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Próteses e órteses

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Prótese e órtese 2014 
 
Amputação 
 Segundo Palmer & Toms (1988 ) amputações são o procedimento cirúrgico mais antigo .A 
amputação de uma mão ou pé era punição comum em muitas, assim chamadas, antigas civilizações e 
ainda hoje levada a cabo em algumas culturas. As guerras resultaram em muitas amputações . 
 Evidências arqueológicas sugerem que, mesmo entre os povos pré-históricos , havia um 
pequeno número de amputações tanto nos casos de portadores de anomalias congênitas esqueléticas 
dos membros, quanto nos casos de sobreviventes à perda de extremidades. 
 Amputação talvez tenha sido um dos primeiros tipos de cirurgia na história da Medicina. Nas 
guerras, quando as pessoas perdiam parte dos pés, das pernas ou dos braços, esses membros eram 
amputados sem anestesia, de forma cruenta, na tentativa muitas vezes frustrada de salvar a vida desses 
pacientes. 
 De algum modo, herdamos um pouco a visão desse impacto causado pelas primeiras 
amputações, embora na medicina moderna elas tenham significado e indicação absolutamente diferente 
das intervenções realizadas no passado. 
 Hoje, a amputação pode representar a única possibilidade de a pessoa voltar a andar, de 
reassumir suas atividades e de levar vida absolutamente normal. 
 A maioria das amputações é atualmente realizada por doença vascular periférica: arteriosclerose 
, combinada ou não com diabetes, ou algum outro tipo de patologia vascular. Esta indicação é mais 
freqüente em pessoas idosas, porque tanto o diabetes melitos como as doenças vasculares , são muito 
comuns nesta faixa etária. 
 A gangrena em um membro, devida a arteriosclerose, é em geral mais difícil de tratar na 
presença de diabetes melitos, porque têm uma cicatrização pior e são mais susceptível à infecção. 
A segunda indicação mais comum para amputação é o trauma, sendo que nos adultos com 
menos de 50 anos de idade acontece sua maior incidência . O traumatismo que requer amputação é mais 
freqüente entre os homens e mais comum nos membros inferiores. 
 Um traumatismo agudo é causa de amputação quando o suprimento sangüíneo do membro em 
questão é irreparavelmente destruído , ou quando o membro é tão firmemente danificado que qualquer 
reconstrução razoável é impossível . 
 Atualmente a amputação pode ocorrer por várias causas, podendo ser por doenças vasculares, 
traumáticas, queimaduras, infecções (osteomielite), tumores malignos, má formação congênita e outros. 
 Incidências das amputações : 
 Cronologicamente , a maior incidência de perda de membros ocorre na faixa etária de 50 a 75 
anos e está principalmente relacionada á doença vascular , com ou sem diabetes . Em adultos 
jovens a amputação é , com mais freqüência , associada a traumas e suas seqüelas . 
 Em criança as deficiências nos membros é congênita em 60% dos casos , sendo as amputações 
adquiridas de um trauma ou tratamento de doença maligna . 
 Cerca de 75% de todos os amputados são homens ; associados ao trabalho ou não, são maiores 
para os homens do que para as mulheres , e as amputações devido a doença são mais comuns 
em homens . Aproximadamente 85% de todas as amputações são realizadas nos membros 
inferiores mas o numero de amputações é igual do lado esquerdo e direito . 
 
 Indicações gerais da amputação: 
 Doença vascular periférica; 
 Trauma; 
 Um traumatismo agudo é indicado para amputação quando o suprimento sangüíneo do membro 
em questão é irreparavelmente destruído , ou quando o membro é tão firmemente danificado que 
qualquer reconstrução razoável é impossível . 
 Queimaduras : 
 Queimaduras ou congelamentos podem destruir tecidos suficientes para tornar necessária uma 
amputação e, nestas circunstâncias , a amputação deverá ser aberta . Como regra geral as feridas por 
queimaduras devem ser adequadamente avaliadas e a amputação realizada ao nível mais 
distal,compatível com uma boa cicatrização com raras exceções. 
 A lesão por frio, também deve ser tratada através dos meios tradicionais até que a área de 
gangrena esteja estabilizada e bem demarcada . 
 Infecção : 
 Infecção aguda e crônica , que não responde a tratamento médico ou outras medidas cirúrgicas , 
pode ser uma indicação de amputação . Das infecções que requerem amputação , gangrena gasosa 
fulminante é a mais perigosa , e em geral requer imediata amputação a um nível proximal , através de 
tecido normal e viável . 
 A ferida é deixada aberta . Nesta patologia a amputação é um procedimento que salva a vida . 
Terapia com oxigênio hiperbárico , quando disponível , por vezes elimina a necessidade de amputação 
viável a um nível mais distal . 
 Tumores : 
 Tumores benignos raramente requerem amputação . No entanto , ocasionalmente podem ser tão 
grande ou de tal natureza que a ressecção local resultaria em um membro sem função . A amputação é 
em geral indicada nos tumores malignos sem evidência de disseminação metastática . 
 Lesões nervosas : 
 A indicação comum de amputação após lesões nervosas é o surgimento de úlceras tróficas num 
membro anestésico . A úlcera trófica no pé ou na mão com freqüência se torna infectada , levando a 
grande destruição de tecidos , por vezes , o membro se forma inteiramente sem função e a amputação e 
colocação de uma prótese está obviamente indicada . 
 Anomalias congênitas : 
 A ressecção cirúrgica de parte ou total de um membro devido a malformação congênita pode ser 
indicada na infância ou na adolescência, o cirurgião pode prever uma função melhor após a cirurgia, 
favorecendo a substituição protética. 
 Aproximadamente 3 a 4% dos recém-nascidos apresentam um defeito congênito importante, 
sendo que alguns desses defeitos são descobertos apenas durante o crescimento. Um defeito congênito 
é diagnosticado em aproximadamente 7,5% das crianças em torno dos 5 anos, mas muitos desses 
defeitos são insignificantes. Não causa surpresa o fato dos defeitos congênitos serem razoavelmente 
comuns, considerando-se a complexidade do desenvolvimento de milhões de células especializadas que 
constituem um ser humano a partir de um único óvulo fecundado. 
 Os defeitos congênitos (defeitos de nascença) são anomalias físicas presentes ao nascimento. 
 Muitas anormalidades importantes podem ser diagnosticadas antes do nascimento. Os defeitos 
congênitos variam de leves a graves e muitos podem ser tratados ou reparados. Embora alguns sejam 
tratáveis enquanto o feto ainda se encontra no interior do útero, a maioria é tratada após o parto ou 
posteriormente. Algumas anomalias não necessitam de tratamento. Outras não podem ser tratadas e; 
conseqüentemente, a criança torna-se gravemente incapacitado de modo permanente. 
Causas e Riscos 
Embora a causa da maioria dos defeitos congênitos seja desconhecida, certos fatores 
sabidamente aumentam o risco de sua ocorrência. Esses fatores incluem as deficiências 
nutricionais, a radiação, certas drogas, o álcool, certos tipos de infecção e outras doenças 
maternas, traumatismos e distúrbios hereditários. 
Alguns riscos são evitáveis e outros não. Ainda assim, uma mulher grávida pode seguir todas as 
recomendações para conceber uma criança saudável (p.ex., alimentação adequada, repouso 
suficiente e evitando o uso de drogas) e ter um filho com um defeito congênito. Uma outra mulher 
pode fazer várias coisas que podem prejudicar o feto e dá à luz a um filho sem qualquer defeito 
congênito. 
Teratógenos 
 
 Qualquer fator ou substância que pode induzir ou aumentar o risco de um defeito congênito é 
chamado de teratógeno. A radiação e certas drogas e venenos (toxinas) são teratógenos. Diferentes 
teratógenos podem causar defeitos similares quando a exposição a eles ocorre em um determinado 
momento do desenvolvimentofetal. Por outro lado, a exposição ao mesmo teratógeno em momentos 
diferentes da gestação pode produzir defeitos diferentes. Geralmente, uma mulher grávida deve consultar 
seu médico antes de tomar qualquer remédio; não deve fumar ou consumir álcool; e não deve se 
submeter a exames radiográficos, excetuando-se quando eles forem absolutamente necessários. Quando 
é necessária a realização de uma radiografia, a gestante deve informar imediatamente o radiologista ou o 
técnico sobre o seu estado, de modo que o feto seja protegido o máximo possível. 
 
 As infecções contraídas durante a gestação também podem ser teratogênicas, especialmente a 
rubéola. Uma mulher que não teve rubéola deve ser vacinada contra a mesma antes de tentar engravidar. 
A mulher grávida que não teve rubéola e nem foi vacinada contra a mesma deve evitar o contato com 
qualquer pessoa que possa ter tido a doença. 
 Uma mulher grávida que foi exposta a um teratógeno pode desejar que seja investigado se o seu 
feto foi afetado. No entanto, a maioria das mulheres grávidas expostas a esses riscos gera filhos sem 
anomalias. 
 Defeitos Ósseos e Musculares 
 Os defeitos congênitos podem afetar qualquer osso ou músculo de corpo, embora os ossos e 
músculos do crânio, da face, da coluna vertebral, dos quadris, dos membros inferiores e dos pés sejam os 
mais comumente afetados. A maioria desses defeitos podem ser reparados cirurgicamente. 
Anomalias Faciais 
 
 A fenda labial é desfigurante e impede que a criança feche os lábios em torno do mamilo. A 
fenda palatina interfere na alimentação e na fala. Geralmente, ambas as fendas (labial e palatina) ocorrem 
concomitantemente, afetando uma criança em cada 600 a 700 nascimentos. A fenda palatina isolada 
ocorre em aproximadamente 1 em cada 1.800 nascimentos. 
 Um dispositivo dentário pode vedar temporariamente o palato duro, permitindo que o lactente 
sugue melhor. A fenda labial e a fenda palatina podem ser corrigidas permanentemente através da 
cirurgia. 
 Um outro tipo de defeito facial é a mandíbula pequena. Quando ela é demasiadamente pequena, 
como ocorre nas síndromes de Pierre Robin e de Treacher Collins, o lactente pode ter dificuldade para 
alimentar-se. A cirurgia pode corrigir o problema. 
Anomalias da Coluna Vertebral 
 
 O torcicolo congênito é uma doença na qual o pescoço do recém-nascido a a cabeça inclinam 
para um lado de forma pouco natural. Comumente, a causa é uma lesão dos músculos do pescoço 
durante o parto. Outras causas incluem a fusão das vértebras cervicais (síndrome de Klippel-Feil) ou a 
fusão da primeira vértebra cervical com o crânio (fusão atlanto-occipital). 
 
 A escoliose congênita é uma curvatura anormal da coluna vertebral do recém-nascido. A 
escoliose congênita é rara. A escoliose geralmente ocorre em crianças mais velhas. Como a escoliose 
pode acarretar uma deformidade grave durante o crescimento, o tratamento freqüentemente com 
imobilizadores é instituído precocemente. A cirurgia pode ser necessária quando a curvatura anormal 
piora. 
Anomalias do Quadril, do Membro Inferior e do Pé 
 A luxação congênita do quadril é uma doença na qual a cavidade do quadril e o fêmur (cabeça 
do fêmur) que se articula com esta estão separados. A sua causa é desconhecida. A luxação do quadril é 
mais comum em meninas, em lactentes que nasceram em apresentação pélvica (de nádegas) e naqueles 
que possuem parentes próximos com o distúrbio. A ultrasonografia é utilizada para confirmar o 
diagnóstico. O uso de duas ou três fraldas é freqüentemente suficiente para corrigir a luxação. Caso 
contrário, imobilizadores ou a cirurgia ortopédica podem ser necessários. 
 
 A torção femoral é uma doença na qual os joelhos encontram-se antevertidos (apontando um 
em direção ao outro) ou retrovertidos (em direções contrárias) ao invés de direcionarem-se para frente. A 
torção femoral freqüentemente pode corrigir-se espontaneamente à medida que a criança cresce e é 
capaz de manter-se em pé e andar. 
 A luxação do joelho é uma doença na qual a perna dobra para frente ao nível do joelho. A 
luxação do joelho é rara em recém-nascidos, mas deve ser tratada imediatamente. Uma medida útil é 
dobrar delicadamente o joelho do lactente para trás e para frente, várias vezes ao dia, e mantê-lo dobrado 
com um imobilizador 
o restante do dia. 
 
 O pé torto (talipe) é uma doença na qual o pé apresenta uma forma ou posição anormal. O arco 
do pé pode ser muito alto ou o pé pode estar inclinado para dentro ou para fora. O pé torto verdadeiro é 
causado por anomalias anatômicas. Algumas vezes, os pés parecem anormais devido à posição do feto 
no útero, mas, neste caso, não se trata de um pé torto verdadeiro. Quando não existe uma anomalia 
anatômica, o defeito pode ser corrigido através de aparelhos gessados e fisioterapia. O tratamento 
precoce com aparelhos gessados é benéfico para o pé torto verdadeiro, mas, em geral, a cirurgia é 
necessária. 
Ausência de Membro 
 
 A ausência de membro (amputação congênita) é uma doença caracterizada pela ausência de 
alguma extremidade (um membro superior, um membro inferior ou parte de um membro). 
 
 A sua causa é freqüentemene desconhecida. A droga talidomida, a qual foi utilizada por 
gestantes no final da década de 1950 e no início da década de 1960 contra o enjôo matinal, foi retirada do 
mercado após ter sido identificada como causadora deste tipo de defeito. A talidomida causava a 
formação de apêndices semelhantes aos membros de uma foca (focomelia) no lugar dos membros 
superiores e inferiores. As crianças geralmente acostumam-se com facilidade a utilizar o membro 
malformado e uma prótese pode ser confeccionada para torná-lo mais funcional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Amputação Vascular 
 
 A patologia mais frequente que leva a amputação é a arterioesclerose obliterante periférica, além 
de deformidades vasculares congênitas, hipertensão venosa crônica e linfedemas. 
Arterioesclerose obliterante Periférica 
Causas 
-maior risco com o envelhecimento 
-aumento de lípides na circulação 
-hipertensão arterial 
-diabetes 
-obesidade 
-tabagismo 
-sedentarismo 
-hábito alimentar 
Fisiopatologia 
-formação de arteroma 
-isquemias 
-ulcerações 
-gangrenas 
Amputação Traumática 
 
 São as amputações ocorridas na maioria das vezes, por acidente de trabalho, seguido de 
acidentes automobilísticos, regiões de guerra e campo minado. 
 Mesmo assim as amputações traumáticas perdem para as decorridas da diabetes. 
 Podem ser mecânicos, elétricos, térmicos ou químicos 
Amputação Tumoral 
 As de origem tumoram são provenientes na maioria das vezes por neoplasias 
musculoesqueléticas. 
 Os tumores são classificados em 3 grupos do “Estadiamento de Enneking”: 
1-histórico do tumor (G) – visão microscópica do tumor 
G0 - benignidade 
G1 – malignidade de baixo grau 
G2 - malignidade de alto grau 
2-compartimentalização do tumor (T) 
Exames por imagem 
3-presença de metástase (M) 
M0 – sem metástase 
M1 - metástase 
 Os parâmetros para indicação do procedimento cirúrgico, vai depender do grau do tumor e região 
de localização, no qual sempre é realizado um planejamento pré-operatório. 
 É necessário lembrar que alguns pacientes que realizam amputação por causa tumoral, vai 
necessitar de quimioterapia e radioterapia antes ou após a cirurgia, estando debilitados para o 
procedimento cirúrgico ou reabilitação. 
 Nos procedimentos cirúrgicos deve-se respeitar sempre 2 cm no retalho da pele, como no tecido 
subcutâneo. 
Estatística dos tumores no Brasil 
-40%da neoplasias ósseas primárias sofrem amputação, sendo elas: osteossarcoma e o sarcoma de 
Ewing. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A) Exame primário 
– Hemorragia profusa 
– Perfusão 
 B) Exame secundário 
– Avaliar estado da perfusão 
– Identificar feridas abertas, deformidades, fraturas, instabilidade 
– Avaliar neurovascular 
– Identificar movimentos articulares anormais 
C) Atendimento inicial das lesões de extremidades 
– Imobilizar com talas e/ou tração 
– Restaurar alinhamento do membros 
– Tratar as feridas 
Envolvem Vários elementos 
teciduais: 
-Pele 
-Músculos 
-Nervos 
-Vasos 
-Ossos 
– Restaurar a perfusão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Amputação Traumática 
– Hemostasia prioridade no tratamento das extremidades 
– Ferimento Aberto 
– Qualquer ferimento deve interpretado como comunicante com a lesão esquelética 
 
 
 
 
 
Cuidados pré-hospitalares 
• devem ser informados e 
documentados 
– Alterações neurovasculares 
– Redução de uma fratura ou 
luxação 
– Fragmentos ósseos que se 
perderam 
– Aplicação de curativos e talas 
– Procedimentos de liberação 
ferragens 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Níveis de amputação da mão 
-art. Interfalangiana distal 
-art. Interfalangiana proximal 
-amputação de raio (falange e metacarpo) 
-raio do indicador,dedo médio, anular, dedo mínimo e múltiplos dedos 
Nível do Cotovelo 
Técnicas de Amputação 
1- Desarticulação do Cotovelo 
2- Próximas Cotovelo 
3- Distais ao Cotovelo 
Nível do Braço 
Técnicas de Amputação 
1- região supracondiliana 
2- osteotomia de angulação do úmero 
Nível do Ombro e Desarticulação Cinguloescapular 
Técnicas de Amputação 
1-amputação alta e desarticulação do ombro 
Nível Interescapulotorácica 
Nível dos Pododáctilos 
Técnicas de Amputação 
1- Desarticulação metatarsofalangianas 
2- Desarticulação transmetatarsal 
Nível de Lisfranc e Chopart 
Técnicas de Amputação 
1-Lisfranc (tarsometatarsal) ocorre desarticulação dos metatarsos com cuneiformes e cubóides 
2-Chopart (médio pé) ocorre desarticulação do navicular e do cubóide com talus e o calcâneo 
Nível do Retropé e do tornozelo 
Técnicas de Amputação 
1-Sime (excisão a nível de talus e calcâneo) 
2-Sime em dois tempos (para pctes que podem deambulam com prótese) 
3- Boyd (incisão em boca de peixe) 
Observações das cirurgias de tornozelo e pé 
 A cirurgia de Sime é a mais moderna entre Lisfranc, onde é melhor a qualidade do retalho 
plantar,acelera o retardo das consolidações ósseas, menor complicações infecciosas, calosidade e 
ulcerações. 
 A cirurgia de Chopart tem mais vantagens em relação a Sime, onde a técnica é mais fácil, 
quando associado órteses de pé e tornozelo (OPT), facilitam o uso de calçados, não promove 
encurtamento do membro e mantém a independência para locomoção. 
 Para a realização da Sime em 2 tempo o paciente tem que ser um possível deambulador,o coxim 
gorduroso não deve ter lesões abertas, 
A pressão sistótica deve ser menor que 70 mmHg, não deve haver infecção no local da amputação, não 
deve haver gás nos tecidos as redor e o sangramento intra-operatório deve ocorrer 3 minutos após a 
soltura do garrote. 
 As infecções podem surgir antes ou após as amputações, sendo que as mais frequentes são as 
osteomielites agudas e crônicas, sendo elas superficiais ou profundas. 
 O pé diabético é uma causa importante para as amputações, onde alteração de sensilbilidade, 
pressão plantar, ulcerações e deformidades favorecem a amputação. 
Nível Transtibial 
 Das cirurgias essa é uma das mais realizadas, sendo que a protese e independência, fica mais 
perto da normalidade. 
 O melhor nível da amputação transtibial, é o que preserva o máximo comprimento do membro 
com melhor cicatrização. 
 
Técnicas de Amputação 
1-Amputação aberta 
2-Amputação fechada 
Nível Transfemural e Desarticulação do Joelho 
 80% desta cirurgia ocorre por origem vascular, onde o gasto energético destes paciente como 
nível da amputação é de 65%. 
 Na desarticulação do joelho o retalho pode ser feito na região sargital,anterior ou circunferencial, 
onde a sargital é melhor em patologias vasculares. 
Nível de Quadril e Pelve 
 Ocorrem mais por patologias neoplásicas malignas, infecções, gangrenas, traumsa e anomalias 
congênitas. 
Técnica de amputação do quadril 
1-Boyd 
2-Retalho posterior 
Técnica de amputação da pelve (hemipelvectomia) 
1-Anterior 
2-Posterior 
3- Perineal 
Amputação 
• Níveis de amputação de membros inferiores 
• Amputação parcial de pé 
 Níveis de amputação: Desarticulação interfalangiana, Metatarso-falangiana, Transmetatarsiana, 
Lisfranc, Chopart. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cuidados imediatos, enfermaria e domicílio 
 A prevenção é o objetivo principal da equipe, mesmo antes da amputação. Onde paciente com o 
pé diabéticos precisam prevenir, para que possíveis amputações não venham ocorrer, ou que ocorram 
tardiamente. 
 Deve-se orientar sempre: 
- higiene do corpo e local afetado 
• Parcial Lisfranc/ Parcial Chopart 
 
 
 
 
 
 
 
- sapatos adequados (bico largo) 
- corte das unhas 
- atividades físicas adequadas 
- exames médicos periódicos 
- observar temperatura do local 
- colorações diferentes na pele 
- utilização de cremes e loções hidratantes 
 Na presença de lesões ou úlceras, indicar: 
- repouso 
- antibióticos 
- desbridamentos 
- controle glicêmico 
- higiene e curativos oclusivos adequados com soro fisiológico a 0,9% aquecida (37ºC) 
Cuidados imediatos, enfermaria e domicílio 
 Na emergência é necessário cuidados para a manutenção da vida do paciente. 
 A enfermagem deve: 
- manter o acesso venoso permeável 
- coleta de exames de urgência 
- monitoramento dos sinais vitais 
- preparo do paciente para cirurgia 
- atenção especial para analgesia 
- limpeza do local 
 O fisioterapeuta juntamente com a equipe multidisciplinar, devem ficar atentos quanto aos 
posicionamentos e posturas inadequadas na fase ambulatorial e domiciliar, onde a orientação é 
fundamental. 
 Deve-se evitar a rigidez articulares, não posicionando o paciente em padrões de flexões 
articulares,evitar também a utilização de coxins sob o joelho. 
 Alerta quanto a formação de neuromas ( tumor sensível das células nervosas, que crescem nos 
nervos seccionados) e problemas cutâneos pela falta de ventilação nas próteses. 
Cuidados imediatos, enfermaria e domicílio 
 É importante a informação ao paciente quanto a dor e sensibilidade fantasma, onde deve-se ser 
realizado a dessensibilização do local. 
 A utilização do colchão cascade ovo favorece o não surgimento de escaras. 
 Corrigir em fase ambulatorial se ocorrer o surgimento de posicionar o membro amputado no 
apoio da muleta, ocasionando a flexão e postura inadequada já citada anteriormente. 
 Apó a a cicatrização do membro residual, é importante moldá-lo e maturá-lo para a possível 
utilização proteica, com enfaixamento elástico. 
 O enfaixamento deve ser o mais independente possível para o paciente. 
Enfaixamento do coto 
 São necessários, 2 faixas elásticas superpostas de 15 cm de largura. 
 Deve-se enfaixar na primeira semana de hora em hora com 5 minutos de descanso. Na 2ª 
semana de 2 em 2 horas com o mesmo tempo. Até atingir um total de 6 horas consecutivamentes, 
preservando as condições circulatórias 
 
Protocolo de avaliação 
 Sempre devemos levar em cosideração as alterações físicas, emocionais e socio-econômicas 
dos pacientes. 
1- Anamnese 
2- H.M.A. 
3- H.M.P. 
4- Inspeção 
5- Palpação 
6- Exame Físico 
 6.1- Funcionalidade 
 6.2- Força Muscular (Escala de Kendalls) 
 6.3- Movimento Articular (A.D.M. (goniometria)) 
7- Avaliação do Coto 
 7.1- Forma do Coto (globosa, cônica, irregular) 
 7.2- Edema 
 7.3- Cicatrização 
 7.4- Proeminências Ósseas 
 7.5- Movimento Mioplásticos (inserção do músculo) 
 7.6- Sensibilidade (Dor Fantasma) 
 7.7- Comprimento (cm) 
 7.8- Circunferência (cm) 
 7.9- Força Muscular (Kendalls) 
 7.10- Mobilidde Funcional (Goniometria) 
 7.11- Deformidades 
Protocolo de avaliação 
8- Equilíbrio 
9- Análise da Marcha (consume energético, funcionalidade, passos, postura, trabalho resp., etc.) 
10- Auxiliadores para marcha (andador, muletas, etc.) 
11- Teste de esforço (cicloergômetro, esteira,bike) 
12- Avaliação Isocinética 
13- Objetivos 
14- Conduta Terapêutica 
• Tratamento Pré-Operatório 
 Avaliação física 
 Segundo ENGSTROM & VAN DE VEN ( 1993 ) o terapeuta deveria começar a avaliação à amputação 
antes que a decisão para a amputação tenha sido feita, se o estado do membro parece crítico. 
O paciente deve estar recebendo tratamento numa enfermaria geral, cirúrgica, médica, ortopédica ou 
cirurgia plástica, onde pode ser observado atentamente durante este tempo. A possibilidade de 
amputação não deve ser divulgada para o paciente ; esta é de responsabilidade exclusiva do cirurgião. 
A Força muscular, extensão dos movimentos dos ligamentos e mobilidade funcional devem ser 
registrados para que sejam possíveis futuras comparações. Durante a medição de um ligamento, um 
goniômetro deve serVárias posições podem ser usadas para medir o joelho, mas qualquer que seja o 
método escolhido é essencial que as leituras subseqüentes sejam tomadas na mesma posição. O 
tamanho e a posição de áreas de frágil pressão devem ser também corretamente registradas. 
• Fatores físicos a serem considerados na avaliação pré-operatória. 
 Déficit no SNC 
 Visão 
 Audição 
 Força muscular e mobilidade dos ligamentos dos ombros e braços 
 Força muscular; destreza e sensibilidade nas mãos e nos dedos 
 Força muscular, mobilidade dos ligamentos e condição da pele da perna afetada-Estado 
circulatório 
 -Força muscular e mobilidade dos ligamentos da coxa e joelho sãos 
 -Controle da bexiga e dos intestinos 
 -Força dos músculos do tronco. Mobilidade da espinha e da pélvis. Habilidade de equilíbrio. 
Postura geral 
 -Doença cardio-pulmonar. 
• Avaliação social 
 Embora a avaliação social não seja separada da avaliação física, fatos específicos devem ser 
apurados: com relação o ambiente familiar do paciente, apoio dos parentes ou amigos, local e tipo de 
trabalho. Estas perguntas podem ser feitas durante a avaliação física enquanto o paciente estiver 
descansando entre uma atividade e outra, de forma que as sessões não sejam muito cansativas. 
• Plano de tratamento 
 Ensine mobilidade na cama. Uma cama adequada alta/baixa com uma base firme, laterais e uma 
estaca deve ser fornecida no período pré operatório de forma que o paciente possa ser ensinado 
a ter mobilidade na cama. 
 Preserve a mobilidade das articulações. Todas as articulações devem ser tratadas. Exercícios 
ativos é o método ideal de tratamento. Alongamento passivo e posicionamento podem ser 
usados. 
Fortaleça todos os músculos. Os músculos do tronco, e dos membros inferiores e superiores devem 
todos ser tratados dentro dos limites de tolerância do paciente; isto pode ser apenas uns poucos 
exercícios na enfermaria, ou pode ser um programa de meia hora na área de tratamento. 
 Ensine-o a mover-se na cadeira de rodas. 
 Andar sempre que possível. 
 Sensação fantasma. O paciente é avisado de que é perfeitamente normal sentir todo o membro 
após a amputação. Esta sensação gradualmente diminui, quando é realizada a reabilitação ativa, 
que inclui manuseio do coto, exercícios de resistência e peso. 
DISCUSSÃO DA ESCOLHA DO NÍVEL DE AMPUTAÇÃO : 
 É responsabilidade de cada membro da equipe, comunicar seus pensamentos com relação ao 
nível de amputação mais desejável para o cirurgião consultor. Ao tomar esta decisão as 
avaliações clínica, física, social e psicológica serão levadas em consideração, junto com as 
considerações das possibilidades protéticas. 
• Tratamento do membro residual 
 Indivíduos que não recebem um curativo rígido ou prótese temporária usam faixas elásticas ou 
atrofiadores para a redução da dimensões do membro residual. O paciente ou um membro da família 
aplica a faixa, que é usada 24 horas por dia ( exceto durante o banho). 
• Pode haver dificuldade no controle do edema no membro residual, devido as complicações de 
diabetes, doenças cardiovascular, ou hipertensão. Terapeuticamente, uma unidade de 
compressão intermitente pode ser usado na redução do edema, em bases temporárias. Há luvas 
comercializadas, luvas para amputação acima e abaixo do joelho. 
• São importantes a higiene e o tratamento adequados da pele. Uma vez que a incisão tenha 
cicatrizado e as suturas removidas, a pessoa pode banhar-se normalmente. O membro residual 
é tratado como qualquer outra parte do corpo; deve ser mantido limpo e seco. Deve ser tomada 
a precaução de serem evitados cortes, abrasões e outros problemas de peleO paciente é 
ensinado a inspecionar o membro residual com espelho a cada noite, para certificar-se que não 
existem contusões ou problemas iminentes, especialmente em áreas prontamente não visíveis. 
Se o paciente sofreu uma redução na sensibilidade, torna-se particularmente importante uma 
cuidadosa inspeção. 
Atrofiadores 
São peças semelhantes a meias tecidas de algodão fortemente reforçado com borracha; têm 
forma cônica e confeccionadas em diversos tamanhos. Os atrofiadores são uma alternativa ao 
enfaixamento elástico, e podem ser usados para o controle do edema do membro residual. 
Posicionamento 
• Uma das principais metas de início do programa pós-operatório é a prevenção de complicações 
secundárias, como as contraturas de articulações adjacentes. As contraturas podem surgir em 
decorrência do desequilíbrio muscular,ou como resultado de alguma posição inadequada, como 
a posição sentada por períodos longos. 
• Orientar Quanto ao Posicionamento Adequado no Leito : 
 evitar o posicionamento inadequado no leito de flexão , abdução , rotação externa de coxa e 
flexão de joelho quando amputado de perna(transtibial); 
 manter o membro inferior alinhado ; 
 não colocar travesseiro em baixo do coto e entre as pernas, pois evitará contraturas musculares; 
 evitar ficar na cama com o coto fletido; 
 evitar flexionar o joelho em amputações transtibiais quando estiver sentado ; 
 não apoiar o coto sobre a muleta . 
• Também devemosobservar as sobras dos retalhos cirúrgicos nas extremidades, chamadas de 
orelha de cão que podem vir a interferir no processo de protetização. 
• Neste momento, devemos observar se existe um coxim gorduroso adequado, pois o coto ideal 
deve ser compacto evitando uma massa muscular exagerada que fique sobrando, causando 
movimento inadequado junto ao osso e também ao contrário, com ausência de massa muscular, 
o contato da prótese passa a ser direto no osso do coto, podendo causar feridas de compressão. 
• Dessensibilização 
 Definição : são estímulos sensitivos que são realizados na extremidade distal do coto que irão levar ao 
saturamento dos receptores e das vias aferentes sensitivas , visando uma normalização da sensibilidade 
local . 
Objetivo : alcançar a diminuição da hipersensibilidade local para que seja suportável a adaptação à 
prótese , através de movimentos lentos e graduais, começando do estimulo mais fino para o mais áspero, 
sendo passado de uma fase para outra à medida que o próprio paciente relate não ser mais um incomodo 
o estimulo realizado pelo terapeuta . 
• Etapas de Dessensibilização : 
 1º - Algodão 
 2º - Esponja de face fina 
 3º - Esponja de face grossa 
 4º - Lixa fina 
 5º - Lixa grossa 
 6º - Calor superficial pode ser utilizado, com o objetivo pré-cinético 
 Fortalecimento : 
Restabelecimento Físico Geral : 
 Visamos a melhora do amputado , isto é, sua força , resistência , coordenação motora , respiração , etc. 
A cinesioterapia deve ser intensificada também de forma progressiva para potencializar toda sua 
musculatura que será necessária durante a reeducação de marcha com prótese. 
 Cinesioterapia específica para o coto : 
 O objetivo será o combate às retrações musculares e o fortalecimento . No amputado acima do joelho, 
existe uma tendência às contraturas em flexão e abdução , que são mais evidentes nos cotos curtos . 
Deve-se fortalecer mais as musculaturas adutoras , extensoras e rotadoras internas de coxo femural e 
extensora de joelho em caso de amputação abaixo do joelho . 
Cinesioterapia geral : 
 É trabalhado todo o corpo através da cinesioterapia respiratória , fortalecimento abdominal , quadrado 
lombar , os membros superiores para utilização de muletas e priorizar o fortalecimento no membro não 
amputado para aumentar sua potência , resistência e equilíbrio . 
• Próteses para membros superiores 
Próteses Não Funcionais 
Próteses Estéticas ou Passivas 
Próteses Funcionais 
Próteses ativas (mecânicas) - fonte energia interna (propulsão muscular) 
Próteses Mioelétricas - fonte energia externa (energia extracorpórea) 
Híbridas:ativa + mioelétrica (fonte interna + externa) 
• As próteses estéticas ou passivas pertencem ao grupo de próteses não funcionais. Elas 
restabelecem o aspecto externo, sem proporcionar funções ativas, favorecendo o aspecto 
estético. Uma vez que ocorre renúncia do aspecto funcional por parte do paciente que opta por 
este grupo de próteses, são grandes as exigências em relação ao aspecto externo, conforto de 
uso e peso reduzido. 
 Ocasionalmente estas próteses podem ser usadas para carregar objetos. Este sistema pode ser usado 
em todos os níveis de amputação, e principalmente quando próteses funcionais não obtiveram êxito 
• No grupo das próteses funcionais, as próteses denominadas ativas são acionadas pelo próprio 
paciente. As funções da prótese realizam-se mediante o movimento do segmento residual do 
membro através da tração de tirantes. 
• Para coordenar as diferentes funções, o paciente necessita de um intenso programa de 
treinamento. O treinamento intensivo com próteses ativas acionadas por tirantes é de extrema 
importância. O paciente aprende, de forma gradativa, o controle dos diferentes movimentos da 
prótese. 
• Encaixe da prótese 
 A confecção individual do encaixe é de importância fundamental para a qualidade da prótese. O 
encaixe é dividido em encaixe interno (ou cartucho) e externo (ou soquete) e constitui o componente de 
união entre o corpo do paciente e a prótese. 
 Para sua confecção deve-se respeitar a fisiologia do coto, a liberdade de movimento, a condição 
muscular do coto, as saliências ósseas e regiões sensíveis do coto. 
• Amputações parciais de mão. 
 Nestes níveis de amputação são utilizadas próteses passivas. As confeccionadas em silicone são mais 
estéticas graças às semelhanças das características da mão não amputada. 
• Tipos de próteses para membros inferiores 
 Existem basicamente dois tipos de próteses: 
 Próteses convencionais: São feitas em resina ou com componentes em plástico e madeira. São 
indicadas para todos os níveis de amputação com exceção da desarticulação do joelho. 
 Trata-se de um sistema robusto, utilizado principalmente quando situações adversas como determinadas 
atividades ou hábitos do paciente, condições geográficas, etc., não permitem o uso de prótese mais 
sofisticadas. 
As próteses convencionais não são utilizadas acima do joelho devido seu peso excessivo acarretando 
dificuldades graves na deambulação, ocorrendo desistência de utilização pelo paciente, o que dificilmente 
ocorre nas próteses modulares. 
 Próteses modulares: Também chamada de prótese endoesquelética com revestimento 
cosmético em espuma , este sistema foi lançado em 1969, pela OTTO BOCK, sendo desde 
então constantemente aperfeiçoado, podem ser utilizadas em todos os níveis de amputação de 
membro inferior. 
 São constituídas por vários módulos ajustáveis e intercambiais entre si, mais leves e estéticas por serem 
revestidas de espuma cosmética, seus componentes podem ser em aço, titânio (metal extremamente leve 
e resistente), alumínio e fibra de carbono. Essas próteses oferecem ampla linha de opções para uma 
protetização eficaz. 
• Sistema de encaixe 
 Os encaixes das próteses evoluíram muito nos últimos anos. As resinas substituíram os encaixes de 
madeiras e, mais recentemente, os materiais termoplásticos estão substituindo as resinas. 
• Encaixe para amputação acima do joelho: 
 Quadrilátero: É o tipo de encaixe mais antigo em utilização no mercado , foram desenvolvidos nos 
Estados Unidos na década de 40, a partir de modelos europeus, onde a pressão maior é exercida no 
ísquio, apoiado no bordo posterior. 
 É feita compressão em áreas funcionais, favorecendo atrofia; a medida médio- lateral é mais larga, 
ocasionando deslocamento lateral do fêmur ; a marcha é feita com inclinação lateral de tronco. Nos 
pacientes que usam o encaixe pela primeira vez, o apoio isquiático pode se apresentar doloroso, já que a 
descarga de peso é feita quase totalmente naquela região. 
Contenção Isquiática: É o tipo de encaixe mais recente utilizado com maior freqüência em pacientes 
jovens que praticam atividades desportivas ou que são bastantes dinâmicos. Surgiram na década de 80 e 
apesar de largamente aplicados são bastantes recentes. 
A distribuição de peso é sobre todo o coto, principalmente sobre o ramal do ísquio. Há maior controle dos 
músculos funcionais e maior estabilidade da estrutura óssea e da adução natural do fêmur; os músculos 
funcionais ficam liberados, limitando a atrofia. 
• Amputação parcial de pé 
 Estes níveis de amputações permitem descarga de peso distal, ou seja, apoio sobre o coto de 
amputação, porém, cuidados devem ser tomados nos casos onde há diminuição ou perda de 
sensibilidade, doenças vasculares obstrutivas e deformidades em eqüino-varo. 
 
Próteses e Órteses – 2° semestre 
 
1-Histórico 
 
 No início da história do Egito, aproximadamente há cinco mil anos, os antigos médicos egípcios, 
empregavam órteses que formavam uma cobertura protetora em torno do membro defeituoso, com 
o único intuitode manter o membro em posição de descanso. 
 O médico grego Hipócatres em dois de seus livros, apresentou discussões a respeito de métodos 
de tratamento para fraturas, deformidades congênitas e outras lesões ortopédicas. Seus princípios a 
respeito das órteses permaneceram acreditados como um tratamento para diferentes problemas 
ortopédicos cerca de dois mil anos após. 
 Alguns estudos sobre deformidades realizadas por Galen (131-201 d.c), oferece novas diretrizes 
sobre utilização de órteses, o qual utiliza enfaixamentos para correção de escoliose. 
 O pioneiro na confecção de órteses foi Ambroise Paré (1509-1590), o qual já pensava em 
mecanismos de acordo com a anatomia do indivíduo e na necessidade da órtese ser leve e 
confortável. 
 Com o passar do tempo, outras personalidades deram continuidade a esse novo método de 
tratamento, utilizando as órteses para diferentes tipos de lesões. 
 Hoje as órteses não possuem o único objetivo de corrigir um determinado seguimento, 
mas possuem algo mais além, como a intenção de transformar o indivíduo e adaptá-lo novamente 
dentro de suas funções do dia a dia, através de correções baseadas nas necessidades do mesmo. 
 
 
2-Conceito 
 
 
O termo órteses vem do grego (orthós que significa direito ou reto). 
Definição: as órteses são equipamentos terapêuticos de auxílio funcional e caracterizam-se por uma 
busca sistemática de corrigir e melhorar a função do corpo ou parte dele pela aplicação de um suporte ao 
exterior do corpo, com a finalidade de obter uma postura mais correta em uma posição de descanso, 
buscar realinhamento de um determinado segmento ou atividade controlada. De acordo com cada 
necessidade, as órteses podem imobilizar totalmente uma articulação ou segmento, restringir o 
movimento numa dada direção, controlar a motricidade, auxiliar movimento ou reduzir as forças 
de sustentação de peso. 
Devemos ter em mente que uma órtese é coadjuvante da terapia, visando à manutenção da 
amplitude articular obtida através de exercícios de alongamentos e visando a estabilização de uma ou 
mais articulações, otimizando a função de outras, através de exercícios de fortalecimento e 
proprioceptivos, por exemplo. 
O uso de uma órtese deve ser interrompido se causar dor, reduzir a função, piorar a 
postura ou marcha, causar desconforto emocional ou quando resultados efetivos puderem ser 
obtidos por fisioterapia ou procedimentos cirúrgicos relativamente menores. 
 
2.1-Materiais 
 
Quanto ao material da órtese, uma ampla variedade de materiais tem sido usada para fabricar 
utensílios ortóticos. Ao selecionar material apropriado para um dispositivo ortótico, é necessário 
considerar cuidadosamente a força, durabilidade, flexibilidade e peso. O design ortótico deve ser 
simples, discreto, confortável e tão estético quanto possível. 
Durante a prescrição de uma órtese é importante saber que seus componentes funcionam de 
forma integrada e qualquer defeito de alinhamento pode causar danos na função do segmento aplicado e 
como conseqüência danos ao esquema corporal devido a compensações. Um fator importante durante a 
prescrição é que a órtese deve ser adaptada de acordo com as medidas e estruturas anatômicas 
de cada indivíduo, proporcionando uma sensação agradável, sem ocorrência de dores, 
desconforto ou feridas. 
O profissional quando prescreve uma órtese deve avaliar o indivíduo verificando o nível 
de condicionamento cardiorespiratório, função músculo-esquelética, atividades e objetivos de 
cada paciente. Obtido esses parâmetros, o profissional vai escolher o equipamento adequado para 
a colocação da órtese, proporcionando um bom resultado funcional. 
 
2.2-Contra-indicação 
 
 Deformidade grave; 
 Atitude viciosa do membro de difícil correção; 
 Úlcera por pressão. 
 
Deve-se lembrar que estas contra indicações não são absolutas, uma vez que se o problema for 
solucionado através de cirurgia ou outro procedimento a órtese pode ser prescrita. 
 
 
2.3-Reabilitação antes e depois da colocação de uma órtese 
 
 Após a decisão do tipo de órtese para determinado caso, devemos ter em mente que o paciente 
necessitará de uma preparação para a colocação desse dispositivo. Essa preparação abrange aspectos 
psicológicos e aspectos funcionais. No ponto de vista da fisioterapia é necessário realizar um programa 
de treinamento cardio-respiratório caso a aplicação da órtese ocasionar como conseqüência um aumento 
do gasto energético para realização de uma atividade; outros aspectos importantes, além da manutenção 
da amplitude do movimento, abrangem estímulo à função através de atividades funcionais, preparação 
dos demais segmentos para suportar a nova condição, orientação do paciente quanto à necessidade da 
órtese e orientação quanto à manutenção do peso corporal. Após a colocação da órtese, deve ser 
realizado um treinamento utilizando exercícios funcionais e/ou que simulem as atividades realizadas no 
dia-a-dia do indivíduo. Esta última pode ser realizada pelo terapeuta ocupacional. 
 Lembrando que após o paciente estar adaptado ao dispositivo, o profissional da reabilitação, seja 
ele o fisioterapeuta ou o terapeuta ocupacional, devem realizar avaliações periódicas, preferencialmente 
em conjunto, para orientação quanto ao uso e para indicações de cirurgias, bloqueios neuromusculares 
ou até mesmo troca da órtese por qualquer alteração do quadro. 
 
 
2.4-Classificação das órteses de membros inferiores 
 
As órteses de membros inferiores podem ser divididas em: 
 
 Órteses de posicionamento: tem como objetivo manter determinadas articulações em posição 
fisiológica, evitando assim deformidades. 
 Órteses funcionais: possuem o papel de estabilizar determinadas articulações em posição 
funcional, permitindo assim a otimização do padrão da marcha e do padrão durante o 
ortostatismo. 
 
Esta última pode ser: 
 
 Estática: tem o papel de imobilizar determinado membro, otimizando a função de outros 
segmentos, não auxilia diretamente na execução do movimento. 
 Dinâmica: utiliza-se de alavancas móveis e de dispositivos de acumulação de potência externa, 
para melhorar a função. 
 
3-Órteses de pé 
 
São suportes colocados no interior do calçado, removíveis, feitos de materiais variáveis, 
utilizados para tratar diferentes sintomas e deformidades dos pés. Geralmente utilizam-se palmilhas de 
compensação feitas sobre medida, principalmente quando estiver indicada a manutenção de um 
alinhamento específico do pé por longos períodos de tempo. As indicações clínicas habituais para estas 
palmilhas são: aliviar a pressão sobre as áreas dolorosas, ulceradas, cicatrizadas ou calosas; sustentar 
arcos longitudinais ou transversais do pé que sejam fracos ou planos; controlar a posição do pé, afetando 
o alinhamento de outras articulações do membro inferior; e compensar discrepância de membros 
inferiores. 
Alguns tipos de deformidades do pé são tratados melhor quando realizamos a modificação de 
calçados ou quando indicamos órteses de pé. Cada caso tem que ser avaliado individualmente, sendo 
consideradas modificações de calçados ou diferentes intervenções. Devemos lembrar que uma órtese de 
pé ou de tornozelo-pé pode negar a necessidade de modificação de calçado e que cirurgias podem ser 
necessárias para se obter correções ótima. Hoje em dia com utilização de novos recursos tem se 
permitido substituir a bota ortopédica por tênis ou outro tipo de calçado comum, de acordo que este 
calçado deve oferecer estabilidade para articulação do tornozelo e proporciona correção de varismo ou 
valgismo através do uso da palmilha. Correias, acolchoamento e outros utensílios podem ser aplicados 
diretamente ao pé e dedos, para que seja possívelcorrigir deformidades e para proteção de áreas 
dolorosas, como calos cutâneos ou ósseos, úlceras, unhas, hipertrofias ósseas e excesso de fricção ou 
pressão (fig.1). 
 
 
 
 
fig.1- palmilha de silicone e em couro 
 
 
Sandália para Gesso 
Indicações 
 
Apoio e proteção de botas gessadas quando permitida a 
marcha. 
Uso nas deformidades permanentes dos pés e dedos, 
causados pela artríte reumatóide. 
 
Características 
 
Solado em EVA em discreta cruva; 
Laterais em tecido sintético resistente; 
Adaptável a ambos os pés; 
Fecho em velcro; 
Lavável. 
 
 
 
 
4-Órteses tornozelo-pé 
 
As órteses tornozelo-pé (AFOS) são geralmente utilizadas para fraqueza muscular, afetando 
articulações como a tibiotársica e subtalar. Estas órteses tem a função de realizar a manutenção dessas 
articulações deixando-as em uma posição funcional. Também possuem a função de prevenção ou 
correção de deformidades do pé e tornozelo e redução das forças de sustentação de peso. As AFOs 
também podem influenciar a função de outras articulações mais proximais com a variação do grau de 
flexão plantar e dorsiflexão. Desta forma, um tornozelo com uma deformidade ou uma tendência a flexão 
plantar geralmente causa hiperextensão do joelho com possível conseqüência de flexão de quadril e 
tronco; e um tornozelo em dorsiflexão causa flexão de joelho e quadril. 
Ainda nos dias atuais são prescritas as órteses tradicionais de metal, porém as AFOs plásticas 
(goteiras) são mais comuns. Essas órteses podem ser mudadas de calçados para calçado, sendo 
importante que todos os calçados tenham a mesmas medidas, proporcionando com isso um efeito 
biomecânico igual no tornozelo e como conseqüência um efeito correto nas articulações mais proximais. 
Os componentes para ereção em AFO plásticas ou termoplásticas variam em forma ou altura, 
dependendo da função desejada, mas geralmente estes se estendem desde a planta do pé até a 
panturrilha, de acordo que a borda superior deve ficar abaixo da cabeça da fíbula em cerca de 3 cm, 
principalmente para não causar escoriações e limitação da função desejada da articulação do joelho. A 
AFO plástica pode ser fabricada para controlar flexão plantar, dorsiflexão, inversão ou eversão do 
tornozelo, proporcionando também estabilidade médio-lateral. 
As AFOs metálicas possuem eretores mediais e laterais, com um mecanismo articulável na 
altura do tornozelo. Os eretores são adaptados ao calçado por um estribo e são fixados na panturrilha, 
com uma faixa de panturrilha almofadada coberta por couro, correia de couro e uma fivela. Diferentes 
mecanismos de articulação no tornozelo permitem dorsiflexão ou flexão plantar fixa, limitada ou plena, 
geralmente permitindo certo grau de movimento para melhor adaptação do paciente durante a marcha. 
As Afos dinâmicas são geralmente utilizadas para fraquezas musculares que afetam o padrão 
da marcha. Essas órteses apresentam um estreitamento posterior à região do calcâneo e um recorte de 
suas paredes passando por trás dos maléolos, permitindo um movimento passivo de dorsiflexão e 
limitando a flexão plantar. A mola de codivilla é composta por uma haste flexível, unida a um aro posterior 
na panturrilha. Esta última vem sendo substituída pelas órteses dinâmicas e é indicada para paralisia do 
músculo tibial anterior (pé caído). Este modelo é encontrado em aço, polipropileno, courvin e velcro (fig.2). 
 
 
 
 
 
 
fig.2 – mola de codivilla 
 
 
 
Imobilizador de Tornozelo 
Indicações 
 
Entorses de tornozelo substituí a goteira gessada. 
Prevenção e tratamento das deformidades da artríte reumatóide, 
usada em atividades esportivas retirando-se as barbatanas 
dorsais. 
 
Características 
 
Tecido sintético e resistente com espuma; 
Barbatanas laterais em Duralumínio para moldar no tornozelo; 
Fecho em velcro; 
Lavável. 
 
 
Estabilizador de Tornozelo 
Indicações 
 
Evitar artroses, melhorando a estabilidade da articulação do tornozelo na prática 
esportiva. 
Tratamento de entorses leves. 
Prevenção precoce das deformidades da artríte reumatóide. 
Auxiliar na marcha dos pacientes com dorso flexores dos pés. 
 
Características 
 
Lona dublada em algodão; 
Barbatanas laterais em plástico; 
Cinta elástica cruzada; 
Fecho em velcro; 
Lavável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 fig3- órteses estáticas e articuladas 
 
 
As Afos estáticas geralmente são prescritas em caso de deformidades graves, hipertonia ou 
lesões graves que não há possibilidade de movimento voluntário. Estas órteses não permitem 
movimentos do tornozelo, porém o ante-pé pode permanecer livre para realização de uma marcha mais 
perto do normal. 
AFOs articuladas permitem movimentos controlados de dorsiflexão e flexão plantar, sendo 
indicadas para pacientes que apresentam algum movimento de dorsiflexão, quando a flexão plantar está 
limitada (fig.3). 
Existem AFOs para diversos tipos de lesão, por isso é importante avaliar quais são os déficits e 
as capacidades de cada indivíduo para escolher a órtese mais adequada para cada caso. Entre outros 
tipos de AFOs estão: 
 Órtese de reação ao solo: é indicada para paciente com déficit em sóleo e gastrocnêmio com 
conseqüente flexão de joelhos (comum em diplégicos). Apresenta apoio na região anterior do 
joelho, rigidez na região de ante-pé, tornozelo em posição neutra. Neste tipo de órtese a força de 
reação ao solo age proporcionando extensão de joelho durante a fase de apoio e o tornozelo a 
90° impede a rolamento da tíbia em relação ao pé. Feita em polipropileno (fig.4). 
 
 
 
 fig.4- órtese de reação ao solo 
 
 AFO submaleolar (SubMO): promove estabilidade médio-lateral do pé e calcâneo, permitindo 
movimento do tornozelo no plano frontal e sagital. Indicada geralmente para pacientes 
hipotônicos. 
 
 
 AFO supra maleolar (SMO): estabiliza articulação subtalar, maior estabilidade do pé e 
tornozelo. Indicada para desvios mais graves em inversão e eversão. 
 
 Dyna Ankle: limita movimento de inversão do tornozelo através de uma tira que sai da lateral da 
órtese se direcionando para região medial. 
 
 
 Dyna Ankle 
 
 
 AFO de adequação de tônus (TRAFOs – Tone-Reducing Ankle Foot Orthosis): 
confeccionada de material plástico, apresenta um molde com apoios que facilitam extensão de 
dedos e dosiflexores. Indicada para pacientes com hipertonia. 
 
 
5-Órteses de Joelho-Tornozelo-Pé 
 
As órteses Joelho-Tornozelo-Pé (KAFOs), também conhecidas como tutor curto, são 
prescritas a fim de proporcionarem estabilidade ao joelho para sustentação de peso em presença 
de fraqueza de membro inferior, devido a lesões do sistema nervoso central ou periférico. 
Geralmente são indicadas para pacientes hemiplégicos ou paraplégicos que possuem controle 
pélvico, pois essa órtese não possui cinto pélvico. 
Embora a órtese possua uma articulação anatômica do joelho com um eixo de rotação 
mutável, as junções de joelho com design policêntrico têm poucas aplicações clínicas, pois durante a 
deambulação a articulação ortótica do joelho geralmente fica travada. Uma junção de joelho livre 
somente é indicada quando estiver presente instabilidade médio-lateral ou genu recurvatum, mas é 
fundamental que o indivíduo tenha força de extensão de joelho suficiente para sustentação de peso ao 
apoiar o membro inferior. 
Portanto se os extensores do joelho estiverem deficitários, fica indicada uma trava de 
joelho. A trava mais utilizada neste tipo de órtese é a trava de anel em queda. É colocada no eretor 
lateral, na barra, caindo sobre a junta quando elaestá plenamente estendida, desta forma, não permitindo 
movimento na articulação do joelho. Um bastão para puxar contendo mola pode ser acrescentado ao anel 
para facilitar travar e destravar. A trava suíça, também conhecida como trava em alça, consiste em um 
arco nivelado, que fica em posição travada na extensão do joelho e destrava automaticamente quando 
pressionada contra um objeto (por exemplo, uma cadeira). Caso paciente apresente uma contratura em 
flexão do joelho, pode-se prescrever uma junta ajustável de joelho, usando-se uma trava em leque ou 
dial. 
Na ausência de espasticidade ou contratura em flexão do joelho, uma articulação de joelho 
posteriormente compensada proporciona um joelho estável durante a fase de apoio e permite flexão 
durante a fase de balanço. O joelho é estabilizado por correias acima e abaixo da patela ou por uma 
correia patelar, coxins de couro macio cobrindo a calota do joelho, apertada através de correias 
ajustáveis. Desta forma evita-se que o joelho se curve durante a sustentação do peso. 
A fixação na coxa é realizada por quatro eretores que são conectados por uma coxeira rígida, 
com acolchoamento superior e fechamento macio anterior. Esta faixa deve liberar o ísquio em 4 cm, a 
menos que seja prescrito repouso isquiático. O apoio isquiático deve ser prescrito com critério. 
Geralmente o apoio isquiático é indicado para pacientes que necessitam de alívio da carga axial nos 
membros inferiores ou que apresentem instabilidade pélvica. 
A Free Walk (órtese longa de controle na fase de apoio), tem como objetivo, proporcionar uma 
marcha mais funcional, permitindo durante a fase de balanço, movimento de flexão e extensão de joelho, 
proporcionando uma marcha mais rápida e com menos gasto energético. Apresenta uma única haste 
lateral e quatro aros anteriores com fixação por velcros. Não necessita de modificações em calçados. 
Para utilizar está órtese, é necessário que o paciente tenha certo controle muscular (entre 3 a 5 grau de 
força muscular), possua ADM (amplitude de movimento) maior que 10° em tornozelo, não possua 
deformidade em flexão de joelho, peso corpóreo deve ser menor que 120 kg, não possua hipertonia e não 
tenha alteração cognitiva grave. Durante o movimento em dorsiflexão a articulação do joelho é liberada e 
no momento no toque do calcâneo a articulação do joelho é travada. 
 
KAFO MODIFICADA é um tipo de órtese de coxa-joelho-tornozelo de plástico laminado 
(KAFO) que pode incorporar componentes de tornozelo e joelho padrão, mas os eretores e faixas são 
feitos de plástico laminado cor da pele, que se adapta intimamente à extremidade e é leve. A peça da 
coxa é uma concha posterior em forma de quadrilátero, com ou sem apoio isquiático, fechado 
anteriormente por uma faixa de plástico e uma correia de Velcro. Uma concha supra patelar ou pré tibial 
proporciona força de extensão de joelho, proporcionando também estabilidade médio-lateral desta 
articulação. Nas partes inferiores, os eretores estão conectados a uma placa que se direciona ao pé, 
moldada em plástico, também utilizada no interior de calçado. 
 
KAFO supracondilar de plástico laminado é indicada para paciente que não tenha força 
muscular no joelho e tornozelo e total extensão do joelho. Caracteriza-se por uma placa moldada para o 
pé com um tornozelo sólido imobilizando o pé e o tornozelo em eqüino, produzindo uma força de 
extensão de joelho durante o apoio. Genu recurvatum é controlado por uma concha supra condilar 
anterior e uma concha poplítea que contrabalança posteriormente. A ausência de uma junta mecânica no 
joelho permite livre flexão do joelho durante a fase de balanço, com melhora do padrão de marcha e 
redução do gasto de energia. 
Utilizada mais na medicina desportiva as órteses de joelho (KO) são prescritas para prevenir 
genu recurvatum e possibilitar estabilidade médio-lateral. Entre outras indicações encontram-se 
portadores de lesão ligamentar do joelho em tratamento conservador ou convalescença pós-cirúrgica. A 
maioria dos KOs consiste em dois eretores, juntas de joelho livres ou ajustáveis e manguitos de coxa ou 
panturrilha. A gaiola suíça de joelho impede o recurvatum, mas permite flexão, isto ocorre porque essa 
órtese possui um mecanismo posterior que impede que o joelho vá para extensão. 
A órtese estabilizadora de três modos (TKS) é semelhante e oferece bom controle de 
instabilidade estrutural do joelho nas direções lateral, medial e posterior e está indicada para genum 
valgum, varus e recurvatum. As KO padrão têm braços de alavanca curtos e podem não ser eficiente 
quando são necessárias grandes forças (fig.5). 
 
 
 
 
fig.5- KAFO´s 
 
 
6-Órteses de Quadril-Joelho-Tornozelo-Pé 
 
Órteses de quadril-joelho-tornozelo-pé (HKAFO), também conhecidas como tutores 
longos, consistem nos mesmos componentes descritos para AFOs e KAFOs, com acréscimo de uma 
junta de quadril travável presa em faixa pélvica para controlar movimentos na articulação anatômica do 
quadril. Geralmente o tipo de trava utilizada na articulação do quadril é a trava em anel. A faixa pélvica, 
que pode ser unilateral ou bilateral, engloba a pelve entre a crista ilíaca e o trocanter maior lateralmente, 
curva-se para baixo na região glútea e passa para cima novamente sobre o sacro. As indicações para 
prescrever um cinto pélvico são controversas, porque diversos estudos indicam que aumenta a excursão 
lombar e deslocamento da gravidade durante a deambulação e, desta forma, o gasto de energia pode ser 
maior. O cinto pélvico quando bloqueado tem a função de suprir o déficit de controle da articulação de 
quadril. No paciente lesado medular, o cinto pélvico tem a importância de obter extensão de tronco e 
evitar desvios rotacionais durante a reeducação da locomoção, podendo este dispositivo ser substituído 
por controle muscular fisiológico com o decorrer dos treinamentos. Para a maioria dos paraplégicos as 
faixas pélvicas provavelmente não são necessárias, embora elas possam melhorar o equilíbrio em pé, 
especialmente se a espasticidade for grave. 
Existem as faixas pélvicas com apoio sacral que permitem a extensão do quadril e os cintos 
pélvicos sem apoio sacral que permitem uma flexão do quadril, com conseqüente hiperlordose 
compensatória. 
As órteses de reciprocação (RGO – Reciprocation Gait Orthosis), são indicadas para 
pacientes que não possuem controle de membros inferiores e troncos. Essa órtese foi desenvolvida para 
permitir a marcha de quatro pontos com menor gasto energético. Ela pemite o avanço de um membro 
simplesmente com a transferência do peso do corpo sobre o lado contralateral. Isso ocorre através de um 
cabo de reciprocação que funciona como um pistão e conecta as duas articulações do quadril. Durante a 
atividade de sentar e levantar o pistão atua evitando descidas bruscas, além de impulsionar o paciente no 
momento de levantar. Entre os principais tipos de RGO estão: 
 
 Parawalker (HGO – Hip Guidance Orthose): esta órtese é indicada para facilitar as atividades 
motoras, trocas posturais, colocação, retirada, manutenção da posição de pé sem necessidade 
de apoio e marcha com baixo gasto energético. A articulação do joelho é do tipo trava suíça e a 
articulação quadril é bloqueada, porém pode chegar a uma amplitude de flexão superior a 100º 
se desbloqueada, facilitando trocas posturais. Para o paciente se manter em posição ereta são 
utilizados alguns pontos de fixação, sendo eles: posterior ao calcâneo, posterior a pelve, apoio 
anterior em joelhos e região torácica. A marcha geralmente é realiza com o uso de bengalas ou 
andadores. 
 
 Walkabout: indicada para paraplegia baixa. É composta por duas KAFOs unidas medialmente 
por mecanismo de reciprocação, facilitando o direcionamento dos passos, sem ocorrer rotações 
e desvios laterais. Possui ponto de fixação na região posterior de calcâneo, coxa e anteriorao 
joelho. Vale lembrar, que o mecanismo de reciprocação pode ser retirado transformando-as em 
KAFOs convencionais. 
 
 ARGO: composta por KAFOs, componente pélvico com articulações de quadril unidas por um 
único cabo de reciprocação, além de AFOs termoplásticas fixadas a hastes que se ligam com as 
articulações de joelho e quadril. Este tipo de órtese permite flexão simultânea de quadril, de 
acordo que esta articulação encontra-se desbloqueada (fig.6). 
 
 
 
 
 
 
 fig.6 –órtese reciprocada 
 
 LSU (Louisiana State University): oferece as KAFOs bilaterais juntas de joelho, peças pélvicas 
posteriores de tornozelo-pé e coxa, uma cintura pélvica moldada sob medida, possui também 
dois cabos de reciprocação que conectam as articulações pévicas. O mecanismo de 
acoplamento a cabo dá estabilidade ao quadril, embora permita flexão/extensão unilateral do 
quadril de maneira recíproca quando se tenta o passo. Usando duas muletas, paraplégicos são 
capazes de deambular em padrão de marcha em quatro pontos. 
 
 IRGO: apresenta um cinto pélvico com uma articulação isocêntrica centralizada posteriormente, 
responsável pelos movimentos de flexão e extensão do quadril. Esta órtese também possui 
sistema de trava que permite flexão simultânea do quadril (fig.7). 
 
 
 fig.7 – IRGO 
 
 
 
Órteses 
 
 
 
Quadril 
Abdução de quadril 
 
 
Abdução de quadril Atlanta Brace ou Schotish Brite 
Indicações 
 
Tratamento de Legg Perthes e Luxação Congênita de Quadril. 
 
Características 
 
Possibilita ampla liberdade de movimentos mantendo abdução 
de 45° em ambas articulações do quadril. 
Com haste telescópica e juntas esféricas universais de alta 
qualidade. 
Peças de coxa e cinto pélvico moldados em polipropileno, com 
nervuras de reforço estrutural. 
Todas as peças são intercambiáveis permitindo diversas 
possibilidades de montagem. 
Peças revestidas internamente com espuma softform para 
maior conforto. 
Estrutura metálica com revestimento anti-oxidante. 
Fechos de velcro 
 
 
Suspensório de Pavlik 
Indicações 
Tratamento da luxação congênita do quadril do recém-nascido 
até o 6º mês de idade 
 
 
Órteses 
 
 
 
Tronco e coluna vertebral 
Colares, faixas, coletes e imobilizadores 
 
Colares 
 
 
 
Colar Cervical Noturno 
Indicações 
 
Torcicolos, traumatismo, artroses, artrites, 
estabilização da postura durante o sono. 
 
Características 
 
Espuma macia de alta densidade; 
Reforço de apoio interno; 
Fecho em velcro. 
 
Colar Cervical Tipo Thomas 
Indicações 
 
Torcicolos, traumatismo, artroses, artrites e 
afecções da coluna cervical. 
 
Características 
 
Polietileno de alta densidade; 
Bordas acolchoadas; 
Altura ajustável; 
Fecho em velcro; 
Lavável. 
 
Colar com Apoio Mentoniano 
Indicações 
 
Torcicolos, traumatismo, reumatóide, artroses 
e outras afecções da coluna cervical. 
 
Características 
 
Polietileno de alta densidade; 
Apoio metoniano; 
Bordas acolchoadas; 
Altura ajustável; 
Fecho em velcro; 
Lavável. 
 
Colar Cervical Philadelphia 
Indicações 
 
Torcicolos, traumatismos, artroses, artrites e 
afecções da coluna cervical. 
 
Características 
 
Confeccionado em softform com suporte 
mentoniano e occiptal em plástico rígido; 
Proporciona controle de flexão, extensão e 
rotação; 
Perfurado para melhor ventilação; 
Fecho em velcro. 
 
Colar Philadelphia com Oríficio 
Indicações 
 
Ideal para tratamentos de traqueostomia, 
torcicolo, traumatismos, artrites, artroses, 
afecções da coluna cervical. 
 
Características 
 
Confeccionado em softform com suporte 
mentoniano e occipital em plástico rígido, 
proporciona controle de flexão, extensão e 
rotação; 
Com oríficio frontal para procedimentos de 
traqueostomia e fecho em velcro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faixas 
 
 
 
Faixa Colete com Barbatanas de 
Duralumínio 
Indicações 
 
Estabilização da coluna dorso lombar em 
artroses, traumatismo, fraturas osteoporóticas, 
escolioses dolorosas e outras afecções da 
região. Estabilização do tronco no lesado 
modular. 
 
Características 
 
Confeccionada em elástico macio e resistente; 
Reforço lateral; 
4 Barbatanas de duralumínio; 
Fecho em velcro; 
Lavável. 
 
Faixa Torácica de 15 cm 
Indicações 
 
Contusões torácicas, fraturas de costela, 
fraturas de vértebras torácicas osteoporóticas. 
 
Características 
 
Confeccionada em elástico macio e resistente; 
Fecho em velcro; 
Lavável. 
 
Faixa Abdominal de 20 cm 
Indicações 
 
Flacidez e fraqueza da parede abdominal pós-
parto e pós-cirurgia. 
 
Características 
 
Confeccionada em elástico macio e resistente; 
Fecho em velcro; 
Lavável. 
 
Faixa Lombar de 25 cm 
Indicações 
 
Estabilização da coluna lombar em casos de 
lombalgia e outras afecções da região. 
 
Características 
 
Confeccionada em elástico macio e resistente; 
Fecho em velcro; 
Lavável. 
 
Coletes 
 
 
Colete de Brim Tipo Putti 
Indicações 
 
Estabilização da região dorso-lombar sacra de 
hérnia de disco sujeitas à cirurgias ou não, 
traumatismo, espondilolisteses, fraturas 
osteoporóticas, artroses, pós-operatório e 
outras afecções da região. 
 
Características 
 
Confeccionado em brim macio e resistente; 
Fecho frontal em velcro; 
Barbatanas de fita plana de aço flexível; 
Auto ajustável; 
Lavável. 
 
Colete Putti Elástico Baixo 
Indicações 
 
Estabilização da coluna lombo sacra em casos 
de contratura para-vertebral pós traumáticas, 
artroses, espondilolisteses, lordoses, pós-
operatório e outras afecções do região. 
 
Características 
 
Confeccionado em brim macio e resistente; 
Reforço lateral; 
4 barbatanas de duralumínio; 
Fecho em velcro; 
Lavável. 
 
Colete Putti Elástico Alto 
Indicações 
 
Estabilização da região dorso lombo sacra em 
casos de hérnia de disco sujeitas à cirurgias ou 
não, traumatismo, fraturas osteoporóticas, 
artroses, estabilização no tronco no lesado 
medular e outras afecções da região. 
 
Características 
 
Confeccionado em brim macio e resistente; 
Reforço lateral; 
4 barbatanas de duralumínio; 
Fecho em velcro; 
Lavável. 
 
 
Colete de Jewett 
 
Indicação 
 
Indicado para postura cifótica, fratura da 
coluna torácica. Princípio dos 3 pontos de 
apoio, lombar permanece em lordose, com 
apoio esternal e pubiano. 
 
 
Colete de Millwaukee 
Indicação 
tratamento de escolioses, etc. 
 
 
Imobilizadores 
 
 
Imobilizador em Oito para Clavícula 
Indicações 
 
Ideal para a imobilização e alinhamento da 
clavícula. 
 
Características 
Tiras estofadas com espuma, passantes 
metálicos e almofadas axilares. 
 
Espaldeira Simples 
Indicações 
 
Correção da postura dos ombros e tratamento 
da cifose torácica postural e juvenil. 
 
Características 
 
Elástico macio e resistente; 
Almofada axilar de espuma; 
Ajuste em velcro: 
Lavável. 
 
Espaldeira para Postura em Brim 
Indicações 
 
Correção de postura dos ombros e tratamento 
de cifose torácica postural. Modelo para casos 
extremamente acentuados. 
 
Características 
 
Confeccionada em brim resistente e 
confortável; 
Almofada auxiliares de espuma revestida;Barbatanas laterais aspirais auto-ajustáveis 
que multiplicam a eficiência; 
Fecho em velcro; 
Lavável. 
 
 
 
 
Órteses 
 
 
 
Membros inferiores 
Imobilizadores e acessórios 
 
Imobilizadores 
 
Imobilizador de Joelho Posição Funcional 
Indicações 
 
Instabilidade de artrose e artrite reumatóide. 
Afecções traumáticas do joelho em substituição ao 
aparelho gessado. 
Treinos de ortostatismo em lesões paralíticas dos 
membros inferiores. 
 
Características 
 
Confeccionado em tecido dublado em espuma; 
Barbatanas posteriores em duralumínio; 
Barbatanas laterais de polipropileno removíveis; 
Cinta elástica para compressão do joelho; 
Fecho em velcro. 
Imobilizador Parcial do Joelho 
Indicações 
 
Afecções traumáticas do joelho. 
Prevenção da recidiva no retorno às atividades. 
Reeducação da marcha em seqüelas da AVC, 
artroses, artrite reumatóide. 
 
Características 
 
Confeccionado em tecido duplo em espuma; 
Barbatanas posteriores em duralumínio; 
Barbatanas frontais em polipropileno; 
Cinta elástica para compressão do joelho. 
 
Imobilizador de Tornozelo 
Indicações 
 
Entorses de tornozelo substituí a goteira gessada. 
Prevenção e tratamento das deformidades da artrite 
reumatóide, usada em atividades esportivas retirando-
se as barbatanas dorsais. 
 
Características 
 
Tecido sintético e resistente com espuma; 
Barbatanas laterais em Duralumínio para moldar no 
tornozelo; 
Fecho em velcro; 
Lavável. 
 
Joelheira Articulada Elástica 
Indicações 
 
Afecções traumáticas do joelho, instabilidades látero-
mediais não muito graves, artroses, artrite reumatóide 
e outras afecções que necessitem de apoio e 
compressão. 
Prevenção da recidiva na prática esportiva. 
 
Características 
 
Confeccionada em elástico macio e resistente; 
Barbatanas lateral e medial articuláveis de 
Duralumínio; 
Fecho em velcro; 
Lavável. 
 
Estabilizador de Tornozelo 
Indicações 
 
Evitar artroses, melhorando a estabilidade da 
articulação do tornozelo na prática esportiva. 
Tratamento de entorses leves. 
Prevenção precoce das deformidades da artrite 
reumatóide. 
Auxiliar na marcha dos pacientes com dorso flexores 
dos pés. 
 
Características 
 
Lona dublada em algodão; 
Barbatanas laterais em plástico; 
Cinta elástica cruzada; 
Fecho em velcro; 
Lavável. 
 
 
Acessórios 
 
Sandália para Gesso 
Indicações 
 
Apoio e proteção de botas gessadas quando 
permitida a marcha. 
Uso nas deformidades permanentes dos pés e dedos, 
causados pela artrite reumatóide. 
 
Características 
 
Solado em EVA em discreta curva; 
Laterais em tecido sintético resistente; 
Adaptável a ambos os pés; 
Fecho em velcro; 
Lavável. 
 
Tira Sub-Patelar em Tubo 
Indicações 
 
Tendinites do tendão patelar (joelho saltador), alívio 
da tensão na inserção do tendão patelar. 
 
Características 
 
Confeccionada em tecido dublado em espuma; 
Tubo de microespuma revestido e estofado; 
Ajuste em velcro; 
Lavável. 
 
 
Outras Órteses 
 
Completa linha de órteses confeccionadas sob 
medida, em material copolímero, polipropileno, fibra 
de carbono, aço, alumínio, etc 
 
 
 
 
 
 
Geno Valgo e/ou Geno Varo 
 
Para correção de valgismo e ou varismo 
 
 
Tutor 
 
Tutor para fratura de tíbia/fíbula 
 
 
Trilateral 
Para tratamento de Legg-Perthes 
 
 
Tutor Longo unilateral ou bilateral 
 
Controle de quadril mas não controle de joelho 
 
 
 
 
 
 
 
 
Órteses de MMSS 
 
 
Funções da mão (J.R.Napier): - não preênsil 
 -preênsil 
 
FUNÇÃO PREENSIL: 
Força:p.palmar 
• p. em gancho 
Precisão: pinça polpa-à-polpa 
• pinça em 3 pontos 
• pinça látero-lateral (pinça da chave) 
 
Tecnologia Assistiva 
 
• É a tecnologia utilizada para auxiliar pessoas com dificuldades no desempenho de suas 
atividades. 
• Seu objetivo é desenvolver equipamentos para suportar ou compensar as limitações 
biomecânicas e possibilitar função ao portador de necessidades especiais. 
 
Classificação das órteses quanto à sua confecção: 
 
-Pré-fabricadas : fabricadas em série, geralmente com plástico de alta temperatura ou tecidos. 
- Moldadas: confeccionadas em plástico de baixa temperatura e moldados sobre uma parte do corpo. 
 
 
Classificação das órteses quanto à função: 
 
Estáticas :não têm partes móveis e são usadas para imobilizar ou estabilizar em uma posição 
específica.São passivas e podem ser seriadas. 
 
 
Objetivos das Órteses estáticas: 
 
• Proteção do segmento. 
• Repouso das articulações. 
• Redução dos processos inflamatórios e de dor. 
• Impedir movimentos indesejados. 
• Substituir perdas de função muscular. 
• Prevenir ou corrigir deformidades. 
 
- Dinâmicas: São as que têm uma parte móvel, proporcionando movimentos articulares, pela 
aplicação de tração.Requerem o conhecimento das forças aplicadas, para sua confecção. 
 
Objetivo das Órteses dinâmicas: 
 
• Reduzir retrações tendinosas. 
• Reduzir retrações cápsulo-ligamentares. 
• Aumentar ou manter amplitude de movimento articular passivo ou ativo. 
• Aumentar força muscular. 
 
Aspectos para confecção de uma Órtese: 
 
• 1- Aplicação de um protocolo de avaliação e confecção de órteses. 
• 2- Considerações anatômicas. 
• 3- Considerações mecânicas . 
• 4- Estética. 
• 5- Orientações ao paciente/família. 
 
Aspectos da anatomia da mão a serem respeitados quando se aplica uma órtese: 
 
• Revestimento cutâneo. 
• Arcos. 
• Pregas. 
• Estruturas ósseas. 
 
Revestimento cutâneo: 
 
-Dorso da Mão: pele fina , elástica e móvel. (face estética) 
-Palma da Mão: pele espessa, pouco elástica e com grande número de terminações nervosas.(face 
funcional) 
 
Arcos 
Devem ser protegidos durante a confecção de órtese para preservar as estruturas anatômicas 
normais e proporcionar conforto. 
São 3 arcos: longitudinal,transverso proximal e transverso distal. 
 
Pregas 
 
• As pregas palmares da mão são pontos de referência de superfícies importantes. 
• Devem ficar totalmente livres para permitir a flexão total das articulações. 
• A órtese que ultrapassa uma prega, causa um bloqueio da mobilidade desta articulação. 
 
 
 
Acomodação das proeminências ósseas 
 
• Deve-se evitar pressão sobre as proeminências ósseas da mão, punho, antebraço e braço 
durante a confecção de uma órtese. 
• Áreas problemáticas:articulações metacarpo-falangeanas,base do 1ºmetacarpiano,processos 
estilóide do rádio e da ulna,pisiforme, epicôndilos lateral e medial do úmero . 
 
 
 
 
 
Obs:Evitar sobrecarga às estruturas ligamentares das articulações. A preservação da tensão correta 
dessas estruturas é outro pricípio anatômico fundamental. 
 
Aspectos Mecânicos 
 
- A mecânica estuda a ação das forças sobre os corpos materiais. 
 - Biomecânica é o estudo dos movimentos dos organismos vivos. 
 - A compreensão dos conceitos básicos de mecânica e dos tipos de alavancas é pré-requisito para o 
desenho e construção de uma órtese efetiva , confortável, durável e cosmeticamente aceitável. 
 
 
Princípios mecânicos 
 
-tranferência de pressão: As órteses que atravessam o punho devem se estender a 2/3 de distância 
do antebraço.A órtese mais longa no antebraço, diminui a pressão resultante

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