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Normas Técnicas e Direito Civil na Construção Civil

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ARQUITETURA, URBANISMO E LEGISLAÇÃO A CONSTRUÇÃO CIVIL- Elaborado por: 
Prof.a Ms. Rita C. Dantas - 5 período –Civil 
 
AULA - 03 – NORMAS TÉCNICAS NORMAS LEGAIS , AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE, CÓDIGO 
CIVIL(Do Direito das Obrigações- Empreitada), USUCAPIÃO E DIREITO DE VIZINHANÇA 
1. AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE 
 
As principais definições, com significados semelhantes, são: 
Definição da ABNT NBR ISO/IEC 17000:2005: "demonstração de que os requisitos especificados 
relativos a um produto, processo, sistema, pessoa ou organismo são atendidos." 
Definição da OMC - Acordo sobre Barreiras Técnicas, Anexo 1: "qualquer procedimento 
utilizado, direta ou indiretamente, para determinar que as prescrições pertinentes de 
regulamentos técnicos ou normas são cumpridas." 
 
Definição do Inmetro : “procedimento que objetiva prover adequado grau de confiança em um 
determinado produto, mediante o atendimento de requisitos definidos em normas ou 
regulamentos técnicos.” 
1.2. ABNT 
Normaliza técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico 
brasileiro. Fundada em 1940, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão 
responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao 
desenvolvimento tecnológico brasileiro. 
 
É uma entidade privada, sem fins lucrativos, reconhecida como único Foro Nacional de 
Normalização através da Resolução n.º 07 do CONMETRO, de 24.08.1992. 
É membro fundador da ISO (International Organization for Standardization), da COPANT 
(Comissão Panamericana de Normas Técnicas) e da AMN (Associação Mercosul de 
Normalização). 
 
A ABNT é a única e exclusiva representante no Brasil das seguintes entidades internacionais: 
ISO (International Organization for Standardization), IEC (International Electrotechnical 
Commission); e das entidades de normalização regional COPANT (Comissão Panamericana de 
Normas Técnicas) e a AMN (Associação Mercosul de Normalização). 
 
Qual é a diferença entre NBR e NR? 
 
NBR é a sigla de Norma Brasileira aprovada pela ABNT, de caráter voluntário, e fundamentada 
no consenso da sociedade. Torna-se obrigatória quando essa condição é estabelecida pelo 
poder público. 
 
NR é a sigla de Norma Regulamentadora estabelecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego, 
com caráter obrigatório. 
 
ARQUITETURA, URBANISMO E LEGISLAÇÃO A CONSTRUÇÃO CIVIL- Elaborado por: 
Prof.a Ms. Rita C. Dantas - 5 período –Civil 
 
2. DIREITO CIVIL 
Direito civil é um ramo do Direito que trata do conjunto de normas reguladoras dos direitos e 
obrigações de ordem privada concernente às pessoas, aos seus direitos e obrigações, aos bens 
e às suas relações, enquanto membros da sociedade. 
O Direito Civil abrange o conjunto de normas previstas pelo código civil. No Brasil, o atual 
Código Civil, em vigor desde 11 de janeiro de 2003, contém 2.046 artigos. Estabelece, em sua 
parte geral, do direito das pessoas, dos bens e dos fatos jurídicos. Na parte especial, trata do 
direito das obrigações, do direito das empresas, do direito das coisas, do direito da família e do 
direito da sucessão. 
2.1 DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES 
INTRODUÇÃO 
 
Os contratos de empreitadas estão incorporados nas rotinas das atividades econômicas das 
sociedades deste, o Direito Romano. Em vem ao longo dos anos sofrendo modificações e 
adaptações para melhor se enquadrar na nova orbita jurídica ao qual se encontra inserido. 
 
A maioria dos contratos representam relações obrigacionais complexas peculiarizadas pelo 
sinalagma, ou seja, respectividade e proporcionalidade das prestações. Assim essas novas 
práticas contratuais disciplinadas pelo Código Civil de 2002, passaram a ser alvo de atuação de 
grande parte dos contratos que movimentam a engenharia civil. 
 
O contrato de empreitada é uma prestação de serviços é um negocio jurídico pelo qual o 
empreiteiro compromete-se a realizar determinada obra com o conteúdo licito na 
contraprestação de uma remuneração pela entrega desta obra conforme acordado entre as 
partes. Podendo ainda, esta empreitada ser apenas da execução da obra com o sem a entrega 
dos materiais. E a forma de pagamento pode ser integral ou parcial, fracionando-se o 
pagamento à entrega de parte da obra. 
 
Quanto a sua natureza jurídica trata-se de contrato bilateral, sinalagmático, onde as partes são 
credoras e devedoras entre si. O Contratante é simultaneamente credor do serviço e devedor 
da remuneração enquanto que o contratado e credor do preço e devedor do serviço. 
 
E oneroso calçado na remuneração acordada entre as partes., consensual se aperfeiçoa com a 
vontade das partes. Não solene, não sendo exigido sequer forma escrita, para a sua plena 
configuração. Comutativo ou predetermindao, postoque as partes já saibam desde de logo 
quais suas prestações, qual o objeto do negócio. ( Petry Advocacia,Junho 2013) . 
 
 
SINALAGMÁTICO: são os contratos bilaterais em que existe uma reciprocidade entre as obrigações das 
partes. 
ARQUITETURA, URBANISMO E LEGISLAÇÃO A CONSTRUÇÃO CIVIL- Elaborado por: 
Prof.a Ms. Rita C. Dantas - 5 período –Civil 
 
2.1.1 EMPREITADA 
 
A empreitada constitui modalidade de contrato de ampla importância no meio jurídico, pois 
visa a execução de obra material, como a construção de edifícios, plantações, conserto de 
veículos, ou intelectual, como confecção de ópera, elaboração de projeto de prédio de 
apartamento (DINIZ, 2009). Segundo Carlos Roberto Gonçalves (2011), este é o tipo de 
contrato em que o empreiteiro se obriga a realizar uma obra, mediante remuneração paga 
pelo contratante, dono da obra. Nota-se que essa relação tem como elementos essenciais os 
sujeitos, empreiteiro e dono da obra, o preço e a realização da obra para entrega futura 
(VENOSA, 2007). Não há obrigação entre o empreiteiro e o contratante, de modo que a obra 
pode ser realizada por aquele, pessoalmente, ou por terceiros. A vinculação é em relação ao 
resultado, ou seja, à obra. Conclui-se, então, que a remuneração é fixa, independentemente 
do tempo de serviço. Caso o empreiteiro demore mais, ele não receberá pelas horas extras 
trabalhadas, da mesma forma que recebe o acordado se realizar a obra em tempo menor. 
Diferencia-se de prestação de serviço, pois, nesta o objeto do contrato é a atividade do 
prestador, o prestador fica vinculado a quem o contratou e este assume os riscos da prestação. 
Isso significa que, na prestação de serviço, pode haver alteração da remuneração. 
2.2 USUCAPIÃO 
Usucapião é o direito que um cidadão adquire em relação à posse de um bem móvel ou imóvel 
em decorrência do uso deste por um determinado tempo. Usucapião é um termo originário do 
latim, e significa adquirir pelo uso. 
Para que esse direito seja reconhecido, é necessário que sejam atendidos determinados pré-
requisitos previstos na lei, especificamente no Código Civil e na Constituição Brasileira. Os pré-
requisitos fundamentais para a aquisição do direito são: a posse, por um determinado tempo 
do bem móvel ou imóvel, e que a posse seja ininterrupta e pacífica. A legislação brasileira 
prevê cinco modalidades de usucapião de bens imóveis: 
2.2.1 Usucapião ordinária 
É caracterizada pela posse de maneira pacífica e sem oposição do proprietário, e depende de 
justo título e de boa-fé. 
Neste caso, a posse deverá ser caracterizada pela acumulação dos seguintes fatores: 
 ocorreu de forma mansa e pacífica; 
 Ininterruptamente (continuamente); 
 Sem oposição do proprietário; 
 Por prazo igual ou superior a dez anos. 
 Contudo, este prazo pode ser diminuído de dez para cinco anos quando houver provas 
que o possuidor adquiriu o imóvel de maneira onerosa, com registro posteriormentecancelado e se: 
 O possuidor tiver efetuado investimentos de tipo econômico e social no imóvel; 
 O possuidor tiver constituído o imóvel como a sua morada habitual. 
ARQUITETURA, URBANISMO E LEGISLAÇÃO A CONSTRUÇÃO CIVIL- Elaborado por: 
Prof.a Ms. Rita C. Dantas - 5 período –Civil 
 
2.2.2 Usucapião extraordinária 
Independe de justo título ou de boa-fé. É caracterizada pela posse que ocorre com ânimo do 
dono, sem violência e oposição, tenha sido ininterrupta e com duração igual ou superior a 15 
anos. 
O prazo poderá passar de 15 para 10 anos se o possuidor tiver constituído o imóvel como 
morada habitual ou se nele tiver feito obras de caráter produtivo. 
2.2.3 Usucapião especial 
Pode ser urbana, individual ou coletiva, ou rural; 
Nas modalidades urbana, individual e coletiva os pressupostos são os mesmos, sendo que a 
posse deverá ter ocorrido de maneira pacífica; ininterruptamente; sem oposição do 
proprietário e por prazo igual ou superior a cinco anos. 
Na modalidade urbana individual os imóveis devem ter uma área até 250 metros quadrados, e 
o possuidor deverá ter usado o imóvel para abrigar a si próprio ou a sua família. Neste caso o 
justo título não é exigido, sendo presumida a boa-fé. No entanto, o possuidor não pode ser 
dono de outros imóveis, rurais ou urbanos. 
A modalidade urbana coletiva é muito similar à urbana individual, havendo a diferença que os 
imóveis terão área superior a 250 metros quadrados e a área equivalente a cada possuidor 
deve ser identificável. 
No caso da usucapião especial rural, ela pode ser adquirida por um indivíduo que: não seja 
dono de imóveis rurais ou urbanos; tenha posse do imóvel como se fosse dono durante cinco 
ou mais anos sem interrupção e sem contestação do proprietário; se a área do imóvel não for 
superior a 50 hectares; se mora no imóvel ou ganha o seu sustento através do seu trabalho ou 
da sua família. Neste caso se presume a boa fé, não havendo necessidade de justo título. 
2.2.4 Usucapião de bens móveis 
É quando o indivíduo pode acrescentar a posse dos seus antecessores à sua posse, ou também 
ser futuramente sujeitado à aplicação da usucapião. 
2.2.5 Usucapião familiar 
No dia 16 de Junho de 2011 entrou em vigou uma lei que indica uma nova modalidade de 
usucapião: o usucapião familiar. 
De acordo com o artigo 1.240-A, o cônjuge pode adquirir a usucapião se: a pessoa abandonada 
não for proprietária de outro imóvel nem tenha usufruído da lei anteriormente; tiver 
permanecido no imóvel durante dois anos sem interrupção e sem oposição do ex-
companheiro; o imóvel tiver até 250 metros quadrados. 
Nesta modalidade - também conhecida como usucapião por abandono de lar - o abandono 
deverá ser voluntário e sem justificação, sendo que a pessoa que pretende usucapir deverá 
ARQUITETURA, URBANISMO E LEGISLAÇÃO A CONSTRUÇÃO CIVIL- Elaborado por: 
Prof.a Ms. Rita C. Dantas - 5 período –Civil 
 
demonstrar que tal aconteceu. Um pedido de usucapião familiar só poderá ser pedido por 
indivíduos que se separaram ou que foram abandonados depois da criação do artigo. 
 
2.3 DIREITO DE VIZINANÇA 
CONCEITO 
São regras que limitam o direito de propriedade a fim de evitar conflitos entre proprietários de 
prédios contíguos, respeitando, assim, o convívio social. Constituem obrigações propter 
rem (que acompanham a coisa). 
Prevê o art. 1.277 do Código Civil que "o proprietário ou o possuidor de um prédio tem o 
direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que 
o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha". 
Os atos prejudiciais à propriedade podem ser ilegais, quando configurar ato ilícito;abusivos, 
aqueles que causam incômodo ao vizinho, mas estão nos limites da propriedade (barulho 
excessivo, por exemplo); lesivos, que causam dano ao vizinho, porém não decorre de uso 
anormal da propriedade (indústria cuja fuligem polui o ambiente, por exemplo). 
Os atos ilegais e abusivos decorrem do uso anormal de propriedade, posto que ultrapassam os 
limites toleráveis da propriedade. Outro ponto a ser analisado para verificar a normalidade de 
uso é a zona de conflito, somados aos costumes locais, já que são diferentes num bairro 
residencial e industrial, por exemplo. 
_____________________________________________________________________________ 
Bibliografia 
Filho, Misael Monteiro: Código de Processo Civil - Comentado - Versão Universitária - 2ª Ed. 
Ed.Atlas, São Paulo, 2013. 
 
Sites 
http://www.direitonet.com.br/resumos/exibir/55/Direitos-de-vizinhanca 
http://www.jurisite.com.br/apostilas/direito_civil.pdf 
http://www.abnt.orgbr

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