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HISTÓRIA DAS POLITICAS SOCIAIS BRASILEIRA

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(POR SER UM DOS ASSUNTOS MAIS COBRADOS EM CONCURSOS NA ÁREA REUNIMOS DOIS ARTIGOS MAIS ACESSADOS)
História das Políticas Sociais Brasileiras.
No inicio do século XX o governo utilizava a política social como meio de mediação, estratégia para acalmar a população, para tentar amenizar os conflitos gerados. A política social era usada para manter a ordem social governo utilizava essas políticas como uma medida governamental,fazendo com isso a população crer que o governo se preocupava com as camadas mais pobres da sociedade. Essas medidas consistia em;direito a saúde, a implantação de assistência social, consultas medicas,atendimento psicossocial ,reabilitação, a educação,lazer,trabalho, políticas sociais que nada mais eram que o direito,mas que era tratada como se fosse apenas mérito do governo em ajudar os menos favorecidos. E nesse contexto capitalista a população ficava feliz com medidas menos repressivas e mais humanas.
A trajetória da política social teve dois pontos marcantes; O primeiro e a ditadura Getulio Vargas e o populismo nacionalista e começa ai o período de controle da política. O segundo momento ocorre em 1964 no golpe militar ate à conclusão da constituição federal de 1988, nesses períodos a política social do Brasil cria e se recria conservando sua essência de caráter emergencial, para que com isso o governo conseguia manter o controle sobre a sociedade. Manter-se as margens das reivindicações, necessidades e pressões da sociedade.
O golpe militar afetou bruscamente os movimentos políticos e socioculturais, destruiu as conquistas anteriores que vieram por meio de tantas lutas sociais no país, a era Vargas foi considerada bons tempos para os direitos sociais, nesse período teve a implantação das legislações trabalhistas e sindicais.
A constituição de 1934 trouxe a criação do salário mínimo, ocorreu também a consolidação das leis do trabalho, dando ao povo um pouco de dignidade até o momento tão desconsiderado.
De 1945 em diante os direitos políticos ganharam força e reconhecimento nas organizações popular, nos sindicatos. Nos anos que seguiu veio a declaração universal dos direitos humanos, os direitos sociais, políticos e civis que foram se consolidando no decorrer da história.
Em 1964 veio o golpe militar e com ele a repressão, anulando todos os direitos seja ele individual coletivo e político. Todos os ditadores que passaram pelo poder no Brasil buscavam constantemente silenciar a classe trabalhadora, o Brasil passavam por uma época de total desprezo pela liberdade, tivemos nossos direitos usurpados pelos militares.
No final dos anos 70 a população se deparava com a necessidade de participação nas políticas sociais que seriam reflexos dos movimentos sociais e da realidade brasileira naquele momento. Já na década de 80 os brasileiros começam a perceber que tem direito a ter direitos, isso passa a fazer parte do dia a dia das lutas e mobilizações sociais. Nessa época que direitos como, educação e seguridade social, saúde assistência e previdência foi um marco significativo para os avanços em direção aos direitos de cidadania.
Em 1988 o ano que marcou no campo dos direitos sociais, pois foi nesse ano que se criou a nova constituição federal, promulgada pela assembléia constituinte, que tem leis abrangendo diversos segmentos e veio também revelando seu caráter democrático e colocou fim aos governos militares.
E é até hoje considerada uma das maiores conquistas do povo. Esta disposta na Constituição Federal de 88 em seu art. 3º; Constituem objetivos fundamentais da Republica Federativa do Brasil:
l – constituir uma sociedade livre, justa e solidária.
ll – garantir o desenvolvimento nacional
lll – erradicar a pobreza e marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais.
lV – promover o bem de todos sem preconceitos de origem, raça,sexo, cor, idade e quaisquer forma de descriminação (Brasil 1988)
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Dessas palavras pode-se imaginar o tamanho das conquistas e da importância da Constituição para o povo Brasileiro. Esse poderia ser o inicio de um novo tempo  pois o estado poderia ampliar sua ação contemplando as esferas da sociedade.
No entanto na década de 90 teve inicio a um processo de desmonte das bases que serviram de pilares para a constituição dos direitos constitucionais, o que ocorreu na época é que a gestão publica vinha deteriorando o financiamento e  a intervenção social provocou o que foi chamado de desmonte da nação de 1990 com o neoliberalismo, a crise econômica as políticas sociais com altas taxas de juros a inflação atingindo de cheio a constituição de 88 e assim frustrando o sistema de proteção social.
O neoliberalismo tem suas bases relacionadas a estratégia para suprimir o gasto social, bem como o mercado, privatização das empresas publicas e a mercatilização dos serviços públicos, ensino pago, fim da aposentadoria por tempo de serviço, participação das ONG’s na execução da política social. Assim o estado se livra de todas as responsabilidades e que deixo o mercado se auto regular com total liberdade sendo assim muito difícil de ocorrer daí a crise no Brasil.
Em 1990 o então presidente eleito Fernando Collor, no segundo dia como presidente anuncia uma ampla reforma econômica, financeira e administrativa o chamado: Plano Brasil mais conhecido como plano Collor. O principal objetivo desse plano era combater a inflação, enxugar a maquina administrativa do estado e eliminar o déficit administrativo para que o país conseguisse retornar o crescimento nacional. Esse plano que todos conhecemos não deu certo, no começo houve uma grande aceitação, mas com o passar do tempo começou a aparecer o lado negativo do plano Collor com o achatamento dos salários, o desemprego a paralisação de varias atividades econômicas, com o congelamento o salário e os preços começaram a subir e junto com eles veio a inflação. O governo lança o Plano Collor ll a população não recebeu bem e mais uma vez o plano fracassaria.
No final de 90 as varias denuncias de corrupção contra Collor levou o povo a se revoltar e sair nas ruas vestidos de preto com a cara pintada, exigindo ética na política, moralização e pedindo o impeachment de Collor, o poder legislativo também e o senado garante o impeachment. Mesmo com o fim do governo Collor e a entrada de Itamar Franco não se conseguia controlar a inflação que chegava a níveis insuportáveis, surge então um novo plano elabora pelo então ministro da fazenda Fernando Henrique Cardoso chamado de Plano Real que não tinha por objetivos soluções imediatas mas a curto e médio prazo. O Plano real garantiu a presidência para Fernando Henrique Cardoso em 1994.
O novo governo acelerou a implantação do neoliberalismo no Brasil, as crises cambiais seguidas em 95, 97, e 98 deu a oportunidade para que se acelerasse as privatizações para a radical políticas de cortes de gastos públicos e desregulamentação do mercado de trabalho. O governo promovia a importação e com isso o grande perdedor era as indústrias Brasileiras. E a política neoliberal segue com as privatizações das empresas publicas onde grandes empresas foram vendidas ou simplesmente unidas a empresas estrangeiras. A população reage a privatizações com criticas ao governo como “O Brasil esta a venda”. A política neoliberal de redução de gastos públicos traz para o Brasil as más condições de saúde, educação e moradia.
O Governo FHC cria “O Estado Mínimo” onde passa a responsabilidade do governo federal para os estados e municípios, assim consegue a descentralização dos encargos, essa era a cobertura política para os cortes de gastos a nível federal.
Com a política neoliberal o Brasil passa por caminhos não esperados, o aumento do desemprego e consequentemente das questões sociais, as necessidades básicas da população torna-se responsabilidade do estado com políticascada vez mais assistencialistas o que reforçava cada vez mais o aumento da miséria e da desigualdade social. A política de juros altos e de contenção do crescimento econômico fez com que o desemprego chegasse a números desconhecidos na história do país, outra conseqüência da política neoliberal foi a desregulamentação do mercado de trabalho e estímulos para os empregadores contratar sem carteira assinada. A ideologia neoliberal  como política de estado a eliminação aos direitos sociais, não só isso mas também a restrição a organização e a luta sindical. O neoliberalismo faz apologia ao livre mercado e inclusive ao mercado de trabalho e que a remuneração dos trabalhadores deve depender das condições do mercado.
O neoliberalismo não tem nada a ver com a legislação trabalhista, justamente pelo contrario ele prega que os trabalhadores devem estar a mercê  do que acontece no mercado. Ou seja o ideário neoliberal é a política de corte de gastos públicos, cria as más condições de moradia, saúde e educação. Cria-se o estado mínimo descentraliza as responsabilidades e encargos sociais do executivo federal para o executivo do estado e municípios, mas matem centralizado o poder de decidir sobre a política econômica social. Com isso os problemas são jogados nas mãos dos estados e municípios  que não vão dar conta das necessidades básicas da população e com isso veio a aumentar as desigualdades sócias no Brasil.
“A retratação do estado em suas responsabilidades e ações no campo social manifesta-se na compreensão das verbas orçamentárias e no deterioramento da prestação de serviços sociais públicos. Vem impulsionando uma transferência, para a sociedade civil,de parcelas das iniciativas para o atendimento das seqüelas da questão social,o que gera significativamente alterações no mercado profissional de trabalho. Por um lado, constata-se uma tendência à refilantropização social, em que grandes corporações econômicas passam a se preocupar e a  intervir na questão social dentro de uma perspectiva de “filantropia empresarial”. (IAMAMOTO,2000,P.42-43.)
A perspectiva ético-teórico-metodológica na intenção de ruptura e o projeto ético-político do serviço social.
Após o primeiro código de ética profissional, de 1947 ocorre uma reformulação no então código de 1965, que sofre algumas mudanças,mas ainda trás fortes influências religiosas e do modelo econômico hegemônico, tudo isso esta vinculado a um momento histórico de 1960 em que o serviço social entra em uma crise ideológica política e de atuação, que deu inicio a um forte movimento  de questionamentos e críticas aos modelos de atuações internacionais, do qual o serviço social brasileiro sofria influência principalmente em relação a burocratização e a ligação com a classe dominante,nesse momento surgem três tendências de modernização no serviço social. A primeira que foi chamada de matriz conservadora, que considerava valida atuação existente na época, já a segunda propunha uma modernização conservadora onde ainda se matéria ideais conservadores, a terceira já tinha sua base em direção a ruptura com o conservadorismo, esse movimento crítico do serviço social foi chamado reconceituação,que trazia questionamentos sobre a pratica da categoria e a sociedade, e fazia fortes criticas ao trabalho tradicional.
Com o golpe militar de 64 mudou os rumos históricos do serviço social, ruíram as iniciativas de rompimento com o conservadorismo, o maximo  que se conseguiu foi uma modernização  na qual ainda predominava o conservadorismo. O código apesar de esta pautado na defesa da família e na harmonia entre as classes e ordem justa e solidária ainda se mantinha sob as bases neotomista. Em 1975 o código de ética foi discutido e formulado pelos profissionais de serviço social em plena ditadura militar, nesse período o Brasil enfrentava graves crises, a inflação chegava a 34,5 %, a divida externa só crescia e os salários estavam baixos, nessa época também houve manifestações históricas na defesa dos direitos humanos e pela liberdade de expressão. Apesar de essa ser uma época muito difícil e a população se encontrar manipulada pelo regime militar, com muitos presos políticos torturas e mortes, mas nessa mesma época os movimentos sociais passaram a fazer frente ao regime militar. Porém o código de1975 mantinha relações com tecnicismo, funcionalismo e neotomismo, nesse código mostram-se muito forte a ditadura, que da direito de intervir na vida da sociedade e nas atividades profissionais.
E m 1986 com o fim do milagre econômico, a ditadura militar entra em crise, os movimentos sociais da classe trabalhadora, sindicatos e ate mesmo da igreja católica ganham força e espaço na luta pela democratização, foi nesse contesto de lutas sociais que o serviço social trazer a tona novamente o movimento de ruptura com o conservadorismo. O código de 86 foi considerado um marco na ruptura com o conservadorismo burguês, com os conceitos de moral religiosa e a neutralidade, esse código foi um divisor de águas na ética profissional porque marca  o rompimento com  conservadorismo e direciona o compromisso ético-político do serviço social com a classe trabalhadora,
A revisão do código de ética profissional do assistente social terminou em 1993 com a conclusão do código em que os assistentes sociais ampliaram suas conquistas e reafirmaram o direcionamento político. Os onze princípios básicos do código de 1993: liberdade individual; defesa intransigente dos direitos humanos; ampliação da cidadania; democracia; equidade e justiça social; eliminação de qualquer forma de preconceito; garantia de pluralismo; opção por um projeto profissional voltado para uma nova ordem profissional; articulação com outras categorias; qualidade de serviços prestados; e livre de descriminação.
           Após os anos 90 a pratica dos assistentes sociais vem sendo discutida através da instrumentalidade. E através da instrumentalidade que o serviço social se consolida e se materializa o que permite a união das dimensões técnica, política, pedagógica e intelectual das intervenções dos profissionais. Uma visão integrada das ações sociais possibilita  que sejam ações técnicas e politicamente comprometidas.
O projeto ético-político do serviço social ganha força em 1970,com a crise  da ditadura militar,e através da reorganização  política dos movimentos sociais  dos sindicatos, trabalhadores, associações e também os movimentos estudantis.Nos anos 80 torna-se evidente o crescimento  de produção teórica e analise  critica isso era resultados de novas pesquisas  em serviço social e de cursos de pós graduação.E com isso cresce a produção de conhecimento e despontava ai o rompimento  com o conservadorismo .Ainda nos anos 80 o serviço social cria uma nova identidade profissional,que foi construída na pratica em meio as lutas de classe e do enfrentamento das questões sociais, escolha de valores e o posicionamento contrario a visão tradicional que ate então se tinha.O comprometimento com a classe trabalhadora  elegendo esse valor ,como valor ético-político principal da profissão , a ética tem seu amadurecimento  na década de 90, através de conhecimentos éticos  e dos debates  críticos por vertentes marxista.Foi nesse momento histórico  das décadas de 80 e 90 que o projeto ético-político vem se estabelecer e incorporar  novas questões e necessidades  emergentes da época  tendo um caráter aberto.
A liberdade como valor ético central, concebida em um contexto histórico tinha um compromisso com a emancipação e autonomia do individuo, esse principio e um compromisso profissional de uma nova ordem societária onde não se existiria  exploração e dominação de classe, outro desses valores era a defesa dos direitos humanos,que tinha como base a equidade e justiça, que visava garantir o acesso universal aos serviços e políticas sociais,a ampliação da cidadania baseados nos direitos civis, sociais e políticos. No projeto o valor profissional se direciona a um compromisso com a competência na formação acadêmica, ou seja, formar profissionaisque sejam capazes de ter capacidade crítica de analise da realidade social para que fosse possível acabar com a visão errada que se tinha do projeto ético-político profissional. Outro valor do projeto e compromisso com o atendimento a população aos serviços prestados.
As constantes mudanças que a consolidação do neoliberalismo no fim do século XX inicio do século XXl fica claro a contradição existente entre o projeto societário neoliberal e o projeto societário do serviço social ,a realidade brasileira da época atinge a classe trabalhador, o que afeta em cheio o serviço social  a questão agora era como enfrentar  a política  daquele momento, sem perder  as conquistas anteriores. Apesar de o modelo neoliberal ser contra o projeto ético-político, a categoria consegue se fortalecer na luta pelos movimentos de democratização popular.
                                        “No Brasil, tornam-se visíveis e sensíveis os resultados do projeto societário inspirado no neoliberalismo – privatização do estado, desnacionalização da economia, desemprego, desproteção social, concentração exponenciada da riqueza etc.,nesta mesma medida fica claro que o projeto ético-político do serviço social tem futuro. E tem futuro porque aponta precisamente ao combate (ético,teórico,ideológico,político e prático-social) ao neoliberalismo,de modo a preservar e atualizar os valores que, enquanto projeto profissional,o informam e o tornam solidário ao projeto de sociedade que interessa à massa da população”.(Paulo Neto 1999,p.19)
O serviço social vem se renovando, ampliou a dimensão ética e os debates sobre a liberdade que o valor ético central,bem como a defesa intransigente dos direitos humanos entre outros assuntos, juntamente com outros profissionais e trabalhadores.
CONCLUSÃO
O estado não se importava com as necessidades básicas da população, não se criava políticas sociais,quando se criava as poucas políticas sociais era só pra conter a população e ter o controle e conseguir manter a ordem no país . O que era de direito da população era tratado como se fosse benefícios concedidos a população pelo governo, o descaso era total baixos salários ,mas condições de moradia, de trabalho, de ensino,saúde.
Na era Vargas foram conquistados alguns direitos sociais importantes, mas com o golpe militar de 1964, todos os direitos foram caçados tanto políticos, civis. Não se tinha direito algum,atrocidades foram cometidas a todo momento foram caçados, presos, torturados e mortos sem motivos ,explicação para isso não existe já que os militares fizeram tudo isso sem um motivo real, pessoas inocentes pagaram com a vida por crimes que supostamente teriam cometido que nunca tiveram a chance de provar o contrario já que os militares só aceitavam confissões de culpa,e de qualquer jeito seria condenado morte.
O serviço social esteve presente em todos esses momentos da realidade brasileira,com o golpe militar o serviço social teve grandes perdas porque a ditadura afetou diretamente a iniciativa de rompimento com o conservadorismo entre outras perdas estão as conquistas das classes trabalhadoras.
Nos anos 70 o Brasil se encontrava em meio a uma grave crise inflação alta, desemprego, baixos salários divida externa.Em meio a esse contexto o serviço social se fortalece nas lutas sociais junto com sindicatos,trabalhadores.Com o fim da ditadura em 1986 o código de ética profissional do assistente social rompe com o conservadorismo e se torna um marco  na historia do serviço social mas foi só em 1993 que o código de ética profissional do assistente social que rege ainda hoje foi criado com seu direcionamento voltado para o compromisso ético-político  do serviço social.
                          Nos anos 90 o governo neoliberal não consegue conter a crise que o Brasil enfrenta e só faz piorar por causa das privatizações do governo neoliberal desemprego como jamais se tinha visto,inflação castigaria o país e a população por vários anos ate o país conseguir se recuperar.
História das Políticas Sociais Brasileiras
As políticas de satisfação das necessidades sociais no Brasil tiveram sua trajetória influenciada em políticas econômicas internacionais. "Diferente, pois, das políticas sociais dos países Capitalistas avançados, que nasceram livres da dependência econômica e do domínio colonialista, o sistema de bem-estar brasileiro sempre expressou as limitações decorrentes dessas injunções". (Potyara, p.125).
Pode-se dizer que o estado de bem-estar-social no Brasil, não aconteceu de fato, contudo o que ocorreu foram os reflexos do sistema internacional. É importante ressaltar que no Walfare State, o Estado é o principal agente de proteção social de garantia de direitos. 
A política social do País teve sua expansão nos períodos de regime autoritário, dessa forma o Governo procurava mostrar uma cara humanista, para justificar sua ação interventora. Para compreender as experiências das políticas de necessidades básicas no Brasil, Potyara (2002) dividiu em cinco períodos históricos, de acordo com a situação política, econômica e social:
1º período laisseferiano:
O Brasil, nos anos 30 apresentava uma economia de agroexportação, assim o mercado era o responsável de atender as necessidades individuais e a questão social era tratada como caso de polícia, neste período o Estado limitava-se a atender as necessidades da população. Sobretudo neste período já existia a lei Eloi Chaves criada em 1923, como seguro social aos trabalhadores ferroviários, dessa forma os trabalhadores contribuíam às caixas de aposentadorias e pensões (Caps), no período de Getulio Vargas cria-se os institutos de aposentadorias e pensões (Iaps) atendendo uma classe mais ampla dos trabalhadores. 
2º período Populista/ desenvolvimentista: 
A época de 1930 a 1964 configura vários governos, que vai de Getúlio Vargas a João Goulart. O Principal agente transformador da economia foi o inicio de período Industrial.
Segundo Potyara, as principais medidas de proteção social desse período foram:
Na década de 30: criação do ministério do trabalho, indústria e comércio, da carteira de trabalho.
Na década de 40: Getúlio Vargas institui o salário mínimo, reestruturação do ministério de educação e saúde (...).
Na década de 40: no governo de Dutra: Promulgação da Constituição Federal de 1946(defensora dos ideais liberais)(...).
Na década de 50: durante o Governo de Juscelino K.: destaque da retórica internacionalista (...), no rol desses interesses, a política social só tem serventia como investimento em capital humano (...)
Na década de 60(até1964): com os Governos de Quadros e Goulart: estagnação econômica (...), e intensa mobilização das massas em torno de pleitos por reformas socioeconômicas. 
Percebe-se que muitas vitórias foram alcançadas nesses períodos pelos trabalhadores, observa-se que a criação do Ministério do Trabalho foi um importante passo, em defesa dos direitos dos operários, já que estes trabalhavam em condições muitas vezes subumanas. Nota-se também que esses períodos foram marcados por interesses e jogos políticos, os Governantes atuavam de forma repressiva no intuito de manter o poder sobre a sociedade.
3º Período tecnocrático militar:
Como nos períodos anteriores, este também se subdivide de 1964 a 1985, vai do governo de Castelo Branco até o de Figueiredo que termina em 1985.
As principais mudanças deste é que o Estado deixa de ser populista, tornando-se tecnocrático, "as reformas institucionais que acompanharam essa modificação resultaram na reestruturação da máquina estatal, privilegiando o planejamento direto, a racionalização burocrática e a supremacia do saber técnico sobre a participação popular" (Potyara, p.135). Neste contexto surgiram no País a valorização do capital estrangeiro e o conceito de política social, levando em consideração o desenvolvimento do País.
Nos primeiros anos da era tecnocrática, que vai de 1964 até 1967, o governo procurou dar continuidade aos programas da política anterior, sempre buscando atender os interesses do mercado.A partir de 1967 até 1974 a política social deixou de ser vista apenas como um suplemento da economia e se consolidou como um dos meios mais importantes pra acumulação de capital. Sobretudo o período de 1974 até 1979 foi quando houve grandes modificações na economia do País, (a partir da metas de Juscelino K). Estes períodos são marcados pela falta de interesse do governo em atender as classes pobres, seus principais interesses era o desenvolvimento de obras faraônicas, temos como exemplo a construção da Transamazônica. Dessa forma se houvesse agitações sociais, em busca de reformas sociais o Estado reagia de forma opressiva. O período de 1980 a 1985, sob o governo de Figueiredo, foi marcado pela diminuição dos gastos sociais, em decorrência do aumento do déficit público herdada do governo anterior. Este período foi marcado pela pressão da sociedade que lutava por democracia e questionava a situação das populações pobres. Assim a postura do Governo de não atender precisamente as questões sociais, ocasionou o aumento do desemprego e da miséria no País.
4º período de transição para a democracia liberal:
Em 1985, assume a Presidência José Sarney, seu lema era tudo pelo social, como exemplifica Potyara "A estratégia adotada para perseguir esse objetivo social incluía desde medidas de cunho emergencial, especificamente as voltadas contra a fome, o desemprego e a pobreza (...)". (2002, p.150). Esta fase foi de grandes vitórias à população brasileira, é quando pela primeira vez na história do Brasil, a Assistência Social é considerada como direito Constitucional instituído em 1988, o Estado passou a ter mais responsabilidades com a formulação de políticas públicas que atendessem os mínimos sociais.
5º período Neoliberal:
Neste período ocorreram mudanças significativas na economia e na política do País, Faz-se necessário compreender que o Neoliberalismo defende que o Estado não deve intervir na economia do País e ainda acrescenta, a saúde e a educação devem ser privatizadas, pois o Estado não tem condições financeiras de conceder serviços de qualidade, dessa forma o Estado deve ser apenas o regulador, concedendo apenas o mínimo para o social e o máximo de vantagens ao mercado. 
REFERÊNCIA: PEREIRA, Potyara A.P. Necessidades Humanas: subsídios à crítica dos mínimos sociais/ Potyara A. P. Pereira-2. ed.- São Paulo: Cortez, 2002.

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