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Exame físico Turma 36 G5 2016.1 Ana Carolina Carla Patrícia Júlia Forte Luiza Poly Marcela Pires Marcelo Júnior Taiane Camargo Vinicius Oliva Exame Físico Geral/Ectoscopia O exame físico pode ser divido em duas etapas: a primeira é o exame físico geral, somatoscopia ou ectoscopia, por meio do qual são obtidos dados gerais, independente dos sistemas ou segmentos corporais; a segunda etapa corresponde ao exame dos diferentes sistemas e aparelhos, com metodologia própria. O paciente deve ser examinado nas posições de decúbito, sentado, de pé e andando. Sequência do exame físico: - Avaliação do estado geral: É o que aparenta o paciente, visto em sua totalidade. Para descrever a impressão obtida, usa-se a seguinte nomenclatura: estado geral bom; estado geral regular; estado geral ruim. [BEG: bom estado geral / REG: regular estado geral / MEG: mau estado geral] - Avaliação do nível de consciência: Avaliação neurológica e psiquiátrica. A percepção consciente do mundo exterior e de si mesmo caracteriza o estado de vigília, que é resultante da atividade de diversas áreas cerebrais coordenadas pelo sistema reticulotalâmico. Para o exame do nível de consciência, deve-se considerar a perceptividade (capacidade de responder perguntas simples), a reatividade (capacidade de reagir a estímulos inespecíficos, como dor), a deglutição e os reflexos (ex: patelar). A partir desses dados, é possível caracterizar o estado de coma com base na seguinte graduação: · Coma leve, vígil ou grau I: o comprometimento da consciência é leve, e o paciente é capaz de atender a ordens simples, responder a perguntas pessoais. Reage bem e de modo apropriado à estimulação dolorosa, e a deglutição se faz normal. · Coma de grau médio ou grau II: a perda da consciência é quase total. Responde apenas à estimulação dolorosa enérgica e o faz desapropriadamente. A deglutição é feita com dificuldade, e os reflexos tendinosos, cutâneos e pupilar se mantêm preservados. · Coma profundo, carus ou grau III: a perda da consciência é completa, e o paciente não responde às solicitações externas. Sua perceptividade é zero, não deglute água, e nenhum estimulo doloroso desperta reação. Observa-se arreflexia tendinosa, cutânea e pupilar, relaxamento completo da musculatura e incontinência esfinctérica. · Coma depassé ou grau IV: é igual ao coma III mais o comprometimento das funções vitais (apnéia). É quase sempre um estado irreversível, e o EEG revela silêncio elétrico cerebral. Escala de Glasgow: Ø Abertura Ocular = 4 (espontânea, ao comando verbal, à dor, ausente) Ø Resposta Verbal = 5 (orientado e conversando, desorientado e conversando, palavras inapropriadas, sons incompreensíveis, sem resposta) Ø Resposta Motora = 6 (obedece comandos, localiza dor, retirada, flexão hipertônica, extensão hipertônica, ausente) - Fala e linguagem: Alterações na fala: · Disfonia ou afonia: alteração no timbre da voz, por problema no órgão fonador (laringe). · Dislalia: alterações menores na fala, como a troca de letras (“tasa” por “casa”). Disritmolalia é um distúrbio no ritmo da fala (gagueira). · Disartria: alterações nos músculos da fonação, incoordenação cerebral (voz arrastada, escandida), hipertonia no parkinsonismo (voz baixa, monótona e lenta) ou perda do controle piramidal (paralisia pseudobulbar). · Disfasia: perturbação cortical da fala que pode provocar alterações mínimas até perda total da fala. - Avaliação do estado de hidratação: Desidratação é a diminuição de água e eletrólitos totais do organismo, caracterizando-se pelos seguintes elementos: sede, diminuição abrupta do peso, pele seca, com elasticidade e turgor diminuídos, mucosas secas, olhos afundados (enoftalmia) e hipotônicos, fontanelas deprimidas, estado geral comprometido, excitação psíquica ou abatimento e oligúria. Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo A desidratação pode ser caracterizada segundo dois aspectos: · Intensidade: baseia-se na perda de peso. Leve ou de 1° grau: perda de peso de até 5%. Moderada ou de 2° grau: perda de peso de 5 a 10%. Grave ou de 3° grau: perda de peso acima de 10%. · Osmolaridade: nível sanguíneo de sódio. Isotônica: o sódio está nos limites normais (130-150 mEq/l). Hipotônica: o sódio está abaixo (<130 mEq/l). Hipertônica: o sódio está acima dos limites normais (>150 mEq/l). Obs: Síndrome de desidratação: oferta deficiente ou perda excessiva (ex: diarréia, vômitos e febre) - Altura e outras medidas antropométricas: A única medida rotineira é a planta-vértice, ou seja, a altura total do indivíduo. Obs: até os 4 anos é recomendado medir a criança na posição deitada. Outras medidas antropométricas: • Envergadura: é a distância entre os extremos dos membros superiores, estando o indivíduo com os braços abertos, em abdução de 90°. Normalmente, a envergadura equivale à altura. • Distância pubovértice: corresponde à distância entre a sínfise pubiana e o ponto mais alto da cabeça. • Distância puboplantar: equivale à medida entre a sínfise pubiana e a planta dos pés. São importantes para caracterização dos distúrbios do desenvolvimento físico. - Peso: Obtido o peso, este deve ser comparado com os valores considerados normais em relação à idade e ao sexo. OBS: O peso médio de um recém-nascido a termo é de 3,3 kg. Logo após o nascimento ocorre uma perda fisiológica de 3 a 5%, a qual se recupera entre o 7° e 10° dia de vida. Geralmente, a criança dobra de peso entre o 4° e o 5° mês, triplica com 1 ano de idade e quadriplica aos 2 anos. Do 2° ano até a puberdade apresenta um ganho de peso relativamente estável de 2 a 2,5 kg/ano. Peso ideal: regra de Broca – o peso ideal se aproxima do número de centímetros que excede um metro de altura e se expressa em Kg, ex: Homem 1,70m terá peso ideal de 70kg. Para o sexo feminino subtraem-se 5% ao valor encontrado. Peso máximo normal: somam-se 5 a 10% ao peso ideal. Peso mínimo normal: subtraem-se 5 a 10% ao peso ideal. • Índice de massa corpórea: IMC=P(peso)/A²(altura) Baixo peso: IMC menor do que 19,99 kg/m². Normal: IMC de 20 a 24,99 kg/m². Sobrepeso: IMC de 25 a 29,99 kg/m². Obesidade: IMC de 30 a 39,99 kg/m². Obesidade mórbida: IMC acima de 40 kg/m². • Circunferência abdominal: o excesso de gordura abdominal está relacionado com alterações metabólicas, incluindo dislipidemias, resistência a insulina, diabetes melito tipo 2, hipertensão arterial e doença arterial coronariana. Os valores normais são: Homem até 102 cm e mulher até 88 cm. OBS: deve ser medido nos homens um pouco abaixo da cicatriz umbilical e nas mulheres um pouco acima. • Relação cintura-quadril (RCQ): mede-se a circunferência da cintura em um ponto médio entre o final dos arcos costais e a do quadril. Os valores normais são: homem – RCQ<0,9; mulher – RCQ <0,8. Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo • Variações do peso - Magreza: Significa que o paciente está abaixo do peso mínimo normal, equivale a redução do peso em 10 a 15% dos valores padronizados. Não indica necessariamente subnutrição. Há dois tipos: constitucional (não tem relação com enfermidade) e patológica. - Caquexia: Estado de extrema magreza com comprometimento do estado geral do paciente. - Sobrepeso e obesidade: Significa que o paciente está acima do peso normal máximo. -Obesidade central ou androide: a gordura se concentra no tórax e abdome. É típica de homens, embora possa ocorrer em mulheres. A deposição de gordura é intra-abdominal. Esse tipo de obesidade está relacionado com o surgimento de diabetes tipo2, hipertensão arterial e infarto do miocárdio. -Obesidade ginecóide ou periférica: mais freqüente nas mulheres, a gordura se deposita nas coxas e quadril. A deposição predomina na camada subcutânea. * O intervalo durante a perda e ganho de peso tem importância. - Avaliação do estado de nutrição: Deve ser avaliado o peso, musculatura, panículo adiposo, desenvolvimento físico, estado geral, pele, pelos e olhos. Hiponutrição ou desnutrição é quando o peso está abaixo dos valores mínimos normais, a musculatura é hipotrófica e o panículo adiposo escasso. A pele torna-se seca e rugosa. A desnutrição proteica faz com que os cabelos e os pelos mudem de cor e se tornem finos, secos e quebradiços. Nos olhos sequidão da conjuntiva bulbar, perda do reflexo à luz, fotofobia, diminuição das lágrimas. Essas alterações estão relacionadas com a avitaminose A (xeroftalmia). Classificação de Gomez: - Desnutrição de 1° grau: déficit de peso superior a 10%. - Desnutrição de 2° grau: déficit de peso superior a 25%. - Desnutrição de 3° grau: déficit de peso superior a 40%. - Desenvolvimento físico: Leva-se em conta a idade e o sexo. Para isso, tomam-se como elementos básicos a altura e a estrutura somática. Compara-se a altura encontrada a medidas das tabelas de valores normais e a estrutura somática é feita pela inspeção global, acrescidas de informações a respeito do desenvolvimento osteomuscular. Os achados podem ser enquadrados nas seguintes alternativas: - Desenvolvimento normal - Hiperdesenvolvimento: sinônimo de gigantismo - Hipodesenvolvimento : há diferença de grau e qualidade do nanismo. - Hábito grácil: constituição corporal frágil e delgada. - Infantilismo: persistência anormal das características infantis na idade adulta. OBS: No Brasil, aceitam-se os seguintes limites máximos de altura para indivíduos adultos normais: 1,90m para o sexo masculino e 1,80 para o feminino. A altura mínima para ambos os sexos, 1,50m. Principais distúrbios do desenvolvimento físico e sexual são: gigantismo acromegálico, gigantismo infantil, nanismo, nanismo acondroplásico, cretinismo, nanismo hipofisário, nanismo do raquitismo. - Fácies: É o conjunto de dados exibidos na face do paciente. Os principais tipos são: - Normais ou atípicas: sem caracterização de qualquer doença; comporta muitas variações, facilmente reconhecidas como tristeza, medo, ansiedade. - Hipocrática: olhos fundos, parados e inexpressivos. O nariz afila-se e os lábios se tornam delgados. Palidez cutânea e suor. Esse tipo de fáceis indica doença grave. Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo - Renal: edema que predomina ao redor dos olhos. É observada na síndrome nefrótica e na glomerulonefrite difusa aguda. - Leonina: é produzida pelas lesões do mal de Hansen. A pele fica espessa e com grande núero de lepromas. Os supercílios caem, o nariz se espessa e se alarga. Os lábios tornam-se mais grossos e proeminentes. As bochechas e o mento se deformam pelo aparecimento de nódulos. Lembra a um leão. - Adenoidiana: nariz pequeno e afilado e a boca sempre entreaberta. Rinorreia constante, com reflexo de "fungar". Aparece nos indivíduos portadores de hipertrofia das adenóides. - Parkinsoniana: a cabeça inclina-se um pouco para frente e permanece imóvel. O olhar fixo, os supercílios elevados e a fronte enrugada conferem ao paciente uma expressão de espanto. - Basedowiana: olhos salientes (exoftalmia) e brilhantes no rosto magro. Presença de bócio que indica hipertireoidismo. - Mixedematosa: rosto arredondado, nariz e lábios grossos, pele seca. As pálpebras tornam-se infiltradas e enrugadas. Os supercílios são escassos e os cabelos secos e sem brilho. Destaca-se a expressão de desânimo e apatia. Esse tio de fáceis aparece no hipotireoidismo ou mixedema. Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo - Acromegálica: saliência das arcadas supraorbitárias, proeminência das maçãs do rosto e maior desenvolvimento do maxilar inferior, além do aumento do tamanho do nariz, lábios e orelhas. - Cushingoide ou de lua cheia: arredondamento do rosto. Este tipo de fácies é observado nos casos de síndrome de Cushing hiperfunção do córtex suprarrenal. Pode ocorre em pacientes que fazem uso de corticóides. - Mongoloide: fenda palpebral que torna seus olhos oblíquos. Rosto redondo e expressão fisionômica de pouca inteligência. Síndrome de Down. - Depressão: Cabisbaixo, os olhos sem brilho e fixos em um ponto distante, o canto da boca se rebaixa. O conjunto fisionômico denota tristeza, indiferença e sofrimento moral. É observado em transtornos do humor. - Pseudobulbar: Apresenta súbitas crises de choro ou riso, involuntárias, que levam o paciente a tentar contê-las, dando um aspecto espamódico. Aparece geralmente na paralisia pseudobulbar (aterosclerose cerebral). - Paralisia facial periférica: asimetria da face, com impossibilidade de fechar as pálpebras, repuxamento da boca para o lado são. Face paralisada fica lisa, sem linhas de expressão. Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo - Miastênica ou de Hutchinson: ptose palpebral que obriga o paciente a franzir a testa e levantar a cabeça. Ocorre na miastenia gravis e em outras miopatias. - Deficiente mental: os traços faciais são apagados e grosseiros, a boca constantemente entreaberta. O olhar é desprovido de objetivo e não se fixa em nada. - Etílica: olhos avermelhados e certa ruborização da face. O hálito etílico e a voz pastosa. o OBS: Síndrome do Alcoolismo Fetal (SAF): - Esclerodérmica ou múmia: quase completa imobilização facial. Pele apergaminhada, endurecida e aderente aos planos profundos, com repuxamento dos lábios. - Fácies anêmicas: Perda da cor rosado com palidez generalizada que comprometo os lábios. - Fácies ictérica: Coloração amarela na cara e conjuntivas por acumulo de Bilirrubinas. - Fácies cianótica: coloração azul-arroxeada da pele, embaixo das unhas ou nas mucosas. A cianose ocorre devido à má oxigenação do sangue arterial. A cianose é um sintoma de insuficiência circulatória, doença pulmonar ou intoxicação por gases tóxicos. - Fácies: Síndrome de Claude Bernard-Horner: Caracterizada por miose, ptose discreta (queda da pálpebra superior por fraqueza do músculo de Müller), anidrose facial (ausência de transpiração na face e pescoço) e enoftalmia (afundamento do globo ocular dentro da órbita) em conseqüência da interrupção da atividade simpática. Congênita; Carcinoma broncogênico apical (tumor de Pancoast); Aneurisma da Aorta; – Aneurisma das artérias carótida ou subclávia; Cefaléia em salvas (20 % destes pacientes possuem esta síndrome); Lesão do sistema simpático (1º e 2 º gânglios da cadeia torácica); Siringomielia - Fácies mitral: O paciente com estenose mitral grave, por conta do baixo débito e vasoconstrição periférica, pode apresentar uma área de rubor malar violáceo, o que convencionou-se chamar de “Facies mitralis. - Fácies Addisoniana: Hiperpigmentação da pele e das mucosas. Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo - Fácies lúpica: - Fácies virilizante: - Fácies febris: Olhos brilhantes, rubor e palidez. - Fácies demencial: - Fácies de pássaro (síndrome de Pierre Robin): A Síndrome de Pierre Robin não é hereditária, nem é causada devido a qualquer defeito nos genes. Anomalia congênita rara, caracterizada pela ocorrência de micrognatia e glossoptose, com ou sem fissura de palato. A incidência na população geral é de 1/8500 a 1/14000 nascidos vivos. - Fácies Hemolítica ou fácie de esquilo: Talassemia maior β não tratada, bulimia nervosa, inchaço das parótidas. Pode ser chamada de anemia de Cooley ou anemia mediterrânea. A talassemia beta maior ocorre quando ambos os genes são danificados (formação da hemoglobina). - Fácies gárgula (síndrome de Hurler): Mucopolissacaridose tipo I (MPS I), Síndrome de Hurler e Síndrome de Scheie, é uma doença metabólica rara de origem genética (deleção do gene 4p16.3) caracterizada pela falta da enzima α-L- iduronidase resultando em acúmulo de longas moléculas de açúcar. - Fácies bovina (Disostose craneofacial ou síndrome de Crouzon): Perfil nasal convexo, mandíbula acortada, macroglosia. É uma doença rara de origem genética, caracterizada por comprometer o desenvolvimento do esqueleto crânio-facial. - Atitude: - Atitudes voluntárias: Ortopnéia: [Dificuldade respiratória que ocorre quando a pessoa está deitada] posição para aliviar a falta de ar decorrente de insuficiência cardíaca, asma brônquica e ascite volumosas. Genupeitoral (prece maometana): facilita o enchimento do coração nos casos de derrame pericárdico. Posição de cócoras: é observada em crianças com cardiopatia congênita cianótica. Proporciona alívio da hipoxia generalizada ( por diminuição do retorno venoso). Pakisoniana: ao se por de pé apresenta semiflexão da cabeça, tronco e membros inferiores. Decúbito: Lateral (direito ou esquerdo): costuma ser adotada quando a uma dor pleurítica. Por ela, o paciente reduz a movimentação dos folhetos pleurais do lado sobre o qual repousa. Se deita sobre o lado da dor. Dorsal: com pernas fletidas sobre as coxas e estas sobre a bacia, é observado em processos inflamatórios pelviperitoneais. Ventral: comum em cólicas intestinais. Atitudes involuntárias: - Atitudes involuntárias: Passiva: o paciente fica na posição em que é colocado no leito. É observada em pacientes inconscientes ou comatosos. Ortótono: todo o tronco e os membros estão rígidos. Opistótono: decorre da contratura da musculatura lombar, sendo observada nos casos de tétano e meningite. Emprostótono: o corpo do paciente forma uma concavidade voltada para diante, é observado no tétano, meningite e raiva. Pleurostótono: O corpo se curva lateralmente, é observada no tétano, meningite e raiva. Posição em gatilho: hiperextensão da cabeça, flexão das pernas sobre as coxas, encurvamento do tronco com concavidade para diante. Encontrada na irritação da meníngea, é mais comum em crianças. Torcicolo e mão pêndula da paralisia radial. - Musculatura: Para a investigação semiológica da musculatura, emprega-se a inspeção e a palpação. Para a inspeção basta olhar atentamente a superfície corporal com o paciente em repouso, observando o relevo das massas musculares mais volumosas. A palpação é feita com as polpas digitais colocadas em forma de pinça, com o polegar em oponência aos demais dedos da mão. De início, palpa-se o músculo ou o grupo muscular em estado de repouso e, em seguida, solicita-se ao paciente que faça uma leve contração do segmento que está em exame para se investigar o músculo em estado de contração. Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Com base na sistematização semiológica, a musculatura classifica-se da seguinte maneira: • Quanto à troficidade (massa do próprio músculo): Musculatura normal. Musculatura hipertrófica: aumento da massa muscular. Musculatura hipotrófica: diminuição da massa muscular. • Quanto à tonicidade (estado de semicontração própria do múscuko normal): Tônus normal. Hipertonicidade, espasticidade, musculatura espástica ou rigidez. Hipotonicidade ou flacidez: significa que o tônus está diminuído ou ausente, com perda do contorno da massa muscular e diminuição da consistência. Alterações da musculatura encontram-se na poliomielite, na qual se percebem grupos musculares hipotróficos e flácidos, decorrentes de lesões do neurônio motor inferior; nas hemiplegias encontra-se espasticidade da musculatura correspondente; nas lesões extrapiramidais é típico o aumento da tonicidade sem alterações da troficidade. - Movimentos involuntários: - Tremores: São movimentos alternantes, mais ou menos rápidos e regulares, de pequena ou média amplitude, que afetam principalmente as partes distais dos membros. Tremor de repouso: surge durante o repouso e desaparece com os movimentos e o sono; é um tremor oscilatório, em regra mais evidente nas mãos, simulando o gesto de enrolar cigarro. Ocorre no parkinsonismo. Tremor de atitude ou postura: surge quando o membro é colocado em uma determinada posição, não sendo muito evidente no repouso ou no movimento. Ocorre no pré-coma hepático, quando é designado flapping ou Asterix e na doença de Wilson. Tremor de ação: é o que surge ou se agrava quando um movimento é executado. Aparece nas doenças cerebelares. Tremor vibratório: é fino e rápido como se fosse uma vibração. Pode surgir no hipertireoidismo, no alcoolismo e na neurossífilis, mas a grande maioria é de origem emocional. - Movimentos coreicos (coreia): são movimentos involuntários, amplos, desordenados, de ocorrência inesperada e arrítmicos, multiformes e sem finalidade. Localizam-se na face, nos membros superiores e inferiores. Síndrome coreica Coreia de Sydenham: também denominada coreia infantil ou dança de São Guido, tem etiologia infecciosa e relaciona- se estreitamente com a moléstia reumática. Coreia de Huntington: é um distúrbio neurológico hereditário raro que se caracteriza por movimentos corporais anormais e incoordenação, também afetando habilidades mentais e aspectos de personalidade - Movimentos atetósicos (atetose): são movimentos involuntários que ocorrem nas extremidades. São lentos e estereotipados, lembra os movimentos dos tentáculos do polvo. Podem ser uni ou bilateral. São determinadas por lesões no núcleo da base. - Hemibalismo: são movimentos abruptos, violentos, de grande amplitude, rápidos e geralmente limitados a uma metade do corpo. São extremamente raros e decorrem de lesões extrapiramidais. - Mioclonias: são contrações musculares breves, rítmicas ou arrítmicas, localizadas ou difusas, que acometem um músculo ou um grupo muscular. Geralmente são relatas como “sacudidas”, “abalos”. Devem-se a descargas de neurônios subcorticais, ocorre na epilepsia tipo pequeno mal. - Mioquinias: são contrações fibrilares de tipo ondulatórios que surgem em músculos íntegros, principalmente no orbicular das pálpebras, quadríceps e gêmeos. Não apresentam significado patológico. - Asterix (flapping): são movimentos rápidos, de amplitude variável, que ocorrem nos segmentos distais e apresentam certa semelhança com o bater de asas das aves. É freqüente na insuficiência hepática, e pode ser encontrado no coma urêmico. - Tiques: são movimentos involuntários que aparecem em determinado grupo muscular, repetindo-se sucessivamente. São domináveis pela vontade. Obs: A síndrome de Tourette ou doença de Gilles de la Tourette é um transtorno neuropsiquiátrico hereditário que se manifesta durante a infância, caracterizado por diversos tiques físicos e pelo menos um tique vocal. Simples: envolvem grupos musculares isolados, resultando em piscamentos, abertura da boca, balanceio da cabeça e Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo pescoço para os lados e para trás, elevação dos ombros ou fechamento dos punhos. Complexos: padrões elaborados de movimentos (contrações faciais bizarras, desvios oculares, gesticulação obscena, cheirar objetos). - Convulsões: são movimentos musculares súbitos e incoordenados, involuntários e paroxístico, que ocorrem de maneira generalizada ou apenas em segmentos do corpo. Podem ser: Tônicas: são contrações contínuas e imobilizam as articulações. Clônicas: são rítmicas, alternando-se contrações e relaxamentos musculares em ritmo mais ou menos rápido. Tônico- clônicas: soma as características das ambas. É seguida por período pós-ictal, de confusão e exaustão. Ausência: perda da consciência, abrupta e autolimitada. O olhar fica fixo e rápido piscar dos olhos. Mioclônicas: curtos episódios de contrações musculares que podem reaparecer por muitos minutos. São resultado de dano neurológico permanente adquirido como hipóxia, uremia, encefalite ou envenenamento por algum fármaco. Parcial: Há preservação da consciência. Simples ou complexa. Generalizada: Há perda da consciência. Tônico-clônica (grande mal), crises de ausência (pequeno mal), mioclônica, convulsões febris na infância, estado epilético. Tônus: contração muscular generalizada. Clônus: movimentos repetitivos de extensão e flexão. - Tetania:caracteriza-se por crises exclusivamente tônicas quase sempre localizadas nas mãos e pés, por isso denominadas “espasmos carpopodais". O sinal de Trousseau de tetania latente pode ser observado em pacientes com hipocalcemia Tetania desencadeada pela compressão da artéria braquial. - Fasciculações: são contrações breves, arrítmicas e limitadas a um feixe muscular. - Discinesias orofaciais: são movimentos rítmicos, repetitivos e bizarros, que comprometem, principalmente, a face, a boca, a mandíbula e a língua, sendo expressos sob a forma de caretas, franzir dos lábios, protrusão da língua, abertura e fechamento da boca e desvios da mandíbula. Ocorrem em psicoses de longa evolução, uso prolongado de fenotiazinas e em pessoas idosas desdentadas. - Distonias: são parecidos com os atetoides, porém envolve porções maiores do corpo, inclusive o tronco. Posturas grotescas e contorcidas. - Postura ou atitude na posição de pé - Classificação: Boa postura Postura sofrível: cabeça levemente inclinada para frente, abdômen saliente, curvas posteriores exageradas. Má postura: cabeça acentuadamente inclinada, peito deprimido, abdômen saliente e relaxado, curvas posteriores extremamente exageradas. - Alterações na coluna: Lordose (cervical ou lombar): É o encurvamento da coluna vertebral, formando concavidade para trás. Decorre de alterações de vértebras ou de discos intervertebrais, podendo ser citada como exemplo a espondilite reumatóide. Cifose: concavidade anterior, vulgarmente designada "corcunda'. A causa mais comum é o vício de postura. Pode ser consequência de tuberculose da coluna (mal de Pott), osteomielite, neoplasias, ou ser de origem congênita. Escoliose: É o desvio lateral da coluna em qualquer segmento vertebral, sendo mais frequente na coluna lombar ou lombodorsal. Pode ser de origem congênita ou secundária a alterações nas vértebras ou dos músculos paravertebrais. Cifose lombar congênita Cifoescoliose - Biotipo ou tipo morfológico É o conjunto de características morfológicas apresentadas pelo indivíduo. - Longilíneo: Ângulo de Charpy menor que 90°. Pescoço longo e delgado, tórax afilado e chato, membros alongados com franco predomínio sobre o tronco, musculatura delgada e panículo adiposo pouco desenvolvido, tendência para estatura elevada. - Mediolíneo: Ângulo de Charpy em torno de 90°. É o tipo intermediário e caracteriza-se pelos seguintes elementos: equilibrio entre os membros e o tronco, desenvolvimento harmônico da musculatura e do panículo adiposo. Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo - Brevilíneo: Ângulo de Charpy maior que 90°. Pescoço curto e grosso, tórax alargado e volumoso, membros curtos em relação ao tronco, musculatura desenvolvida e panículo adiposo espesso, tendência para baixa estatura. - Marcha Nela intervém todos os sist. Motores: O piramidal – a inicia, interrompe ou modifica. O extrapiramidal – a mantém e regula. O periférico -- que conectado aos centros nervosos, lhes garante o trofismo. - Marcha espástica: lesão piramidal. - Marcha saudatória ou Antálgica: Não permite a dorsiflexão do pé, flete a coxa e levanta excessivamente a perna e o pé cai, “escavando” o solo e ao avançar inclina o tronco pra frente. Lesões no nervo Fibular comum ou Ciático poplíteo. Lombociatalgia. - Marcha atáxica cerebelar (“marcha ebriosa”): lembra indivíduo em estado de embriaguez alcoólica – distúrbio cerebelar. A região cerebelar ligada ao equilíbrio dinâmico (marcha) é o córtex do vérmis, e tb. regiões paleocerebelares correspondentes aos MMII do homúnculo paleocerebelar. Lesões do cerebelo ou vias cerebelares: Esclerose em placas, degenerações espinocerebelares. - Marcha atáxica sensitiva: lesões no sistema lemniscal, sendo as mais freqs. aquelas afecções que se localizam nos funículos posts. da medula (Mielinólise Funicular). Semelhante à marcha cerebelar (insegura e titubeante), entretanto, esta é rigorosam. fiscalizada pelo olhar. - Marcha petit-pas: Idosos portadores de arteriosclerose cerebral generalizada, paralisia pseudobulbar, atrofia cortical da senilidade. Caracterizada pelo pcte. dar passos muito curtos e arrastar os pés como se estivesse dançando “marchinha”. - Marcha parkinsoniana- Festinante: - Marcha helicópode, ceifante ou hemiplégica: paciente com o braço semifletido, pisa com um pé e arrasta de uma forma de compasso o outro), geralmente ocorrem em sequela de AVE e hemiplegias espáticas. - Marcha anserina - miopática ou do Pato: inclinação do tronco ora para direita ora para esquerda. Polineuropatias psudomiopatias, miose - gravidez. - Marcha tabética: - Marcha vestibular: lateropulsão qdo. anda. Andar vacilante, base de sustentação alargada. Tendência a queda na direção do lado afetado. Lesão no labirinto. - Talonante ou Calcaneante: Perda da informação propioceptiva e sensibilidade profunda. Anda olhado para o chão, insegura, desordenada, pernas afastadas, hiperflexão, projeção do membro com força no solo, tocando-o com o calcanhar. Síndrome Radiculocordonal Posterior: tabes dorsais, neuropatia periféricas. - Marcha claudicante: Ao caminhar, o paciente “manca” para um dos lados. Principal causa: insuficiência arterial periférica e em lesões do aparelho locomotor. - Marcha do sapo: Nesse caso o paciente anda de cócoras. É observada nas miopatias avançadas (principalmente na distrofia muscular progressiva). Obs: Atasia: incapacidade de ficar de pé. Abasia: incapacidade de caminhar. Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Sinais vitais Temperatura Pulso Respiração Pressão arterial Pulso [É importante comparar com o lado homólogo para rastrear alguma obstrução] Normal 60 - 100 bpm Bradisfigmia / Bradicardia < 60 bpm Taquisfigmia / taquicardia > 100 bpm Análise do pulso Estado da parede Frequência - Déficit de pulso - Comparar com a frequência auscultada no precórdio - Algumas vezes a frequência do precórdio é diferente do pulso, isso significa que algum dos batimentos cardíacos não foram suficientes para gerar um onda de pulso que vá até o pulso. Isso é um sinal claro de arritmia cardíaca (Déficit de pulso) Ritmo - Regular / irregular Amplitude Comparação com o lado homólogo - O quanto você pressionar o pulso para não sentir mais a pulsação é o que define pulso "duro" ou "mole". Obs.: Carótidas - Examinar um lado de cada vez (compressão de barorreceptores) Temporais - Arterite temporal: o diagnóstico pode ser feito ao olhar para o doente. As artérias ficam bem visíveis. Aorta / Ilíacas / Femurais Pressão arterial Doença coronariana e AVC são as maiores causas de morte no mundo. Fatores de risco: Idade, pressão arterial... - Artéria braquial no nível da ponta do coração Fases de Korotkoff Fase 1- Surgimento dos sons Fase 2- Batimento com sopro Fase 3- Sopro desaparece Fase 4- Abafamento dos sons Fase 5- Desaparecimento dos sons Hiato auscultatório: Momento sem som nenhum que normalmente acontece entre a fase 1 e a fase 2. Você houve a primeira batida que é a sistólica e depois passa um período sem ouvir mais. Pressão diferencial ou pressão de pulso (PAS - PAD) - divergente / convergente Aumento da pressão de pulso - Divergente (> 50% da PAS): Síndrome hipercinética Diminuição da pressão de pulso - Convergente (< 25% da PAS): Tamponamento cardíaco, pericardite constritiva, estenose aórtico, choque Hipotensão arterial Hipotensão postural (ortostática) - Queda de 20mmHg ou mais na PAS e/ou queda de 10mmHg ou mais da PAD. Acentuado aumento na frequência de pulso na posição supina (> 20bpm) sugere hipovolemia. Hipotensão pós-prandial - Comum entre os idosos Hipotensão postural causada pelo calor - Principalmente entre os idosos Diferença pressórica entre os membros superiores: < 15mmHg - obstrução arterial: coarctação de aorta, síndrome do desfiladeiro cervico-axilar, soneca vascular periférica Diferença pressórica entre os membros superiores e os inferiores. Normal: > 20 mmHg nos MS PA MIS < PA MSS - obstrução ou compressão ao enchimento das artérias ilíacas: coarctação de aorta, aneurisma dissecante da aorta, síndrome de Leriche Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Valores da PA MAPA - Monitorização ambulatorial da pressão arterial (Aparelho que verifica pressão de 10 em 10 min) AMPA - Automedida da pressão arterial MRPA - Monitoramento residencial da pressão arterial "Descenso": Pressão cair durante o sono Obs.: A prática de checar a PA sistólica pela palpação da artéria radial antes de aplicar o estetoscópio evita a subestimação da PA diastólica. A pressão arterial sistêmica média é calculada por: PAM = PD + [(PS - PD)/3] = (PS + 2 PD)/3 Temperatura Oco axilar: 35,5° - 37° Reto: 36° - 37,5° Cavidade Oral: 36° - 37,4° HIPERTERMIA: Aumento descontrolado da temperatura corporal, que excede a capacidade do corpo de perder calor. Não há alteração no ajuste do centro termorregulador hipotalâmico, nem envolve a presença de moléculas pirogênicas. Causas: Exposição direta e prolongada ao sol, permanência em ambiente muito quente, deficiência dos mecanismos de dissipação do calor corporal. Intermação: Associada a um ambiente quente De esforço - exercícios físicos sob altas temperaturas e/ou umidade ambiental elevada Sem esforço - ocorre em indivíduos muito jovens ou idosos, principalmente durante períodos de onda de calor. Hipertermia medicamentosa: Psicotrópicos controlados e drogas ilícitas, como inibidores da IMAO, antidepressivos triciclicos, anfetaminas, fenciclidinas, LSD, ecstasy e cocaína. Hipertermia maligna: Temperatura alta, aumento do metabolismo muscular, rigidez muscular, rabdomiólise, acidose e instabilidade cardiovascular ocorrem no espaço de minutos. Esse distúrbio é raro e frequentemente fatal. Síndrome Neuroléptica Maligna: Por uso de neurolépticos (fenotiazínicos, antipsicóticos, haloperidol, proclorperazina, metoclopramida) com inibição dos receptores dopaminérgicos centrais no hipotálamo, causando o aumento da geração e diminuição da dissipação do calor. Síndrome de serotonina: Pode ser distinguida pela presença de diarréia, tremor e mioclonia em vez da rigidez em cano de chumbo observada na síndrome Neuroléptica maligna. Tireotoxicose e feocromocitoma: Também podem aumentar a termogênese. Hipertermia x Febre - A hipertermia costuma ser diagnosticada com base nos eventos que precederam imediatamente a elevação da temperatura central - por exemplo, exposição ao calor ou tratamento com fármacos que interferem na termorregulação. - Na hipertermia, a pele encontra-se quente e seca, enquanto nos casos febris a pele pode estar fria em cinsequencia da vasoconstrição. - Os antipiréticos nas abaixam a temperatura na hipertermia, enquanto nos casos de febre - e até mesmo na hiperpirexia - doses adequadas de ácido acetilsalicílico ou de acetaminofeno geralmente produzem alguma redução da temperatura corporal. Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Lesão tecidual - Febre Infecções, neoplasias, acidentes vasculares, distúrbios metabólicos, processos inflamatórios Semiologia da febre: Duração: Curta / Prolongada (> 1 semana, continua ou não): tuberculose, malária, linfomas, pielonefrite, endocardite infecciosa... / Febre de origem indeterminada (FOI) Evolução (quadro térmico ou curva térmica) Término: em crise (súbito - prostração e sudorese profusa) ou em lise (gradual) § Febre continua: Variações de até 1°C, sempre acima do normal. Ex.: Febre tifóide, endocardite infecciosa, pneumonia § Febre intermitente: Hipertermia com períodos cíclicos de apirexia (cotidiana, terçã, quartã). Ex.: Linfoma, malária, septicemia § Febre recorrente ou ondulante: Períodos de temperatura normal, que dura dias ou semanas, seguidos por períodos com febre. Ex.: Linfomas e tumores § Febre remitente: Hipertermia diária , com variações maiores de 1°C, sem apirexia. Ex.: Septicemia / Pneumonia / Tuberculose § Febre irregular ou séptica: Picos muito altos, intercalados com temperaturas mais baixas ou apirexia. Sem caráter cíclico, totalmente imprevisível. Ex.: Septicemia, abscessos pulmonares, tuberculose Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Síndrome febril: Febre, astenia, inapetência, cefaleia, taquicardia, taquipnéia, oligúria, dor no corpo, calafrios, sudorese, náuseas, vomito Febre de origem indeterminada FOI clássica Febre >= 37,8°C em várias ocasiões duração >= 3 semanas Ausência de diagnóstico após 3 dias de investigação hospitalar ou três consultas ambulatoriais FOI nosocomial Pacientes internados Febre >= 38°C em várias ocasiões Ausência de infecção ou doença incubada à admissão Ausência de diagnóstico após 3 dias apesar de investigação adequada incluindo pelo menos 48h de cultura microbiológica - Infecções sem resposta febril - Maior risco de hipotermia ou hipertermia em situações de frio ou calor extremos - Sinais de elevação de temperatura: confusão mental, delírios e alucinações Hipotermia acidental: redução involuntariamente temperatura corporal central para menos de 35°C. Nessa temperatura, muitos dos mecanismos fisiológicos compensadores usados para conservar o calor começam a falhar. Hipotermia terapêutica: instituída, conscientemente, pela equipe médica, com objetivos bem definidos: tratamento de hipertensão intracraniana refratária, proteção neurológica pós-ressucitação cárdio-pulmonar, durante cirurgias neurológicas ou cardíacas de maior complexidade, bem como em algumas afeções que cursam com elevação descontrolada da temperatura, dentre outras. Respiração Frequência Normal: 12 - 20 irpm Bradpnéia: < 12 irpm Taquipnéia: > 20 irpm Ritmo Regular: Frequência constante Irregular: Frequência variável Amplitude Superficial Profunda A: Taquipneia B: respiração suspirosa Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo C: Biot ((atáxica) fase de apneia, seguida de incursões de amplitude e frequencia anarquicas. Meningite) D: Hiperpneia E: Kusmaull (movimentos inspiratórios e expiratórios de grande amplitude, com período de apneia ao final de cada movimento. Acidose Metabólica) F: Cheyne-Stokes (período de apneia, seguido de incursões superficiais e quase imperceptíveis, que vão se tornando progressivamente mais profundas, rápidas e ruidosas, diminuindo progressivamente até novo período de apneia. Insuficiencia cardíaca, AVE) Índice de massa corporal Exames dos pulsos arteriais periféricos e venosos Artérias: Os pulsos arteriais são palpáveis quando uma artéria se situa próximo à superfície corporal. Nos membros superiores: Artéria braquial, na dobra do cotovelo imediatamente medial ao tendão do músculo bíceps braquial Artéria radial, na região lateral da superfície flexora do punho Artéria ulnar, na região medial da superfície flexora do punho, embora tecidos subjacentes possam mascarar a artéria ulnar. Nos membros inferiores: Artéria femoral:logo abaixo do ligamento inguinal, a meio caminho entre a espinha ilíaca anterossuperior e a sínfise púbica Artéria poplítea, uma extensão da artéria femoral que passa medialmente atrás do fêmur, palpável logo atrás do joelho. Artéria pediosa: no dorso do pé, na região imediatamente lateral ao tendão do músculo extensor do hálux Artéria tibial posterior: atrás do maléolo medial do tornozelo. Uma arcada intercomunicante entre os dois ramos arteriais principais protege a circulação para o pé. As artérias temporais são facilmente localizáveis na região frontal, logo acima da arcada supraorbitária, e devem ser palpadas com as polpas dos dedos indicador e médio. Veias: Profundas x Superficiais As veias profundas das pernas transportam cerca de 90% do retorno venoso dos membros inferiores. Essas veias profundas têm um bom suporte, fornecido pelos tecidos circundantes. As veias superficiais localizam-se no tecido subcutâneo, e seu suporte tecidual é relativamente precário. Veias superficiais: veia safena magna, que se origina no dorso do pé, passa imediatamente anterior ao maléolo, continua para cima medialmente na perna e encontra-se com a veia femoral no sistema venoso profundo, abaixo do ligamento inguinal A veia safena parva, que nasce na região lateral do pé, percorre a face posterior da panturrilha e termina unindo-se ao sistema profundo na fossa poplítea Veias anastomoticas x perfurantes Veias anastomóticas conectam as duas veias safenas que são prontamente visíveis quando dilatadas. As veias perfurantes ou comunicantes conectam o sistema superficial com o sistema profundo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo válvulas unidirecionais - quando competentes, impulsionam o sangue em direção ao coração, impedindo o represamento de sangue, a estase venosa e o fluxo retrógrado.A contração dos músculos também serve como bombavenosa. Tecnicas de exame: Inspecione os dois membros superiores: Tamanho, simetria e qualquer aumento volumétrico, padrão venoso e Coloração da pele e textura cutânea. Palpe o pulso radial: A flexão parcial do punho do paciente pode auxiliar a palpação e Compare os pulsos arteriais nos dois braços.Se houver a suspeita de insuficiência arterial, deve-se palpar o pulso braquial A analisar: • Estado da parede arterial • Frequência:número de pulsações durante um minuto inteiro (*Déficit de pulso- Significa que o número de batimentos cardíacos é maior que o número das pulsações na artéria radial) • Ritmo - sequência das pulsações, regular, irregular • Amplitude ou magnitude • Tensão ou dureza • Tipos de onda • Comparação com o lado homólogo. *Veias proeminentes em um braço edemaciado sugerem obstrução venosa *Artéria estiver muito dilatada, diz-se que é aneurismática. Classificação dos pulsos arteriais 3+ Amplo 2+ Brusco, dentro do esperado (normal) 1+ Reduzido, mais fraco que o esperado 0 Ausente, impossível de ser palpado Exame do membro inferior: Avaliar: -Tamanho, simetria e edema -Coloração e textura da pele (insuficiência venosa: dermatite ocre - coloração acastanhada da pele, decorrente da deposição de hemoglobina degradada na pele) -textura da pele (insuficiência arterial periférica: a pele pode estar pálida e fina, formação de úlceras, redução de pelos) -lesões de pele e varizes -leitos ungueais (perfusão periférica) -sinais flogísitcos (dor, calor, rubor, tumor e perda de função) -Palpe os pulsos arteriais para avaliar a circulação colateral. >Pulso femoral (O pulso reduzido ou ausente provável a oclusão proximal parcial ou completa.Geralmente,quando a oclusão é ao nível da aorta ou da artéria ilíaca, todos os pulsos distais à oclusão são afetados.) >Pulso poplíteo(O pulso poplíteo alargado e exagerado sugere aneurisma da artéria poplítea) >Pulso pedioso >Pulso tibial posterior. Pulso femoral continua normal e o poplíteo diminui ou desaparece >arteriosclerose na circulação arterial da coxa. A ausência dos pulsos arteriais do pé, quando os pulsos femorais e poplíteos são normais>doença aterosclerótica na artéria poplítea inferior ou em seus ramos – como ocorre no diabetes melito. Oclusão arterial súbita, como na embolia ou na trombose >gera dor e dormência ou formigamento.A extremidade distal à oclusão torna-se fria,pálida e sem pulso arterial Dicas em pulsos difíceis -Fique em posição confortável, posições desajeitadas reduzem a sensibilidade tátil. -Coloque sua mão no local correto e deixe-a nesse local, variando a pressão dos dedos, para detectar pulsações fracas. - medir a sua própria frequência cardíaca e compará-la com a do paciente. As frequências costumam ser diferentes (usar seu pulso carotídeo) Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo VEIAS Verifique se há edema (observando as dimensões relativas e a proeminência de veias, tendões e ossos.) Se sim, avaliar: -formação de cacifo - extensão do edema (Na trombose venosa profunda a extensão do edema sugere a localização da oclusão) - edema é unilateral ou bilateral (Edema bilateral ocorre na insuficiência cardíaca,na cirrose e na síndrome nefrotica) dor à palpação - coloração da pele.(coloraçãoacastanhada ou úlceras situadas logo acima do maléolo sugerem insuficiência venosa crônica.) - Solicite ao paciente que fique de pé e inspecione o sistema das veias safenas, à procura de varicosidades. Na posição ortostática, as varizes são preenchidas por sangue, o que facilita sua visualização. Sinais de alerta para doença arterial periférica: - Fadiga, dor vaga, dormência ou dor nas pernas, que limita a deambulação ou a prática de exercícios. Se existente, identificar a localização. Perguntar também sobre disfunção erétil. - Quaisquer ferimentos nas pernas ou nos pés com cicatrização insatisfatória ou sem cicatrização. -Qualquer dor em repouso na perna ou no pé, que se altera quando no decúbito dorsal ou na posição ortostática . - Dor abdominal, “medo de alimentar-se” e perda de peso (sugerem isquemia intestinal das artérias celíaca ou mesentéricas superior ou inferior. - Parente de 1º grau com aneurisma de aorta abdominal (prevalência de 15% a 28%). Varizes Tipo1 ou IVIPE - Insuficiência Venosa de Importância Predominantemente Estética- presença de varizes pequenas - telangiectasias (vasinhos) e veias reticulares ( microvarizes). Tipo2 ou IVIFE - Insuficiência Venosa Funcional e Estética - veias de médio e grande calibre. Já é uma doença que envolve alguns riscos Tipo3 ou IVFA - Insuficiência Venosa Funcional Assintomática, todas as situações onde se apresentem varizes, sem considerar a questão estética. Neste caso a doença (funcional) está presente. Em alguns casos as varizes podem atingir grandes dimensões antes de apresentar complicações. Tipo4 ou IVFS - Insuficiência Venosa Funcional Sintomática, todas as situações onde se apresentem varizes e já aconteceram complicações. As complicações mais frequentes: tromboflebite , ulceras de perna hiperpigmentações, Eczema Venoso, Hemorragias, Fibrose, Dermatite Ocre, Infecções, Dor e Embolia Pulmonar. Edema Ortostatico– Edema mole, bilateral, depressível na parte anterior da tíbia e nos pés. Não há espessamento cutâneo, ulceração e nem pigmentação. Causado por: insuficiência cardíaca, síndrome nefrotica, cirrose, desnutrição, longos períodos sentada ou de pé. Insuficiencia venosa crônica: edema mole, com cacifo de compressão, as vezes bilateral. Ulcerações e pigmentações são comuns. Causa: obstrução crônica, incompetência valvular Linfedema: Edema mole no inicio depois fica endurecido e não depressível. Não há pigmentação, ulceração, edema encontrado em pes e dedos dos pes. causa: obstrução de canais linfáticos por tumor, fibrose, inflamação. Taiane Camargo Exame físico de cabeça e pescoço Cabeça: Tamanho e formato do crânio Avaliar abaulamento, retrações e deformidades, traumatismos. Variações frequentes quanto ao tamanho: • Macrocefalia: crânio anormalmente grande é a causa mais frequente de hidrocefalia; causas mais raras são acromegalia e raquitismo. • Microcefalia: crânio anormalmente pequeno em todos os diâmetros. Pode ser congênita, hereditária, de causa desconhecida ou ser decorrente de uma doença cerebral. Quanto à forma: • Acrocefalia ou crânio em torre (turricefalia): a cabeça é alongada para cima, pontuda, lembrando uma torre. É a forma mais frequente de cranioestenose (fechamento precoce de sutura) • Escafocefalia: levantamento da parte mediana do crânio, conferindo um aspecto de casco de navio invertido • Dolicocefalia: aumento do diâmetro anteroposterior • Braquicefalia: corresponde ao aumento do diâmetro transverso • Plagiocefalia: é a deformidade que confere ao crânio um aspecto assimétrico, saliente anteriormente de um lado e, posteriormente, do outro. Posição e movimentos Torcicolo (desvio de posição mais encontrado), tiques, movimentos coreicos, os tremores... Superfície e couro cabeludo A inspeção e a palpação do crânio possibilitam a identificação de saliências (tumores, tumefações, bossas e hematomas),depressões (afundamentos) e pontos dolorosos. fontanela anterior: hipertensa e saliente- indica aumento da pressão intracraniana (meningite, hidrocefalia) hipotensa e deprimida - desidratação. Couro cabeludo: quantidade,distribuição, textura, calvície, descamações e outras lesões (lesões por fungo muito comum) Halopesia: ausência de pelo em determinada áreas. Exame geral da face Analisam-se a simetria, a expressão fisionômica ou mímica facial, a pele e os pelos. A perda da simetria: - quaisquer tumefações ou depressões unilaterais (abscesso dentário, tumores, anomalias congênitas) - paralisia facial (O terceiro e o sétimo pares cranianos são muito importantes em relação a expressão facial. Então se houver,por exemplo, paralisa facial e alterar o sétimo par craniano o paciente não conseguirá fechar o olho (lembrar que esse nervo é responsável por fechar -anzol “puxando” para baixo) e se afeta ao terceiro par craniano o paciente não conseguiria levantar o olho, uma vez que esse par craniano age dando sustentação ao mesmo(lembrar do pilar da foto “III”) -O crescimento das parótidas por processo inflamatório(p. ex., caxumba) ou hipertrofia das células salivares Exame dos olhos No globo ocular, verificam-se as seguintes alterações: • Exoftalmia: é a protrusão do globo ocular, unilateral(tumores oculares e retro-oculares) ou bilateral (hipertireoidismo) • Enoftalmia: globo ocular afundado para dentro da órbita com diminuição da fenda palpebral síndrome de Claude- Bernard-Horner (geralmente unilateral) e na desidratação (geralmente bilateral) • Desvios: constituem os estrabismos. É divergente quando o globo ocular se desvia lateralmente (paralisia do reto medial, paralisia do III nervo) ou convergente com desvio medial por paralisia do reto lateral (VI par) Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo • Movimentos involuntários: o mais frequente é o nistagmo,constituído por abalos do globo ocular e oscilações rápidas e curtas de ambos os olhos. É mais perceptível quando o paciente olha para os lados e para longe. Apresenta as seguintes formas: congênito: geralmente tem causa ocular; adquirido: decorre de doenças do labirinto, cerebelo, tronco cerebral ou de intoxicação alcoólica. Pálpebras Deve-se verificar se há edema, retração palpebral, epicanto,ectrópio (pálpebra se vira para fora- não entra em contato com o globo ocular.), entrópio( pálpebra se vira sobre si mesma), equimose, xantelasma (placas amareladas em alto relevo), hordéolo (“tersol”),ptose palpebral - que ocorre naparalisia do III par na síndrome de Claude-Bernard-Horner (paralisia do simpático cervical) e na miastenia gravis. O não fechamento dos olhos por paralisia do músculo orbicular das pálpebras - aparece na paralisia facial periférica. Pupilas: Midríase- diâmetro aumentado Miose- diâmetro diminuído Isocoria-igualdade de diâmetro Anisocoria-desigualdade de diâmetro * Reflexo fotomotor: Em ambiente de pouca luminosidade, o paciente deve olhar para um ponto mais distante. O examinador incide o feixe de luz em uma pupila e observa a resposta nos dois lados. Chama-se reflexo fotomotor direto a contração da pupila na qual se fez o estímulo, e de reflexo fotomotor consensual(indireto)a contração da pupila oposta. - lesão unilateral do oculomotor: a pupila entra em midríase homolateral (predomínio do simpático) enão responde a estímulo algum - é chamada midríase paralítica.A pupila oposta permanece normal - Na lesão bilateral da via aferente - os reflexos fotomotor direto ou consensual estão abolidos, enquanto o reflexo de acomodação está preservado. *Convergencia:Usa-se uma caneta ou algum objeto que possa-se fixar o olhar. Pede ao paciente para fixar o olhar em um ponto do objeto e aproxima-se tal ponto do nariz do paciente. Ele tem que fazer uma convergência dos olhos miose *Campo visual: sentado, o paciente fixa um ponto na face do examinador postado à sua frente. O examinador coloca suas mãos na periferia do seu campo visual e as move enquanto pergunta ao paciente se ele está vendo os movimentos. Essa conduta deve ser realizada em cada olho separadamente e depois com os dois olhos abertos simultaneamente. - amaurose: acuidade visual abolida(cego) - hemianopsia homônima direita:perda da metade direita do campo visual. Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Nariz: identificar assimetrias ou deformidades nasais. Inspecionar a parte interna do nariz (mucosa, septo nasal, ulceras ou pólipos) Seios paranasais: avaliar a hipersensibilidade dos seios frontais, maxilares e etmoidais; Boca: avaliar orofaringe e língua. Avaliar coloração, nodulações e ulcerações da mucosa oral, palato mole, pilares amigdalianos anteriores e posteriores, úvula, tonsilas e faringe posterior - estomatite- ( todos os processos inflamatórios da mucosa bucal.) O mais comum é a estomatite aftosa ou afta, em crianças é comum estomatite por monilíase, vulgarmente chamada "sapinho" (presença de placas brancas, múltiplas e ligeiramente elevadas, aparecem repentinamente em toda a cavidade bucal. Essas placas são desprendidas facilmente da superfície dos tecidos, deixando uma superfície vermelha, hemorrágica e dolorida.) -queilose e queilite (- Fissuras nos ângulos da boca ), causada por deficiência do complexo B, principalmente de riboflavina, e em pacientes imunodeprimidos,a queilose angular pode ser complicada por candidíase. -herpes simples labial ou recidivante -Úlceras da mucosa bucal Lingua -Pilosa -Lisa -Geográfica -Fissurada -Leucoplasia Ouvido: inspecionar o pavilhão auricular, pesquisando deformidades, nódulos e lesões cutâneas. Avaliar acuidade auditiva,condução aérea(CA) e óssea (CO), utilizando diapasão. -Nessa área avalia-se a presença de linfonodos ou se o paciente sente dor a palpação. Seguir realizando a otoscopia a fim de visualizar o canal auditivo, a membrana timpânica e ossículos além de identificar secreções, edema, vermelhidão, abaulamento, retrações, nível hidroaéreo, e outras alterações. PESCOÇO Avaliar: Pele No exame da pele, deve-se chamar a atenção para a possibilidade de sinais flogísticos (edema, calor, rubor e dor) e fistulização nas áreas que recobrem os linfonodos e na linha média (fístula do dueto tireoglosso). Forma e volume As alterações da forma e do volume decorrem de aumentos da tireoide, dos linfonodos, das parótidas e de tumorações Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo benignas ou malignas. Bócio - localizam-se anteriormente As hipertrofias dos linfonodos - lateralmente As parótidas- proeminência lateral alta, atingindo a parte lateral da face. Mobilidade Realizam-se movimentos de flexão, extensão, rotação e lateralidade. A rigidez da nuca constitui sinal importante de irritação meníngea Turgência ou ingurgitamento das jugulares - importância prática no diagnóstico da hipertensão venosa, um dos sinais de insuficiência ventricular direita. Batimentos arteriais e venosos Os batimentos visíveis podem ser determinados pelo pulso carotídeo ou pelo pulso venoso Exame da Tireoide Usam-se duas manobras: Abordagem posterior e Abordagem anterior; nelas devem analisar: • Volume: normal ou aumentado, difuso ou segmentar. Qualquer aumento é designado bócio • Consistência: normal, firme, endurecida ou pétrea • Mobilidade: normal ou imóvel (aderida aos planos superficiais e profundos) • Superfície: lisa, nodular ou irregular • Temperatura da pele: normal ou quente • Presença de frêmito e sopro • Sensibilidade: dolorosa ou indolor. O normal: é lisa, elástica (consistência de tecido muscular), móvel, indolor, com a temperatura da pele normal e ausência de frêmito. Se a tireoide estiver aumentada, deve ser auscultada; alterações possíveis de serem encontradas são a existência de bócio, processo inflamatório, neoplasias e anomalias congênitas do pescoço (cisto tireoglosso...) Traqueia: examina-se para avaliar se esta móvel ou não. (estando móvel quer dizer que ela não esta presa/aderida a nada, não precisando suspeitar de nada relacionada a por exemplo a uma neoplasia Exame dos linfonodos avaliar: Localização, Tamanho ou volume, Consistência, mobilidade, sensibilidade, alteração da pele e Coalescência (junção ou não dos linfonodos) Linfonodos a serem avaliados e drenagens: Linfonodo Pré auriculares: Drenam para pele e couro cabeludo Linfonodo Retroauricular Linfonodo submandibulares: drenam cavidades orais Linfonodo amigdaliano(tonsila) Linfonodos cervicais anteriores: drenam laringe, língua, orofaringe e pescoço anterior cervicais posteriores: drenam couro cabeludo, pescoço, pele do tórax na região superior Supraclavicular: Drenam trato gastrintestinal, trato geniturinário, pulmão Linfonodo occipital *tecido linfático apresenta uma hipertrofia na infância,sendo normal encontrarmos linfonodos cervicais e submandibulares são palpáveis, de pequeno tamanho, em crianças. *Em adultos, encontra-se com frequência algum linfonodo palpável em região inguinal, axilar, cervical ou submandibular, de pequeno tamanho, secundários a processos inflamatórios e/ou infecções pregressas, sem significado patológico. Avaliar se existem sinais flogísticos na pele circunjacente e determinar se o comprometimento dos linfonodos é localizado, ou seja, apenas um ou mais linfonodos de um grupo apresentam sinais de anormalidades,ou se é generalizado; nesse caso, três ou mais grupos de linfonodos são palpáveis. Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo comprometimento dos linfonodos pode decorrer de: • Processo infeccioso • Invasão carcinomatosa • Doença hemopoética primária • Outras (p. ex., doenças inflamatórias, metabólicas). Exame físico do aparelho respiratório O exame dos pulmões compreende a inspeção, a palpação, a percussão e a ausculta. Paciente deve estar sentado, se não for possível pode deita-lo. Inspeção inspeção estática compreende a forma do tórax e a presença ou não de abaulamentos e depressões (indicam alguma lesão que aumentou ou reduziu uma das estruturas da parede ou de órgãos intratorácicos). Não faz nada com paciente, apenas observa. inspeção dinâmica: analisam-se o tipo respiratório, o ritmo e a frequência da respiração, a amplitude dos movimentos respiratórios, a presença ou não de tiragem e a expansibilidade dos pulmões. Interage com paciente >Forma do tórax: Tórax Normal/atípico Tórax chato: reduzido diâmetro anteroposterior, as escápulas sobressaem claramente no relevo torácico. não tem significado patológico Tórax em tonel ou em barril: aumento do diâmetro anteroposterior. Causa mais comum é o enfisema pulmonar Tórax infundibuliforme (pectus excavatum): presença de uma depressão mais ou menos acentuada ao nível do terço inferior do esterno. Pode ser congênito ou adquirido (raquitismo mais comum) Tórax cariniforme (pectus carinatum): nível do esterno uma saliência em forma de peito de pombo ou de quilha de navio. Pode ser congênito ou adquirido. O raquitismo infantil é também a principal causa deste tipo de tórax Tórax em sino ou piriforme:A porção inferior torna-se alargada como a boca de umsino, Surge nas grandes hepatoesplenomegalias e na ascite Tórax cifótico: encurvamento posterior da coluna torácica, seja por defeito de postura ou por lesão de vértebras torácicas Tórax escoliótico: O tórax torna-se assimétrico em consequência do desviolateral do segmento torácico da coluna vertebral. A causa mais comum é anomalia congênita Tórax cifoescoliótico: Decorre da combinação de uma alteração cifótica, com desvio lateral da coluna vertebral (escoliose) Tórax instável traumático:Quando são fraturadas várias costelas, observam-se movimentos torácicos paradoxais, ou seja, na inspiração a área correspondente desloca-se para dentro; na expiração, para fora >Ritmo respiratório Respiração dispneica- sucessão regular de movimentos respiratórios amplos e quase sempre desconfortáveis para o paciente. Platipneia:é a dificuldade para respirar em posição ereta,que se alivia na posição deitada Ortopneia: é a dificuldade para respirar na posição deitada Trepopneia: dificuldade de respirar em decúbito lateral, desaparece ou melhora com o decúbito lateral oposto. Pode ocorrer na insuficiência cardíaca congestiva e no derrame pleural Respiração de Cheyne-Stokes (ou periódica) paciente apresenta, de modo cíclico, incursões respiratórias que vão se tornando cada vez mais profundas até atingirem Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo uma amplitude máxima; neste momento, os movimentos começam a diminuir gradativamente, podendo ocorrer apneia - Respiração periódica pode ser observada em recém-nascidos saudáveis - Em condições patológicas, surge na insuficiência cardíaca grave, nos acidentes vasculares cerebrais, nos traumatismos cranioencefálicos, nas intoxicações por morfina ou barbitúricos Respiração de Biot Respiração de amplitude variável e períodos de apneia intercalados - É comum na meningite, em processos expansivos (neoplasias)e hematoma extradural, traduzindo sempre lesão no centro respiratório. Mau prognóstico Respiração de Kussmaul ritmo respiratório são as amplas e rápidas inspirações interrompidas por curtos períodos de apneia após as quais ocorrem expirações profundas e ruidosas, que, por sua vez, são sucedidas por pequenas pausas de apneia É observada em casos de cetoacidose diabética,insuficiência renal com uremia e outras acidoses Respiração suspirosa Movimentos respiratórios interrompidos por "suspiros" relacionados quase sempre com tensão emocional e ansiedade Frequência respiratória Taquipneia: frequência respiratória acima dosvalores normais. Condições fisiológicas (esforço físico, emoções) e em condições patológicas(febre, lesões pleuropulmonares as mais variadas). Bradipneia:frequência inferior aos valores normais Apneia:parada respiratória Eupneia:frequência normal sem dificuldade respiratória >Tiragem >Inspeçao do pescoço * Sinais de esforço respiratório -Tiragem intercostal e subcostal -Retração inspiratória dos espaços intercostais, evidenciada pela retração da pele. -Uso de musculatura acessória cervical -Batimento de asa de nariz - Baqueamento digital: Mostra que o paciente vem ao longo dos anos evoluindo com saturação baixa de oxigênio. -cianose Palpação > Expansibilidade ou mobilidade : examinador coloca suas mãos sobre a região que quer investigar (referente ao ápice, base..) tal modo que os polegares se toquem levemente, em ângulo quase reto. Os demais dedos do examinador,justapostos e semifletidos, exercem leve pressão sobreo tórax. Solicita-se, então, ao paciente que respire mais fundo,e, enquanto isso, o examinador observa pela movimentação de suas mãos a diminuição da expansibilidade pode ser: - Unilateral: localização apical traduz processo infeccioso ou cicatricial do ápice pulmonar; basal ocorre no derrame pleural, nas hepatomegalias e nas esplenomegalias; difusa no pneumotórax, no hidrotórax, na atelectasia e no traumatismo torácico - Bilateral: localizado nos ápices indica processo infeccioso ou cicatricial; basal, gravidez, ascite, obesidade grave e Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo derrame pleural bilateral; difusa, enfisema pulmonar,esclerodermia e senilidade. >Frêmito toracovocal As vibrações percebidas na parede torácica pela mão do examinador quando o paciente emite algum som. Aumento do frêmito: consolidação de uma área pulmonar,como acontece nas pneumonias e no infarto do pulmão. Diminuição:relaciona com alguma anormalidade que impede, parcial ou totalmente, a transmissão das ondas sonoras originadas na laringe, como: no derrame pleural, no espessamento da pleura, na atelectasia por oclusão brônquica, no pneumotórax e no enfisema pulmonar. Percussão som claro pulmonar (som claro atimpânico): pulmão normal Submacicez e macicez:diminuição ou desaparecimento da sonoridade pulmonar e indicam redução ou inexistência de ar no interior dos alvéolos. derrames ou espessamentos pleurais, a condensação pulmonar(pneumonias, tuberculose, infarto pulmonar e neoplasias). Som timpânico:Indica ar aprisionado no espaço pleural (pneumotórax) ou em uma grande cavidade intrapulmonar (caverna tuberculosa,por exemplo). Hipersonoridade:indica aumento de ar nos alvéolos pulmonares, sendo o enfisema pulmonar a causa mais comum. Ausculta >Som traqueal e respiração brônquica O som traqueal, audível na região de projeção da traqueia,no pescoço e na região esternal, origina-se na passagem do ar através da fenda glótica e na própria traqueia. A respiração brônquica corresponde ao som traqueal audível na zona de projeção de brônquios de maior calibre; respiração brônquica muito se assemelha ao som traqueal, dela se diferenciando apenas por ter o componente expiratório menos intenso. > Murmúrio vesicular:Os ruídos respiratórios ouvidos na maior parte do tórax são produzidos pela turbulência do ar circulante ao chocar-se contra as saliências das bifurcações brônquicas; murmúrio vesicular não tem intensidade homogênea em todo o tórax - é mais forte na parte anterossuperior, nas axilas e nas regiões infraescapulares A diminuição do murmúrio vesicular : presença de ar(pneumotórax), líquido (hidrotórax) ou tecido sólido espessamento pleural) na cavidade pleural; enfisema pulmonar, dor torácica de qualquer etiologia que impeça ou diminua a movimentação do tórax, obstrução das vias respiratórias superiores(espasmo ou edema de glote, obstrução da traqueia), oclusão parcial ou total de brônquios ou bronquíolos. *o prolongamento da expiração surge na asma brônquica, no enfisema e na bronquite com broncospasmo > Ressonância vocal. Os sons produzidos pela voz e ouvidos na parede torácica. Pede para falar “33” e ausculta. - Broncofonia:aumento da ressonância vocal - Egofonia:é um tipo especial de broncofonia, quando esta adquire qualidade nasalada e metálica, comparada ao balido de cabra. Ocorre nos derrames pleurais e na condensação pulmonar. * aumento e a diminuição da ressonância vocal coincidem com as mesmas modificações do frêmito toracovocal. >Sons anormais Os estertores finos (crepitantes) ocorrem no final da inspiração, têm frequência alta - ou seja, são agudos - e duração curta; não se modificam com a tosse e podem ser comparados ao ruído produzido pelo atrito de um punhado de cabelos junto ao ouvido ou ao som percebido ao se fechar ou abrir um fecho tipo velcro, Os estertores grossos (bolhosos)têm frequência menor e duração maior que os finos. Sofrem nítida alteração com a tosse e podem ser ouvidos em todas as regiões do tórax. são audíveis no início da inspiração e durante toda a expiração Estridor: É um ruído basicamente inspiratório produzido pela obstrução da laringe ou da traqueia, fato que pode ser provocado por difteria, laringite aguda, câncer da laringe e estenose da traqueia. Roncos:são constituídos por sons graves, originam-se nas vibrações das paredes brônquicas e do conteúdo gasoso Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo quando há estreitamento desses ductos (espasmo ou edema da parede ou presença de secreção aderida a ela) > como na asma brônquica, nas bronquites, nas bronquiectasias e nas obstruções localizadas. Ocorrem tanto na inspiração quanto na expiração, na qual predominam. Desaparece em curto período de tempo. Sibilos: sons agudos de alta frequência, um chiado, assobio - Encontrado por todo o tórax quando> há comprometimento da árvore brônquica toda( asma e nabronquite) - Quando os sibilos são localizados em uma determinada região> obstrução por neoplasia ou corpo estranho. Ocorre na inspiração e na expiração. >Sopros Tubário: Ruído respiratório observado nos brônquios quando o pulmão se acha ingurgitado ou comprimido por derrame. Cavernoso: Ruído respiratório proveniente de uma escavação parenquimatosa pulmonar, comunicante com os brônquios, geralmente quando há lesão tuberculosa cavernosa. Anfórico: Sopro com uma ressonância comparável ao som que se obtém soprando para uma garrafa ou para uma ânfora, e que é audível em casos de pneumotórax sob tensão e, também, nos doentes com grandes cavidades pulmonares insufladas com valvulação brônquica. Asma brônquica doença inflamatória crônica caracterizada por hiper-reatividade das vias respiratórias inferiores, com limitaçãodo fluxo respiratório, observando-se estreitamento difuso dos condutos respiratórios de pequeno calibre, em consequência de edema da mucosa, constrição da musculatura lisa(broncospasmo) e hipersecreção das células brônquicas. • Inspeção: dispneia, utilização de músculos acessórios,tórax em posição de inspiração profunda e tiragem • Palpação: frêmito toracovocal normal ou diminuído e diminuição expansibilidade • Percussão: normal ou hipersonoridade • Ausculta: diminuição do murmúrio vesicular com expiração prolongada, sibilos em ambos os campos pulmonares. Síndrome de consolidação pulmonar condensação do parênquima pulmonar caracteriza-sepela ocupação dos espaços alveolares por células e exsudato • Inspeção:sem alterações • Palpação: expansibilidade diminuída e frêmito toracovocal aumentado • Percussão: submacicez ou macicez • Ausculta: respiração brônquica substituindo o murmúrio vesicular, broncofonia ou egofonia, pectorilóquia e estertores finos. Enfisema pulmonar (doença pulmonar obstrutiva crônica • Inspeção: taquipneia e tórax em tonel nos casos avançados • Palpação: expansibilidade diminuída, frêmito toracovocal diminuído • Percussão: sonoridade pulmonar normal no início e hipersonoridade à medida que a enfermidade se agrava • Ausculta: murmúrio vesicular diminuído, fase expiratória prolongada e ressonância vocal diminuída. *bronquite crônica e o enfisema pulmonar são condições que coexistem frequentemente no mesmo paciente, porque têm um fator etiopatogênico em comum que é o tabagismo. Derrame pleural • Inspeção: - • Palpação: expansibilidade diminuída e frêmito toracovocal abolido • Percussão: macicez, ressonância skódica acima do derrame • Ausculta: murmúrio vesicular abolido e egofonia na parte mais alta do derrame. Pneumotórax • Inspeção: normal ou abaulamento dos espaços intercostais quando a quantidade de ar é grande • Palpação: expansibilidade e frêmito toracovocal diminuídos • Percussão: hipersonoridade ou som timpânico, sendo este o dado que mais chama a atenção • Ausculta: murmúrio vesicular diminuído e ressonância vocal diminuída. *A instalação de um mecanismo valvular com pressão positiva provoca grande desvio do mediastino Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Atelectasia Tem como elemento principal o desaparecimento de ar dos alvéolos sem que o espaço alveolar seja ocupado por células ou exsudato. Pode ser provocada por obstrução das vias respiratórias ou por compressão dos pulmões • Inspeção: retração do hemitórax e tiragem • Palpação: expansibilidade diminuída e frêmito toracovocal diminuído ou abolido • Percussão: submacicez ou macicez • Ausculta: respiração broncovesicular vocal diminuída. Bronquiectasias Inspeção: taquipnéia, sinais de hiperinsuflação pulmonar Palpação: sem anormalidades Percussão: sem anormalidades Auscuta:estertores crepilantes, subcrepilantes e roncos, por vezes removíveis pela tosse Exame físico do aparelho cardiovascular Ciclo Cardíaco - Período Sistólico Contração isovolumétrica • Contração ventricular. • Aumento inicial da pressão sobre as valvas mitral e tricúspide, que fecham-se impedindo que o sangue reflua. • Contração isovolumétrica nos ventrículos • Fechamento das valvas mitral e tricúspide = B1 Ejeção ventricular rápida • Aumento da pressão ventricular força a abertura das valvas semilunares • Abertura das semilunares • Quantidade grande de sangue passa pelas valvas semilunares • Redução do volume ventricular • Aumento da pressão das artérias pulmonar e aórtica Ejeção ventricular lenta • Redução brusca do esvaziamento ventricular • Termino dessa fase é o fim do esvaziamento ventricular e fechamento das valvas semilunares - Período Diastólico Relaxamento isovolumétrico • Fase intermediaria em que as valvas semilunares estão fechadas e as atrioventriculares ainda não se abriram • Fechamento das semilunares = B2 Enchimento ventricular rápido • Abertura das valvas atrioventriculares • Sangue aprisionado nos átrios vai para os ventrículos • B3 Enchimento ventricular lento • Os ventrículos passam receber sangue diretamente das veias pulmonares e da veia cava Contração Atrial • Valvas atrioventriculares abertas • Passagem do sangue dos átrios para os ventrículos • B4 Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Taiane Camargo Inspeção e palpação Ictus Cordis Localização: • Mediolíneos – Cruzamento entre a linha hemiclavicular esquerda com 5 espaço intercostal • Brevilíneos – Situa-se 4 espaço intercostal • Longilíneos – No 6 espaço intercostal 1 ou 2 cm para dentro da linha hemiclavicular Deslocamento do ictus – Dilatação e/ou hipertrofia de VE, como ocorre na estenose aórtica, insuficiência mitral, HAS, miocardioesclerose, miocardiopatias, entre outros Extensão – Quantas polpas digitais são capazes de
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