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Teoria Geral do Direito - Matéria 1

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Responda às questões de forma fundamentada de acordo com a legislação vigente aplicável à questão e doutrina relativa à matéria.
Explique o fenômeno da constitucionalização do Direito Civil.
Com a introdução aos estudos do Direito, aprende-se a concepção de que na totalidade do Direito há a fragmentação entre Direito Público (o qual em tese assegura a ordem e segurança) e Direito Privado (o qual em tese assegura a liberdade e a igualdade). Porém ao decorrer da história, ocorreu que o Direito Privado, incluindo o Direito Civil que antigamente era destacado contendo normas direcionada ao indivíduo como singular, assegurava direitos somente aos mais privilegiados economicamente. Após o começo do Estado liberal não houve mudanças em relação a isto, porém quando começa o Estado Social buscou-se aprimorar e priorizar os direitos fundamentais colocados na Constituição. Atualmente vemos em prática, a fusão entre Direito Público e Direito Privado, e encontra-se, então, a constitucionalização do Direito Civil, que significa analisar o Código Civil por meio das lentes do Direito Constitucional, fazendo com que os princípios dessa ação seja a igualdade material; a perda do prestígio dos Códigos; o paradigma representado por microssistemas, a eficácia horizontal dos direitos fundamentais e a presença de cláusulas gerais.
O que é personalidade jurídica? Quando se adquire a personalidade jurídica? Explique cada uma das teorias referentes à natureza jurídica do nascituro. Qual tem sido o entendimento contemporâneo dos tribunais a respeito do tema?
Personalidade jurídica trata-se do atributo reconhecido a uma pessoa para que possa atuar no plano jurídico (titularizando relações diversas) e reclamar a proteção jurídica dedicada pelos direitos da personalidade.
A personalidade jurídica começa com seu nascimento com vida, mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
Existem três teorias quanto à natureza jurídica do nascituro, são essas: Teoria Concepcionista, em que a personalidade tem início com a concepção; Teoria Natalista, em que a personalidade se inicia a partir do nascimento da criança com vida e a Teoria da Viabilidade, em que se pressupõe a possibilidade de sobrevivência da criança.
O entendimento contemporâneo dos tribunais a respeito do tema é de que a personalidade jurídica se dá ao nascituro após a concepção, no útero materno, essa lógica se deu por conta de tratamentos fertilizantes, especificamente o tratamento in vitro.
Qual a diferença entre capacidade de direito e capacidade de fato?
A capacidade de Direito é uma aptidão mais genérica de alguém ser titular de direitos e obrigações, todos possuem capacidade de Direito.
A capacidade de fato é uma aptidão para praticar pessoalmente atos da vida civil, nem todos podem exercê-la.
A Teoria das Incapacidades em nosso ordenamento jurídico sofreu alteração em razão da entrada em vigor do Estatuto da Pessoa com Deficiência (EPCD - Lei 13146/15), que materializou no âmbito interno a Convenção Internacional sobre os direitos das pessoas com deficiência. Neste contexto, diga quem são os absolutamente e os relativamente incapazes.
Os absolutamente incapazes são somente os menores de 16 anos.
Os relativamente incapazes são maiores de 16 anos e menores de 18 anos; ébrios habituais, viciados em tóxicos e os que tenham discernimento reduzido; excepcionais sem desenvolvimento mental completo; aqueles que por causa transitória não puderem exprimir sua vontade e pródigos.
 Qual a diferença entre Curatela e Tomada de Decisão Apoiada (TDA)?
Trata-se a curatela de um encargo público atribuído a alguém, por lei, “para reger e defender a pessoa e administrar os bens de maiores, que, por si sós, não estão em condições de fazê-lo, em razão de enfermidade ou deficiência [transtornos] mentais”. 
Já a tomada de decisão apoiada é o processo pelo qual a própria pessoa com deficiência elege pelo menos duas pessoas idôneas, com as quais mantenha vínculos de confiança, para prestar-lhe apoio na tomada de decisão sobre atos da vida civil, fornecendo-lhes informações e elementos necessários para que possa exercer sua capacidade. Certamente esse processo só pode ser realizado por pessoas com deficiência que possuam certo grau de discernimento e consigam, de alguma forma, exprimir sua vontade.
O que é emancipação? Quais são os tipos de emancipação e quais os requisitos? A emancipação confere a possibilidade de todos os direitos civis aos menores capazes, como tirar CNH, candidatar-se etc.? Por quê? 
A emancipação nada mais é que uma antecipação da capacidade civil plena, onde o menor adquire capacidade para praticar atos pessoalmente, mediante autorização de seus responsáveis legais, de um juiz, ou ainda por ocorrência de fato previsto em lei.
A emancipação voluntária é a que decorre da concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro. Percebe-se aqui a real vontade e concordância dos pais em realizar o ato da emancipação do filho, isto é, não poderá haver discordância de vontade parental. Caso um dos pais não concordar com a emancipação, o Juiz poderá autorizá-la caso o motivo da recusa não tenha justificativa. Esse ato é chamado de suprimento judicial. Porém, existe um requisito legal objetivo do futuro emancipado ter no mínimo 16 anos completos. Todo procedimento é feito em cartório, através de uma escritura pública, não havendo necessidade de homologação judicial para tanto.
Na emancipação judicial, quando ocorre a falta dos pais ou em caso destes estarem destituídos do poder familiar, poderá se dar por meio de sentença judicial, após ser ouvido o tutor do menor. Ou ainda, caso haja divergência entre os pais (um quer emancipar e o outro não), o caso deverá ser levado ao Poder Judiciário para ser julgado. Em ambos os casos se requer que o menor tenha no mínimo 16 anos completos. Após a sentença, o juiz irá comunicar o oficial do cartório para proceder o registro.
A emancipação legal se dá de forma automática, quando as situações previstas na lei civil (Art. 5º, p. U., incisos I a V do Código Civil) são alcançadas. São 4 as formas de emancipação legal: Pelo casamento, pelo exercício de emprego público efetivo, pela colação de grau em curso de ensino superior e pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
A emancipação confere a possibilidade de todos os direitos civis aos menores capazes, como tirar CNH, candidatar-se etc. Porque cede ao indivíduo a capacidade de exercício.
 
Por sua vez, o menor com 16 anos, não emancipado, terá que ser assistido em todo e qualquer ato da vida civil? 
O menor com 16 anos, não emancipado, por ser considerado pelo Código Civil absolutamente incapaz, terá que ser assistido em todo e qualquer ato da vida civil.
Qual o critério de morte real adotado pela legislação brasileira? Quando que a morte poderá ser presumida? Quais são as consequências jurídicas da morte?
O critério de morte real adotado pela legislação brasileira se dá com o óbito comprovado da pessoa natural e o critério jurídico de morte no Brasil é a morte encefálica (Lei 9.434/97 – Lei de Transplantes).
A morte poderá ser presumida quando não se consegue provar que houve a morte real.
As consequências jurídicas da morte são: abertura de sucessão, extinção do poder familiar, fim dos contratos “intuito personae”, extinção do usufruto e extinção do casamento e da união estável.
O que é comoriência? Faz diferença se é ou não entre pessoas sucessíveis entre si? Por quê?
A comoriência é a simultaneidade de óbito. Faz diferença se é ou não entre pessoas sucessíveis entre si. Porque há uma mudança na sucessão de bens caso a comoriência ocorrer entre estas pessoas.
 
Como se dá a declaração de morte presumida para o ausente? Qual destino do patrimônio?
Se dá a declaração de morte presumida para o ausente realizando a declaração de ausência, determinando um curador, arrecadando os bens e publicando oseditais. 
O destino do patrimônio se dá pela sucessão provisória e posteriormente pela sucessão definitiva.
Quais são as espécies de estado da pessoa natural? Explique cada uma delas.
As espécies de estado da pessoa natural são: estado familiar, estado político e estado pessoal ou individual.
No estado familiar (Direito da família) considera a situação conjugal e de parentesco.
No estado político (Direito Constitucional) considera a posição do sujeito perante o Estado.
No estado pessoal ou individual (Direito da Personalidade) considera a condição física da pessoa que influencia em seu poder de agir.
O que é posse de estado?
Posse de estado se trata da filiação. Diz-se que alguém tem a posse de estado quando é tratado pela generalidade das pessoas como sendo detentor de um conjunto de relações que caracterizam um determinado estado pessoal, no direito de família.
O que são direitos da personalidade e quais são suas características (explique-as)? 
Direitos da personalidade são direitos essenciais da pessoa humana, visando resguardar sua dignidade, garantido na Constituição, artigo 1°, III: “Direito à vida, integridade física, nome, imagem, honra e intimidade. ”. Suas características são intransmissíveis, inalienáveis e indisponíveis (art. 11), absolutos (efeitos a todos), imprescritíveis, impenhoráveis e inexpropriáveis, extrapatrimoniais e vitalícios.
Explique cada uma das correntes referentes à fonte dos direitos da personalidade. 
Existe duas correntes referentes à fonte dos direitos da personalidade, que é a corrente jusnaturalista ou supra jurídica, em que os Direitos da personalidade preexistem ao ordenamento jurídico, que apenas o reconhecem. Isso porque a pessoa humana é portadora de direitos da personalidade.
E a corrente positivista, em que os direitos da personalidade estão garantidos pelo ordenamento jurídico, ou seja, derivam da lei que os positivam. 
Quais são os meios de proteção dos direitos de personalidade? Explique cada um deles.
Os meios de proteção dos direitos de personalidade são: tutela inibitória (obrigação de fazer, de não fazer, de dar), que é uma atuação jurisdicional que tem como objetivo prevenir a prática do ilícito, entendido como ato contrário ao direito material; Reparação civil é a obrigação de reparar o dano que uma pessoa causa a outra; Direito de resposta é o direito que a pessoa ofendida por alguma publicação tem de requerer que aquele que publicou a matéria ofensiva publique também uma resposta proporcional, na qual é contada a versão do ofendido; E apreensão de material que é a confiscação de materiais que por ventura colocou risco ao direito de personalidade.
Em que consiste a técnica da ponderação?
A técnica da ponderação consiste em uma conciliação de princípios em tensão, em que cada qual é aplicado na medida em que melhor contribui para a justiça num dado caso concreto.
O que é dano em ricochete? Exemplifique.
Esse dano ocorre quando a ofensa é dirigida uma pessoa, mas quem sente os efeitos dessa ofensa, dessa lesão é outra. Exemplo: ofensa dirigida a um morto, que apesar de não ser ofendido em sua personalidade, pois os direitos da personalidade surgem com a concepção e se extinguem com a morte, portanto, não são transmitidos aos herdeiros, que só poderão entrar com ação de indenização em razão de sofrerem o dano reflexo da ofensa.
Como se classificam os direitos da personalidade? Os direitos da personalidade constituem numerus clausus?
Os direitos da personalidade se classificam em: Vida e integridade física; Integridade psíquica e criações intelectuais e Integridade moral. Os direitos da personalidade não constituem numerus clausus, pois todos têm estão aptos aos direitos da personalidade.
Quais são os requisitos para a cirurgia de transgenitalização de acordo com o CFM?
Os requisitos para a cirurgia de transgenitalização são: a) a existência de desconforto com sexo anatômico natural; b) desejo compulsivo expresso de eliminar a genitália externa, perder os caracteres primários e secundários do próprio sexo e ganhar os do sexo oposto; c) permanência do distúrbio de identidade sexual de forma contínua e consistente por, no mínimo, dois anos; d) ausência de outros transtornos mentais; e) avaliação de equipe médica composta por cirurgião plástico, geneticista, neuropsiquiatra, endocrinologista, urologista, psicanalista, psicólogo e assistente social, que, depois de dois anos de acompanhamento conjunto e atendimento psicoterápico, deverá dar o diagnóstico de transexualidade de maior de dezoito anos e atestar a ausência de características físicas inapropriadas para a cirurgia, Tal operação deverá ser feita em hospitais universitários ou públicos adequados à pesquisa, desde que preenchidos os critérios acima mencionados e desde que haja consentimento livre e esclarecido do próprio paciente (Res. CNS nº 196 de 1996) e um relatório de psiquiatria, comprovando a necessidade terapêutica e declarando ser caso de transexualidade, e de um psicólogo, acompanhado de testes variados indicativos de equilíbrio emocional e do maior ou menor grau de feminilidade etc. Será necessária a pesquisa dos cromossomos sexuais, de cromatina sexual e de dosagens hormonais.
É necessária a cirurgia para que uma pessoa transgênero possa alterar seu nome e gênero? Deve ser judicial ou pode ser extrajudicial?
Não é necessário a cirurgia para que uma pessoa transgênero possa alterar seu nome e gênero. Porém esta alteração deve ser judicial.
Pode uma pessoa ser constrangida a doar algum órgão para algum parente que necessite? Por quê? Quais são os requisitos?
Uma pessoa não pode ser constrangida a doar algum órgão para algum parente que necessite. Porque o artigo 15 do Código Civil garante que “ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica. Os requisitos são de que, tanto o doador, quanto o receptor deve ser submetido a uma bateria de exames de compatibilidade, sempre sob a orientação de médicos, para determinar esta possibilidade.
O que é o termo de consentimento informado? Quem pode assiná-lo e para que serve?
O termo de consentimento informado possibilita ao paciente auxiliar nas decisões do seu tratamento após receber as informações pertinentes, quando o procedimento não for urgente. Quem pode assiná-lo é o paciente, ou em casos extremos, os familiares. Tem por finalidade informar o paciente sobre as consequências que poderão advir do ato médico, informando os possíveis acontecimentos conhecidos da ciência da medicina. 
Em que consiste o direito de liberdade e a objeção de consciência?
O direito à objecção de consciência permite a um cidadão não cumprir determinadas obrigações legais em virtude de convicções de natureza religiosa, moral, humanística ou filosófica. 
Tem, primeiro, de tratarse de um dever que a pessoa não possa cumprir em virtude de a sua consciência não lhe permitir e, segundo, a lei tem de admitir que esse não cumprimento é admissível. Por último, o não cumprimento do dever tem de ser individual e pacífico, não podendo prejudicar gravemente terceiros.
De que trata o direito de arena? E a qual direito de personalidade ele está relacionado?
O direito de arena reveste‐se de natureza indenizatória, pertence às entidades de prática desportiva e é ela quem tem a possibilidade de autorizar a reprodução das imagens do evento esportivo. Este instituto está previsto no artigo 42 e parágrafos seguintes da lei Pelé. O direito de personalidade que ele está relacionado é o Direito de imagem.
O que é direito ao esquecimento? Cabe reparação por dano em caso de violação?
 O direito ao esquecimento é o direito que uma pessoa possui de não permitir que um fato, ainda que verídico, ocorrido em determinado momento de sua vida, seja exposto ao público em geral, causando-lhe sofrimento ou transtornos. É cabível a reparação por dano em caso de violação.
Em que consiste a regra da imutabilidade do nome civil? Explique se há exceção.
A imutabilidade do nomecivil é um princípio de ordem pública, em razão de que sua definição é de interesse de toda a sociedade, constituindo garantia segura e eficaz das relações de direitos e obrigações correlatas. 
O princípio da imutabilidade do prenome, estabelecido no art. 58 da Lei de Registros Públicos, comporta exceções, que devem ser analisadas atentamente pelo julgador. O art. 57 da mesma lei admite a alteração de nome civil, por exceção e motivadamente, com a oitava do ministério público e a devida apreciação judicial, sem descurar das peculiaridades da hipótese em julgamento.

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