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Exame Físico Extra e Intra Bucal

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IMED - FACULDADE MERIDIONAL 
ESCOLA DE ODONTOLOGIA
RELATÓRIO DO SEMINÁRIO CLÍNICO DE 
PROPEDÊUTICA
EXAME FÍSICO
Aluna: Jayne Dal Asta
Professor: Leandro Cericato 
Disciplina: Propedêutica
PASSO FUNDO
2018
EXAME FÍSICO
O Exame Físico deve ser completo e feito ordenadamente após a anamnese.Com exceção aos casos de urgência, em que se deve ter o bom senso de realizar uma anamnese objetiva e um exame físico dirigido ao distúrbio que ocasionou a urgência ou emergência.
Trata-se de um conjunto de técnicas feitas para a avaliação física de um paciente. Essas técnicas são utilizadas por profissionais da saúde que visam diagnosticar algum mau funcionamento, doenças e anormalidades.
O exame físico propriamente dito se inicia no momento em que o paciente entra no consultório. Onde o profissional avalia o paciente observando alguns aspectos como o modo como caminha, alterações na pele, deformidades, alterações nutricionais, alterações respiratórias...
Após observar o paciente deve-se cobrir todas as regiões anatômicas em busca de alterações clínicas compatíveis, em princípio, com a queixa do paciente. Por tanto, devem-se examinar todas as estruturas utilizando as manobras de semiotécnica por meio dos sentidos inspeção (visão), palpação, auscultação e olfato.
Para examinar um paciente, é necessário conhecer a morfologia das várias estruturas a serem examinadas e os elementos que formam o complexo estomatognático. Devemos estar atentos para reconhecer e interpretar possíveis alterações de cor, textura e forma, discernindo o que foge do padrão de normalidade.
EXAME FÍSICO GERAL
O exame físico geral é a primeira fase do exame clínico, que além de complementar a anamnese, fornece uma visão ampla em relação à saúde do paciente.
Devem-se observar as seguintes características:
Biótipo: Define-se pelo tipo físico de uma pessoa sendo influenciada pela quantidade de gordura, massa muscular, altura e peso. Basicamente existem três biótipos:
ECTOMORFO: Magro, longilíneo, altura maior do que o peso, baixo percentual de gordura, dificuldades em ganhar massa, aparência frágil, postura curvada, ombros estreitos e levemente caídos, braços, pernas, dedos e pescoço longos, cintura alta (tórax pequeno).
Normalmente são pessoas sensíveis. Podem sentir mais frio do que o normal devido ao baixo percentual de gordura e calor em virtude da grande área corporal em relação a massa
MESOMORFO: Corpo atlético, forma retangular, peso e altura equivalentes, boa relação massa/altura, boa massa muscular, boa postura, ganham músculos facilmente, acumulam mais gordura do que ectomorfos, ombros largos, cumprimento médio de braços e pernas, cintura baixa (tórax grande).
Possuem boa definição muscular por natureza e atingem altos níveis de hipertrofia e explosão muscular.
ENDOMORFO: Alto percentual de gordura, peso maior do que altura, pesados, acumulam gordura facilmente, principalmente na região da barriga, corpo de aparência redonda, dificuldade em perder peso, baixa definição muscular, musculatura relativamente desenvolvida, escondida pela gordura, braços e pernas curtos, mãos e pés pequenos em comparação ao corpo
Ficam obesos facilmente, mas isso não quer dizer que não atinjam boa hipertrofia, o que ocorre é que a musculatura fica escondida embaixo da camada adiposa.
Observar o biótipo pode dar pistas da qualidade de saúde e possíveis doenças sistêmicas relacionadas com o peso do paciente.
Respiração: Deve-se observar a maneira que o paciente respira, rapidamente, curta, ofegante, pela boca ou nariz, devagar, normalmente. As alterações na respiração podem ajudar a fazer um diagnóstico precoce do problema do paciente.
Ambulação: É a maneira como o paciente se locomove, podendo fazer uso de algum auxílio para conseguir se locomover, como bengalas, muletas, próteses de membros, cadeira de rodas, se caminha normalmente ou manca, se tem uma perna mais curta que a outra. Podendo indicar que o paciente sofreu algum acidente, trauma, podendo vir a não ter algum órgão, preparando o profissional a ter mais informações.
Tegumento: Deve se avaliar as condições de pele do paciente se há alguma alteração, como machas, hematomas, aspectos de pele ressecada, se está descamando, com sardas, olheiras, tumores, se há alguma prótese facial. Podem indicar ao profissional alergias, doenças, traumas...
 
Temperatura: A temperatura corporal central é regulada pelo hipotálamo, a parte do cérebro responsável pela terma regulação. Um tipo de termóstato orgânico que, independentemente do ambiente externo, fixa a temperatura do corpo, em condições normais, em 36-37 ºC. Alguma ruptura nesse equilíbrio fisiológico, ou danos estruturais a qualquer um desses níveis pode levar à perda da capacidade de regulação térmica, como ocorre na febre, hipertermia e hipotermia. 
É importante aferir a temperatura do paciente pois pode indicar febre decorrente de alguma infecção ou até mesmo outras complicações ou doenças.
Pressão Arterial: Pressão arterial é o nome dado à força exercida pelo bombeamento do sangue na parede das artérias. Ao medirmos nossa pressão, nos deparamos com dois números sendo que, desses números, o primeiro é sempre maior que o segundo; esses números nos dão as medidas da pressão sanguínea em mmHg – milímetros de mercúrio e se referem a duas fases do ciclo cardíaco: a sístole e a diástole.
Na sístole os átrios se contraem, impulsionando o sangue para os ventrículos que, por consequência, bombeiam o sangue para as artérias, onde sua pressão se encontra alta dando o valor mais alto de 120mmHg
Na diástole ocorre o relaxamento dos músculos cardiovasculares; nesse período, ocorre a dilatação dos ventrículos que permitem a entrada do sangue no coração, onde sua pressão se encontra mais baixa dando o valor menor de 80mmHg.O valor de uma pressão arterial normal é de 120/80 mmHg.
A pressão arterial de cada pessoa pode variar de acordo com vários fatores, como idade, estado emocional, temperatura ambiente, uso de drogas...
Para se aferir a pressão arterial deve se ter os instrumentos que são usados em conjunto, o estetoscópio para ouvir os batimentos cardíacos e o esfignomanômetro que irá mostrar o valor da pressão arterial. 
Pulso: Cada batimento cardíaco gera uma onda de pressão que é transmitida pelas artérias a todo o organismo. Estas artérias podem ser sentidas em várias partes do corpo. Com maior facilidade podemos sentir no pulso, (artéria radial), na região temporal (na frente dos ouvidos, acima da articulação da mandíbula) e no pescoço (artéria carótida). 
Frequência cardíaca ou pulso normal: 
Bebês de menos de 1 ano: 100 a 160 batimentos por minuto.
Crianças de 1 a 10 anos: 70 a 120 batimentos por minuto.
Crianças de mais de 10 anos e adultos: 60 a 100 batimentos por minuto.
Para medir o pulso: 
Coloque seus dedos indicador e médio sobre a parte inferior do punho, abaixo da base do polegar.
Pressione firmemente os dedos planos até sentir o pulso (não use seu polegar para medir o pulso).
Com um relógio, conte os batimentos cardíacos por 1 minuto, ou por 30 segundos multiplicando por 2. Essa é a frequência cardíaca.
É muito importante aferir a pressão e os batimentos cardíacos do paciente, pois podem indicar doenças cardíacas, hipertensão, hipotensão, levando a vários problemas se não cuidados atentamente. 
Também devem ser observados aspectos culturais e emocionais do paciente que possam ser uteis no relacionamento entre o paciente e o profissional.
O cirurgião dentista não pode ignorar o estado emocional dos pacientes e aumentar o vínculo afetivo entre profissional e paciente é vital para o bom andamento do tratamento odontológico. Uma atitude empática do dentista, seu respeito às queixas e sentimentos do paciente e a explicação clara dos procedimentos que serão realizados pode minimizar e até suprimir a ansiedade do paciente. Dessa forma, confiança, segurança, tranquilidade e serenidadedevem ser encorajadas pelo cirurgião dentista durante as consultas. O profissional deve reconhecer que as pessoas têm o direito de serem informadas e de participarem do processo de reflexão sobre as ações que serão realizadas em seu corpo.
EXAME FÍSICO REGIONAL EXTRABUCAL
O exame extrabucal estuda as estruturas da cabeça e do pescoço. Com as manobras de semiotécnica, avaliam-se os sinais presentes, iniciando-se pela inspeção e posterior palpação de todas as estruturas. Inspeção; palpação e palpação indireta; percussão e percussão direta e percussão indireta; auscultação; olfação; punção; diascopia; exploração cirúrgica; sondagem; raspagem; fotografia; ordenha.
Devem-se observar os seguintes aspectos:
Formato da cabeça; • dimensão e relação entre crânio e face; • proporcionalidade entre os terços superior, médio e inferior; • distribuição dos órgãos e sua equidistância; • coloração do tegumento; • distribuição e quantidade de pelos.
 
A) Fácies
Coloração – dentro dos padrões de normalidade ou cianótica, ruborecida ou avermelhada, empalidecida ou descorada (alterações vasculares).
Alterações pigmentares – vitiligo, albinismo, pigmentações melânicas, icterícia.
Sudorese – transpiração intensa ou ausente. Na presença da sudorese pode indicar ao profissional que o paciente está com medo ou ansiedade.
Distribuição de fâneros cutâneos – distribuição dos pelos, hipertricose aumento da pilosidade, localizada ou geral, de caráter genético ou adquirido, que surge em locais normalmente providos de pelos. Epilação não tem nenhum pelo no corpo.
Alterações na textura – aspereza, aspecto coriáceo. Alterações na textura podem indicar doenças, faltas de nutrientes, vitaminas...
Distribuição do panículo adiposo – panículo adiposo distribuído regularmente, (camada de gordura disposta sob a pele)
Olhos – movimentação dos olhos e das pálpebras, reflexo (miose e midríase) pupilar, distância entre os olhos (o aumento é denominado hipertelorismo), vascularização da mucosa conjuntival, esclerótica, campo visual, alterações da visão como diplopia e ptose palpebral. Observar os olhos podem indicar se o paciente está ansioso, usa alguma droga, tem alguma paralisia da face, algum problema nos olhos como catarata, problema na formação dos ossos da face, trauma.
Nariz – obstrução das narinas, assimetrias, deformidades, sangramento. Pode indicar se o paciente tem alguma dificuldade de respirar, maior facilidade de sangramento nasal...
Ouvidos – alterações de forma, integridade timpânica, obstrução do meato acústico, dor ao toque, presença de exsudato purulento. 
B) Cadeias ganglionares 
A palpação dos linfonodos da região da cabeça e do pescoço tem grande valor diagnóstico, uma vez que o sistema linfático está envolvido em várias doenças, tanto locais como de origem sistêmica.
Os linfonodos são uma barreira de defesa; por isso, passam por eles microrganismos e células tumorais, podendo provocar linfadenopatia infecciosa ou tumoral, respectivamente. Normalmente, um nódulo linfático saudável não é palpável; mede cerca de 0,5 cm de diâmetro e é flácido.
Para palpar um linfonodo, é necessário relaxar a musculatura da área. Por exemplo, um gânglio de cadeia submandibular do lado direito é palpado com a cabeça do paciente fletida para baixo e para a direita. O examinador utiliza quatro dedos, excluindo o polegar, tracionados a partir da região central submandibular contra a da mandíbula. Os distúrbios primários dos linfonodos são mais raros e são sempre tumorais, conhecidos e classificados no grupo dos linfomas. O acometimento secundário pode ser inflamatório ou tumoral.
Um nódulo linfático só é palpável quando está acometido por alguma alteração fisiopatológica.
As principais cadeias linfáticas que drenam a boca são: • submandibular; • mentoniana; • bucinatória; • pré-auricular; • pós-auricular; • cervical, anterior, posterior e transversa.
Saber identificar se há alguma alteração no tamanho dos linfonodos pode auxiliar em identificar processos infecciosos próximos ao local onde o linfonodo se localiza, problemas endodônticos, tumores...
C) Articulação temporomandibular (ATM)
É uma articulação que liga o maxilar ao crânio. Essa articulação é uma das mais complexas do corpo humano, responsável por mover a mandíbula para frente, para trás e para os lados. Qualquer problema que impeça a função ou o adequado funcionamento deste complexo sistema de músculos, de ligamentos, de discos e de ossos é chamado de DTM. Geralmente, a DTM dá a sensação ao indivíduo acometido de que sua mandíbula está saltando para fora, fazendo um estalo e até travando por um instante. 
Disfunções de ATM apresentam muitos sinais e sintomas. É difícil saber com certeza se você tem DTM, porque um destes sintomas ou todos eles podem também estar presentes em outros problemas. Seu dentista poderá ajudá-lo a fazer um diagnóstico preciso, através de uma história médica e dentária completa, um exame clínico e de radiografias adequadas.
Alguns dos sintomas mais comuns de DTM são:
Dores de cabeça (freqüentemente parecidas com enxaquecas), dores de ouvido, dor e pressão atrás dos olhos;
Um "clique" ou sensação de desencaixe ao abrir ou fechar a boca;
Dor ao bocejar, ao abrir muito a boca ou ao mastigar;
Mandíbulas que "ficam presas", travam ou saem do lugar;
Flacidez dos músculos da mandíbula;
Uma brusca mudança no modo em que os dentes superiores e inferiores se encaixam.
A palpação, com o examinador posicionado atrás do paciente, deve ser bilateral e simultânea, com os dedos colocados cerca de 1 cm anteriormente ao trágus (região pré-auricular). Solicita-se ao paciente que abra e feche a boca com o intuito de sentir a movimentação da cabeça da mandíbula. O exame é complementado com auscultação indireta com estetoscópio, procurando-se estalidos e/ou sensação de crepitação.
D) Glândulas salivares maiores 
Parótida – é a mais desenvolvida das glândulas salivares e situa-se anteriormente ao pavilhão auricular. Seu polo inferior ultrapassa o ângulo da mandíbula. Podem-se notar nódulos com ou sem sinais flogísticos. Um sinal importantíssimo, associado a um eventual nódulo fixo, consistente e indolor na região parotídea, é a paralisia facial do mesmo lado da lesão, que pode representar tumor maligno de parótida. 
Submandibular – situa-se na região submandibular, alojando-se na face lingual (vertente interna) do corpo da mandíbula, provocando uma depressão óssea conhecida como fóvea da glândula submandibular. Essa fóvea por vezes é tão acentuada que, ao exame de raios X, simula imagem sugestiva de cavidade cística.
Sublingual – é a menor das glândulas salivares maiores. Situa-se no soalho da boca, próximo à inserção da língua na forma da letra U.
As doenças inflamatórias são causadas por:
	
	Vírus (cachumba como o mais comum que acomete a glândula parótida)
	
	Obstrução nos ductos de drenagem destas glândulas por cálculos,
	
	Alguns tipos de reumatismo,
	
	Estados de desidratação intensa (a água é a base da formação da saliva)
As doenças tumorais representam raridade (3% de todos os tumores) e ocorrem em 80% das vezes nas glândulas salivares maiores, com maior predileção pelas glândulas parótidas. Dos tumores que afloram na parótida, 80% são benignos, e das glândulas salivares menores só 50% são benignos.
Os sintomas mais comuns das doenças inflamatórias são:
	
	O aumento de volume,
	
	A dor local,
	
	A pele avermelhada e a saliva oriunda desta glândula purulenta e/ou espessa
E) Ossos 
Os ossos maxilomandibulares, assim como os outros ossos da face, devem ser palpados à procura de aumentos, depressões e assimetrias de modo geral. Ao mesmo tempo que se inspecionam e se palpam os ossos, também se palpam os músculos estática e dinamicamente, solicitando que o paciente realize movimentos. É muito comum confundir hipertrofia do músculo masseter com outras alterações, como parotidite epidêmica (caxumba).Para diferenciá-las, solicita-se que o paciente, em oclusão, force ainda mais a compressão das arcadas dentárias, quando se observa pela inspeção e se confirma pela palpação bilateral o aumento do tônus muscular do masseter uni ou bilateralmente.
F) Inervação 
Palpando-se uni ou bidigitalmente, desde a emergência até o longo dos nervos motores e sensitivos da face, pode-se avaliar a sensibilidade dolorosa ao toque. Em casos de nevralgia do nervo trigêmeo, classicamente a dor se intensifica quando pressionamos a região do forame infraorbitário – também chamada ponto-gatilho (trigger point). Isso desencadeia dor na hemiface desse mesmo lado. Pode-se ainda testar a condução nervosa mediante a estimulação por choques elétricos de baixa amperagem, observando-se a contratura muscular decorrente.
O nervo trigêmeo é o nervo sensitivo para a face e é o nervo motor para os músculos da mastigação e diversos pequenos músculos, é muito importante ter conhecimento sobre ele para a odontologia, se ramifica em três ramos:
o mandibular, o oftálmico e o nervo maxilar.
EXAME FÍSICO INTRABUCAL
O exame da boca deve ser feito de maneira ordenada e completa, examinando-se pausadamente cada estrutura com a certeza de não ter omitido nenhum detalhe. Devem-se observar todas as condições para exame físico, com a boca aberta, tracionando-se o lábio no sentido contrário de sua inserção, e também lateralmente, para verificar a textura, a elasticidade, a transparência da mucosa, a inserção de freios, etc.
A palpação é bidigital, com o dedo indicador e o polegar, procurando-se  eventuais lesões submucosas nodulares, bolhosas ou qualquer alteração. Os lábios fazem parte da porção mais externa da boca, estando, portanto, mais sujeitos a traumatismo. O lábio inferior, por sua localização, é mais sujeito às lesões que constantemente atingem a boca, como as decorrentes de radiação solar, tabagismo em suas várias formas, alimentos, cosméticos entre outras.
Fundo de sulco – formado pela mucosa labial e jugal com a mucosa alveolar. Deve ser observado com o lábio em posição normal e tracionado, palpando-se uni digitalmente, deslizando a polpa do dedo indicador.
Mucosa alveolar – mucosa que se situa entre o fundo de sulco  
e a gengiva inserida. Deve-se tracionar o lábio para ter boa visão da mucosa e fazer a palpação para ver se tem alguma alteração.
Gengiva inserida – mucosa de cor rosa-pálido que se situa entre a mucosa alveolar e a gengiva livre. É fortemente aderida ao osso alveolar e espessa, apresentando pontos deprimidos com aspecto de casca de laranja correspondentes às fibras que mantêm essa aderência.
Deve-se observar cor, textura, espessura, lesões...
Gengiva livre – é a margem ou bordo da gengiva que circunda os dentes em forma de colarinho. Em aproximadamente 50% dos casos, delimita-se com a gengiva inserida adjcente através de uma depressão linear rasa, a ranhura ou sulco gengival livre. Geralmente apresenta largura ao redor de 1 mm e forma a parede de tecido mole do sulco gengival. Pode ser separada da superfície do dente com uma sonda periodontal. É examinada mediante sondagem indireta do sulco gengival que a compõe.
Gengiva (papila) interdental – preenche o espaço entre dois dentes adjacentes. Na região anterior tem a forma piramidal enquanto, entre os dentes posteriores, possui em corte vestíbulo lingual a forma de uma tenda ou barraca, onde os cantos linguais e vestibular são altos, enquanto que a porção central é côncava. Esta depressão central encontra-se subjacente às superfícies de contato, é denominada "col".
Devem- se observar espessura, retrações, lesões, crescimentos anormais, coloração...
Rebordo alveolar – o rebordo ósseo alveolar é uma estrutura anatômica que tem como função o alojamento das raízes dos dentes e sua forma depende da presença e posicionamento dessas raízes. Uma das causas mais comuns de perda da arquitetura do rebordo alveolar pode ser conseqüência de uma periodontite, exodontias ou mesmo traumatismos. Com o intuito de restabelecer a anatomia devolvendo volume e altura óssea para a regiões edêntulas, existem os enxertos ósseos autógenos ou alógenos e materiais aloplásticos. As alternativas protéticas como pontes fixas ou os implantes osseointegrados necessitam de um rebordo alveolar com contorno anatômico e espessura óssea que devolva estética e função.
Mucosa jugal (bochecha) – inicia-se na comissura labial, mucosa retro comissural, estendendo-se até o pilar anterior. Pode ser palpada bi digitalmente, com polegar e indicador, ou de forma digito palmar. Para observar essa mucosa, é necessário afastar os lábios e a mucosa jugal com duas espátulas de madeira convergentes a partir dos lábios cujas pontas se encontrem na porção posterior da mucosa jugal.
 
Língua – pode ser dividida em quatro regiões: dorso, ventre, bordas laterais e ápice. Com o paciente de boca aberta e a língua em repouso, examina-se o dorso; solicitando ao paciente que estire a língua, examina-se o ápice. Com a língua fletida para um lado, examina-se o lado oposto, e vice-versa. Examina-se da mesma forma o ventre lateral. Quanto ao ventre anterior, é examinado com ápice lingual pressionando para cima. Com uma compressa de gaze, envolve-se o ápice lingual para tracionar a língua e examinar o dorso e a borda 
lateral posterior. Deve-se também observar a livre movimentação da língua, já que existem patologias em que o primeiro sinal é a dificuldade de movimentação (p.ex., invasão por carcinoma epidermoide). A palpação deve ser bidigital e percorrer todo o órgão.
Língua saudável se mostra macia, viçosa e rosada. Podendo-se distinguir as papilas gustativas, pequenos caroços, responsáveis pela absorção dos sabores.
O aparecimento de manchas e placas brancas é sinal de alerta. Pode ser indício de uma infecção fúngica, como a candidíase, ou de uma deficiência na imunidade, situação mais comum entre pessoas com HIV. Acontece que, muitas vezes, essas características significam apenas uma deposição de saburra, camada de resíduos gerados pelas próprias papilas e restos de alimentos – nada que uma boa higiene bucal não remova.
Língua geográfica, também conhecida como glossite migratória benigna, é uma condição inflamatória que afeta a língua. Os nomes coloquiais devem-se ao fato de as línguas afetadas lembrarem os aspectos de um mapa. A parte superior da língua é coberta por pequenas saliências chamadas papilas. 
 Língua Geográfica.
Soalho da boca – é examinado utilizando-se os mesmos recursos para o exame da língua. Com afastadores, observamos o soalho da boca. A palpação é feita deslizando-se o dedo em todo o soalho da boca, apoiando a região submandibular externamente com a outra mão. Como foi visto no exame extra bucal das glândulas salivares, devem-se observar os ductos e a emergência das glândulas salivares mediante ordenha intra e extra bucal. Os pontos de emergência das glândulas salivares maiores estão bem localizados.
Parótida – na mucosa jugal em direção ao espaço interoclusal, entre o primeiro e o segundo molar superior, a 1,5 cm do fundo do sulco bilateralmente.
Submandibular e sublingual – na mucosa do soalho da boca, ao lado da inserção do freio lingual, bilateralmente.
Palato duro – o paciente deve estar com a cabeça fletida para trás para a inspeção direta e horizontalizada. Para a inspeção indireta, a palpação é feita com a polpa do dedo indicador.
Palato mole – para inspecionar o palato mole e a úvula, a língua deve estar protruída. Solicita-se que o paciente pronuncie as vogais E e I, que normalmente determinam o levantamento do palato mole e da úvula.
O palato duro possui saliências ósseas transversais que podem ser sentidas ao passar a língua pelo céu da boca.
No palato mole está a úvula palatina, conhecida popularmente como "campainha da boca". Do lado direto e esquerdo da úvula, ou seja, nos cantos do palato mole, estão as tonsilas palatinas, mais conhecidas como amígdalas.
A fendapalatina (fissura no céu da boca) e o lábio leporino (fissura no lábio superior) são os defeitos físicos de nascença mais comuns em bebês.
Essas alterações ocorrem devido a problemas genéticos ou pelo consumo de álcool ou cigarro, uso de medicamentos, exposição a algum vírus ou deficiência nutricional durante a gravidez.
Porção visível da orofaringe – a orofaringe é a parte da garganta logo atrás da boca. Ela inclui a base da língua, o palato mole, as amígdalas, e a parte lateral e posterior da garganta. Solicita-se ao paciente que pronuncie as vogais E e I enquanto se pressiona a língua, comprimindo-a contra o soalho da boca.
Os sinais e sintomas de câncer na boca e orofaringe podem incluir:
Ferida na boca que não cicatriza.
Dor na boca que não desaparece.
Caroço ou inchaço na bochecha.
Mancha branca ou vermelha nas gengivas, língua, amígdalas ou mucosa da boca.
Ferida na garganta ou sensação de ter algo preso na garganta.
Dificuldade para mastigar ou engolir.
Dificuldade de mover a mandíbula ou a língua.
Dormência na língua ou outra área da boca.
Inchaço da mandíbula causando desconforto com a dentadura.
Enfraquecimento dos dentes ou dor ao redor dos dentes.
Alterações na voz.
Nódulo ou massa no pescoço.
Perda de peso.
Mau hálito constante.
Desta forma saber reconhecer anormalidades estará criando oportunidades para que uma das metas mais importantes na área da saúde seja atingida – o diagnóstico precoce – o que determinará ações terapêuticas mais eficientes e com um menor custo.
A evolução dos conhecimentos da patologia associada aos avanços da clínica fez da estomatologia uma disciplina que interage com as outras especialidades odontológicas e também com algumas áreas da medicina que entendem que a boca faz parte da saúde geral do indivíduo.
Referências
http://www.enfermeiroaprendiz.com.br/exame-fisico-geral/
http://www.enfermeiroaprendiz.com.br/tecnicas-basicas-de-exame-fisico/
http://www.centraldaenfermagem.com/como-fazer-inspecao-palpacao-percussao-e-ausculta/
http://informativoequestre.com.br/exame-fisico-odontologico/
http://dicasodonto.com.br/2012/05/28/o-exame-clinico-odontologico/
http://www.sorrisologia.com.br/noticia/sabe-o-que-e-atm-uma-sigla-que-voce-precisa-entender_a416/1#1
http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-52102012000300002
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/anamnese-e-exame-intrabucal/17640
http://estomatologiaonlinepb.blogspot.com.br/2015/04/pioestomatite-vegetante.html?m=1
http://profissaodentista.com/2016/12/24/anatomia-histologia-e-fisiologia-do-periodonto/
https://odontodivas.com/2011/03/importancia-do-exame-clinico-conhecendo-seu-paciente.html
http://www.oncoguia.org.br/cancer-home/cancer-de-boca-e-orofaringe/53/175
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/a-boca-e-a-orofaringe/760/175/
http://www.dentistasp.com.br/orientacoes/?idpub=11
https://w2.fop.unicamp.br/ddo/patologia/downloads/db301_un1_ExameClinico.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/163124/mod_resource/content/1/Exame%20cl%C3%ADnico%20-%20stoa.pdf
http://www.odontoluz.com/dicas/saiba-mais-sobre-exame-clinico
https://daliodontologia.com.br/o-que-e-estomatologia-e-quais-doencas-bucais-que-esta-especialidade-odontologica-trata/
http://www.institutodosorriso.com.br/?cont=estomatologia
https://www.passeidireto.com/arquivo/21559216/exame-clinico

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