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ALUNA: MARIA KARPOVICZ RU: 925883
PORTIFOLIO DE GEOGRAFIA
1-A Geografia,assim como as demais disciplinas na escola, devem se propor a levar o aluno a um encontro consigo mesmo, através da capacidade de entender “o estar no mundo” participando ativamente deste mundo. O objetivo deve ser de estabelecer um projeto de vida, um encontro com a realidade vivida e com a transcendência para dar sentido à existência, auxiliando na formação de indivíduos voltados para a transformação constante da sociedade.Entretanto esta forma de agir provoca grande resistência entre
educadores e o corpo administrativo das escolas, de forma inversamente proporcional ao
entusiasmo e envolvimento dos alunos, que passavam a ter vez e voz, dentro de uma relação dialógica de aprendizagem. As atividades didáticas e propostas de avaliação foram sempre questionadas e até desqualificadas, segundo os parâmetros excludentes da educação, sempre apoiados nos paradigmas da individualidade e competitividade. O contexto escolar, que se caracteriza por favorecer o processo administrativo em detrimento ao pedagógico e na tentativa de contribuir para a mudança dos atuais paradigmas presente na cultura das instituições escolares e no ensino de Geografia, em especial, e como essas idéias necessitavam de amadurecimento. Uma das principais preocupações da disciplina é promover a aprendizagem dos fenômenos geográficos que são vividos no seu cotidiano, conseqüentemente, a Geografia tem como princípio, dentro da escola, fazer com que o aluno tenha a capacidade de entender a leitura de mundo por meio dos conceitos geográficos e de suas linguagens.
2-Na educação existem inúmeros aspectos que necessitam serem constantemente
questionados, analisados e modificados, aspectos relacionados desde aquilo que se ensina, ou seja, o currículo, até questões de ordem mais político-administrativa, que dizem respeito à gestão escolar.A disciplina de Geografia, está presente na grade curricular de instituições escolares estaduais, municipais e particulares, e vem presenciando no decorrer do processo histórico situações de redução de sua carga horária. Aliando às falas dos sujeitos que constroem o processo de ensino-aprendizagem no cotidiano das salas de aula aos teóricos que enriquecem a referida ciência com suas reflexões e constatações, pode-se afirmar que a Geografia contribui para que o professor (re)pense sua formação, priorizando a finalidade principal de sua atividade pedagógica, a formação do sujeito para o exercício consciente da cidadania. Não se trata de aplicar modelos, mas criar formas para que os professores experimentem novas metodologias de ensino, que venham ao encontro das necessidades concretas dos alunos, produzindo assim, saberes reais, através de uma metodologia clara, de
forma que o professor tenha os objetivos bem definidos no plano de ensino, possibilitando que o aluno pesquise e compreenda o espaço econômico, político e social no qual está
inserido. A construção de pressupostos teóricos e metodológicos para o ensino de Geografia orienta-se pelo olhar no futuro, mas resgata as construções passadas, por defender que o passado tem história(s), e que é preciso considerá-lo para se apontar perspectivas na estrutura educativa.
3-O livro didático é um objeto complexo, de difícil definição, multifacetado e de uma importância enorme na escola. O livro didático pode ser estudado de diversas formas, porém existem quatro funções essenciais dos livros didáticos: 1- função referencial, 2- função instrumental, 3- função ideológica e cultural e 4- função documental. (p. 533) A primeira função refere-se à adequação dos livros didáticos às propostas pedagógicas e ao currículo. Assim, o livro didático é o principal elo entre o currículo preativo e o currículo real. A segunda função refere-se ao caráter didático do livro, isto é, o de facilitador do aprendizado. A terceira função diz respeito ao seu papel político. O livro didático serve então para inculcar valores, divulgar uma cultura. Na quarta função, acredita-se que o livro didático pode fornecer um conjunto de documentos textuais e iconográficos. Sob esse aspecto, os livros didáticos formam uma categoria de livros que possuem protocolos rígidos de leitura, devido a sua própria natureza: livros instrutivos de caráter pedagógico. Assim, os livros didáticos apresentam- se como suporte material não somente de conteúdos e idéias de autores, mas também como suporte de uma metodologia específica de uma área do conhecimento e de uma concepção pedagógica, uma visão educacional de como ensinar. Para tanto, aspectos da materialidade dos livros didáticos ganham maior atenção. A disposição dos textos, exercícios, mapas, tabelas, gravura notas de rodapé, boxes e trechos ou textos destacados nos livros nos mostram concepções e metodologias. Portanto, as inovações materiais dos livros didáticos conduzem a novas comunidades de leitores e a novos protocolos de leitura.
4-Ao analisar os livros didáticos do período, nota-se que há uma grande diferença entre eles, a começar por aqueles que se destinavam exclusivamente aos Estudos Sociais, com
conteúdos diferenciados, muito atrelados ao Guia Curricular para Estudos Sociais e outros livros didáticos que eram exclusivamente de uma disciplina – Geografia ou História – mas destinados à área de Estudos Sociais com conteúdos específicos de suas respectivas disciplinas. Isso significa que havia ao mesmo tempo livros de Geografia e livros de Estudos Sociais, assim como livros de História. Entretanto, cabe salientar que havia casos de livros didáticos de Estudos Sociais, com conteúdos muito voltados para uma ou outra disciplina escolar. Isso dependia muito da origem do autor desses livros. Muitos autores de livros didáticos de Geografia acabaram adaptando-se e escrevendo livros didáticos de Estudos Sociais, e, nesse caso, os livros didáticos ficaram com uma carga muito forte de Geografia em detrimento das outras áreas que compunham o conteúdo dos Estudos Sociais. Portanto, não há como fazer generalizações: ao mesmo tempo em que havia livros que seguiam à risca os Guias Curriculares, outros seguiam uma produção completamente independente
5-Repensar a Geografia e seu papel dentro de um mundo globalizado, os significados dos conteúdos e conceitos também devem ser outros, pois a Geografia permite o diálogo entre as concepções dos espaços vividos e produzidos pelo aluno e também do próprio professor por aqueles que acreditam numa escola de qualidade. Percebemos no ensino da Geografia Escolar a quase ausência das categorias e das reflexões espaciais. Em muitos momentos, falta conexão entre os temas abordados e a relação com as categorias geográficas. Entendemos que se faz necessário articular os conteúdos trabalhados na Geografia Escolar com esses conceitos básicos para, com isso, relacioná-los com a vida do aluno. É necessário destacar as implicações espaciais e as categorias geográficas na análise de cada conteúdo abordado. No sentido de avançarmos na busca de respostas mais consistentes sobre como o saber geográfico é engendrado no interior da escola, viemos propor um trabalho de pesquisa, em nível de Mestrado, que busque investigar o papel que determinados elementos desempenham no processo de ensino aprendizagem. Ainda que tenham ocorrido importantes avanços no que se refere às pesquisas sobre a história do currículo e das disciplinas escolares nas últimas décadas, são escassos trabalhos referentes a esta disciplina e especificamente ao papel do elemento curricular dentro da área em questão. Dessa forma, o presente trabalho pretende levar avante essa análise, assentando a pesquisa em dois campos teóricos principais: o da história do currículo e das disciplinas escolares, e a análise da prática pedagógica dos professores entendendo o saber escolar como um dos pilares da cultura que se engendra na escola e a construção histórica do currículo desta disciplina no Brasil nas últimas décadas.
6-Fazendo a leitura das mudanças editoriais ocorridas durantea década de 1970, percebe-se que os livros didáticos de Geografia tornaram a leitura de mapas mais acessível aos seus leitores e que as novas orientações pedagógicas prescritas nos Guias Curriculares Nacionais materializaram-se com facilidade por meio de tais inovações. As inovações materiais dos livros didáticos conduzem a novas comunidades de leitores e a novos protocolos de leitura.
7-Analisando os livros didáticos destinados ao ensino de Geografia para Estudos Sociais, percebemos que houve a preocupação por parte de muitos autores de inserir novos métodos de abordagem com o objetivo de adaptarem suas obras ao método do Estudo Dirigido, mas também confundindo-o com Instrução Programada –– daí o emprego de atividades como palavras cruzadas. Em todo caso, não deixou de haver atividades propondo questões para serem realizadas em grupos na forma de pesquisa e redações, de acordo com o que estabelece o Estudo Dirigido. Podemos atribuir grande parte da concretização dessas novas técnicas de ensino aos avanços das técnicas de produção de livros didáticos, principalmente no que se refere à utilização de cores e imagens. Os livros usam grande quantidade de mapas, principalmente mapas temáticos,com cadernos de atividades, com orientações de como os exercícios devem ser trabalhados. As atividades cobram a utilização de mapas, direcionando o aluno a mapas localizados nos capítulos dos livros. Há também exercícios com mapas que apresentam lacunas a serem preenchidas com nome de rios, penínsulas e outras informações e mapas para serem coloridos. Esses tipos de atividades, juntamente com o grande número ilustrações nos capítulos, provocaram uma mudança na forma de os autores escreverem textos de Geografia. Os textos sempre se reportam aos mapas e às ilustrações. Isso também implica em uma nova maneira de se estudar Geografia, muito mais voltada para uma linguagem cartográfica. Ao fazer uma análise da metodologia utilizada e dos exercícios propostos nos livros, verifica-se que a falta de recursos gráficos dificultou a elaboração dos exercícios, que sempre exigiam que o aluno utilizasse outros materiais como o atlas geográfico, por exemplo. Nos textos, há várias indicações para a elaboração de trabalhos em grupo e experiências extraclasses, sempre pedindo para que os alunos fizessem entrevistas com professores de outras disciplinas.Nos livros didáticos pesquisados percebermos como a linguagem cartográfica começou a ser mais explorada. Mapas maiores, mais ricos em detalhes e cores proporcionaram uma melhor leitura destes. Nos exercícios, viu-se uma maior utilização dos mapas, sendo usados no próprio exercício ou questões relacionadas ao mapa de uma determinada página.
8-Um ótimo recurso educativo é a importância e a utilização do JOGO como um dos recursos didático-pedagógicos a serem aplicados no ensino de Geografia. através do jogo as crianças constroem o conhecimento sobre o mundo físico e social, desde o período sensório-motor até o período operatório formal. O jogo pode ser definido como “o conjunto de atividades às quais o organismo se entrega principalmente pelo prazer da própria atividade. O jogo pode se constituir como um bom recurso para o professor, pois através dele será possível ampliar a ação e o objetivo do docente que, conseqüentemente, interagirá melhor com os seus alunos, aproveitando as situações proporcionadas por essas atividades. Na sala de aula o jogo proporciona um espaço de encontro, de inclusão e de trabalho, tornando se um bom instrumento, já que cria um significado tanto para o aluno quanto para o professor. Sendo assim, o jogo coopera com o desenvolvimento do aluno, pois trabalha sua capacidade de imaginar, de planejar, de criar situações adversas, de atuar, de encontrar soluções, de construir, de interagir, de criar regras, de aceitar normas e até de se auto-avaliar. Por isso, o jogo se constitui como um bom recurso didático-pedagógico, e quando bem aplicado, pode se tornar uma ferramenta a mais e muito útil no processo educacional.

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