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Caderno de Direito Penal I - Rabe - PUC/RJ

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Prévia do material em texto

17/08 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
+ Direito Penal trata-se do estado interferindo na vida do cidadão, e, geralmente, essa 
interferência é bruta. 
 
+ Não se trata de repressão, mas sim de defesa à pessoa em relação aos seus atos. 
 
+ Essa área do Direito tange a regulação dos atos e comportamentos, mas não os 
cotidianos, e sim, os do “apse”, os do limite humano. 
 
+ O Direito Penal atua no extremo. 
 
 
CONCEITO DE DIREITO PENAL 
 
 
+ “é o conjunto de normas jurídicas com a finalidade de combater o crime.” 
 - Aníbal Bruno 
 
 
+ Crime ​=​ Fato Social 
 
> como fato social, o crime deve ser regulamentado, assim como todas as áreas do Direito. 
> é o fato mais importante a ser regulado, pois, se não for reprimido, a sociedade não se 
desenvolve 
> se resolve com uma sanção penal 
 
 
+ Pena 
 
> punição, exemplificação, ressocialização (ordem histórica da evolução da sociedade) 
 
> sociedades mais avançadas tratam a pena de modo reeducativo, enquanto as menos 
avançadas/mais violentas, de forma punitiva. 
 
 
+ Função do direito penal 
 
> proteção dos bens jurídicos 
 
 
 
 
+ Nomenclatura 
 
> de penar, de criminar 
 
 
 22/08 
 
+ Definição de Dir. Penal 
 
> conjunto de normas que liga ao crime, como fato, a pena como consequência, é disciplina 
também as relações jurídicas daí derivadas, para estabelecer a aplicabilidade das medidas 
de segurança e a tutela do direito de liberdade em face do poder de punir do estado. 
 
 
+ Características do Dir. Penal 
 
> é direito público: regula as relações entre o estado e a sociedade. 
 
> subjetividade grande (ex: homicídio - 6 a 20 anos de reclusão) 
 
> ​ius puniendi ​- o estado (entidade) tem o direito de doutrinar, punir e exercer suas outras 
funções enquanto órgão regulador da sociedade. 
 
> ​ius persequendi​ - é o direito de perseguir, colher prova, iniciar ação penal 
 \ do processo penal - autoria, materialidade 
 
> “dever ser” 
 
> normativo - no sentido de “estudar” a norma. a norma está contida no tipo 
(ex: assassinato - tipo ; repressão (punição) do (pelo) ato - norma) 
 
> valorativo - atribui valor às ações praticadas pelos cidadãos, levando em conta todos os 
fatores envolvidos no processo. 
 
> sancionador - após o julgamento do que foi apresentado, a pena é proferida. proteção dos 
bens jurídicos através de uma sanção. 
 
 
+ Conteúdo do Dir. Penal 
 
> crime 
> pena 
> delinquência (criminologia) 
 
 
 
+ Dir. Penal Material e Formal 
 
> material - legislação que define condutas típica e estabelece sanções, trata dos fins do 
direito, definindo qual a matéria objetiva garantida ou esperada de alguém. 
> formal - trata da forma como o direito existe e deve ser aplicado na realidade, se 
preocupando com a definição das regras de existência do direito, sendo o responsável pelo 
meio no qual o direito existe e como as pessoas e instituições devem se portar dentro dele. 
 
 
 24/08 
 
 
+ Fontes do Dir. Penal 
 
> conceito - o lugar de onde vem o direito 
 
> classificação 
 \ fonte material (produção) - refere-se ao órgão responsável pela aplicação ; União (gov.) 
 \ fonte formal (conhecimento) - imediata = ​lei​*​ ; mediata = costumes 
 
 
*​ Normas e Condutas (lei) 
- classificação: três grandes tipos (fundamentais) 
 
 \ ​explicativa​ - explicar a aplicação das outras normas (propedêutica) ; 
se encontram, geralmente, no início do Código, da Seção (imersão no conceito) 
 
 \ ​incriminadora​ - são as que caracterizam o Dir. Penal, só existem 
nele; são aquelas, portanto, que descrevem as condutas puníveis e impõem as respectivas 
sanções (imputam a pena) [a partir do art. 121] 
 
 \ ​permissiva​ - determinam a licitude ou a impunidade de certas 
condutas, embora essas sejam típicas em face das normas incriminadoras (ex: legítima 
defesa) [arts. 20-28] 
 
 
 
obs: condutas - lícitas e ilícitas 
 \ a ilicitude é subjetiva e varia no tempo e espaço 
(ex: moralidade no séc XV x a contemporânea ; moralidade na Arábia Saudita x no Brasil) 
 
 o conceito de licitude e ilicitude ​não​ tem nada a ver com lei. 
 mas o que ​tipifica​ uma ação ilícita? A positivação de tal ação em lei. (aplicação de fato) 
 
 
 
 29/08 
 
 
 \ ​outras classificações de leis​ - banais / locais 
 comuns / especiais 
 completas / incompletas 
 
 
 
> características 
 \ exclusividade - só ela define o crime e culmina a pena 
 \ imperatividade - faz incorrer na pena, aquele que descumpre o seu mandamento. todos 
tem que obedecê-la 
 \ generalidade - a norma penal atua para todas as pessoas 
 \ abstração e impessoalidade - não endereça o seu mandamento proibitivo a uma pessoa 
e dirige-se à casos futuros 
 
 
obs: normas penais em branco - cega / abstrata 
- lato sensu 
- stricto sensu 
 
 
 
 
+ Integração da Norma 
 
> lacunas (ex do parto feito pelo cara que não é médico, há uma lacuna na lei, que permite 
que ela seja “torcida” para encaixar o ato e discriminar o indivíduo) 
 
> costumes 
 
> analogia 
 
> princípios gerais do Dir. Pen. 
 
> normas incriminatórias 
 
> Reserva legal - nenhum fato pode ser considerado crime se não existir uma lei que o 
enquadre como tal e nenhuma pena pode ser aplicada se não houver sanção pré-existente 
e correspondente ao fato. 
 
 
 
 
 
+ Fontes Formais Mediatas 
 
> costumes - Conjunto de normas de comportamento uniforme que as pessoas obedecem 
constantemente pela força da obrigatoriedade. 
 \ Mesmo que toda a sociedade seja contra uma lei, mas o costume não a revoga. 
\ Prática reiterada de uma ação na sociedade que não cria lei penal de forma imediata, 
mas é uma fonte de interpretação da lei. 
 \ ​contra legem - ​contra a lei, embora conduta típica e ilícita é vista como costume. (ex: 
jogo do bicho) 
 \ ​secundum legem - ​de acordo com a lei. 
 
 
> princípios gerais do Direito - “São princípios extraídos mediante indução do material 
legislativo. Sendo assim, premissas de ordem ética.” Frederico Marques 
 
 
 
 
+ Procedimento Interpretativo 
 
> equidade - “É a perfeita correspondência jurídica e ética das normas às circunstâncias dos 
casos concretos a que estas se aplicam.” Luis Jimenez 
 
> doutrina - “Conjunto de investigações, reflexões teóricas e princípios metodicamente 
expostos, analisados e sustentados pelos autores e tratadistas no estudo das leis.” 
 
> jurisprudência - “repetição constante de decisões no mesmo sentido em casos 
idênticos/similares.” 
 
> tratados e convenções - “são pactos firmados entre as nações, podendo ser referendados 
ou não pelo ordenamento jurídico do país de origem.” 
 
 
 
+ Analogia 
 
> auto integração da norma/lei 
 
> conceito - consiste em aplicar a uma hipótese não prevista em lei à disposição relativa à 
um caso semelhantes 
 
> Serve também para cobrir lacunas 
 
> significado - a aplicação da mesma razão de decidir 
+ Princípios de Aplicação da Lei Penal> anterioridade 
\ art. 1° - não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação 
legal. 
\ A conduta é averiguada na data em que ela é realizada, a regra vale para essa data. 
Não se pode ser punido por algo não previamente escrito. 
\ A mudança da lei posterior ao fato não engloba a conduta anterior não julgada, a não ser 
que beneficie a liberdade do cidadão. 
 
> proibição de coação direta 
\ art. 5º, incisos 53 a 55: direito individual de cada um ter o processo penal para se 
defender. 
\ Todo tipo de punição tem que seguir um devido processo legal: norma de proteção do 
indivíduo contra o Estado. 
 
> taxatividade 
\ Não há possibilidade de interpretação extensiva das normas incriminadoras. O fato é 
típico ou atípico, sem a possibilidade de preencher lacunas. 
 
> irretroatividade da norma penal incriminadora 
\ Em regra, a lei incriminadora não pode retroagir para alcançar fatos cometidos antes da 
sua vigência, pois só vigora para o futuro. 
 
> anterioridade e legalidade nas medidas de segurança 
 \ Tratamento para quem não entende caráter ilícito (ex: acompanhamento, internação). 
 
> anterioridade e legalidade nas contravenções penais 
\ Lei 3648/1941: algumas condutas menores não são crimes, mas contravenções. (vide o 
artigo 21) 
 
 
 
 
+ Lei Penal no Tempo 
 
> princípios 
 \ irretroatividade da lei penal mais severa 
- art. 5°, XXXIX/CF + art. 1°, CP 
 \ retroatividade da lei penal mais benigna 
- art. 5°, XL/CF: a lei penal só retroage para beneficiar o réu. 
- À princípio, vigora a lei da época da conduta (tempus regit actum). 
 \ ultratividade da lei penal 
- A lei revogada regula os fatos que ocorreram antes da revogação. 
- Qualidade da lei quando ainda é aplicada não obstante cessada sua vigência, desde 
que mais benéfica em face da anterior. 
 
obs: lei mais benéfica = ultrativa e retroativa // lei mais gravosa = não ultrativa e não 
retroativa 
 
 
 
 
+ Vacatio Legis 
 
> o tempo entre o dia da publicação de uma lei e o dia em que ela entra em vigor. 
 
> a lei só pode ser aplicada quando em vigor. 
 
> a lei se aplica no momento em que foi cometido o ato (se ela mudar antes do julgamento, 
mas após o ocorrido). 
 
> a vacatio legis serve para se ponderar sobre a mudança da lei, para haver discussões e 
revisões da nova lei (podendo ela até ser revogada) [adaptação da sociedade à nova lei] 
 
 
 
 
+ Lei Nova Incriminadora 
 
> é a hipótese da lei nova que vem a tornar fato anteriormente não incriminado pelo direito 
penal como fato incriminado, como fato típico. 
 \ a lei nova que incrimine o praticante de fato que ao tempo da prática não era típico, não 
poderá ser aplicada, pois é irretroativa. 
 
 
 
 
+ Lei Nova Prejudicial 
 
> a lei que não cria novas incriminações ou não abole outras precedentes, mas agrava a 
situação do sujeito (não retroage). 
 
 
 
+ Lei Nova Mais Benéfica 
 
> toda norma que amplie o âmbito da licitude penal, quer restringindo o campo do direito de 
punir (​jus puniendi​), quer estendendo o direito de liberdade (​jus libertatis​). 
 
> competência para aplicação 
 \ antes do trânsito em julgado / após o trânsito em julgado 
+ Combinação de Leis 
 
> A doutrina e os tribunais são divididos neste tema, alguns admitindo a combinação para, 
se preciso for, recolher partes de leis diferentes, aplicando-se ao caso concreto, enquanto 
outros vedam a combinação e pretendem optar por uma das leis mais favoráveis ao réu. 
 
 
 
 
+ Vacatio Legis na Lei Mais Benéfica 
 
> Enquanto a lei nova não entra em vigor, durante o vacatio legis, se uma pessoa for 
julgada por um ato cometido antes da mudança da lei, vale a lei anterior, e, assim, 
posteriormente à entrada da lei em vigor, o condenado pode recorrer a fim de alterar sua 
pena para adequá-la aos novos moldes da lei. 
 
> o juiz pode adiar a sentença durante o período de vacatio legis, para evitar confusões 
 
> duas correntes teóricas 
 \ primeira - aplica-se a lei nova, pois se vai mudar, é válido 
 \ segunda - não se aplica, já que a lei só passa a realmente existir após entrar em vigor 
 
 
 
 
+ Leis de Vigência Temporária 
 
> podem ser leis excepcionais ou temporárias 
 
> excepcionais - são promulgadas em casos de: calamidade pública, guerras, revoluções, 
epidemias cataclismos, etc. 
(ex.: lei para decretar que o preço da água não pode passar de um teto enquanto durar os 
efeitos de um furacão) 
 
> possuem vigência previamente fixadas pelo legislador 
 
> auto revogação (vale às duas) 
 \ consumado o lapso da lei temporária ou cessado as circunstâncias determinadoras das 
leis excepcionais, cessa a sua vigência 
 
 
 
 
 
 
 
+ ABOLITIO CRIMINIS 
 
> art. 2° - ninguém pode ser punido por lei que posteriormente deixa de ser considerada 
crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença 
condenatória. Lei posterior deixa de considerar como infração fato anteriormente 
punido. 
 
○ Ocorre quando não há mais definição ilícita de uma conduta, que deixa de ser 
criminosa. 
○ Mudança estrutural no pensamento da sociedade, mais do que mera mudança da 
lei. 
○ Natureza jurídica: causa da extinção da punibilidade (artigo 107). 
○ Efeitos primários da sentença penal condenatória: a retroatividade é completa, 
exclui todos os efeitos penais do comportamento antes considerado infração. 
● Inquéritos não podem ser iniciados; 
● Se o inquérito ou processo estiver em andamento, deve ser trancado; 
● Se existe sentença condenatória mas a pessoa ainda não foi presa, extingue 
o processo; 
● Se já estiver preso, o indivíduo é solto. 
 
○ Efeitos secundários da sentença penal condenatória: são apagados. 
● Reincidência; 
● Maus antecedentes (ficha criminal, com o nome do réu no rol dos culpados); 
● Revogação do sursis; 
● Revogação do livramento condicional. 
OBS: os efeitos civis não são extintos, além do ressarcimento da vítima. 
○ O momento da declaração pode ser a qualquer momento e ex officio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
+ Tempo do Crime 
 
> momento em que se considera que o crime foi cometido 
 
> o crime se considera ocorrido quando há a conduta, porém o resultado é o que define o 
tipo 
 
> relevância jurídica - fixar a lei que vai reger o crime, fixar a imputabilidade do sujeito, 
circunstâncias do tipo penal, prescrição, graça, indulto, etc. 
 
> teorias 
 \ atividade - aplica-se a lei vigente no momento da ação ou omissão, considera-se 
cometido o crime no momento da conduta. (adotada no Brasil) 
 \ resultado - considera-se que o crime ocorre com o resultado. 
 \ ubiquidade (ou mista) - é indiferente o momento da ação ou do resultado, é uma ou 
outra. (se define o crime a partir de outros critérios, como favorecimento ao réu) 
 
 
 
 
 
+ Lei Penal no Espaço 
 
> A lei é uma exteriorização da soberania. Por isso, a lei penal vigora onde existe soberania. 
 
> Princípios que regem a lei penal no espaço: 
\ Princípio da territorialidade (ius soli): a lei penal só tem aplicação no território do Estado 
que a determinou, sem atender à nacionalidade do sujeito ativo do delito ou do titular do 
bem jurídico lesado. 
\ Princípio da nacionalidade (ius sanguini): a lei do Estado é aplicável a seus cidadãos 
onde quer que se encontrem. O que importa não é o território, mas a pessoa. 
● Ativa: aplica-se a lei nacional ao cidadão que comete crime no estrangeiro, 
independentemente da nacionalidade do sujeito passivo. 
● Passiva: exige que o fato praticadopelo nacional no estrangeiro atinja um bem 
jurídico de seu próprio Estado ou de um co-cidadão. 
 
obs: pode ou não haver um tratado de extradição para resolver a diferença dos princípios. 
 
\ Princípio da defesa: leva em conta a nacionalidade do bem jurídico lesado pelo crime, 
independentemente do local de sua prática ou da nacionalidade do sujeito ativo. Visa 
proteger interesses do próprio Estado (crime lesivo ao interesse nacional). 
\ Princípio da justiça penal universal: qualquer Estado pode punir qualquer crime, 
independentemente da nacionalidade ou local. Basta que o autor do delito esteja dentro de 
algum país. Alcançado através de acordos. 
\ Princípio da representação: a lei penal de determinado país é também aplicável aos 
delitos cometidos em aeronaves e embarcações privadas quando realizados no estrangeiro 
e aí não venham a ser julgados. As públicas são consideradas territórios. 
 
> conceitos: 
\ Território: se divide em território material (espaço delimitado entre as fronteiras) e jurídico 
(espaço em que o estado exerce a sua soberania). 
\ Rios: nacionais (são aqueles que correm pelo território de um Estado - nasce e morre no 
mesmo Estado) e internacionais ( nasce em um país e corre por outros, ultrapassa países - 
pode ser sucessivo [aquele que passa pelo território de vários países] ou simultâneo [passa 
pelas fronteiras, simultaneamente em vários países] - esse conflito de interesse é resolvido 
por tratados). 
\ Mar territorial: criado para que a soberania jurídica do país se estenda. O decreto lei 
1098/70 estipulou as 200.000 milhas de mar territorial brasileira. 
\ Navio: públicos (são aqueles do país, são considerados parte do território, logo responde 
às leis do país a qual pertence - ex: de guerra, militares, alfândega…) ou privados (são 
aqueles que são de particulares, quando em alto mar respondem ao seu país, mas quando 
ancorados em outro país respondem as leis desse - ex: mercantes, de recreio)​. 
 
 
 
 
+ Lugar do Crime (art. 6) 
 
> internacionalmente existem três teorias 
 \ atividade - o lugar do crime é onde se desenvolveu a conduta criminosa, onde a pessoa 
realizou o ato de execução é onde se fixou o lugar do crime, se aplicando assim a lei 
daquele lugar. 
 \ resultado - o crime acontece onde há o resultado da conduta criminosa. 
 \ ubiquidade - não importa o quando e onde a conduta ocorreu, em qualquer um dos 
casos é possível haver a punição do crime. (adotada no Brasil) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Matéria para a G2 
 
 
 
TEORIA DO CRIME 
 
 
+ Teorias da conduta 
 
> ​Teoria Causalista (Naturalista)​ - conduta (ação) é o comportamento humano voluntário 
no mundo exterior, consistente no fazer ou não fazer, sendo estranha a qualquer valoração 
sobre a ilicitude e reprovabilidade. (não se olha a intenção, a ação não é julgada pela 
vontade de fazer) 
 \ problema estrutural na teoria, pois a falta da análise da conduta não possibilita que os 
fatos sejam completamente entendidos. (não explica por exemplo o homicídio tentado, a 
desistência voluntária) 
 \ dolo e xx se encontravam dentro da culpabilidade, (análise da pessoa, não da conduta) 
assim pertencendo à pessoa e não aos fatos. 
 
> ​Teoria Finalista​ - a ação humana é uma conduta finalista, pois o ser humano age com 
um sentido final. A intenção vale mais do que o resultado 
(não existe criminoso, existe conduta criminosa) 
 
> ​Teoria Social da Ação​ - a ação é a realização de um dano socialmente relevante, 
questionado pelos requisitos do direito e não pelas leis da natureza (da valor ao desvalor do 
resultado) 
 \ quanto mais o resultado infringir o bem jurídico social (socialização integral dos bens 
jurídicos, onde o bem não pertence à pessoa, mas sim à sociedade), mais grave é 
 
 
 
+ Formas de Conduta 
 
> ação (98%) - [comissivos, que exigem ação] - manifestam-se por intermédio de 
movimento corpóreo tendendo a uma finalidade. (teoria finalista) 
 \ do nada, nada surge 
 \ comissivos próprios e impróprios* (ou comissivos por omissão) 
 
*excessão - dever jurídico de agir 
 \ 
 \ 
 \ 
 \ 
 
> omissão (2%) - duas teorias 
 \ naturalista - a omissão é uma forma de comportamento que pode ser apreciada pelos 
sentidos sem que seja necessário invocar a norma penal. a norma penal só serviria para 
dar relevância à omissão em face do direito. 
 \ normativa - a omissão surge para o direito quando se cosntata que a conduta exigida 
pela norma nao foi realizada pelo sujeito, que deixou de observar o ​dever jurídico​ de agir. 
só há omissão relevante (para os crimes comissivos) quando o sujeito, tendo o dever 
jurídico de agir, abstém-se do comportamento. 
 
 
-- 
 
 
+ Adequação do Tipo 
 
 
+ Elementos do Tipo 
 
> objetivo: conjunto de palavras que fazem referência ao lugar do crime, ao modo de 
execução, ao tempo, etc. 
 
> subjetivo:

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