Outra situação que pode ocorrer é a reinjeção do gás para armazenamento no reservatório se não houver consumo para o mesmo, como na Amazônia. Atualmente, dez estados da Federação possuem sistemas de produção de gás natural, sendo o Rio de Janeiro (Brasil) o maior deles.
VI.3Produção do gás associado
O sistema de produção do gas associado apresenta-se em maior quantidade, complexidade e volume de produção em comparação aos sistemas do gás não associado e aos sistemas de produção terrestre.
A produção inicia-se no reservatório do campo de produção de gás. O fluido proveniente do reservatorio é um produto bruto, composto por uma mistura complexa de hidrocarbonetos a qual é constituida por cadeias com inumeros atomos de carbono bastante altos(chegando a 60 atomos ou mais),com água, areia e outras impuresas sólidas em suspenção. Em seguida o fluido é transferido para unidade de produção onde é feita todas operações necessarias.
VI.4.Processamento
Entende-se por processamento de gás natural a sequência de operações unitárias que têm por objetivo separar os componentes mais pesados do gás em uma corrente líquida, tornando o gás mais leve. 
A corrente líquida normalmente formada pelo propano (C3H8) e mais pesados, é conhecida como LGN, Líquido de Gás Natural. O LGN é fracionado para se obter o GLP, Gás liquefeito de Petróleo, e a nafta leve (C5+). Estas correntes líquidas possuem um maior valor energético, e consequentemente, um maior valor econômico. 
O gás mais leve, de menor valor energético, é denominado gásprocessado, gás seco ou residual, sendo composto basicamente por metano (C1) e etano (C2), este é o gás utilizado por indústrias, automóveis, residências, comércio e usinas de geração de energia (termoelétricas).
O Processamento de Gás Natural é realizado através de uma instalação industrial denominada Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN), cujo objetivo é separar as frações pesadas ou ricas (propano é mais pesado) existentes no gás natural húmido ou rico, gerando o chamado gás natural seco ou pobre (metano e etano) e uma corrente de Líquido de Gás Natural (LGN).
O LGN é composto pelas frações mais pesadas que o propano: o gás liquefeito de petróleo (GLP), popularmente conhecido como gás de cozinha, e a gasolina natural. Eventualmente, pode-se produzir uma corrente de LGN composta de frações mais pesadas que o etano, de onde será possível separar frações líquidas de etano, de GLP e de gasolina natural. 
Nesse caso, recupera-se, também, uma fração de gás natural pobre predominante em metano. Essa UPGN recebe o nome de Unidade de Recuperação de Líquidos (URL).
O conceito de riqueza empregado diz respeito ao teor de compostos mais pesados que o propano, constituído pelas frações de GLP e gasolina natural. Assim, quando se diz que uma determinada corrente de gás natural húmido ou rico apresenta riqueza de 6%, isso significa que aquela corrente é constituída de 6% de GLP e gasolina natural e 94% de gás natural propriamente dito. E será esta parcela de 94% que constituirá, após tratamento e processamento em uma UPGN, a corrente de gás natural seco ou pobre, também chamada de gás natural processado ou residual.
Em termos econômicos, a escolha do melhor processo a ser utilizado em uma UPGN depende basicamente de tres fatores: Composição do gás, pressão disponível e recuperação desejada. No entanto, como não existem critérios rígidos que orientem a seleção, é recomendável que se faça um estudo técnico e uma análise econômica para cada tipo de processo. A análise deverá considerar, entre outras coisas, os seguintes fatores: Recuperações obtidas; quantidade, tipo, origem (nacional ou importado); custo de equipamentos e instrumentação; custos operacionais; consumo de utilidades.
VI.5.Objectivos do Processamento do gás natural
O objectivo basico do processamento do gas natural é separar seus componentes em produtos com especificação definida e controlada, para que possam ser ultilizados com alto desempenho em aplicações específicas permitindo a incorporação de maior valor agregado aos produtos gerados.
Demodo semelhante a destilação do petroleo, que fraciona o oleo em produtos de especificações definidas. Uma unidade de processamento do gás natural tem como função basica fracionar o gás em produtos especificados para atendimento às diversas aplicações requeridas pelo mercado.
VII.Os principais tipos de processos aplicáveis a uma UPGN são os seguintes:
- Refrigeração simples;
- Absorção refrigerada;
- Expansão Joule Thompson;
- Tubo expansão
Refrigeração Simples
No processo de refrigeração simples, o Gás Natural após ser resfriado ate – 30ºC através de uma corrente de gás propano a – 42ºC, é enviado a torre absorvedora para a obtenção de Líquido de Gás Natural (LGN) e Gás Residual (GR). 
A seguir o LGN é enviado à coluna desetanizadora, que é uma coluna absorvedora com seção de esgotamento, onde no fundo da torre, o aquecimento promovido pelo refervedor, garante a vaporização do excesso de etano absorvido e no topo, faz-se a admissão de solvente proveniente do condensador o propano que garante a produção de um óleo rico desetanizado, e ao mesmo tempo em que é gerado um gás residual pobre (GRPB), praticamente isento de frações de C3+ no topo. 
O óleo desetanizado do fundo da torre é a carga para a fracionadora de óleo rico, onde a função desta fracionadora é separar o LGN da água, que retorna ás torres de absorção e desetanização por um processo de destilação convencional.
O óleo rico efluente do fundo da desetanizadora é pré-aquecido e entra no fundo da fracionadora, onde recebe o aquecimento final no fundo da torre. 
O Produto de topo da torre é totalmente condensado no condensador de topo à água, sendo parte bombeada de volta à torre como refluxo de topo e outra parte alimentada a torre desbutinizadora. 
Na coluna desbutinizadora ocorre um processo de destilação, na qual se processa a especificação do GLP produzido pelo topo, através da seção de absorção. A carga para a torre constituída pelo produto de topo da fracionadora é pré-aquecida pela gasolina natural, produto de fundo da própria desbutanizadora.
O fluido quente do refervedor da desbutanizadora é a água quente proveniente do forno da fracionadora. O topo da desbutanizadora, constituído de propano e butano, é totalmente condensado, retornando parte à torre como refluxo e o restante sendo enviado para tratamento, odorização e armazenamento.
O ponto de corte entre o produto de todo e fundo desta torre é definido pela análise de intemperismo, que é dado pelo ponto de fusão e ebuluição do GLP e que tem como objetivo anexar o máximo possível de pentano ao GLP permitido pela especificação do produto.
A análise de P.V.R (pressão de vapor Reid) é o texte que limita o teor máximo de etano que pode ser introduzido na corrente de GLP.	
Finalmente o GLP passa pela Unidade de Dessulfurização de Gás, que tem como objetivo dessulfurizar, ou seja, remover o enxofre do GLP, que pode ser através de um tratamento com reações químicas usando ou através de Leito Fixo que usa Ferro Esponja ou Sulfatreat como removedor de enxofre.	
Antes de processar o gás é necessário remover a água contida no mesmo para se evitar o congelamento das linhas e isto é feito pelo uso de glicol (monoetileno glicol ou etileno glicol) ou através de peneiras moleculares (zeólito) com área intersticial de aproximadamente 900 m2/g, onde a regeneração é feita pela passagem de gás seco aquecido através da peneira para a remoção da água.
Fig.3.refrigeração simples
Absorção refrigerada
O processo de absorção refrigerada se baseia na recuperação dos componentes pesados do gás por uma absorção física promovida pelo contato do gás com um óleo de absorção. O princípio deste processo é a diferença entre a pressão de vapor dos componentes no óleo e sua pressão parcial no gás. Como a 1ª é menor que a 2ª, ocorre à transferência de massa do gás para o óleo, com liberação de energia e consequênte aumento de temperatura. Este princípio se aplica a todos os hidrocarbonetos, porém, numa segunda etapa, quando a pressão é reduzida, os componentes leves são liberados do óleo, ficando retidos apenas os hidrocarbonetos pesados. As recuperações comumente obtidas com este processo são: - etano (C2) - propano (C3) - butano e mais pesados máximos de 50%; 90 a 95%;100%.
O contato entre o óleo de absorção e o gás ocorre em contra-corrente em uma torre absorvadora onde o óleo é admitido pelo topo e o gás pelo fundo. 
O óleo utilizado geralmente é um hidrocarboneto líquido, ou mistura de hidrocarbonetos, com massa molar na faixa de 100 a 180, dependendo da temperatura de absorção. Na UPGN 01 o óleo de absorção utilizado é a própria nafta leve (C5+) produzida na unidade. A eficiência de absorção depende, entre outros fatores, da pressão e temperatura de operação do sistema, das quantidades relativas de gás e óleo de absorção e da qualidade do contato promovido entre o gás e o líquido. As condições mais comuns de operação da torre absorvedora são 2.750 kPa a 6.850 kPa e temperaturas que variam de ambiente até – 40ºC. A refrigeração é obtida através de um fluido auxiliar, geralmente propano. 
Denomina-se óleo rico o óleo saturado com hidrocarbonetos e óleo pobre o óleo isento destes componentes. Os hidrocarbonetos absorvidos pelo óleo são posteriormente retirados, pela ação do calor, em uma torre de fracionamento (destilação). O óleo pobre retorna à torre absorvedora e os hidrocarbonetos são separados de modo a forneceros produtos desejados (LGN, GLP, C5+).
Expansão Joule-Thompson
O processo de expansão Joule-Thomson (JT) é aplicado ao gás natural quando se deseja recuperar propano e hidrocarbonetos mais pesados. Esta recuperação se deve a expansão isentálpica do gás de carga. 
Sua aplicação típica é no condicionamento do gás natural, resfriamentos secundários em outros processos ou em substituição ao Turbo-Expansor (TE) quando este apresenta alguma indisponibilidade.
Fig.3.fenomeno que ilustra a expanção joule-thonpson
Turbo-Expansão
Este processo é mais eficiente por gerar temperaturas mais baixas que os demais e é normalmente adotado quando se deseja recuperar etano juntamente com os componentes mais pesados (GLP) ou etano líquido. É indicado para gases disponíveis à alta pressão embora seja viável para pressões moderadas e até mesmo baixas. As recuperações que podem ser atingidas em um processo de turbo-expansão são as seguintes: - etano 85%; - propano 99%; - butanos e mais pesados 100%. A recuperação de líquidos consiste basicamente na secagem e refrigeração do gás de entrada em contra-corrente com o gás de saída (corrente fria) da própria unidade, seguido de uma expansão no TE. 
O processo de Turbo-Expansão é mais eficiente devido a dois efeitos: Joule-Thomson em conjunto com a liberação de energia do gás, na forma de trabalho de compressão, o que provoca um maior abaixamento de temperatura e consequêntemente uma maior condensação dos hidrocarbonetos. Algumas vezes pode ser empregado uma refrigeração adicional através de um fluido auxiliar, geralmente o propano, é também uma compressão do gás de entrada. O Turbo-Expansor é uma máquina composta por três partes principais: uma turbina de expansão, um eixo rotativo e um compressor rotativo. 
O princípio de funcionamento é o acionamento da turbina de expansão, pela entrada do gás a alta pressão, gerando energia (trabalho) e refrigeração (efeito JT). 
A energia gerada no Expansor é transferida ao compressor rotativo através do eixo comum. O TE é usado para produzir refrigeração e recuperar energia.
De maneira simplificada, pode-se dizer que estes processos realizam as mencionadas separações através de uma sequência de operações, que pode incluir tratamento (para eliminação de teores remanescentes de umidade), compressão, absorção e resfriamento, dependendo do tipo a ser empregado. Os hidrocarbonetos recuperados podem ser estabilizados e separados por fracionamento, para obtenção dos produtos desejados, na própria UPGN ou em outras unidades específicas, tais como as Unidades de Fracionamento de Líquidos (UFL) e de Processamento de Condensado de Gás Natural (UPCGN).
VIII.Transporte
O transporte do gás natural é o elo da cadeia do gás natural considerado por muitos conhecidores da materia como o coração da rede. Após o término da etapa de produção, vista anteriormente, o gás natural já esta em condições de ser fornecido ao mercado consumidor.
O gás é transportado até o consumidor final tanto na forma gasosa, por meio de gasodutos, quanto na forma liquida. Ao ser submetido a uma temperatura de -162°C, ele torna-se liquido, o que diminui seu volume para que possa ser transportado em caminhões e navios apropriados.
Ao chegar a seu destino final, o gás é regaseificado em equipamentos especiais e injetado na rede de gasodutos ou distribuído nos postos, garantindo um combustível de qualidade. A escolha pelo gás natural ainda tem uma grande vantagem: reduz a emissão de gases poluentes pela metade.
O transporte do gás pode ser realizado nas seguintes formas:
- Gás Natural Comprimido (GNC);
- Gasodutos;
- Gás Natural Liquefeito
GNC
O transporte de Gás Natural Comprimido (GNC) é um sistema de distribuição que possibilita a venda de gás natural a clientes finais ou a sistemas de distribuição de média pressão não conectados a gasodutos.
Basicamente, o GNC consiste numa Estação de Compressão, conectada a uma rede de Alta Pressão (AP), que alimenta um sistema de transporte (caminhões) com cilindros a uma pressão de 250 bar. A descompressão é feita através de uma ERM ( Estação de Regulagem e Medição), que pode ser realizada no mesmo ponto de consumo, ou seja, o cliente final.
A descompressão também pode ser feita em um ponto de entrada de um sistema de distribuição local, ou seja, de uma rede de MP (Média Pressão). Nesse último caso, os especialistas o têm chamado de "gasoduto virtual".
Como a indústria normalmente necessita de baixa pressão, existe uma maximização na utilização do gás natural transportado na carreta.
Gasodutos
Os gasodutos têm se constituído na solução mais amplamente utilizada para o transporte do gás natural. O gasoduto é um duto (uma tubulação) para conduzir o gás natural, que nele é introduzido sob pressão, por meio de compressores.
A rede de tubulação é formada por peças cilíndricas de aço ou de polietileno (esta é adotada em rede de distribuição). No caso de o material ser ferroso, é adicionado um sistema de eletrodos para efetuar a proteção galvânica, e assim evitar a ocorrência de corrosão para diminuir o atrito do gás com a parede interna do duto, é colocado sobre ela uma tinta epóxi;
Ao longo do trajeto são distribuídos válvulas de bloqueio automático, para facilitar a manutenção preventiva e isolar trechos quando ocorrer o rompimento do duto. Para manter o nível de pressão pré-estabelecido e compensar as perdas de carga causadas pelo consumo e pelo atrito do gás com a parede interna do próprio duto, são dimensionados e distribuídos vários sistemas de compressão por turbinas a gás ou motores elétricos ao longo da rede. 
Gás Natural Liquefeito
As características básicas desses transportes são:
A) Transporte na fase gasosa
O transporte é realizado a altas pressões na temperatura ambiente.
Para pequenas quantidades e distâncias o transporte do gás natural no estado gasoso comprimido pode ser realizado através de barcaças ou caminhões-feixe e armazenado em feixe tubulações comprimido a pressões de cerca de 230 Kgf /cm² o volume é da ordem de 5000 m³ de gás natural por reboque, para o caso do transporte rodoviário.
No caso de grandes volumes em regime de operação contínua nas mais variadas distâncias o transporte por gasodutos a pressões de até 120 Kgf/cm² se apresenta como meio de transporte econômico e confiável.
B) Transporte na fase líquida
O gás natural para se tornar líquido é refrigerado e mantido à temperatura de -160 graus centígrados à pressão próxima da atmosférica, exigindo um complexo sistema de armazenamento e transporte específico para operar com o gás natural nessas condições.
Pode-se dizer que, em média, 600 m³ de gás natural quando liquefeito ocupam l m razão pela qual esta é a forma mais conveniênte para ser transportado em navios ou barcaças e armazenado no terminal.
O transporte marítimo de GNL é efetuado em navios com capacidade de até 125000m³ de GNL e o fluvial através de barcaças ou navios de pequeno porte com capacidade variando de 600 à 6000 m3 de GNL.
Normalmente, o terminal marítimo armazena o GNL em tanques criogênicos e o gás natural é enviado ao sistema de transporte dutoviário com o auxílio de bombas centrífugas e vaporizador de GNL.
O transporte terrestre pode ser efetuado através de caminhões-tanque ou vagões-tanque com capacidade da ordem de 35 m3 de GNL. Os tanques são fabricados com aço e isolamento térmico especial para manter o gás natural na fase líquida e, por este motivo, os custos são muito elevados.
		
IX.Distribuição e ultilização
	
A distribuição é a última etapa, quando o gás chega ao consumidor, que pode ser residêncial, comercial, industrial (como matéria-prima, combustível e redutor siderúrgico) ou automotivo. Nesta fase, o gás já deve estar atendendo a padrões rígidos de especificação e praticamente isento de contaminantes, para não causar problemas aos equipamentos onde será utilizado como combustível ou matéria-prima. Quandonecessário, deverá também estar odorizado, para ser detectado facilmente em caso de vazamentos.
O gás natural tem um amplo espectro de aplicações. Suas principais utilizações têm sido como combustível industrial, comercial, domiciliar e residêncial, e na recuperação secundária de petróleo em campos petrolíferos, através de sua reijeção. Também é utilizado como matéria-prima nas indústrias petroquímica (plásticos, tintas, fibras sintéticas e borracha) e de fertilizantes (ureia, amônia e seus derivados), e para redução do minéro de ferro na indústria siderúrgica.
Outra forma de utilização de GN é como combustível na geração de eletricidade, seja em usinas termo elétricas, sejam em unidades industriais, instalações comerciais e de serviços, em regime de cogeração (produção combinada de vapor e eletricidade). O gás natural é a terceira maior fonte de energia primária no mundo, somente superado pelo petróleo e pelo carvão.
O uso do GN nas residências, seja para cocção, seja para calefação, além da segurança e praticidade, tem a vantagem de substituir o GLP (derivado de petróleo importado pelo Brasil), que exige complexa infra-estrutura de transporte e armazenamento.
Nos segmentos de transporte coletivo e de cargas, a utilização do gás natural assume importância na redução de agentes poluentes. 
 
X.Comercialização do gás natural
O mercado do gas natural apresenta caractéristicas de vulnerabilidade, principalmente devido aos elevados investimentos em infra-estruturas assim como a sua dependência em relação a combustiveis substitutos. Acrescente se ainda que o gás natural não apresente mercado cativo, como ocorre no sector eletrico. Desse modo o principal componente para expanção desse mercado é o preço a ser estabelecido, de forma que seja competitivo e possa atender os seguintes requisitos:
Competitivo em relação a outros derivados do petroleo
Cobrir custo ao longo de toda cadeia gasufera
Promover remuneração adequada dos investimentos
O processo de formação do preço do gás precisa ser trasparente, simples e de facil acesso a todos os interessados.
No cenario actual de necessidade do aumento da participação do gás na matriz energetica, longo prazo de maturação dos investimentos e custos da infra-estrutura de transporte reforçam a importancia da previabilidade do preço futuro do gás natural.
O preço do gás natural é considerado justo quando remunera todos os elos da cadeia produtiva e permite produzir ao custo medio.
XI.Oito Países que mais produzem gás natural no mundo
Rússia-47,578 trilhões de metros cúbicos
Irão-29,6 trilhões de metros cúbicos
Emirado do Quatar-25,47 trilhões de metros cúbicos
Turcomenistão-7,5 trilhões de metros cúbicos
Arabia Saudita-7,46 trilhões de metros cúbicos
E.U.A -6,93 trilhões de metros cúbicos
Emirados Arabes Unidos-6,07 trilhões de metros cúbicos
Nigeria-5,25 trilhões de metros cúbicos
De acordo com a central de inteligência norte-americana (CIA, na sigla em inglês).
XII.Gás natural em Angola
Angola dispõe de vastos recursos comprovados de gáses para fornecer um valor nominal de 5,2 milhões de toneladas por anos (6,8 biliões de metros cúbicos por ano) a uma unidade de Gás Natural Liquefeito (LNG) durante um período superior a 20 anos. Foram identificados recursos muito prováveis de gás natural de 10,5 triliões de pés públicos (297 biliões de metros cúbicos). 
A maior parte das áreas de águas profundas e ultra-profundas de Angola são consideradas de grande potêncial e continuam por explorar. A principal fonte de fornecimento da unidade de LNG durante os primeiros anos de operação será o gás associado (GA).
À medida que ocorre a maturação dos jazigos e diminui a produção do gás associado, o gás não-associado (GNA) proveniente de campos já descobertos irá alimentar a unidade.
Angola LNG
Angola LNG é o maior produtor de Gás Natura Liquefeito (LNG) a operar em Angola. A sede da empresa está localizada na cidade do Soyo (Angola). Em 2008 a Angola LNG estabeleceu a sua base corporativa global em Luanda. Graças ao seu Programa de investimentos Sociais, a Angola LNG posiciona-se hoje como sendo uma das empresas do sector privado de Angola que mais investe para o desenvolvimento do sector social. Outro aspecto importante a realçar, a Angola LNG está engajada, de forma mais ampla, na transferência e crescimento das capacidades técnica, profissional e de gestão do seu pessoal em Angola. 
 Angola LNG opera uma das mais modernas fábricas de processamento de LNG do mundo que está localizada na cidade do Soyo, província do Zaire. Angola LNG foi constituída através de um consórcio das maiores empresas do sector de petróleo e gás, nomeadamente a Sonangol que detém 22,8%, as empresas afiliadas da Chevron (36,4%), Total (13,6%), BP (13,6%) e ENI (13,6%).
 Angola LNG tem um potencial para produzir um bilhão de pés cúbicos de gás limpo por dia que será distribuído para os mercados doméstico e internacional. A fábrica será abastecida através das reservas de gás estimadas em mais de 10 trilhões de pés cúbicos de gás que estão disponíveis nos blocos 0,1,2,14,15,17 e 18 localizados na zona marítima. Este é o maior investimento em um único projecto já alguma vez feito em Angola. Ela mostra-se ser de importância nacional e fundamental aos planos nacionais do país que visam: desenvolver e beneficiar dos seus recursos de gás natural; e reduzir a queima de gás e de emissão de gás com efeito estufa. 
A fábrica terá uma capacidade instalada para produzir 5,2 milhões de toneladas (6,8 BCM “Bilhões de Metros Cúbicos”) por ano, armazenar 360.000 m3 gás natural liquefeito (LNG) em tanques de contenção total, e outras facilidades para armazenagem de LPG e condensados e um terminal marítimo de carregamento suficientemente grande para a atracagem de navios carregadores com mais de 210m de comprimento.
Espera-se que a fábrica venha a receber aproximadamente um BCF (Bilhão de Pés Cúbicos) por dia de gás associado a partir dos campos petrolíferos localizados na zona marítima e produzir 5,2 mmt (Milhões de Toneladas Métricas) por ano de gás natural Liquefeito e outros derivados líquidos de gás assim como abastecer com mais de 125 mmscfd (Milhões de Metros Cúbicos por dia) de gás para o mercado nacional Angolano.
O projecto vai facilitar o desenvolvimento contínuo do sector petrolífero na zona marítima de Angola na medida em que vai reduzir a queima de gás por tocha. A produção do primeiro gás natural liquefeito (LNG) foi planificado para o primeiro trimestre de 2012.
XIII.Vantagens e desvantagens do gás natural
Vantagens
Aspecto Ambiental
Um combustível limpo que gera baixíssima emissão de poluentes e melhora sensivelmente as condições ambientais, contribuindo para a redução do efeito estufa. Assim é o gás natural, que, devido à sua composição, produz queima limpa e uniforme, com muito menos fuligem, particulados e outras substâncias que prejudicam o meio ambiente.
Aspecto Financeiro 
O gás natural é em geral uma energia mais barata porque é um combustível sem mercados cativos, tanto do lado da oferta quanto do lado da demanda. Suas características físico-químicas privilegiam o desenvolvimento tecnológico e o favorece o alcance de maiores eficiências. Além do custo real, o gás natural sempre oferece uma razão preço por qualidade muito inferior à dos outros energéticos, principalmente quanto maior for a qualidade desejada e o valor agregado do produto. Portanto, o gás natural é uma energia necessariamente mais econômica.
Aspecto Segurança
O gás natural, sob todas as formas, é a energia mais segura, e os índices de mortes e acidentes são mais baixos que quaisquer outras energias. A indústria de gás é também a menos perigosa pois não opera sistemas de altas temperaturas, como refinarias, os processos de limpeza do gás são simples e sem complexidade e não aplica altas tensões ou correntes elétricas.
Densidade Relativa ao Ar Atmosféricoo gás natural é mais leve que o ar. Assim, sempre que alguma quantidade de gás natural for colocada livre no meio ambiente esta subirá e ocupará as camadas superiores da atmosfera. Em ambientes internos o gás natural não provoca acúmulos nas regiões inferiores, sendo suficiente para garantir sua dissipação a existência de orifícios superiores de ventilação e evacuação.
Desvantagens
Apresenta riscos de asfíxia,incendio e explosão
Por ser mais leve que o ar tende a se acomular nas partes mais elevadas, em ambientes fechados
É uma energia não renovavel
Em caso de fogo em ambientes fechados pode gerar monoxido de carbono (CO) (altamente toxico).
XIV.Importância do gás natural
A importância do GÁS NATURAL explica-se por razões diversas. De início a sua versatilidade. A exceção do querosene para aviões a jato, ele é capaz de substituir todos os outros derivados de petróleo. Pode ser usado nos automóveis, alternativamente à gasolina e ao álcool carburante. Substitui o óleo combustível, o diesel, os carvões minerais e vegetal e o urânio nas centrais termoelétricas. É matéria-prima fundamental na indústria petroquímica, competindo com a Nafta. Pode ser utilizado para a produção de solventes e fertilizantes, como a amônia e a uréia e respectivos derivados. Sua aplicação como redutor siderúrgico também constitui exemplo da sua ampla utilização no mercado moderno.
Sua importância decorre ainda de inúmeros factores que estimulam e facilitam o seu emprego. Trata-se de combustível de queima total, que não deixa resíduos, nem cinzas. Sua utilização não requer imobilizações financeiras em estoques. Seu emprego é imprescindível na indústria de produtos especiais como porcelanas finas, onde o uso de óleo combustível pode comprometer a qualidade final.
O processamento do chamado “gás natural húmido”, em UPGN ( Unidades de Processamento de Gás Natural) permite obter derivados de petróleo como o GLP (mistura de propano e butano), e C5+ (gasolina natural), além do etano que pode ser transformado no eteno (importante produto petroquímico), e do metano.
O emprego do gás natural traz importantíssimos benefícios ecológicos.
Em um país como o Angola, onde a lenha e o carvão vegetal são utilizados em larga escala, o gás natural pode evitar o desmatamento de milhares de quilômetros quadrados do nosso território.
Nas residências, substitui o gás produzido pela reforma da Nafta e também o GLP (gás de cozinha – gás em botijão), este mais pesado e, portanto, de utilização mais perigosa. O gás natural, sendo mais leve, sobe, enquanto o GLP fica à meia-altura, probabilizando explosões.
O gás natural é praticamente isento de enxofre, acarretando maior durabilidade aos equipamentos e instalações (menor corrosão), e sua queima não emite particulados (cinzas, nitretos, anidridos etc) causadores das chuvas ácidas
Todos esses requisitos acarretam mais baixo custo sobre os demais combustíveis.
Tais vantagens justificam a participação do gás natural na matriz energética mundial onde, na média, representa 20% do consumo de energia primária; na Holanda, por exemplo, alcança 40%.
XV.Conclusão
Conclui-se que o gás natural é um combustivel inodor, incolor e de queima mais facil que os combustivel fossies tradicionais. É usado para aquecimento, refrigeração, produção de eletricidade e para diversas aplicações industriais. O gás natural é produzido as veses junto com o petroleo atravez de perfuração da crostra terrestre, onde ficou armazenado por centena de milhares de anos. Uma vez trazido a superficie, o gás é processado para remover impurezas,como água e outros reziduos solidos.
XVI.Bibliografia e web grafia
Tecnologia da indústria do gás natural/Celio Eduardo Martins Vaz, João Luiz Ponce Maia, Walmir gomes dos Santos/Petrobras.
Quimica volume único/João Usberco/Edgard Salvador
Trabalho escolar: Tratamento do gás natural/Anair Suzeth Manuel sala:17/Turma:PT11AM/Curso:Petroquimica.
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_natural_gas_production
www.ebah.com.br – Enviado por Nayara Corgozinho
Www.wikipedia.com�.
Www.tierramerica.com.
Gás natural - Portal Brasil
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