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ATO NULO E ATO ANULÁVEL Tanto o ato nulo (nulidade absoluta) quanto o ato anulável (nulidade relativa) invalidam o negócio jurídico, fazendo com que as partes retornem ao status quo anterior à celebração do negócio (art. 182, CC/2002). A invalidade ser total ou parcial (art. 184, CC/2002), sendo, por isso, possível sejam anuladas apenas algumas cláusulas contratuais, sem que o contrato inteiro seja fulminado pela invalidade. O ato inválido não deixa de ser um ato jurídico, porém defeituoso; por isso, os efeitos esperados pelo ato não podem ser produzidos ou, se já produzidos, não podem ser mantidos e devem ser desconstituídos (neste último caso apenas os atos nulos). Princípio da gravitação jurídica e teoria das nulidades: a invalidade do negócio principal atinge os negócios acessórios; porém, a invalidade dos acessórios não atinge o principal (art. 184, segunda parte, CC/2002). Quadro comparativo das principais diferenças entre ato nulo e ato anulável ATO NULO ATO ANULÁVEL Matéria de ordem pública. Resguarda interesses eminentemente privados. Pode ser aguido pelo MP, quando lhe couber intervir, ou qualquer interessado e deve ser declarada ex officio pelo juiz, que não pode supri-las. Só pode ser alegado pelas pessoas a quem aproveitem, não podendo ser suscitada ex officio pelo juiz, além de produzir efeito tão somente entre as partes. Não pode ser ratificado. Pode ser ratificado. Pode ser suscitado a qualquer momento. Há prazo decadencial para ser suscitado. Eficácia ex tunc. Eficácia ex nunc. Sentença declaratória. Sentença constitutiva. Ação declaratória de nulidade Ação anulatória O vício não convalesce com o tempo (imprescritibilidade da nulidade - correntes doutrinárias). O vício convalesce com o tempo Ato nulo: hipóteses (arts. 166 e 167): Ausência de um dos requisitos de validade. O motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito. For preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade. Tiver por objeto fraudar a lei. A lei assim determinar. Negócio jurídico simulado. Ato Anulável: hipóteses (art. 171, CC): O agente for relativamente incapaz. Por erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão e fraude contra credores. Demais situações previstas em lei. Obs: O menor de 18 e maior de 16 não pode alegar sua incapacidade para invalidar o negócio jurídico se conscientemente ocultou sua idade, assim como o ato não será anulado em desfavor do incapaz se restar comprovado que não houve proveito do menor com a prática do referido ato.
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