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Faculdade Paraibana Curso de DireitoTurno: Noturno Ano: 2018 Disciplina:PROVAS PROCESSUAIS PENAIS Série: 6/7º Semestre – 2018.1 Carga Horária Semanal: 1.5 horas e Semestral: 30 horas Prof. Especialista, Mestre e Doutorando: Jairo R. Targiino PLANO DE CURSO – 6/7º Período 1 – Emenda da Disciplina Provas Processuais Penais, conceito, teorias e espécie. Processos e procedimentos penais. Prisões Penais, conceito e considerações gerais; Liberdade Provisória, conceito, espécies e arbitramento. 2 – Objetivo Geral Entender que o Direito Processual Penal tem suas raízes na Constituição Federal, cujos princípios contidos na Carta Magna se irradiam para a matéria processual oferecendo regras que deverão ser obedecidas dentro do devido processo legal. Levando aos discentes um canal informativo no estudo e na pesquisa das Ciências Criminais, na formação e habilidades práticas do Direito Processual Penal, desenvolvendo habilidades técnicas, através dos subsídios históricos, doutrinários e legais. 3 – Objetivo Específico Habilitar o discente à interpretação do Código Processo Penal Provas Processuais Penais, preparando para análise e conhecimento técnico-criminal através da prática e utilização do exercício Processual Penal, na capacitação do uso da atividade técnica jurídica, outorgando-lhes, as condições necessárias na atuação profissional do Direito e sua devida atribuições constitucionais. 4 – Conteúdo Programático UNIDADE 1: PROVAS PROCESSUAIS, PROCESSOS E PROCEDIMENTOS PENAIS. 4.5. Provas Processuais, Introdução e Conceito; 4.6. Teorias e Espécies; 4.7. Processos Penais Introdução; 4.8 Formas e procedimentos. UNIDADE 2: PRISÕES PENAIS E LIBERDADE PROVISÓRIA. 4.1. Prisões Penais introduções; 4.2. conceito e considerações gerais; 4.3. Liberdade Provisória,introdução e conceito; 4.4 espécies e arbitramento. 5 – Método e Técnicas de Ensino Aulas expositivas, exposição sobre a matéria apresentada, revisão de cada UNIDADE, estudos dirigidos, trabalhos, pesquisa sobre os artefatos doutrinários, jurídicos e sociais com uma percepção crítica e estudo cientifico dos assuntos abordados. 6 – Recursos Didáticos Exposição oral (eloqüência, peroração e seqüência lógica, Quadro e Data show). 7 – Técnicas de Avaliação A nota de cada estágio será a avaliação preponderante dos seguintes itens: Presença, participação, testes, trabalhos e estudos dirigidos em sala de aula, totalizando 5 pontos. As provas terão avaliação até 5 pontos nas unidades e reposições. OBS: Conforme determinação do MEC/Lei Federal nº 5.540 de 28/11/68, Art. 2º: é obrigatório o aluno ter 75% de presença. Exaurindo o limite máximo de faltas, o aluno estará sumariamente reprovado, não podendo fazer prova final. Atenção: os alunos não matriculados, não poderão fazer mais provas NP 1 e 2, só prova substitutiva, conforme provimento regimental. 8 – Bibliografia Básica: 8.1. Código de Processo Penal; 8.2. Constituição Federal. Complementar: 8.3. CASTRO, Carla Rodrigues Araújo de. Prova Científica:Exame Periciado . DNA. Rio de Janeiro: Ed. Lumen Juris, 2007. 8.4. BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. São Paulo. Ed. Malheiros; 8.5. BONFIM, Mougenot. Edilsom Curso de Processo Penal. São Paulo. Ed. Saraiva; 8.6. DEMERCIAN, Pedro. Henrique. Curso de Processo Penal; 8.7. DINAMARCO, Candido Rangel. Teoria Geral do Processo; 8.8. DEZEM, Guilherme Madeira. Da Prova Penal: Tipo Processual, Provas Típicas e Atípicas: (atualizado de acordo com as Leis 11.689, 11.690/08 e 11.719/08). Campinas: Ed. Millennium Editora, 2008. 8.9. CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. São Paulo. Ed. Saraiva; 8.10. FILHO, Fernando Costa Tourinho. Processo Penal. São Paulo. Ed. Saraiva; 8.11. JESUS, Damásio. Manual de Processo Penal Anotado; 8.12. LOPES JÚNIOR, Aury. Direito Processual Penal e Sua Conformidade Constitucional. Porto Alegre: Ed. Lumen Juris. 2º. Ed. 2009. 8.13. MIRABETE, Júlio Fabrini. Processo Penal; 8.14. _________. Código de Processo Penal Interpretado; 8.15. MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo. Ed. Atlas; 8.16. MOSSIN, Heráclito Antônio. Comentários ao Código de Processo Penal; 8.17. NORONHA, E. Magalhães. Curso de Direito Processual Penal. São Paulo. Ed. Saraiva; 8.18. NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execução penal. São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais. 3º. Ed. 2007. 8.19. POLETTI. Ronaldo. Controle de Constitucionalidade das Leis. Rio de Janeiro. Ed. Forense; 8.20. PORTO, Hermínio Alberto Marques. Júri/Procedimento e Aspectos; 8.21. TOURINHO FILHO, Fernando da Costa.Código de Processo Penal Comentado. Ed. Saraiva; 8.22--------------------------.Prática de Processo Penal. Ed. Saraiva; 8.23________________Manual de Processo Penal Ed. Saraiva; Dicionários Jurídicos: 8.24. ACADEMIA BRASILEIRA L. JURÍDICA, Dicionário Jurídico.Ed. F. Universitário. S. Paulo. 8.25. CARLETTI, Amilcare. Dicionário de Latim Forense. Ed. Leud. São Paulo; 8.26. CARLETTI, Pedrotti, Amilcare, Irineu Antônio. Manual de Latim Forense.Ed.Leud.S.Paulo; 8.27. DE PLACITO E SILVA, Vocabulário Jurídico, Ed. Forense. São Paulo; 8.28. FERREIRA, Aurélio B. Holanda. Novo Dicionário Aurélio. Ed. Nova Fronteira. R. de Janeiro; 8.29. TORRINHA, Francisco. Dicionário de Latim/Português. Ed. Gráficos Unidos. Porto. Portugal. Legislação Complementar: 8.30. Lei n.º 6.416 de 24/05/1977 (Regula as Alterações no Trabalho do Detento); 8.31. Lei n.º 8.072 de 25/07/1990 (Crimes Hediondos); 8.32. Lei n.º 8.974 de 05/01/1995 (Regula o uso das Técnicas de Engenharia Genética e Organismos Geneticamente Modificados); 8.33. Decreto-Lei n.º 3.688 de 03/10/1941 (Regula as contravenções penais); 8.34. Lei n.º 7.210 de 11/07/1984 (Regula as Execuções Penais C. P. P.); 8.35. Noções Introdutórias aos Valores e Estipulações de Finanças (arts. 321 ao 350 do C.P.P.). * Fica facultativo a escolha dos autores e editoras indicados ou qualquer outro que contenha o conteúdo programático de preferência as edições mais recentes e atualizadas. ROTEIRO DE TRABALHO ACADÊMICO 1 – CAPA 2 – FOLHA DE MÁRIO 4 – INTRODUÇÃO 5 – CONTEÚDO 6 - CONCLUSÃO SUMÁRIO NOME ALUNO TÍTULO TRABALHO JUSTIFICATIVA Prof. Jairo Rangel Disc. História do Direito CIDADE ANO NOME INSTITUIÇÃO NOME ALUNO TÍTULO TRABALHO CIDADE ANO CONCLUSÃO INTRODUÇÃO INICIAR O ASSUNTO 7 – REFERÊNCIAS 8 – ANEXOS (Se tiver) Justificativa (Dentro da folha de Rosto - lado direito) Venho apresentar este trabalho acadêmico Para obtenção de nota do ______da disci- Plina de ___________________ministrada Pelo Prof,Jairo R. Targiino do Curso de Direito da FAP. FACULDADE PARAIBANA Disc. PROVAS PROCESSUAIS PENAIS Prof. Esp. Mestre e Doutorando: Jairo R. Targiino Período : 6/7º Material Didático NP-1 REFERÊNCIAS ANEXOS 1.O DAS PROVAS JURÍDICAS E REQUISITOS PROCESSUAIS 1.1 – ConceitoA prova tem sua origem no termo latino “probatio” que significa verificação, argumento ou confirmação. No Direito Romano, o verbo “probare” tinha o significado de: ensaiar, verificar ou confirmar. Na terminologia jurídica e processual atual, podemos dizer que a prova, é o conjunto de atos praticados pelas partes, pelo juiz ( Arts. 156, 2a parte, 209 e 234 do CPP) e por terceiros os peritos e especialistas que tem a função de levar ao magistrado a convicção da existência ou não de um fato, da falsidade ou veracidade de uma afirmação. Portanto, a Prova é todo elemento pelo qual se procura mostrar a existência e a veracidade de um fato. Sua finalidade, no processo, é influenciar no convencimento do julgador. Elemento de prova: todos os fatos ou circunstâncias em que reside a convicção do juiz (Tourinho). Ex. depoimento de testemunha; resultado de perícia; conteúdo de documento. 1.2 – Natureza Jurídica Doutrinária e Conceitual da Prova Para o doutrinador e jurista Fernando Capez: “à prova é o mais importante de toda a ciência processual, já que as provas constituem os olhos do processo, o alicerce sobre o qual se ergue toda a dialética processual. Sem provas idôneas e válidas, de nada adianta desenvolverem-se aprofundados debates doutrinários e variadas vertentes jurisprudenciais sobre temas jurídicos, pois a discussão não terá objeto.” De acordo com Guilherme Nucci (2007, p. 359), existem três sentidos para o termo prova: a) ato de provar: é o processo pelo qual se verifica a exatidão ou verdade do fato alegado pela parte no processo; b) meio: é o instrumento pelo qual se demonstra a verdade de algo; c) resultado da ação de provar: é o produto extraído da análise dos instrumentos de prova oferecidos, demonstrando uma verdade daquele fato.). É importante frisar que a idéia de utilizar o conjunto probatório para encontrar “a verdade” resta superada pela doutrina, pois é impossível saber o que ocorreu, ou seja, remontar exatamente o que aconteceu no passado. As partes utilizam-se das provas para “convencer o Magistrado de sua noção de realidade” e não para mostrar precisamente o que ocorreu. Para Aury Lopes Júnior (2009, p. 481) explica que existe um “paradoxo temporal ínsito ao ritual judiciário”, visto que o juiz julga, no presente, um homem por um fato ocorrido em um passado – às vezes distante – com base nas provas colhidas, em um passado menos remoto, e que projetará efeitos futuros: a pena. Tal “verdade”, observada pelo Magistrado através do processo é limitada, e deve respeitar as regras do Ordenamento Jurídico vigente, que restringe o direito à produção da prova em face de direitos que são considerados mais importantes que esse pelo próprio Ordenamento, como o Direito à Vida e a Dignidade da Pessoa Humana. 1.3 – Espécies e Modalidades de Provas Meio de prova: instrumentos ou atividades pelos quais os elementos de prova são introduzidos no processo (Magalhães). Ex. testemunha, documento, perícia. Fonte de prova: pessoas ou coisas das quais possa se conseguir a prova (Magalhães). Ex. denúncia. Meio de investigação da prova: procedimento que tem o objetivo de conseguir provas materiais. Ex. busca e apreensão; interceptação telefônica. Objeto de prova: fatos principais ou secundários que reclamem uma apreciação judicial e exijam uma comprovação (Tourinho). Contraditório: prova, tecnicamente é aquela colhida sob o crivo do contraditório, com a atuação das partes. Comunhão das provas: uma vez produzida, a prova pode ser utilizada por ambas as partes; não há “dono” da prova, seja acusação ou defesa. 1.4 – Fatos que Independem de Prova: a) Fatos evidente e notório, são os fatos claros de repercussão ao conhecimento público . Exemplo: em um desastre de avião, encontra-se o corpo de uma das vítimas completamente carbonizado. Desnecessário provar que estava morta, o que resta identificar são as identidades das pessoas; b) Presunções legais: verdades que a lei estabelece. Podem ser absolutas “juris et de iure”, (De direito e por direito) que não admitem prova em contrário, ou relativas “juris tantum”, (somente de direito) que admite prova em contrário. * o fato incontroverso não dispensa a prova – busca da verdade real * não é preciso provar o Direito, pois se seu conhecimento é presumido por todos, principalmente do juiz, aplicador da Lei, como exceção à regra, será necessário provar de acordo com: a) leis estaduais e municipais; b) leis estrangeiras; c) normas administrativas; d) costumes . 1.5 – Ônus da Prova É o encargo que as partes têm de provar os fatos que alegam. Nos termos do art. 156 do Código de Processo Penal, o ônus da prova incumbe a quem fizer a alegação. Conforme com a doutrina tradicional: cabe à acusação provar a existência do fato criminoso e de causas que implicar aumento de pena, a autoria e também a prova dos elementos subjetivos do crime (dolo ou culpa). Ao réu, por sua vez, cabe provar excludentes de ilicitude, de culpabilidade e circunstâncias que diminuam a pena. Os poderes atribuídos do juiz também estão no art. 156 do CPP. O juiz pode, de ofício: I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida; II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante. 1.5 – Sistemas de Apreciação da Prova Prova legal ou tarifado: as provas têm valor preestabelecido. Aparece em nosso ordenamento como exceção, no art. 158 do CPP. Convicção íntima do juiz ou certeza moral: juiz é livre para apreciar a prova e não precisa fundamentar sua decisão. Vigora em nosso ordenamento, como exceção, no julgamento pelo Tribunal do Júri. A decisão e posicionamento do juiz, não pode se basear simplesmente no seu convencimento pessoal, mas nas provas e argumentos que são apresentados no processo: é o sistema adotado como regra pelo nosso Direito, conforme art. 155, caput, do Código de Processo Penal, conjugado com o art. 93, IX, da Constituição da República. Art. 93, IX, da CF: todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação Art.155, caput, do CPP: O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
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