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TRABALHO EM GRUPO – TG A EVOLUÇÃO DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO Aluna: Silvana Ribeiro Dias Vieira RA-1619711 POLO TERESINA- PIAUÍ 2016-1 INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como objetivo refletir sobre o panorama mundial da trajetória de luta da mulher para a conquista da sua inserção no mercado de trabalho ao longo de décadas, como também, a sua participação e atual situação no mercado, frente aos desafios postos neste cenário. Em um primeiro momento, faremos a apresentação da trajetória de luta da mulher para conquistar sua inserção no mercado de trabalho, onde relataremos um pouco a sua luta e conquistas no atual cenário mundial. Num segundo momento, analisaremos o papel atual da mulher no mercado trabalho contemporâneo. 1. APRESENTANDO O PANORAMA MUNDIAL DA TRAJETÓRIA DA LUTA DA MULHER PARA A CONQUISTA DA SUA INSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO. Ao longo de toda a história a mulher era tida como sexo frágil. O seu papel era apenas de dona de casa de submissão ao marido, voltada apenas para os afazeres domésticos, pouco se discutiam a sua inserção no mercado trabalho. As convenções do início do século ditavam que o marido era o provedor do lar, cabia à mulher a tarefa de manter a sobrevivência da espécie e, ao homem, o labor no suprimento de alimentos. Mesmo assim, algumas mulheres conseguiram transpor as barreiras do papel de ser apenas esposa, mãe e dona do lar, ficou, para trás quando elas foram conquistando um espaço maior no mercado de trabalho. Que, segundo Leskinen (2004), foi apenas depois da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), é que a presença da mulher no mercado de trabalho se fez sentir de forma consistente e crescente. É importar destacar que a trajetória da luta da mulher para a conquista da sua inserção no mercado de trabalho não foi fácil. No dia 8 de março de 1908, em uma indústria têxtil, em Nova York, cento e cinquenta mulheres foram queimadas vivas, trancadas por seus patrões dentro de uma fábrica, por reivindicarem melhores salários e menor jornada de trabalho, fato que marcou sua trajetória de luta, desde então, considerado o Dia Internacional da Mulher, em homenagem a essas mártires da justiça. A partir do advento do processo de industrialização segunda metade do século XVIII, que trouxe o desenvolvimento tecnológico e o crescimento da máquina, aliado as duas guerras mundiais e a revolução feminista da década de 70, as mulheres foram requisitadas pelo mercado de trabalho como mão de obra em decorrência da saída da população masculina para a guerra, este movimento favoreceu a conquista de um maior espaço na sociedade, consequentemente, no mercado de trabalho. O sistema fabril gerado pela Revolução Industrial oferecia às mulheres um meio de sobrevivência, de independência econômica. Nessa época, as mulheres e as crianças eram preferidas nas indústrias, pois elas recebiam um salário inferior aos dos homens, mesmo estando na mesma função. Acker & Van Hauten (1974) citam que, na pesquisa de Hawthorne, as operárias, ao contrário dos homens, eram punidas se conversassem. A liberdade e a independência financeira das mulheres aparecem como a maior reviravolta da segunda metade do século XX. O desemprego na família e o rebaixamento do valor da mão de obra provocaram o aumento da presença feminina no mercado de trabalho para compensar a perda do poder aquisitivo do grupo familiar. No Brasil, o ingresso das mulheres no mercado de trabalho foi lento até a década de 1970 quando, então, passou a crescer em um ritmo mais acelerado 2. UMA ANÁLISE SOBRE O PAPEL ATUAL DA MULHER NO MERCADO TRABALHO Durante anos a mulher vem marcando a sociedade com sua perseverança a fim de conquistar seu lugar no mercado de trabalho. Passou por grandes obstáculos, entretanto, atualmente, recompensada pelo esforço de décadas a mulher, teve seus direitos garantidos, tornando – se mais simples a sua inserção no mercado de trabalho, conseguindo fazer valer seus direitos trabalhistas diante da sociedade que até então fora dominada pela força masculina. Apesar dos avanços e conquistas, as mulheres, a fim de serem admitidas no mercado de trabalho, foram levadas a aceitar condições de trabalho e de remuneração inferiores às dos homens. Não são raros os empregadores que ainda hoje consideram o salário feminino como um rendimento “de ajuda” à família. Alguns empregadores ainda argumentam que as mulheres não têm conhecimentos suficientes, tornando-se incapazes, portanto, de ocuparem cargos de maior prestígio. Outro fator a ser salientado é que as profissões onde há mais homens são as de executivos e técnicos, enquanto aquelas onde há mais mulheres são as de empregados, qualificados ou não e pouco valorizadas e mal pagas, tornando-se verdadeiros guetos femininos, como: professora da Educação Fundamental; Em 2003, o Instituto Ethos radiografou a situação da desigualdade globalizada das mulheres no mundo do trabalho e na sociedade em geral. A participação feminina nos cargos de direção é muito restrita e a das mulheres negras é bem menor que a das não negras. As trabalhadoras negras, discriminadas por gênero e por raça, se enquadram entre as que: são as mais pobres; trabalham em situações mais precárias; têm menos anos de estudo; têm menos possibilidades de carreira; têm rendimentos mais baixos; têm as mais altas taxas de desemprego. Além de sofrerem discriminações, as mulheres necessitam enfrentar outro cruel dilema que lhes impõe a sociedade moderna, ou seja, a de ter que escolher entre a profissão e a maternidade. A maternidade, apesar de ser valorizada socialmente, é um dos mais fortes motivos de discriminação. Segundo a Secretaria Geral das Nações Unidas- ONU existem, em todo o planeta, pessoas vivendo abaixo da linha de extrema pobreza, sendo que, mais da metade é composta por mulheres, fenômeno identificado como “feminização da pobreza”. Fenômeno que impede as mulheres de viver plenamente seus direitos de cidadania. Com isso, forma-se um círculo vicioso que piora cada vez mais a qualidade de vida de milhões de mulheres em todo o mundo. Essa situação atinge, também, os filhos dessas mulheres, o que contribui para a piora do quadro de miséria. A evolução da mulher no mercado de trabalho e a quebra desse círculo vicioso é uma das condições para diminuir a pobreza do mundo. No Brasil, entretanto, as mulheres já alcançaram um nível de escolaridade maior do que o dos homens e são quase metade da população economicamente ativa. A Revista Exame (2014) aponta que 83% dos cargos de gerência ou superiores na Microsoft são ocupados por homens. Acrescenta ainda que, dos 14 vice-presidentes, apenas três são mulheres. Embora seja crescente o número de mulheres em postos de comando, fica evidente a pequena participação feminina na cúpula das empresas e, as que estão lá, ocupam cargos que quase nunca formam presidentes. Fato evidenciado na fala de Satya Nadella presidente mundial da fabricante de softwares Microsoft quando participava de uma conferência nos Estados Unidos em que se discutia o espaço das mulheres em empresas de tecnologia falou que: As mulheres não deveriam pedir aumento salarial. „Trata-se de ter fé que o sistema lhes dará isso quando chegar a hora‟, disse Nadella. Como esperado, a declaração gerou celeuma. O executivo até tentou atenuar. Naquela mesma tarde, enviou um e-mail a todos os funcionários da Microsoftpedindo desculpas por ter se expressado mal. Para limpar mesmo a barra, Nadella falou na reunião anual de acionistas, em novembro, que pretende aumentar a diversidade na empresa. (SATYA NADELLA) A explicação para esse fato não reside no nível de escolaridade das mulheres, mas sim, nas barreiras invisíveis para a carreira das mulheres no mundo do trabalho. Segundo a revista Exame (2015), no mundo, as mulheres ocupam apenas 13% da alta liderança, enquanto entre os presidentes de empresa, as mulheres são apenas 2%. Dentro desta perspectiva, as mulheres se deparam com muitos desafios no mercado de trabalho. As lutas pela igualdade entre os sexos só vieram a obter sucesso pelo fato de que a ela mostrou sua capacidade de produção. Pois não haveria apenas protestos capazes de mudar a sociedade e seus paradigmas se as ela mulheres não provassem seu verdadeiro valor e competência. Sendo assim, esse novo olhar permitiu que a mulher saísse do lar e da tutela masculina (pais e/ou maridos) para conquistar sua liberdade. Liberdade esta que veio com a capacidade de gerar renda com o fruto do seu próprio trabalho e a de competir no mercado de trabalho, antes exclusiva aos homens. Cada vez mais as mulheres vêm conquistando um maior espaço no mercado de trabalho e participando ativamente dos segmentos profissionais para a construção de uma sociedade mais justa e equilibrada, e isso reflete na mudança e compreensão do homem sobre a postura frente ao papel da mulher no âmbito profissional e familiar. BIBLIOGRAFIA ROSSI, Lucas. Poucas e sem poder. Revista Exame, São Paulo, n 24, p. 132-134, dez 2014.
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