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Antropometria (Aula 3) Elisa Magalhães elisasmr@gmail.com Faculdade Estácio de São Luis Sexo Idade Grau de Nutrição O que é Antropometria? Medida do tamanho corporal e de suas proporções, sendo utilizada para avaliar as composições corporal total e regional, que podem refletir riscos para a saúde Depende: Composição corporal QUANTIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS COMPONENTES ESTRUTURAIS DO CORPO HUMANO Composição Corporal Composição Corporal Modelo de 2 compartimentos: o corpo é dividido em dois grande compartimentos: MASSA GORDA + MASSA ISENTA (LIVRE) DE GORDURA OU MASSA MAGRA GORDURA ESSENCIAL ≠ GORDURA NÃO ESSENCIAL Conceitos importantes Medidas Peso Estatura Circunferência Dobras cutâneas Dimensões ósseas Equipamentos e técnicas específicas Peso Mudanças no peso refletem alterações no equilíbrio entre ingestão e consumo de nutrientes; As alterações em curto espaço de tempo no peso sinalizam, geralmente, alteração hídrica, pois é necessário pelo menos duas semanas para que a quantidade de gordura corporal ou de massa magra se modifique WAITZBERG, 2000; CUPPARI, 2005, VITOLO, 2008 Tecido Adipos o Água Tecido Muscula r Massa Óssea Peso É a soma de todos os componentes corpóreos e reflete o equilíbrio protéico-energético do indivíduo; Quando o peso varia alguma destes compartimentos variam, cabe ao nutricionista identificar qual. Medidas Antropométricas • Peso Não define os compartimentos corporais de tecido adiposo e massa livre de gordura. Limitação Waitzberg, 2000; Cuppari, 2005 Como pesar? PACIENTES CAPAZES DE DEAMBULAR: ADULTOS, CRIANÇAS MAIORES DE 2 ANOS, ADOLESCENTES, IDOSOS Como pesar? PACIENTES CAPAZES DE DEAMBULAR: CRIANÇAS MENORES DE 2 ANOS Como pesar? PACIENTES CAPAZES DE DEAMBULAR: Como pesar? 1. O peso deve ser avaliado logo no início da manhã, após a 1ª urina do dia 2. O paciente deve retirar todo adereço que tem no corpo e estar de roupas leves 3. Deve-se, antes verificar o equipamento: 1. Balança plataforma: calibrar 2. Balança portátil: ligar 4. O paciente deve subir na balança e manter os dois pés DESCALÇOS no centro da balança. 5. Deve-se mantê-lo em posição ortostática, com a coluna ereta e olhar para o horizonte. 6. Deve-se verificar o número indicado 7. Anotar Estatura • Reflete inadequações nutricionais de caráter crônico; • Representa o maior indicador do tamanho corporal geral e do comprimento dos ossos; Estatura PROCEDIMENTO 1. O indivíduo fica em pé, descalços, calcanhares unidos, costas retas e braços estendidos ao longo do corpo; 2. A cabeça deve estar ereta, com olhos fixos para frente ou plano de Frankfort; 3. Solicita-se que o indivíduo inspire profundamente enquanto a haste horizontal do estadiômetro é abaixada até o ponto médio da cabeça. Estatura Estatura ESTADIÔMETRO: Equipamento para adultos, idosos, adolescentes e crianças maiores que 2 anos Nos idosos não é fidedigno Estatura Estatura INFANTÔMETRO: CRIANÇAS < 2 ANOS Índice de Massa Corporal (IMC) IMC (kg/m²) Classificação <16 Magreza Grau III 16 a 16,9 Magreza Grau II 17 a 18,4 Magreza Grau I 18,5 a 24,9 Eutrofia 25 a 29,9 Pré- Obeso 30 a 34,9 Obesidade Grau I 35 a 39,9 Obesidade Grau II ≥40 Obesidade Grau III Fonte: OMS, 1995,1997 Deve ser observado em função da idade e sexo Associa-se positivamente com a quantidade de gordura corporal Exemplo M.V.H, 45 anos, sexo masculino, possui medidas de peso 89kg e estatura de 1,72m C.M.D, 30 anos, sexo feminino, possui medidas de peso 58kg e estatura 155cm C.B.D, 25 anos, sexo femenino, possui medidas de peso 70kg e estatura de 165 cm IMC = P/A² então: IMC = 89/(1,72)² IMC = 30,08kg/m² Classificação: Obesidade Grau I IMC = P/A² então: IMC = 58/(1,55)² IMC = 24,14 Classificação: Eutrofia IMC = P/A² então: IMC = 70/(1,65)² IMC = 25,71 Classificação: Sobrepeso Índice de Massa Corporal (IMC) As faixas de variações estão associadas ao risco de desenvolvimento de doenças (comorbidades) QUANTO MAIS ALTO OS VALORES DE IMC POSSIVELMENTE A QUANTIDADE DE GORDURA CORPORAL TAMBÉM É ELEVADA Índice de Massa Corporal (IMC) POSSIVELMENTE? Antropometria TODAS AS MULHERES TEM 69 KG Mais importante que as medidas de peso, a composição corporal é quem define melhor o estado nutricional do indivíduo Variações do Peso Peso Atual (PA) Peso Usual (PU) Peso Ideal Porcentagem de Alteração de Peso Silva, 2000 Variações do peso Peso Atual: peso real do indivíduo obtido em balança Peso usual: É utilizado como referência nas mudanças recentes de peso e em casos de possibilidade de aferir o peso atual Variações do peso • Peso ideal ou desejável: – Refere-se ao peso adequado para a condição do indivíduo e pode variar em função do sexo, idade, situação fisiológica e biótipo Peso Ideal (Augusto, ALP, et al, 1999) Pode ser calculado por meio: IMC Ideal para o sexo e idade Compleição Óssea Em função do Biótipo Corporal Variações do peso • Cálculo do PESO IDEAL usando o IMC IDEAL: – Calculado por meio do IMC considerado ideal para o sexo e idade – IMC ideal = IMC médio IMC (kg/m²) Masculino Feminino IMC ideal 22 20,8 ou 21 PODEM SER CONSIDERADOS ATÉ 10% A MENOS OU A MAIS DO VALOR OBTIDO (Augusto, ALP, et al, 1999) Onde: PESO IDEAL: IMC ideal x (Altura)² Exemplo M.V.H, 45 anos, sexo masculino, possui medidas de peso 89kg e estatura de 1,72m C.M.D, 30 anos, sexo feminino, possui medidas de peso 58kg e estatura 155cm C.B.D, 25 anos, sexo feminino, possui medidas de peso 70kg e estatura de 165 cm IMC = P/A² então: IMC = 89/(1,72)² IMC = 30,08kg/m² Classificação: Obesidade Grau I IMC = P/A² então: IMC = 58/(1,55)² IMC = 24,14 Classificação: Eutrofia IMC = P/A² então: IMC = 70/(1,65)² IMC = 25,71 Classificação: Sobrepeso Peso Ideal: 22 x (1,72)² Peso ideal: 65,08 Peso Ideal: 20,8 x (1,55)² Peso ideal: 49,972kg Peso Ideal: 20,8 x (1,65)² Peso ideal: 56,6kg Compleição óssea Compleição Óssea COMPLEIÇÃO ÓSSEA R= COMPLEIÇÃO ÓSSEA E= ESTATURA (CM) PP = PEÍMETRO DO PUNHO = CIRCUNFER/~ENCIA DO PUNHO Determinação do tamanho da ossatura através da relação “r” entre a circunferência do pulso (cm) e a altura (cm). Compleição Óssea A partir do cálculo da compleição pode se avaliar a estrutura física do indivíduo e então se classifica o seu estado nutricional. 1. Localizar o processo estiloide 2. Posicionar a fita antes do processo estiloide 3. Efetuar a aferição CIRCUNFERÊNCIA OU PERÍMETRO DO PUNHO 1. Calcula-se a relação entre a estatura e a circunferencia do pulso (PP) 2. Os resultados devem ser observados na tabela 1 para classificação da estrutura física do indivíduo 3. Após a identificação da estrutura física deve-se observar o peso ideal na tabela 2 Peso Ideal pela compleição óssea Tabela 1. Classificação da compleição em função do sexo Tabela 2. Classificação do peso quanto a compleição física, Metropolitan Life Exemplo: • M.R.S. feminino, 28 anos, dados antropométricos: PesoAtual: 76kg, E= 1,6m e PP= 15cm. – Calcule IMC atual – Calcule Peso ideal: IMC e Compleição Peso ideal para amputados Para corrigir o peso ideal para amputados deve-se subtrair a extremidade amputada do valor calculado. Fonte: Osterkamp, 1995 Exemplo • M.R.S. feminino, 28 anos, diabética e teve a perna até a altura do joelho amputada. Dados antropométricos: Peso Atual: 76kg, E= 1,6m – Calcule o peso ideal para a paciente. Adequação do Peso • Adequação do Peso: porcentagem de adequação do peso atual em relação ao ideal ou desejável Para classificação do EN (Blackburn, Thonrnton; 1979): Cuppari, 2005 Adequação do peso (%) = Peso atual x 100 Peso ideal Adequação do Peso Estado Nutricional ≤ 70% Desnutrição Grave 70,1 a 80% Desnutrição Moderada 80,1 a 90% Desnutrição Leve 90,1 a 110% Eutrofia 110,1 a 120% Sobrepeso > 120% Obesidade Variações do Peso • Peso Ajustado Peso ideal corrigido para determinar as necessidades de energia; Deve ser usado quando: Adequação do peso: <95% ou >115% ou; IMC > 27 kg/m². Peso Ajustado = (peso ideal – peso atual) x 0,25 +peso atual Cálculo do peso ajustado Variações do Peso Tempo Perda Significativa Perda Grave 1 semana 1-2% >2% 1 mês 5% >5% 3 meses 7,5% >7,5% 6 meses 10% >10% % Perda de Peso Recente (PPR) : permite identificar o grau de gravidade da perda de peso em relação ao peso usual ou habitual % PPrecente = (Peso usual – peso atual) / peso usual x 100 Melhor se relaciona com a mortalidade e morbidade Considera o intervalo em que houve a perda de peso Fonte: Blackburn GL, Bistrian BR; 1977 Variações do Peso % Perda de peso Classificação 95-110% Eutrófico 85 – 95% Desnutrição Leve 75-84% Desnutrição Moderada ≤ 74% Desnutrição Grave Fonte: Blackburn GL, Bistrian BR; 1977 % Perda de Peso Usual : permite identificar o grau de desnutrição a partir do peso atual em relação ao peso usual. % perda de peso: peso atual / peso usual x 100 Variações do Peso SITUAÇÕES EM QUE O PESO NÃO PODE SER AFERIDO COM A BALANÇA ESTIMATIVA DO PESO CORPORAL ATUAL HOMENS = [(0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x PCSE) – 81,69] MULHERES = [(1,27X CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x PCSE) – 62,35] EQUAÇÕES DE CHUMLEA (1985) CP – circunferência da Panturrilha AJ – Altura do Joelho CB – Circunferência do Braço PCSE - Prega Cutânea Subescapular Altura do Joelho • Realizada com paciente em posição supina formando um ângulo de 90º com joelho e tornozelo GIBSON (1990) • Pelos menos a média de 2 medidas sucessivas com diferença máxima de 5 mm entre elas Considerações sobre o peso CAUTELA NA INTERPRETAÇÃO EM SITUAÇÕES COMO: Presença de Edema e Ascite – relativo aumento dos fluidos celulares e podem mascarar a perda de peso Obesos com rápida perda de peso – atrofia da massa magra pode ser mascarada pelo tecido gordurosos residual e tecido conectivo Em situações de neoplasia ou organomegalia que podem mascarar a perda de tecido gordurosos e magro Ajuste com relação a presença e edema e ascite Grau da Ascite Peso Ascítico (Kg) LEVE 2,2 MODERADA 6,0 GRAVE 14,0 Ajuste com relação a presença e edema e ascite (JAMES, 1989) SITUAÇÕES EM QUE A ESTATURA NÃO PODE SER AFERIDA COM O ESTADIÔMETRO Estimativa da Altura HOMENS(cm) = 64,19 – (0,04 x idade) +(2,02 x AJcm) MULHERES (cm) = 84,88 – (0,24 x idade)+ (1,83 x AJcm) Chumlea e cols., 1985; Waitzberg, 2000; Cuppari, 2005 Pacientes acamados ou deficientes físicos Altura do Joelho (AJ) Medida inalterada com a idade Estatura Envergadura dos Braços: a envergadura dos braços é equivalente à altura Envergadura do Braço 1. O paciente deve estar sentado em posição ereta, encostado em uma parede ou deitado, 2. Os braços devem estar estendidos formando um ângulo de 90º com o corpo, 3. Deve-se realizar a medição da extensão entre as pontas dos dedos médios. Estatura • Altura recubente – pacientes confinados ao leito • O paciente deve estar em posição supina, com linha de visão para o teto, no plano horizontal de Frankfort • No lençol são marcados: – Pontos referentes a extremidade da cabeça – Pontos referentes à base do pé – Mensura-se a medida entre os dois pontos marcados com uma fita métrica – Não fidedigna na população idosa Pregas/Dobras Cutâneas Fornecem medidas da espessura do tecido adiposo subcutâneo Pregas/Dobras Cutâneas Fornecem medidas da espessura do tecido adiposo subcutâneo Grande parte da gordura corporal está no tecido subcutâneo (reserva calórica) Medidas sobre a sua espessura serviriam como indicador da quantidade de gordura localizada em regiões do corpo e geral Fornece energia durante a ingestão de jejum ou baixa ingestão de nutrientes Pregas/Dobras Cutâneas Pregas Cutâneas Para aferir é utilizado um equipamento específico: compasso de dobras cutâneas, espessímetro, plicômetro ou adipômetro. CESCORF CIENTÍFICO LANGE SANNY CIENTÍFICO SANNY CLÍNICO Principais Pregas Cutâneas Pregas Cutâneas A medida das pregas ou dobras cutâneas (PC/DC) apresenta duas vantagens: 1) Fornecer de maneira simples e não-invasiva a estimativa de gordura corporal; 2) Caracterizar a distribuição da gordura subcutânea. Smith, 1991 Existem várias dobras cutâneas, mas as mais classicamente utilizadas: SUPRAILÍACA BICIPTAL TRICIPTAL SUBESCAPULAR Considerações Gerais para as medidas de pregas Cutâneas Padronizar um lado para aferição e posição ortostática; Localizar e marcar as dobras – padronização e procedimento técnico específico – PONTO ANATÔMICO Pinçar: separar o tecido subcutâneo do tecido muscular por meio dos dedos polegar e indicador NO PONTO ANATÔMICO DETERMINADO DE CADA DOBRA Considerações Gerais para as medidas de pregas Cutâneas Posicionar o adipômetro perpendicular à dobra e soltar a haste lentamente E COMPLETAMENTE; Realize a leitura 4 segundo após a pressão ter sido aplicada sobre o tecido Medir 2 vezes e se os valores diferirem ±5%, repetir; No caso de aferições de dobras em diferentes locais, sugere-se realizar as medidas rotativas. Prega Cutânea Tricipital 1. Braço DIEREITO, marcar o ponto médio da Circunferência Braquial - PONTO ANATÔMICO 2. Marcar 1 a 2 cm acima do ponto anatômico – será o local para destacar a dobra 3. Posicionar o adipômetro perpendicular à dobra cutânea e soltá-lo devagar e completamente 4. Ler a medida (em mm) no equipamento 5. Resultados são comparados com o padrão de Frisancho (1981) para o sexo e idade Prega Cutânea Tricipital A PCT PODE SER UTILIZADA PARA AVALIAR A RESERVA ENERGÉTICA DE DUAS FORMAS 1. Calcular a adequação da PCT e depois classificá- la 2. Comparar a medida obtida diretamente na tabela de percentil de Frisancho para a PCT e classificar se a medida obtida for: Medida entre os percentis 5 e 15 – DESNUTRIÇÃO MODERADA Abaixo do percentil 5 – DESNUTRIÇÃO GRAVE Cuppari, 2005 Prega Cutânea Bicipital 1. Palma da mão voltada para fora marcar 1 cm acima do ponto médio da CB; Prega CutâneaSubescapular • Apalpar a escápula até localizar o ângulo inferior, neste ponto (45º) a dobra deve ser destacada de 1 a 2 cm do ângulo da escápula; Prega Cutânea Subescapular Prega Cutânea Suprailíaca • Lado direito do indivíduo • Linha média axilar, • 2 cm acima da crista ilíaca; • Linha oblíqua ao ponto; Composição Corporal por meio da Adipometria AS QUATRO DOBRAS AFERIDAS PODEM SER SOMADAS ∑ PCSI + PCBI + PCSE + PCT LOGO APÓS O SOMATÓRIO IR NA TABELA DE DURNIN E WORMERSLEY (1974) E EM FUNÇÃO DO SEXO E IDADE LOCALIZAR O % GORDURA CORPORAL (%GC) Classificação do Percentual de Gordura Corpórea Após localizar o %GC, classificá-lo de acordo com a tabela de Lohman (1992) Circunferências • São afetadas pela massa gorda, massa muscular e tamanho ósseo; DeHoog, 1998 Utilizadas principalmente para a avaliação do padrão de distribuição da gordura corporal de adultos; Circunferência do braço (CB) Circunferência da cintura (CC) Circunferência do quadril (CQ) Circunferência Cefálica Circunferência do Tórax Circunferências 1. Uso de fita métrica não extensível; 2. Medidas seriadas pelo mesmo observador; 3. Cuidados para evitar compressão do tecido adiposo subcutâneo no momento da aferição; 4. Aferição de cada circunferência em triplicata Circunferência do Braço 1. Localizar o ponto médio entre o acrômio e o olecrano com o braço flexionado junto ao corpo em ângulo de 90º e marque com uma caneta; 2. Solicitar que o indivíduo relaxe o braço com a palma da palma da mão voltada para o coxa; 3. Realize a aferição da circunferência no local marcado. Circunferência do Braço (CB) Padrão: Valores do NHANES I (National Health and Nutrition Examination Survey) apresentados em percentis por Frisancho 2. Calcular a adequação: Adequação da CB (%) = CB obtida (cm) x 100 CB do percentil 50 Cuppari, 2005 Desnutrição Grave Desnutrição Moderada Desnutrição Leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade <70% 70-80% 80-90% 90-110% 110-120% >120% Circunferência Muscular do Braço (CMB) • Avalia a reserva de tecido muscular sem correção da massa óssea. CMB (cm) = CB (cm) – π x [PCT (mm) ÷ 10] Adequação da CMB (%) =CMB obtida (cm) x 100 CMB (P50) Desnutrição Grave Desnutrição Moderada Desnutrição Leve Eutrofia <70% 70-80% 80-90% 90-110% Área Muscular do Braço-c (AMB) Duarte, 2007 AREA MUSCULAR DO BRAÇO CORRIGIDA Utilizado como indicativo de comprometimento da massa muscular do indivíduo, especialmente em pacientes hipercatabólicos Reflete melhor as mudanças no tecido muscular Área Muscular do Braço-c (AMB) Após calcular a AMB, não calcula a adequação, apenas classifica segundo os valores do percentil HOMENS: (CMB)² - 10 4 π MULHERES: (CMB)² - 6,5 4 π DEVE SER CALCULADA PELA FÓRMULA: Área de Gordura do Braço Cuppari, 2005 AGB (cm ²)=CMB (cm) x [PCT(mm)÷10] ÷2 – [PCT (mm)÷10] ² ÷ 4 Obesidade – Acima de P90 Indicadores de Distribuição da gordura Corporal • A distribuição da gordura corporal está mais associada ao desenvolvimento de doenças crônicas que a gordura total Obesidade Androide Obesidade Ginoide Circunferência da Cintura Maior tamanho do adipócito visceral e menor resposta à insulina Mais lipolítico e liberação de ácidos graxos circulantes na circulação porta Aumenta a resistência a insulina A concentração de gordura visceral , independente da gordura corporal é fator de risco para doenças cardiovasculares e diabetes Ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca. Após a expiração Circunferência da Cintura IDF, 2005 Sexo Risco elevado Homem ≥90 cm Mulher ≥80 cm Risco de complicações metabólicas associadas à Obesidade Circunferência do Quadril: Maior Perímetro entre a coxa e a cintura. Circunferência do Quadril Cuppari, 2005 Relação Cintura-Quadril • Razão Cintura- Quadril (RCQ) RCQ= circunferência da cintura circunferência do quadril Risco Homens >1 Mulheres > 0,85 Cuppari, 2005 Circunferência da Panturrilha Circunferência Cefálica • Medida utilizada para o monitoramento da saúde infantil • Deve ser realizada durante os 3 primeiros anos de vida • Reflete o crescimento cerebral • Última medida a ser comprometida em processos de desnutrição Vantagens do método Antropométrico Simples, seguro e grande acurácia Técnicas não invasivas e universalmente aplicáveis Emprega equipamentos de baixo custo, portáteis e duráveis VANTAGENS DESVANTAGENS Método relativamente insensível, pois não detecta alterações nutricionais agudas e deficiências de nutrientes específicas WHO, 1995 Referências BLACKBURN, G.L. & BISTRIAN, B.R. “ Nutritional and Metabolic assessment of the hospitalized patient”. JPEN. 1:11-22, 1997. Chumlea, W.C.; Roche, A.F& Steinbaugh,M.L. “Estimating statute from knee height for persons 60 to 90 years”. J.Am. Geriatric. Soc. 33:116-20, 1985. CUPPARI, Lilian. Guia de nutrição: nutrição clínica no adulto – 2. ed. rev. e ampl. – Barueri, SP: Manole, 2005. DeHoog S. Avaliação do Estado Nutricional. In: Mahan KL, Escott-Stump S. Krause: Alimentos, nutrição & dietoterapia. 9a. ed, São Paulo: Roca, 1998. p.371-96. OMS, Organização Mundial da Saúde. Manejo da desnutrição grave: um manual para profissionais de saúde de nível superior e suas equipes auxiliares. Genebra, 2000. Osterkamp, L.K. “Current perspective on assessment of human body proportion of relevance to amputees”. J. Am. Diet. Assoc. 95: 215-8, 1995 Silva MCGB. Avaliação Subjetiva Global. In: Waitzberg DL. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 3a ed. São Paulo: Atheneu, 2000. p.241-54. Smith LC, Mullen JL. Nutritional assessment and indications for nutritional support. Surg Clin North Am 1991;71/3:449-57. Waitzberg DL, Ferrini MT. Exame Físico e Antropometria. In: Waitzberg DL. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 3a ed. São Paulo: Atheneu, 2000. p.255- 78. WHO, World Health Organization. Physical status: The use and interpretation of anthropometry. Report of a WHO expert committee. Geneva, 1995. Willett W. Nutritional epidemiology. 2th edition. Oxford: Oxford University Press, 1998.
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