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Bases de Gestão para Engenharia Aula 8: Políticas macroeconômicas, crescimento e desenvolvimento econômico INTRODUÇÃO A todo o momento lemos nos jornais, ouvimos nos debates sobre a in�ação brasileira, vemos o “dragão in�acionário” estampado nas revistas... Mas, o que é in�ação? Outro tema recorrente na mídia é a valorização e/ou a desvalorização do dólar frente à moeda nacional e as consequências para a economia brasileira. Mas, como a moeda norte-americana se valoriza? Como se desvaloriza? Quais os efeitos? Por �m, sempre ouvimos falar que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro está entre os dez maiores do mundo. Mas, ao mesmo tempo, vemos que a qualidade de vida da maior parte dos brasileiros parece não condizer com essa riqueza toda. Bom, como a in�ação é um fenômeno monetário, é importante esclarecer o que é moeda e quais suas funções. Nesta aula, de�niremos moeda e suas funções dentro da economia. Com essas de�nições, compreenderemos os principais tipos de in�ação. Discutiremos conceitos importantes sobre os princípios da Política Cambial. Em seguida, analisaremos a Política Comercial, que consiste na atuação do Governo com medidas para in�uenciar as exportações e importações, sem que seja necessário mexer na taxa de câmbio. Por �m, apontaremos as noções sobre o crescimento e o desenvolvimento econômico, e as estratégias para que o desempenho dos dois seja consistente. Identi�caremos os principais indicadores sociais, o índice de Gini e IDH, e como esses índices re�etem a realidade brasileira. OBJETIVOS Reconhecer como os instrumentos de Política Monetária podem ser utilizados para o controle do processo in�acionário. Analisar os instrumentos da Política Fiscal em busca do equilíbrio �scal. Conhecer a Política Cambial e suas implicações. Diferenciar os conceitos de crescimento econômico e de desenvolvimento econômico. Reconhecer os principais indicadores sociais: índice de Gini e IDH. Examinar os parâmetros para se alcançar o Desenvolvimento Sustentável. POLÍTICA MONETÁRIA E SEUS INSTRUMENTOS A política monetária refere-se à atuação do governo no sentido de controlar as condições de liquidez do país. Com esse objetivo, o governo atua sobre a quantidade de moeda na economia, sobre a capacidade de concessão de empréstimos por parte dos bancos e, por consequência, sobre os níveis das taxas de juros. Na realidade, o mercado monetário é como outro qualquer, em que existe demanda, oferta e preços de equilíbrio. Conceito de Moeda na Política Monetária: Muitas coisas são usadas como dinheiro, inclusive o cartão de crédito. Mas o conceito de moeda que é usado na Política Monetária é o M1. M1 = papel-moeda em poder da sociedade (glossário) + depósitos em conta corrente bancária. Demanda por Moeda (M1): É a quantidade de moeda (M1) que a coletividade deseja reter em um determinado momento. As pessoas demandam moeda (M1): Para Transações (compras/vendas); Por Precaução (contra a incerteza na economia); Por Especulação (guardar provisão de moedas para quando aparecer um investimento interessante). Oferta de Moeda (M1): Quantidade de moeda disponível para a sociedade em um determinado momento; o Banco Central é o órgão do governo encarregado por controlar a oferta de moeda. COMO O BANCO CENTRAL CONTROLA A OFERTA DE MOEDA (M1)? Por meio de quatro instrumentos monetários: 1. EMISSÃO DE PAPEL-MOEDA Fonte da Imagem: Vale realçar o fato de que o papel-moeda (as notas de Real e as moedinhas que usamos no dia a dia) é emitido apenas para atender as nossas necessidades de pagamentos, geralmente, de pequeno valor, e essa emissão tem pouca importância para a política monetária, de qualquer forma, só serve para gerar um aumento da oferta de moeda. 2. PERCENTUAL DE DEPÓSITO COMPULSÓRIO Fonte da Imagem: É uma parte dos depósitos à vista que o banco comercial recebe diariamente, e que ele é obrigado a depositar no Banco Central. Ao provocar um aumento ou uma redução do depósito compulsório (ou reservas bancárias), o Banco Central espera aumentar ou reduzir o montante de depósitos à vista nos bancos. O banco comercial faz a intermediação �nanceira. Quanto mais recursos ele tiver livres para aplicar/emprestar, mais ele realiza operações, elevando a oferta de M1 na economia. I. Isto porque os bancos podem multiplicar, na forma de depostos à vista, a moeda criada pelo Banco Central — ou seja, as reservas bancárias. Logo, se o Banco Central elevar o depósito compulsório, reduz a oferta de M1. Já se o Banco Central diminuir o depósito compulsório aumenta a oferta de M1. 3. OPERAÇÕES DE MERCADO ABERTO Fonte da Imagem: Compra e venda de títulos da dívida púbica. Ao vender os títulos da dívida pública à sociedade, o governo recolhe moeda; logo, uma operação de venda de títulos leva a uma redução na oferta de moeda. Já na hora em que o governo compra/resgata os títulos da dívida púbica da sociedade, devolve o valor e o rendimento em moeda. Assim, uma operação de compra de títulos pelo governo leva a um aumento na oferta de moeda. Dívida Pública Interna É gerada quando o governo vende títulos ao público, para captar dinheiro rápido, e oferecendo, em troca, um rendimento deste dinheiro em certo prazo. Os bancos comerciais são compradores habituais. A dívida surge de uma necessidade de gasto do Estado, que não quer �nanciá-la diretamente por um aumento de tributos. Além disso, a dívida é um dos instrumentos de política monetária. 4. LINHAS DE REDESCONTO Fonte da Imagem: Repasse de verba do Banco Central aos bancos comercias (usando aquele dinheiro que é guardado sob a forma de depósito compulsório). Isto só ocorre com dois objetivos: empréstimo de liquidez (repasse de dinheiro temporário, só até o banco comercial se reorganizar para honrar um volume maior de saques dos correntistas); Linhas especiais de crédito (ex.: crédto a exportadores. Dinheiro com um custo mais baixo para o exportador. Vem do Banco Central para os bancos comercias). TAXA DE JUROS SELIC (SISTEMA ESPECIAL DE LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA) A oferta de moeda permite que o Banco Central determine a taxa de juros, que resulta da relação entre oferta e demanda de moeda. Supondo constante a demanda por moeda, a sua oferta passa a ser a maneira de in�uenciar a taxa de juros. COPOM Quem decide qual será o melhor nível da taxa SELIC é o COPOM (Comitê de Política Monetária). A cada 45 dias, o COPOM se reúne para decidir qual será a meta desejada. Nessa decisão, são consideradas as metas de in�ação para o ano e o nível de atividade da economia, entre outros. POLÍTICA FISCAL E SEUS INSTRUMENTOS A política �scal é realizada pelo governo ao administrar seus gastos e ao decidir como vai �nanciá-los. Para dar conta de suas tarefas de maneira sustentável, o governo deve cobrir seus gastos com sua receita, ou seja, por meio da cobrança de impostos e tarifas. TIPOS DE POLÍTICA MONETÁRIA A política �scal pode ser contracionista (recessiva) ou expansionista. Diz-se contracionista quando reduz a demanda agregada, e expansionista, quando expande a demanda agregada. • Política �scal contracionista Ocorre se o governo corta gastos com o setor privado, ou aumenta os impostos. Se o governo diminui gastos, também reduz a demanda agregada. Já se o governo aumenta os tributos, isto afeta indiretamente a demanda agregada, por meio de consumo e investimento. A�nal, pagando mais impostos, o consumidor poderá reduzir o consumo, e as empresas, eventualmente, reduzem o investimento. Os preços dos exportados podem se tornar menos competitivos, devido aos impostos embutidos. • Política �scal expansionista Ocorre se o governo aumenta seus gastos com o setor privado, ou reduz os impostos. Se o governo aumenta gastos, também aumenta a demanda agregada. Já se o governo reduz os tributos, isto aumenta indiretamente a demanda agregada, por meio de consumo e investimento.A redução de impostos se re�ete em mais capacidade de gasto, tanto para consumo quanto para investimento. EFEITOS DA POLÍTICA FISCAL SOBRE A INFLAÇÃO Como visto, uma política �scal expansionista aquece a demanda agregada. Desse modo, as vendas aumentam, criando um ambiente mais propício à elevação de preços. Por isso, uma política �scal expansionista pode contribuir para o aumento da in�ação, mesmo que a economia não esteja próxima ao nível de pleno emprego. No entanto, se a economia estiver operando próxima do nível máximo, com certeza haverá in�ação, neste caso, in�ação de demanda. RESULTADOS DO GOVERNO Para manter o equilíbrio �scal, o governo pode se endividar junto à sociedade e também emitir moeda. Entretanto, para que sua dívida não provoque pressão in�acionária, o governo não deve mais emitir dinheiro, seu endividamento deve ser �nanciado por meio da emissão de títulos da dívida pública. Os títulos são comprados por investidores institucionais, bancos etc. Pode-se calcular o saldo entre receitas e gastos do Governo, em reais, de três maneiras: DÍVIDA BRUTA E DÍVIDA LÍQUIDA Veja a evolução da nossa dívida pública em proporção ao PIB. A dívida bruta engloba todo tipo de débito do Estado brasileiro: Títulos públicos vendidos ao “mercado”; Empréstimos bancários; Empréstimos feitos por organismos internacionais; Débitos estaduais e municipais assumidos pelo governo federal. Já no cálculo da dívida líquida, desconta-se tudo o que o país já tem em caixa, tanto em reais depositados aqui como em dólares mantidos no exterior — ou vai receber no futuro. Inclusive aquilo que vai receber do mesmo “mercado” de quem o Brasil é devedor. POLÍTICA CAMBIAL E COMERCIAL A política comercial tem a ver com medidas adotadas pelo governo no objetivo de intervir nas transações com o exterior. As tarifas alfandegárias cobradas sobre os produtos importados retratam bem essa interferência. Quanto maior a tarifa, mais di�cultadas se tornarão as importações e mais protegida da concorrência externa estará a indústria nacional e, consequentemente, seus empregados. VAMOS COMEÇAR PELA POLÍTICA CAMBIAL De uma forma resumida, podemos dizer que a Política Cambial é a determinação da taxa de câmbio do país. O QUE É TAXA DE CÂMBIO? É o preço do dólar no país; mede quantas unidades da moeda nacional são necessárias para comprar um dólar. O QUE É UMA TAXA DE CÂMBIO VALORIZADA OU VALORIZAÇÃO CAMBIAL? Signi�ca que para comprar um dólar é preciso menos moeda nacional. Ou seja, serão necessários menos reais (R$) para comprar o mesmo dólar (U$). O QUE SÃO ESSES REGIMES CAMBIAIS? De maneira resumida, podemos dizer que a Política Cambial é a determinação da taxa de câmbio do país. REGIME DE CÂMBIO FIXO O Governo se compromete (o�cialmente) com uma determinada taxa �xada. Isto signi�ca comprar e vender dólar a um valor por ele preestabelecido, por exemplo, pode estipular que U$1 = R$1,00. Esse regime já foi muito utilizado na economia mundial e possui vantagens e desvantagens: Vantagem: O preço do dólar não varia, portanto, não encarece os importados; não impacta sobre a in�ação. Desvantagem: O governo precisa gastar as reservas internacionais para manter a taxa. E se a taxa for valorizada (baixa), a balança comercial �ca de�citária. REGIME DE CÂMBIO FLUTUANTE (FLEXÍVEL) No regime de câmbio �utuante, o mercado determina a taxa de câmbio, ou seja, ela depende da demanda e da oferta de dólar no mercado. O QUE É A OFERTA DE DÓLAR? É a entrada de dólar no país. Veja algumas fontes de chegada: Exportações — o exportador recebe em dólares e troca no Bacen; Empréstimo do FMI; Venda de títulos do Brasil no exterior; Entrada de capitais �nanceiros, atraídos por nossos juros altos; Envio de lucros de empresas brasileiras atuando no exterior. O QUE É A DEMANDA POR DÓLAR? É a saída da moeda em circulação no país. Veja algumas fontes de saída: Importações — o importador compra dólar para pagar suas compras; Pagamento da dívida externa; Envio de remessa de lucro de multinacionais atuando aqui, para o país de origem; Saída de capitais �nanceiros. Na verdade, nenhum governo (autoridades monetárias) de um país deixa de atuar para evitar �utuações consideradas excessivas na taxa de câmbio. Em tese, embora o regime cambial seja de taxa de câmbio �utuante, na prática, ele é chamado de �utuação suja. O QUE É FLUTUAÇÃO SUJA? Quando considera necessário, o Banco Central pode adotar medidas visando in�uenciar o comportamento do mercado de câmbio. Vantagem: O Governo não é obrigado a gastar as reservas internacionais para controlar a taxa de câmbio (mas pode fazê-lo eventualmente). A balança comercial tende ao superávit. Desvantagem: Toda vez que a taxa de câmbio sobe, encarece o custo de importar. Isto pode impactar sobre a in�ação, caso um produto, aqui produzido, use componentes importados. Portanto, outra forma de tentar evitar desvalorizações cambiais é utilizando a política monetária, ou seja, elevar a taxa de juros, atraindo dólares para serem investidos no país em títulos da dívida pública. EFEITO DA TAXA DE CÂMBIO SOBRE A BALANÇA COMERCIAL DO PAÍS (EXPORTAÇÃO — IMPORTAÇÃO) Exportação O exportador recebe em dólar e troca por reais. O exportador �ca estimulado quando a taxa cambial está desvalorizada (real desvalorizado frente ao dólar) porque a receita em reais vai ser maior. Exemplo Venda de U$100. Se a taxa de câmbio = R$2,90, a sua receita, em reais é = 100 x 2,90 = R$290,00. Se a taxa de câmbio = R$4,00, a sua receita, em reais é = 100 x 4,00 = R$400,00. Importação O importador gasta em dólar; para isto, usa reais para comprar dólares e pagar a encomenda. O importador �ca estimulado quando a taxa cambial está valorizada (real valorizado frente ao dólar), porque o gasto em reais vai ser menor. Exemplo Importação de mercadorias, no valor de U$100. Se a taxa de câmbio = R$2,90, seu gasto, em reais, é = 2,90 x 100 = R$290,00 Se a taxa de câmbio = R$4,00, seu gasto, em reais, é = 4,00 x 100 = R$400,00 CONCLUSÃO A taxa de câmbio valorizada (real valorizado frente ao dólar) desestimula as exportações, apesar de fomentar as importações, o que pode vir a causar uma balança comercial de�citária. EFEITOS DA TAXA DE CÂMBIO SOBRE A INFLAÇÃO NO PAÍS. Se a taxa de câmbio aumentar, ou seja, o real desvalorizar, pode ocorrer uma in�ação de custos. Isto porque a importação �ca mais cara. Se o empresário brasileiro, que compra o importado, decidir repassar o custo maior ao preço da mercadoria �nal, realmente ocorrerá in�ação. Se a taxa de câmbio reduzir, ou seja, o real valorizar, haverá uma queda nos preços dos produtos importados e uma menor pressão in�acionária. Em resumo: POLÍTICA COMERCIAL São medidas para in�uenciar as exportações e as importações, sem que seja necessário mexer na taxa de câmbio. As alterações no câmbio, embora visem primordialmente equilibrar as contas externas, tendem a trazer repercussões sobre outras variáveis. Assim, para obter resultados desejados em relação à balança comercial, os governos tradicionalmente adotam políticas para incentivar as exportações e reduzir as importações, independentemente das variações que venham a ocorrer na taxa de câmbio. No Brasil, tais medidas incluem a concessão de �nanciamentos subsidiados por meio dos bancos o�ciais e de incentivos �scais. AFETAM AS EXPORTAÇÕES: O crédito mais barato; A isenção de impostos. AFETAM AS IMPORTAÇÕES: O estabelecimento de cotas (limites de quantidade)I para a importação de um produto; De�nir obstáculos burocráticos; Dar subsídio ao produto nacional, para que �que mais barato que o importado; Colocar tarifas sobre os produtos importados. BALANÇO DE PAGAMENTOS É o registro mensal das transações entre residentes e não residentes do país. Contabilizanão só transações do governo, mas principalmente das empresas e cidadãos. As contas são feitas em dólares. As alterações no câmbio, embora visem primordialmente equilibrar as contas externas, tendem a trazer repercussões sobre outras variáveis. Assim, para obter resultados desejados, em relação à balança comercial, os governos tradicionalmente adotam políticas para incentivar as exportações e reduzir as importações, independentemente das variações que venham a ocorrer na taxa de câmbio. No Brasil, tais medidas incluem a concessão de �nanciamentos subsidiados por meio dos bancos o�ciais e de incentivos �scal. CRESCIMENTO ECONÔMICO É a evolução quantitativa da produção de bens e serviços de uma determinada economia, dividida pelo número de indivíduos que formam a população do país, a chamada renda (ou produto) per capita. COMO ACONTECE O CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO NO LONGO PRAZO? A teoria econômica inicia essa explicação apresentando uma função de produção agregada (Y), que é dependente do estoque de capital (K), da quantidade de mão de obra (L) e do conhecimento tecnológico disponível (T), que matematicamente pode ser representada como Y = f(K,L,T). O estoque de capital (K) representa a capacidade produtiva de uma economia, isto é, a quantidade de bens e serviços que ela pode produzir a cada período de tempo. A força de trabalho (L) é determinada pelo crescimento da população. Quanto maior a população, maior a força de trabalho. O nível de conhecimento tecnológico (T) depende de todo progresso técnico disponível até os dias de hoje. Já sabemos que o crescimento econômico em longo prazo ocorre devido ao aumento contínuo dos fatores de produção: capital, trabalho e tecnologia. Agora, vamos entender o que é desenvolvimento econômico. DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO O desenvolvimento econômico vai além de um aumento na quantidade de bens e serviços produzidos, em temos absolutos ou per capita, em um determinado período. Portanto, na análise do desenvolvimento econômico, incluem-se as mudanças de caráter quantitativo e qualitativo. De acordo com Gremaud (op.cit., 2006), para que se caracterize o desenvolvimento econômico, não basta se detectar o crescimento econômico, se naquele período de crescimento econômico também se evidenciam: Desse modo, para analisar o desenvolvimento de um país é necessário obter não só indicadores de crescimento econômico, como a taxa de crescimento do PIB e do PIB per capita, mas por outros indicadores que re�itam mudanças na qualidade de vida da população de uma economia. Os principais indicadores sociais atualmente são o Índice de Gini e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Vamos descrever cada um a seguir. ÍNDICE DE GINI É o instrumento comumente utilizado para medir o grau de concentração de renda de um país. Por meio dele, é possível comparar os diferentes graus de concentração de renda entre países. O índice de Gini mostra a diferença entre a renda dos mais pobres e dos mais ricos de um mesmo país e varia em uma escala de zero a 1. • O valor zero representa a situação de igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda. • O valor 1 está no extremo oposto, isto é, uma só pessoa detém toda riqueza. Desse modo, quanto mais próximo de zero, menor será a concentração de renda e desigualdade. Quanto mais próximo da unidade, maior será a concentração de renda, mostrando que tal nação tem uma desigualdade de renda muito elevada. Quando um país se encontra nesse último cenário, a maior parte da população recebe a menor parte da renda. Veja o grá�co a seguir, com a evolução do índice de Gini ao longo dos anos na sociedade brasileira. ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH) Unindo-se o conceito de produto per capita com indicadores sociais, tenta-se avaliar o bem-estar de uma população ou o seu grau de desenvolvimento social. A ONU criou um índice que agregou alguns indicadores sociais com o produto per capita. Esse índice é o IDH que vem sendo elaborado desde o início da década de 1990 e construído para mais de 170 países. O IDH é um índice que vai de 0 a 1, e quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido o país é considerado. O índice é a média aritmética de três indicadores: Um indicador de renda (produto interno bruto per capita); Um indicador que procura captar a saúde da população (longevidade: a expectativa de vida da população ao nascer); Um indicador que retrata as condições educacionais no país (uma média ponderada da taxa de alfabetização dos adultos e da matrícula nos ensinos fundamental, médio e superior). Fonte: http://veja.abril.com.br/brasil/idh-brasil-sobe-mas-indice-cresce-cada-vez-mais-devagar/ POLÍTICAS PÚBLICAS PARA PROMOVER O DESENVOLVIMENTO O governo, parte necessária do processo de desenvolvimento, deve, por seu lado, desenvolver o aparato institucional e os instrumentos de política �scal e econômica que lhe permitem lidar com os desa�os do desenvolvimento. Vimos que, ao longo da história, de um jeito ou de outro, o Brasil prospera, e não poderia ser de outro jeito, dada a riqueza do país, mas não existe destino já de�nido. Já foi mostrado que o padrão de vida da sociedade depende de sua capacidade de produzir bens e serviços, e que sua produtividade depende dos fatores de produção: do capital físico, do capital humano, dos recursos naturais e do conhecimento tecnológico. ENTRETANTO, O QUE OS FORMULADORES DE POLÍTICAS PODEM FAZER PARA ESTIMULAR O AUMENTO DO PRODUTO POR TRABALHO, QUE TRAZ EFEITOS POSITIVOS SOBRE A RENDA E A CONTÍNUA MELHORIA DO PADRÃO DE VIDA DA SOCIEDADE? GLOBALIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO Já estudamos a importância do Estado no estímulo ao crescimento econômico e na promoção do desenvolvimento, certo? Na realidade, observando os processos de desenvolvimento das principais economias atuais - como o Japão, a Alemanha, a França, a própria Inglaterra, berço da revolução industrial e os Estados Unidos, veri�camos que, em diversos momentos, principalmente no início dos seus respectivos processos de industrialização, o Estado desempenhou um papel crucial. As doutrinas econômicas, no entanto, não são unânimes em de�nir um tamanho para o Estado, em relação ao setor privado, nem no grau de intervenção na economia. A QUESTÃO DO DESENVOLVIMENTO As decisões tomadas pelas maiores economias têm forte in�uência sobre os países menos desenvolvidos. A condução do sistema político e econômico mundial, arranjados nos subsistemas de comércio, de pagamentos, entre outros, exerce forte in�uência sobre as economias locais. O desenvolvimento, que impõe a necessidade de reformas continuadas no Estado brasileiro, mostra-se complexa, como vimos, não se resolvendo apenas de um ponto de vista “técnico”. A questão passa, necessariamente, pela construção de um arranjo político que não tem, a priori, uma direção a ser seguida. OBJETIVO O objetivo genérico de desenvolvimento econômico e social requer que se o de�na, antes de tudo. Os objetivos de desenvolvimento tecnológico, da elevação educacional do povo, do fortalecimento das instituições, da preservação ambiental, da a�rmação de uma cultura brasileira, da distribuição de renda, entre tantos outros, devem surgir do debate democrático. 1. A Política Monetária pode ser entendida como um conjunto de instrumentos que o governo utiliza para: Arrecadação (política tributária) e controle de suas despesas (política de gastos). Controlar a quantidade de moedas e títulos públicos em circulação. In�uenciar a capacidade de importação e exportação do país e, ainda, estímulos ou desestímulos as exportações e importações por meio de incentivos. Formação direta de renda. Formação indireta de renda. Justi�cativa 2. Como se pode utilizar a Política Monetária para controlar a in�ação? Redução do estoque de moeda em circulação. Aumento do estoque de moeda em circulação. Diminuição do gasto público. Aumentoda carga tributária. Aumento do Gasto Público. Justi�cativa 3. Como se pode utilizar a Política Fiscal para controlar a in�ação? Redução do estoque de moeda em circulação. Aumento do estoque de moeda em circulação. Diminuição do gasto público. Aumento da carga tributária. A�rmativas c e d estão corretas. Justi�cativa 4. Veri�que os dados apresentados a seguir. Tomando-se por base esses indicadores sociais e econômicos, é correto a�rmar que: Desses países, apenas dois têm economia desenvolvida. Os países 1 e 5 devem estar situados na Europa Ocidental. O país 4 encontra-se em uma fase de recessão. Os países 2 e 3 devem possuir um sistema econômico socialista. O país 5 é o único que possui uma economia desenvolvida. Justi�cativa 5. A distribuição de salários pagos em uma empresa pode ser analisada destacando-se a parcela do total da massa salarial que é paga aos 10% que recebem os maiores salários. Isso pode ser representado na forma de um grá�co formado por dois segmentos de reta, unidos em um ponto P, cuja abscissa tem valor igual a 90, como ilustrado na �gura. No eixo horizontal do grá�co, tem-se o percentual de funcionários, ordenados de forma crescente pelos valores de seus salários, e no eixo vertical tem-se o percentual do total da massa salarial de todos os funcionários. O índice de Gini que mede o grau de concentração de renda de um determinado grupo, pode ser calculado pela razão 𝐴/(𝐴+𝐵) , em que A e B são as medidas das áreas indicadas no grá�co. A empresa tem como meta tornar seu índice de Gini igual ao do país, que é 0,3. Para tanto, precisa ajustar os salários, de modo a alterar o percentual que representa a parcela recebida pelos 10% dos funcionários de maior salário em relação ao total da massa salarial. Para atingir a meta desejada, o percentual deve ser: 40%. 20%. 60%. 30%. 70%. Justi�cativa 6. Nos grá�cos a seguir, estão indicadas mudanças que afetaram a sociedade brasileira em um período que inclui os Governos Militares (1964-1985) e o restabelecimento do regime democrático de 1985 aos dias de hoje. Analisando o primeiro grá�co (PIB per capita entre 1960 e 2013) e o segundo grá�co (desigualdade de renda associada ao coe�ciente de Gini, para o período de 1960 a 2012), conclui-se que os Governos Militares favoreceram, respectivamente, a ocorrência de: Redução da pobreza e estabilização do de�cit público. Diminuição do poder aquisitivo e incremento da dívida externa. Crescimento da riqueza nacional e elevação da concentração de renda. Expansão do desenvolvimento econômico e elevação da remuneração salarial. Desenvolvimento econômico. Justi�cativa Glossário SOCIEDADE Quando se fala sociedade, não contabilizamos as moedas que estão em poder do governo.
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