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OS SUJEITOS DO PROCESSO

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PARTES E PROCURADORES 
 
O conceito de partes é de grande importância, uma vez que é usado para 
saber quem pode ser beneficiado pela sentença judicial e quem será prejudicado 
com os efeitos de tal pronunciamento. 
As partes do processo são o autor; este quem ocupa o polo ativo, e o 
réu; que é quem ocupa o assento no polo passivo. 
Todas as pessoas, podendo ser físicas ou jurídicas, e também alguns 
entes personalizados, possuem capacidade de ser parte. Portanto, nem todas 
pessoas possuem capacidade processual. Somente as pessoas que se acharem 
no exercício dos seus direitos tem capacidade para estar em juízo, segundo o 
art. 7º do CPC. 
Para haver a capacidade processual, a pessoa deve ser maior de idade 
e capaz. Os incapazes, quando vão à juízo, necessitam da representação e da 
assistência, que se dão pelos mesmos meios do processo civil. Os pais, tutores 
ou curadores dos incapazes irão os representar ou assistir. 
Os tutores são nomeados na forma da lei civil, para os menores que não 
estão sob o poder familiar. Já os curadores são nomeados pelo juiz, no que se 
chama de processo de interdição, em favor dos demais incapazes. Possuem um 
curador especial àqueles que não tiverem quem os represente ou assista, como 
exemplo o menor cujo não foi colocado ainda sob tutela pelo motivo do recente 
falecimento de seus pais. Neste caso, suas funções exaurem no processo em 
que foi nomeado, este não se torna definitivamente representante geral do 
incapaz. Há a necessidade deste ser colocado sob tutela, se for menor de idade; 
ou sob curatela. 
Quando os interesses do incapaz colidirem com os de quem o 
represente ou assiste, haverá a necessidade da nomeação de curador especial. 
As pessoas jurídicas de direito público são: a União, os Estados, o 
Distrito Federal, os Municípios, as autarquias e as fundações públicas. De acordo 
com a CF, em seus arts. 131 e s., é competência da Advocacia-Geral da União 
representá-las em juízo, ativa ou passivamente. São representados pelos 
respectivos procuradores os Estados Federados, o Distrito Federal e os 
Municípios. As pessoas de direito privados sempre serão representadas por 
quem os seus estatutos designarem, e não havendo tal designação, serão 
representadas pelos seus diretores. 
Há também os entes despersonalisados que possuem capacidade de 
ser parte. Como por exemplo: a Massa falida, o Espólio, Herança jacente e 
vacante, etc. 
A função do curador especial é colocar em equilíbrio o processo no qual 
uma das partes se encontra em posição de desvantagem, isso ocorre em 
respeito ao princípio constitucional da isonomia. Nas ações em monitórias, em 
que o réu for citado por edital ou com hora certa e permanecer revel, também 
haverá a necessidade da nomeação de curador especial. 
De acordo com os termos da Lei Complementar n.80/94, art. 4º, VI, a 
curadoria especial é função institucional da defensoria pública. É incumbido em 
caráter exclusivo tal atividade à defensoria pública, portanto, nos locais onde ela 
ainda não estiver sido instituída, tal função poderá ser exercida pela 
Procuradoria-Geral do Estado e entidades conveniadas a ela. 
Se da falta da nomeação de curador especial decorrer algum prejuízo 
àquele em favor de quem o curador atuaria, será implicada a nulidade ao 
processo. 
É plena a capacidade civil do homem e da mulher, portanto, é necessário 
que os cônjuges deem um ao outro o consentimento para ajuizar ações que 
tangem sobre direitos reais imobiliários. Isso se refere à outorga uxória da 
esposa, ou autorização marital. 
No que diz respeito ao suprimento judicial de consentimento, isso quer 
dizer que há a possibilidade de suprir-se o consentimento do cônjuge que, se 
justificar, recusa-se a dá-lo. Essa autorização é imprescindível no polo ativo, 
exceto no regime de separação absoluta de bens. Haverá também o suprimento 
judicial quando for impossível um cônjuge dar ao outro por causa de 
desaparecimento ou incapacidade. 
O suprimento judicial é obtido em processo de jurisdição voluntária. A 
ausência da autorização advinda da outorga uxória ou autorização marital, 
quando esta for necessária, implicará na falta de pressuposto processual de 
validade do processo. 
É incumbido ao juiz verificar, de ofício ou a requerimento da parte, se 
estas estão regulares a capacidade processual dessa e a representação 
daqueles que figuram no processo. As partes devem agir com lealdade e boa-fé, 
e não podem alegar defesa nem formularem pretensões cientes que são 
destituídas de fundamento. As provas que são produzidas pelas partes devem 
ser pertinentes àquilo que é objeto de discussão no curso do processo. 
Todos aqueles que litigam de má-fé está praticando ato ilícito e devem 
responder por todos os danos que causou à parte contraria. 
Se advinda da parte a litigância de má-fé, essa responderá pelos danos. 
Se for proveniente do seu procurador, a parte ressarcirá, porém terá direito de 
regresso contra o procurador, por ele ter desbordado os limites do mandado. 
Cabe à todos que participam do processo cumprir os provimentos 
mandamentais e não criar embaraços no que diz respeito à efetivação de 
provimentos judiciais. 
As partes tem o ônus de proves as despesas dos atos que realizam ou 
requerem, devem também antecipar o pagamento, valendo isso para os 
processos de conhecimento, cautelar e de execução. Por exemplo: a parte que 
requerer perícia, deve adiantar o pagamento com das despesas com a prova. 
É ressalvado o casos dos beneficiários da justiça gratuita, pois esses 
são isentos do pagamento das custas e despesas do processo. Caso a parte 
que possui tal ônus não cumpri-lo, isso implicará na não-realização do ato 
processual em que as despesas deveriam ter sido antecipadas. 
No que diz respeito aos honorários advocatícios, é incumbência do 
vencido pagar ao vencedor honorários advocatícios que pertencem ao 
advogado, mesmo se ele tenha postulado em causa própria. Como os honorários 
são pertencentes ao advogado, este possui a faculdade de executá-los. 
Para postular em juízo se deve possuir capacidade postulatória. Quem 
a possui, em regra, são os advogados e o Ministério Público. Existem casos em 
que é atribuído à própria parte capacidade postulatória, não necessitando essa 
de um advogado. É inexistente o ato processual cujo a falta de capacidade 
postulatória não foi sanada. 
Exceto para evita a decadência ou prescrição, ou para praticar atos 
urgentes, o advogado não poderá postular em juízo sem o instrumento do 
mandato. 
Em situações de emergência, o advogado do réu poderá, sem 
procuração, apresentar contestação em seu nome, se não for materialmente 
possível conseguir a tempo a procuração. 
A substituição da partes ocorre nas hipóteses de legitimação 
extraordinária, nessas, a lei autoriza que alguém vá a juízo para postular ou 
defender direito alheio, em nome próprio. Isso ocorre quando um dos litigantes 
sai do processo, e entra outro em seu lugar. 
Já na substituição processual, não ocorre a troca de partes, mas é 
postulado ou defendido direito alheio por aquele que está em juízo. 
Na substituição voluntária é modificado um dos polos da demanda, 
ocorre a saída de uma das partes e o ingresso de outra pessoa em seu lugar. 
Em princípio da estabilidade processual, só é permitido a substituição voluntária 
nos casos expressos por lei. 
Se o processo já estiver em curso, não é possível haver a alteração dos 
polos da relação processual, exceto em algumas circunstâncias excepcionais, 
devendo haver expressa autorização legal. Está em curso um processo desde o 
momento em que há litispendência. 
Antes de ocorrer a citação, a substituição pode ser feita sem nenhumproblema. Exceto em caso previsto por lei poderá ocorrer a substituição mesmo 
depois de ocorrida a citação. 
 
LITISCONSÓRCIO 
 
O litisconsórcio é um fenômeno que ocorre quando se tem mais de uma 
pessoa figurando como autoras ou rés no processo. Se ocorrer na parte autoras, 
será um litisconsórcio ativo; se rés, passivo; se ocorrer em ambas as partes, é 
chamado de litisconsórcio misto ou bilateral. 
Neste, não há multiplicidade de processos, mas sim um processo em 
que há mais de um autor ou ré. Tais partes se denominam litisconsortes, e todas 
possuem direitos iguais. 
O litisconsórcio é admitido pela lei pelo motivos da economia processual 
e a harmonia dos julgados. Nele há o benefício de que além da economia que 
deste advém, também se evita o risco que seja proferidas decisões conflitantes. 
O litisconsórcio é formado quando existe uma inter-relação entre as 
situações jurídicas de direito material de tais partes. Assim sendo, tal instituto 
permite que seja decidido tal lide em um único julgamento, assim garantindo a 
harmonia dos julgados. 
Num litisconsórcio em que há um número exagerado de réus, ocorre 
dificuldades para a sua citação, pois geralmente estes se ocultam ou não são 
encontrados nas primeiras visitas feitas pelo oficial de justiça. Neste caso, o 
prazo de contestação só poderá começar a correr a partir do momento em que 
todos os rés tiverem sido citados. Também ocorre dificuldade quanto à defesa 
nos casos em há multiplicidade de autores. 
Como a lei não define um número máximo de litigantes, este será 
reduzido pelo juiz, que deverá analisar o caso concreto e levar em consideração 
o tipo de questão que está sendo discutida em juízo, e um número razoável de 
participantes, de modo a permitir que o processo tenha uma solução ágil, sem 
trazer algum prejuízo ao direito de defesa do réu. 
Tal limitação pode ser requerida pelo réu ou determinada pelo juiz de 
ofício. Nunca ela poderá ser pedida pelo autor, pois este quem propôs a 
demanda. A limitação poderá ser determinada pelo juiz de ofício quando for para 
uma rápida solução do litigio, ou no caso de prejuízo ao direito de defesa, pois 
como corolário do princípio constitucional do contraditório, o juiz deve zelar pela 
observância do direito de defesa do réu. 
Todos os processos que forem desmembrados pelo juiz em virtude de 
um número razoável, correão perante o mesmo juízo ao qual foi distribuído o 
processo originário, isso para se preservar a harmonia dos julgados, aliás, se 
havia tal litisconsórcio é porque a havia certa conexidade entre as relações 
jurídicas dos diversos participantes. 
São duas as classificações do litisconsórcio. A primeira classificação diz 
respeito à obrigatoriedade ou não obrigatoriedade da formação do contrato. Se 
a formação foi obrigatória, existe a pena do processo não prosseguir. Quando 
este é opcional, é denominado facultativo. 
A segunda classificação tange o resultado final em relação aos 
litisconsortes. Se obrigatoriamente o resultado tiver que ser o mesmo para todos 
ele, é o que se chama de litisconsórcio unitário. Já se for possível que o juiz dê 
diferentes soluções a cada um deles, será chamado de litisconsórcio simples. 
 Quando houver alguma lei que determine, dever ser obrigatório o 
litisconsórcio, ele também será obrigatório quando o resultado tiver que ser o 
mesmo para todos eles devido à natureza da relação jurídica. 
O litisconsórcio necessário advindo por força de lei pode ser unitário ou 
simples. Há casos em que a lei manda formá-lo, e a relação jurídica é una, como 
é o caso da ação de dissolução e liquidação de sociedade comercial. Neste caso 
além do litisconsórcio ser necessário por força de lei, a própria natureza da 
relação jurídica impõe sua formação, pois o juiz não pode dissolver a sociedade 
somente para alguns sócios e para os demais não, assim sendo também ele 
unitário. 
Já quando o litisconsórcio é simples, existe uma norma jurídica que 
determina a sua formação, mas não há necessidade de ser una a sentença para 
todos o litisconsortes. É o caso, como exemplo, em que numa ação de usucapião 
em que o pedido formulado pelo autor só é acolhido em relação a alguns 
conflitantes, e não aos demais. 
Também existe o litisconsórcio facultativo unitário, que é quando existe 
uma relação jurídica uma com mais de um titular, mas que por autorização legal 
pode ser defendida por apenas um desses titulares. Isso é possível na 
legitimação extraordinária, como é o exemplo do condomínio, em que a coisa 
comum pode ser totalmente reivindicada por apenas um dos condôminos. Neste 
caso, se apenas um dos condôminos for reivindicar a coisa, ele será o substituto 
processual de todos demais, porque estará defendendo também a parte deles, 
por se tratar de coisa comum. Já se todos os condôminos optarem por reivindicar 
a coisa, estarão formando no polo ativo um litisconsórcio facultativo unitário. 
Facultativo pelo fato de a lei dar a opção deles formarem ou não o litisconsórcio; 
e unitário por causa da natureza da relação jurídica, por se tratar de coisa comum 
aos condôminos. 
Como já foi supracitado, existe o litisconsórcio unitário. Para verificar se 
um litisconsórcio é unitário se deve fazer uma abstração e imaginar se seria 
possível dar soluções diferentes aos litisconsortes. Se haver tal impossibilidade, 
então se terá a unitariedade. Como é o exemplo em quem o Ministério Público 
ajuíza uma ação anulatória de casamento em face do marida e da mulher. É 
impossível que o juiz anule o matrimônio para um e não fazer o mesmo para o 
outro. Pois ou o matrimonio é valido para ambos, ou não vale pra nenhum deles. 
Via de regra, o litisconsórcio é formado pela vontade do autor, quando 
este ajuíza a ação. Ao elaborar a petição inicial, ele quem decide quem serão as 
partes no processo. Quando o juiz fizer o recebimento da demanda, este fará um 
controle judicial, se verificar que há um litisconsórcio necessário, ele irá 
determinar ao autor que inclua o litisconsorte faltante à inicial, sob pena de 
indeferimento. 
Se o juiz verificar que há um litisconsórcio descabido, que não preenche 
os requisitos da lei, irá ele excluir um dos litigantes ou indeferir a petição inicial. 
Quando os réus ainda não tiverem sidos citados, o autor tem a 
possibilidade de incluir alguém tanto no polo ativo, quanto no polo passivo, 
requerendo o aditamento da petição inicial. Após a citação, a inclusão irá 
depender de anuência daqueles, não sendo mais permitida depois do 
saneamento. 
Existe também os casos em que o litisconsórcio se forma 
posteriormente, como acontece na hipótese de falecimento de uma das partes, 
em que esta é sucedida por seus herdeiros no curso do processo. 
Há alguns casos em que o litisconsórcio dependerá da vontade do réu, 
e isso acontecerá sempre ulteriormente, porque ocorre depois da citação. 
É existente também, como supracitado, situações em que o 
litisconsórcio se forma por determinação judicial, casos em que sua formação é 
obrigatória, no qual se denomina litisconsórcio necessário. Se por lapso, 
esquecimento, ou algum erro o autor não tiver incluído no polo passivo algum 
dos litisconsortes necessários, o juiz irá determinar a citação destes. Isso é 
possível se regularizar até a fase de saneamento do processo. 
 
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS 
 
A intervenção de terceiros ocorre quando há o ingresso de alguém num 
processo alheio que esteja pendente. Isso pode ocorrer por diversificadas razões 
e os poderes que irão ser atribuídos a esses terceiros irão variar de acordo com 
o tipo de intervenção que for deferida 
Só é justificada a intervenção de terceiro, quando este puder ter a sua 
esfera jurídicaafetada de alguma forma pela decisão judicial. 
São terceiros todos aqueles que não figuram como partes no processo. 
Somente haverá intervenção quando estes ingressarem em processo pendente. 
As espécies de intervenção podem ser agrupadas em duas 
modalidades:a) aquelas no qual a iniciativa parte do próprio terceiro, em que ele 
requer seu ingresso em processo alheio; b) aquelas que são provocadas pelas 
partes, que por razões diversas, postulam que o terceiro seja compelido a 
participar. 
A assistência é uma espécie de intervenção. Há dois tipos de assistência 
que são tratadas no nosso ordenamento jurídico, quais sejam: assistência 
simples e assistência litisconsorcial. 
No que diz respeito à assistência simples, essa sempre foi um meio de 
legitimação de terceiro no processo, com o intuito de impedir que a possibilidade 
das partes prejudicarem seus interesses, obtendo uma sentença que não lhe 
fosse favorável. 
Ao passar do tempo essa razão de ser se perdeu e atualmente são 
outros motivos que a ensejam. 
O fundamento crucial para que terceiro venha intervir na qualidade de 
assistente simples é que esse tenha o interesse jurídico de que a sentença seja 
favorável a uma das partes do processo, a assistida. Assim sendo, não há mais 
a necessidade do risco de colusão entre os litigantes, para que terceiro venha 
intervir. Basta somente que esse demonstre que será atingida a sua esfera 
jurídica e que por esse motivo tem ele interesse no resultado. Mas para isso, se 
faz necessário que este seja atingido pelos efeitos da sentença. 
Naturalmente, somente as partes que são atingidas de maneira direta 
pela coisa julgada. Portanto, como as relações jurídicas não são isoladas, 
existem relações que são subordinadas e dependentes umas das outras, não 
sendo possível atingir a esfera de uma sem afetar aquela outra. 
O assistente simples não é parte, e sim terceiro. Portanto não é ele titular 
da relação jurídica na qual está sendo discutida em juízo. Assim sendo ele é 
titular da relação jurídica que mantém estreita ligação com a que está sub judice, 
de maneira que não é possível atingir essa sem causar efeitos àquela. 
Para que seja admitido o terceiro que é assistente simples, não basta 
que ele tenha interesse meramente econômico ou fático, mas sim que ele possua 
interesse jurídico, assim como supracitado. 
Como esse interesse jurídico de terceiro como assistente simples é 
imprescindível, se tem a necessidade de diferenciá-lo em relação ao interesse 
fático ou meramente econômico. 
Só haverá o interesse jurídico a partir do preenchimento de três 
requisitos. É necessário que o terceiro possua uma relação jurídica com alguma 
das partes, que tal relação seja diferente da que está sendo discutida em juízo 
(pois se a relação jurídica fosse a mesma, este seria parte, e não assistente) e 
que o resultado processual, atinja, repercuta ou afere a relação jurídica que 
aquele tem com a parte, de maneira que lhe possua expectativa que seja 
favorável ao assistido. 
No que tange à assistência litisconsorcial, nessa, ao contrário do que 
acontece na assistência simples, em que existe uma relação jurídica entre 
assistente e assistido, na assistência litisconsorcial a relação é existente entre o 
assistente e o adversário do assistido. Para que se possa compreender melhor 
tal fenômeno, se faz necessário ressaltar que só existe assistência litisconsorcial 
quando alguém vai a juízo em nome próprio para defender ou postular direito 
alheio, é o que se chama de legitimidade extraordinária. 
Na assistência litisconsorcial, a parte é o substituto processual, e não o 
próprio titular da relação jurídica sub judice. O verdadeiro titular da relação 
jurídica não é figurado como parte, por isso ele é denominado de substituído. 
Essa é uma situação muito peculiar, pois, apesar de serem seus os 
interesses discutidos, ele não é parte no processo, mas como ele é o titular do 
direito material alegado que está sendo discutido, será o principal atingido pelo 
resultado do processo. 
Quanto aos tipos de processo ou procedimento que cabem a assistência, 
a lei trata de três tipos diferentes de processo: de conhecimento, de execução e 
cautelar. 
No que fiz respeitos aos efeitos da sentença sobre o assistente simples 
e litisconsorcial, são muito distintos os efeitos da sentença sobre cada um dos 
tipos de assistente, isso ocorre devido às diferentes formas de inter-relação entre 
eles e também pela relação sub judice, que é aquela que é discutida, posto em 
juízo. 
Na assistência litisconsorcial, quem pode demandar o seu ingresso 
nessa qualidade, dentro do processo, é o substituído processual, ou seja, aquele 
que é titular da relação jurídica que está sendo discutida, assim sendo este será 
atingido diretamente pela sentença, pelos efeitos delas e também pela qualidade 
desses efeitos. 
O substituído processual é atingido pela coisa julgado, como se ele fosse 
parte do processo, isto ocorre pelo fato deste ser o titular da relação jurídica sub 
judice. Assim se conclui que o substituído processual é atingido pela coisa 
julgada, mesmo tendo ele intervindo ou não. 
Se tratando da assistência simples, esta provoca consequências muito 
diferentes. Como o assistente não é o titular da relação jurídica que está sendo 
discutida em juízo, este não é e nem poderia ser atingido diretamente pela 
sentença. 
Assim sendo o assistente simples é atingido reflexamente pela sentença. 
No que diz respeito ao procedimento de ingresso do assistente, este 
peticionará ao juiz, pedindo o seu ingresso e indicando interesse jurídico que 
autoriza a sua admissão. Se o juiz, depois de analisar tão petição, constatar que 
não há interesse jurídico, ou que não cabe tal intervenção, ele indeferirá tal 
ingresso do assistente. 
No que diz respeito à oposição, que é a forma de intervenção 
espontânea de terceiros, que tem natureza jurídica de ação, essa pode ser de 
duas espécies: interventiva ou autônoma. 
Na primeira, não necessita da formação de um novo processo, pois 
usará o mesmo processo da demanda principal, ao passo que na segunda, há a 
necessidade da formação de um novo processo. 
Não se pode confundir oposição com embargo de terceiros. A oposição 
pode ter por objeto, seja no todo ou em parte, a pretensão já colocada em juízo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
 
GONÇALVES, Marcos Vinicius Rios. Novo Curso de Direito Processual Civil: 
volume 1, 5ª ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2008.

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