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Introdução a Economia

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INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DO PESNAMENTO ECONÔMICO
Há um certo consenso em dizer que a Economia passou a ter um estudo 
sistematizado, a partir da obra A Riqueza das Nações de Adam Smith 
(considerado o pai da economia). 
É obvio que já haviam estudos sobre a economia desde a Grécia antiga (440 
AC). Naquela época já haviam alguns trabalhos sobre a administração privada 
e sobre finanças públicas.
Na Roma Antiga não houve muito desenvolvimento nos estudos da economia.
Só a partir do século XVI é que começamos a observar alguns conjuntos de 
estudos sistematizados sobre o comportamento econômico da época. E, 
embora não se tenha um consenso sobre ás ideias sobre os conceitos 
MERCANTILISTAS, já haviam algumas preocupações comuns sobre as 
relações econômicas da época.
Já no Século XVIII, uma escola de pensamento francês, a fisiocracia, já 
começa a dar os primeiros passos importantes, com estudos mais 
aprofundados e importantes e com ideias bastante diferentes dos 
mercantilistas.
Em 1776, com a publicação da Riqueza das Nações, que se consagra com as 
ideias liberais.
Este período é chamado de Clássico e podemos destacar os pensadores 
econômicos como: Thomas Malthus, Jean Baptiste Say, David Ricardo, etc...
Logo após este período, por volta de 1870 inicia-se o período Neoclássico, 
com teorias desenvolvidas por pensadores como: William Jevons, León Walras, 
Carl Menger, entre outros. Neste período os estudos da Economia tiveram 
muito desenvolvimento, principalmente sobre o papel e comportamento do 
consumidor, que foi estudado à fundo.
Já no início do século XX John Keynes teve papel relevante com o lançamento 
do seu livro A Teoria Geral do emprego, do juro e da moeda, iniciando uma 
revolução na maneira de se pensar Macroeconomia, por isso é reconhecido 
como o pai da macroeconomia moderna. Keynes, em plena crise econômica da 
época, vem reverter a ideologia dos liberais, em prol de garantir a saída da 
crise.
É obvio que estamos falando por todo o tempo de pensamentos voltados ao 
capitalismo, mas desde o século passado, com as crises advindas do modelo 
capitalista, o economista Karl Marx, na segunda metade do século , através 
das criticas ao capitalismo, desenvolve novas teorias a respeito do processo 
produtivo e a acumulação de capital.
O Mercantilismo
Conseqüência da ampliação de horizontes econômicos propiciada pelos 
descobrimentos marítimos do século XVI, o mercantilismo, apesar de apresentar 
variantes de país para país, esteve sempre associado ao projeto de um estado 
monárquico poderoso, capaz de se impor entre as nações européias.
Mercantilismo é a teoria e prática econômica que defendiam, do século XVI a 
meados do XVII, o fortalecimento do estado por meio da posse de metais 
preciosos, do controle governamental da economia e da expansão comercial. Os 
principais promotores do mercantilismo, como Thomas Mun na Grã-Bretanha, 
Jean-Baptiste Colbert na França e Antonio Serra na Itália, nunca empregaram esse 
termo. Sua divulgação coube ao maior crítico do sistema, o escocês Adam Smith, 
em The Wealth of Nations (1776; A riqueza das nações).
Para a consecução dos objetivos mercantilistas, todos os outros interesses deviam 
ser relegados a segundo plano: a economia local tinha que se transformar em 
nacional e o lucro individual desaparecer quando assim conviesse ao 
fortalecimento do poder nacional. A teoria foi exposta de maneira dispersa em 
numerosos folhetos, meio de comunicação então preferido pelos preconizadores de 
uma doutrina.
Programa da política mercantilista. Alcançar a abundância de moeda era, 
efetivamente, um dos objetivos básicos dos mercantilistas, já que, segundo estes, a 
força do estado dependia de suas reservas monetárias. Se uma nação não 
dispunha de minas, tinha de buscar o ouro necessário em suas colônias ou, caso 
não as tivesse, adquiri-lo por meio do comércio, o que exigia um saldo favorável da 
balança comercial -- ou seja, que o valor das exportações fosse superior ao das 
importações.
Para obter uma produção suficiente, deviam ser utilizados hábil e eficazmente 
todos os recursos produtivos do país, em especial o fator trabalho. Toda nação 
forte precisava possuir uma grande população que fornecesse trabalhadores e 
soldados, e ao mesmo tempo o mercado correspondente. As possessões coloniais 
deveriam fornecer metais preciosos e matérias-primas para alimentar a manufatura 
nacional, ao mesmo tempo em que constituíssem mercados consumidores dos 
produtos manufaturados da metrópole. Proibiam-se as atividades manufatureiras 
nas colônias, e o comércio, em regime de monopólio, era reservado à metrópole.
Fisiocracia (Séc. XVIII)
Doutrina de ordem natural: O Universo é regido por leis naturais, absolutas e 
imutáveis e universais , desejadas pela Providência divina para a felicidade dos 
homens.
A palavra fisiocracia significa governo da natureza. Isto é, de acordo com o 
pensamento fisiocrata as atividades econômicas não deveriam ser reguladas 
de modo excessivo e nem guiadas por forças “antinaturais”. Deveria- se 
conceder uma maior liberdade a essas atividades, afinal “uma ordem imposta 
pela natureza e regida pelas leis naturais” governaria o mercado e tudo se 
acomodaria como tivesse que ser.
Na fisiocracia a base econômica é a produção agrícola, ou seja, 
um liberalismo agrário, onde a sociedade estava dividida em três classes:
 a classe produtiva, formada pelos agricultores.
 a classe estéril, que engloba todos os que trabalham fora da agricultura 
(indústria, comércio e profissões liberais);
 a classe dos proprietários de terra, que estava ao soberano e aos 
recebedores de dízimos (clero).
A classe produtiva garante a produção de meios de subsistência e matérias 
primas. Com o dinheiro obtido, ela paga o arrendamento da terra aos 
proprietários rurais, impostos ao Estado e os dízimos; e compra produtos da 
classe estéril – os industriais. No final, esse dinheiro volta à classe produtiva, 
pois as outras classes têm necessidade de comprar meios de subsistência – 
matérias primas. Dessa maneira, ao final, o dinheiro retorna ao seu ponto de 
partida, e o produto se dividiu entre todas as classes, de modo que assegurou 
o consumo de todos.
Para os fisiocratas, a classe dos lavradores era a classe produtiva, porque o 
trabalho agrícola era o único que produzia um excedente, isto é, produzia além 
das suas necessidades. Este excedente era comercializado, o que garantia 
uma renda para toda a sociedade. A indústria não garantia uma renda para a 
sociedade, visto que o valor produzido por ela era gasto pelos operários e 
industriais, não criando, portanto, um excedente e, conseqüentemente, não 
criando uma renda para a sociedade.
O papel do Estado se limitava a ser o guardião da propriedade e garantidor de 
liberdade econômica, não deveria intervir no mercado (“laissez-faire, laissez-
passer” que quer dizer deixe-se fazer, deixe-se passar.), pois existia uma 
“ordem natural” que regia as atividades econômicas.
François Quesnay
O fundador da escola fisiocrata, e da primeira fase científica da economia, foi 
François Quesnay (1694-1774), autor de livros que até hoje são inspiração 
para economistas atuais, como por exemplo Tableau Économique. Não se 
pode falar em fisiocracia, sem citar seu nome. Quesnay foi autor de alguns 
princípios, como o da filosofia social utilitarista, em que deveria se obter a 
máxima satisfação com um mínimo de esforço; o do harmonismo, não obstante 
a existência do antagonismo das classes sociais, acreditava-se na 
compatibilidade ou complementaridade dos interesses pessoais numa 
sociedade competitiva; e, por fim, a teoria do capital, onde os empresários só 
poderiam começar o seu empreendimento com um certo capital já acumulado, 
com os devidos equipamentos.
Em seu livro Tableau Économique foi representado um esquema de fluxo de 
bens e despesasentre as diferentes classes sociais. Além de evidenciar a 
interdependência entre as atividades econômicas e mostrou como a agricultura 
fornece um “produto líquido” que é repartido na sociedade.
Com o advento da fisiocracia surgiram duas grandes idéias de alta relevância 
para o desenvolvimento do pensamento econômico. A primeira diz que há uma 
ordem natural que rege todas as atividades econômicas, sendo inútil criar leis à 
organização econômica. A segunda se refere a maior importância da 
agricultura sobre o comércio e a indústria, ou seja, a terra é a fonte de todas as 
riquezas que mais tarde farão parte destes dois campos econômicos. 
A Escola Clássica (Fins do Séc. XVIII e início 
do séc. XIX)
A base do pensamento da Escola Clássica é o liberalismo econômico, ora 
defendido pelos fisiocratas. Seu principal membro é Adam Smith, que não 
acreditava na forma mercantilista de desenvolvimento econômico e sim na 
concorrência que impulsiona o mercado e conseqüentemente faz girar a 
economia.
A teoria clássica surgiu do estudo dos meios de manter a ordem econômica 
através do liberalismo e da interpretação das inovações tecnológicas 
provenientes da Revolução Industrial.
Todo o contexto da Escola Clássica está sendo influenciado pela Revolução 
Industrial. É caracterizada pela busca no equilíbrio do mercado (oferta e 
demanda) via ajuste de preços, pela não- intervenção estatal na atividade 
econômica, prevalecendo a atuação da “ordem natural” e pela satisfação das 
necessidades humanas através da divisão do trabalho, que por sua vez aloca a 
força de trabalho em várias linhas de emprego.
De acordo com o pensamento de Adam Smith, a economia não deveria se 
limitar ao estoque de metais preciosos e ao enriquecimento da nação, pois, 
segundo o mercantilismo, desta nação fazia parte apenas a nobreza, e o 
restante da população estaria excluída dos benefícios provenientes das 
atividades econômicas. Sua preocupação fundamental era a de elevar o nível 
de vida de todo o povo.
Em sua obra Wealth of Nations (Riqueza das Nações), Adam Smith estabelece 
princípios para análise do valor, dos lucros, dos juros, da divisão do trabalho e 
das rendas da terra. Além de desenvolver teorias sobre o crescimento 
econômico, ou seja, sobre a causa da riqueza das nações, a intervenção 
estatal, a distribuição de renda, a formação e a aplicação do capital.
Alguns críticos de Smith afirmam que ele não foi original em suas obras, devido 
ao seu método, que se caracteriza por percorrer caminhos já trilhados, 
buscando, assim, segurança, utilizar elementos já existentes. No entanto, sabe-
se que suas obras foram grandiosas para o desenvolvimento do pensamento 
econômico, devido a sua clareza e ao espírito equilibrado. 
Adam Smith (1723-1790)
Filósofo, teórico e economista, nascido na Escócia em 1723, dedicou-se quase 
que exclusivamente ao magistério. É considerado o pai da Economia Política 
Clássica Liberal. Seu pensamento filosófico e econômico encontra-se, 
basicamente, em a “Teoria dos Sentimentos Morais” (1759) e em a “Riqueza 
das Nações” (1776), respectivamente. Os críticos a essas duas importantes 
obras de Smith, afirmam haver um paradoxo entre ambas: Na “Teoria”, Smith 
teria como sustentação de sua concepção ética o lado simpático da natureza 
humana; enquanto na “Riqueza das Nações” realça a idéia do homem movido 
pelo egoísmo, constituindo-se este, na força motriz do comportamento humano. 
Crítica essa repudiada e apontada como um falso problema, não havendo 
descontinuidade de uma obra para outra.
As idéias liberais de Adam Smith, em a Riqueza das Nações aparecem, entre 
outras, na sua defesa a liberdade irrestrita do comércio, que deve, não só ser 
mantida como incentivada, por suas inegáveis vantagens para a prosperidade 
nacional. Ao Estado caberá manter uma relação de subordinação entre os 
homens e, por essa via, garantir o direito da propriedade.
Para Adam Smith as classes se constituem em: classe dos proprietários; classe 
dos trabalhadores, que vivem de salários e a classe dos patrões, que vivem do 
lucro sobre o capital. A subordinação, na sociedade, se deve a quatro fatores: 
qualificações pessoais, idade, fortuna e berço. Este último pressupõe fortuna 
antiga da família, dando a seus detentores mais prestígio e a autoridade da 
riqueza aos mesmos.
Smith afirmava que a livre concorrência levaria a sociedade à perfeição uma 
vez que a busca do lucro máximo promove o bem-estar da comunidade. Smith 
defendia a não intervenção do Estado na economia, ou seja o liberalismo 
econômico.
Thomas Malthus (1766 – 1834):
Tentou colocar a economia em sólidas bases empíricas. Para ele, o excesso 
populacional era a causa de todos os males da sociedade (população cresce 
em progressão geométrica e alimentos crescem em progressão aritmética). 
Malthus subestimou o ritmo e o impacto do progresso tecnológico.
David Ricardo (1772 – 1823):
Mudou, de modo sutil, a análise clássica do problema do valor: “Então, a razão, 
pela qual o produto bruto se eleva em valor comparativo é porque mais 
trabalho é empregado na produção da última porção obtida, e não porque se 
paga renda ao proprietário da terra. O valor dos cereais é regulado pela 
quantidade de trabalho empregada em sua produção naquela qualidade de 
terra, ou com aquela porção de capital, que não paga aluguel”. Ricardo 
mostrou as interligações entre expansão econômica e distribuição de renda. 
Tratou dos problemas do comércio internacional e defendeu o livre- cambismo.
John Stuart Mill (1806 – 1873):
Introduziu na economia preocupações de “justiça social”
Jean Baptist Say (1768 – 1832):
Deu atenção especial ao empresário e ao lucro; subordinou o problema das 
trocas diretamente à produção, tornando-se conhecida sua concepção de que 
a oferta cria a procura equivalente”, ou seja, o aumento da produção 
transformar-se em renda dos trabalhadores e empresários, que seria gasta na 
compra de outras mercadorias e serviços.
Lei de Say – “É a lei dos mercados”. A oferta cria sua própria 
procura.
– Partindo do pressuposto de que o mecanismo da economia funcione de 
modo perfeito e harmônico que tudo se governa de modo eficiente e sutil, o 
todo não é problema e apenas as partes mereciam estudo e atenção.
– Foi o economista francês Jean Baptist Say que deu formulação definitiva a 
esta corrente de idéias em sua célebre “Lei dos Mercados”, a qual depois se 
transformou em dogma indiscutível e aceito sem restrições.
– De acordo com ela, a superprodução é impossível, pois as forças do mercado 
operam de maneira tal que a produção cria sua própria demanda.
– Nestas condições os rendimentos criados pelo processo produtivo serão 
fortemente gastos na compra desta mesma produção. Tal opinião arraigou-se 
profundamente no século atrasado.
Críticas de Say a Adam Smith
Say recusa-se a acreditar que a Produção deva analisar-se como o processo 
pelo qual o homem prepara o objeto para o consumo.
Segundo Say a Produção realiza-se através do concurso de 3 elementos, a 
saber: O Trabalho, O Capital e os agentes Naturais (Por Agentes Naturais 
entenda-se a Terra, etc).
Tal como Smith, considera o Mercado essencial.
Esta faceta é facilmente verificada quando Say afirma que os salários, os 
lucros e as rendas são Preços de Serviços, sendo determinados pelo jogo da 
oferta e da procura no Mercado desses fatores.
Say acredita, contrariamente a Adam Smith, que não há distinção entre 
trabalho produtivo e Trabalho não Produtivo.
Recorde-se que Adam Smith defendia que o Trabalho Produtivo era aquele que 
era executado com vista à fabricação de um objeto material, já Say defende 
“todos aquele que fornecem uma verdadeira utilidade em troca dos seus 
salários» são Produtivos”
Crítica de Keynes as Teorias Clássicas
O ponto em que Keynes se baseou para contestar os clássicos é que o 
trabalhador prefere sempretrabalhar a não trabalhar e que está interessado 
sobretudo em manter os seus salários nominais, o que significa que está 
sujeito ao fenômeno que chamou de “ilusão monetária”. A rigidez do salário 
nominal decorre da resistência dos trabalhadores em aceitar reduções de seu 
salário nominal vis- à -vis aos trabalhadores de outro ramo industrial, porque 
percebem que a sua situação relativa sofreu uma deterioração. Já este não é o 
caso do salário real porque a sua queda afeta por igual todos os trabalhadores, 
a não ser quando essa queda for excessivamente grande.
Keynes achava que os trabalhadores, ao agirem dessa forma, revelaram-se 
mais razoáveis que os próprios economistas clássicos, que jogavam a culpa do 
desemprego nos ombros dos trabalhadores pela sua recusa em aceitarem 
reduções no seu salário nominal. À essa altura, Keynes só tinha dois caminhos 
a seguir: ou explicava o salário real e, a partir daí, determinava o nível de 
emprego; ou explicava primeiro o nível de emprego para depois chegar ao 
salário real (Macedo, 1982). Keynes escolheu o segundo caminho. Para ele, 
não são os trabalhadores que controlam o emprego, mas sim a demanda 
efetiva. Dessa maneira, a diminuição dos salários nominais não constitui 
estratégia eficaz para aumentar o emprego, uma vez que a manipulação da 
demanda representava uma política muito mais inteligente. Nesse aspecto, 
Keynes literalmente vira “de pernas para o ar” a estrutura clássica: “o emprego 
não é elevado pela redução dos salários reais, … o que sucede é o inverso, os 
salários reais caem porque o emprego foi elevado mediante um aumento da 
procura” Portanto, os contratos entre patrões e empregados só determinam os 
salários nominais; enquanto que os salários reais – para Keynes – são 
determinados por outras forças, isto é, aquelas relacionadas com a demanda 
agregada e o emprego. 
A Teoria Neoclássica (Fins do séc. XIX ao 
início do séc. XX)
A partir de 1870, o pensamento econômico passava por um período de 
incertezas diante de teorias contrastantes (marxista, clássica e fisiocrata). Esse 
período conturbado só teve fim com o advento da Teoria Neoclássica, em que 
se modificaram os métodos de estudo econômicos. Através destes buscou-se a 
racionalização e otimização dos recursos escassos.
Conforme a Teoria Neoclássica, o homem saberia racionalizar e, portanto, 
equilibraria seus ganhos e seus gastos. É nela que se dá a consolidação do 
pensamento liberal. Doutrinava um sistema econômico competitivo tendendo 
automaticamente para o equilíbrio, a um nível pleno de emprego dos fatores de 
produção.
Pode-se dividir essa nova teoria em quarto importantes escolas: Escola de 
Viena ou Escola Psicológica Austríaca, Escola de Lausanne ou Escola 
Matemática, Escola de Cambridge e a Escola Neoclássica Sueca. A primeira 
se destaca por formular uma nova teoria do valor, baseada na utilidade (teoria 
subjetiva do valor), ou seja, o valor do bem é determinado pela quantidade e 
utilidade do mesmo. Também chamada de Teoria do Equilíbrio Geral, a Escola 
de Lausanne, enfatizava a interdependência de todos os preços do sistema 
econômico para manter o equilíbrio. A Teoria do Equilíbrio Parcial ou Escola de 
Cambridge considerava que a economia era o estudo da atividade humana nos 
negócios econômicos, portanto, a economia seria uma ciência do 
comportamento humano e não da riqueza. Por fim, a Escola Neoclássica 
Sueca foi a responsável pela tentativa da integrar a análise monetária à análise 
real, o que mais tarde foi feito por Keynes.
Em contraposição ao Karl Marx, um importante neoclássico, Jevons, ponderava 
que o valor do trabalho deveria ser determinado pelo valor do produto e não o 
valor do produto determinado pelo valor do trabalho. Afinal, o produto 
dependerá da aceitação do preço pelo comprador para ser vendido.
Com base em novos modelos teóricos, com novas concepções de conceitos 
sobre valor, trabalho, produção e outros, os neoclássicos se dispuseram a 
rever toda a análise econômica clássica. Várias obras foram escritas tendo por 
fim alcançar a cientificidade pura da economia. Alfred Marshall, em sua obra 
Síntese Neoclássica, tenta provar de que forma o livre funcionamento das 
relações comerciais garantiriam a plena alocação dos fatores de produção.
A principal preocupação dos neoclássicos era o funcionamento de mercado e 
como se chegar ao pleno emprego dos fatores de produção, baseada no 
pensamento liberal.
Alfred Marshall (1842-1924)
Alfred Marshall, um dos grandes fundadores da teoria Neoclássica no séc. XIX, 
no processo de sua construção, procurou apoiar-se em dois paradigmas de 
ciência que não se combinam confortavelmente: o mecânico e o evolucionário.
Conforme o primeiro, a economia real é entendida como um sistema de 
elementos (basicamente, consumidores e firmas) que permanecem idênticos a 
si mesmos exteriores uns aos outros, e que estabelecem relações de trocas 
orientados unicamente pelos preços. Estes últimos tem a função de equilibrar 
as ofertas e demandas que constituem os mercados .Na economia como um 
sistema mecânico é preciso notar, todo movimento é reversível e nenhum 
envolve qualquer mudança qualitativa.
Conforme o segundo, a economia real é compreendida como um sistema m 
permanente processo de auto- organização que apresenta propriedades 
emergentes. Os elementos do sistema evolucionário podem se transformar no 
tempo. Influenciando-se uns aos outros, relacionando-se entre si de várias 
formas, as quais também podem mudar. Ao contrário do que ocorre no sistema 
mecânico, neste último o movimento acompanha a flecha do tempo e aos 
acontecimentos são irrevogáveis.
Para Marshal é preciso tomar um caminho evolucionário e este caminho hoje 
está aberto mesmo o plano do formalismo já que a era do computador permite 
o desenvolvimento de modelos com base em dinâmicas complexas.
Críticas de Samuels ao Neoclassicismo:
Um terceiro aspecto é que há nos institucionalistas várias críticas ao 
neoclassicismo, embora Samuels (1995) julgue que exista uma certa 
suplementariedade entre ambos, com notáveis contribuições dos últimos 
quanto ao funcionamento do mercado. Para os institucionalistas, a principal 
falha do pensamento neoclássico está no “individualismo metodológico”, que 
consiste em tratar indivíduos como independentes, auto-subsistentes, com 
suas preferências dadas, enquanto que, em realidade, os indivíduos são 
cultural e mutuamente interdependentes, o que implica analisar o mercado do 
ponto de vista do “coletivismo metodológico”. A oposição ao “individualismo 
metodológico” se dá porque o mesmo se assenta em pressupostos que 
falseiam a complexa, dinâmica e interativa realidade econômica, que pouco 
tem a ver com a racionalidade otimizadora de equilíbrio. Ao criticar a natureza 
estática dos problemas e modelos neoclássicos, reafirmam a importância em 
se resgatar a natureza dinâmica e evolucionária da economia.
Pensamento Marxista
A principal reação política e ideológica ao classicismo foi feita pelos socialistas, 
mais precisamente por Karl Marx (1818-1883) e Frederic Engels. Criticavam a 
“ordem natural” e a “harmonia de interesses”, pois há concentração de renda e 
exploração do trabalho.
O pensamento de Marx não se restringe unicamente ao campo da economia, 
mas abrange, também, a filosofia, a sociologia e a história. Preconizava a 
derrubada da ordem capitalista e a inserção do socialismo. Convém esclarecer 
que Marx não foi o fundador do socialismo, pois este já vinha se formando 
durante os períodos ora citados, tendo por início a obra “A República”, onde 
Platão demonstra sinais de ideologia socialista. No entanto, as obras anteriores 
ao Karl Marx, estiveram destituídas de sentido prático e nada mais fizeram do 
que contrapor-se às práticas comerciais realizadas à época.
Em contraposição aos clássicos, Marx afirmava que erraram ao afirmar que aestabilidade e o crescimento econômico seria efeito da atuação da ordem 
natural. E explica, dizendo que “as forças que criaram essa ordem procuram 
estabilizá-la, sufocando o crescimento de novas forças que ameaçam solapá-
la, até que essas novas forças finalmente se afirmem e realizem suas 
aspirações”.
Ao afirmar que “o valor da força de trabalho é determinado, como no caso de 
qualquer outra mercadoria, pelo tempo de trabalho à produção, e 
conseqüentemente à reprodução, desse artigo em especial”, Marx modificou a 
análise do valor-trabalho (teoria objetiva do valor). Desenvolveu, também, a 
teoria da mais- valia (exploração do trabalho), que é a origem do lucro 
capitalista, de acordo com o pensamento marxista. Analisou as crises 
econômicas, a distribuição de renda e a acumulação de capital.
No decorrer da evolução do pensamento econômico, Marx exerceu grande 
impacto e provocou importantes transformações com a publicação de duas 
conhecidas obras: Manifesto Comunista e Das Kapital. Segundo sua doutrina, 
a industrialização vinha acompanhada de efeitos danosos ao proletariado, tais 
como, baixo padrão de vida, longa jornada de trabalho, reduzidos salários e 
ausência de legislação trabalhista.
Teoria da mais valia:
Portanto Marx afirmava que a força de trabalho era transformada em 
mercadoria, o valor de força de trabalho corresponde ao socialismo necessário.
Tudo estaria bem, contudo o valor deste socialmente necessário é um 
problema.
Na realidade o que o trabalhador recebe é o salário de subsistência, que é o 
mínimo que assegura a manutenção e reprodução do trabalho.
Mas apesar de receber um salário, o trabalhador acaba por criar um valor 
acrescentado durante o processo de produção, ou seja, fornece mais do que 
aquilo que custa é essa diferença que Marx chama de mais valia.
A mais valia não pode ser considerado um roubo pois é apenas fruto da 
sociedade privada dos meios de produção.
Mas, os capitalistas e os proprietários, procuram aumentar os seus 
rendimentos diminuindo o rendimento dos trabalhadores, é pois esta situação 
de exploração da Força de Trabalho pelo Capital que Marx mais critica.
Marx critica a essência do Capitalismo, que reside precisamente na exploração 
da força de trabalho pelo Produtor Capitalista, e que segundo Marx, um dia 
Haverá de levar a Revolução Social.
O Keynesianismo (Década de 1930)
Quando a doutrina clássica não se mostrava suficiente diante de novos fatos 
econômicos, surgiu o economista inglês John Maynard Keynes que, com suas obras, 
promoveu uma revolução na doutrina econômica, opondo-se, principalmente, ao 
marxismo e ao classicismo. Substituindo os estudos clássicos por uma nova maneira 
da raciocinar na economia, além de fazer uma análise econômica reestabelecedora do 
contato com a realidade.
Seus objetivos eram de, principalmente, explicar as flutuações econômicas ou 
flutuações de mercado e o desemprego generalizado, ou seja, o estudo do 
desemprego em uma economia de mercado, sua causa e sua cura.
Opondo-se ao pensamento marxista, Keynes acreditava que o capitalismo poderia ser 
mantido, desde que fossem feitas reformas significativas, já que o capitalismo houvera 
se mostrado incompatível com a manutenção do pleno emprego e da estabilidade 
econômica. Recebendo, portanto, muitas críticas dos socialistas no que se refere ao 
aumento da inflação, ao estabelecimento da uma lei única de consumo, ignorando as 
diferenças de classes. E, por outro lado, algumas de suas idéias foram agregadas ao 
pensamento socialista, como por exemplo, a política do pleno emprego e a do 
direcionamento dos investimentos.
Keynes defendia a intervenção moderada do Estado. Afirmava que não havia razão 
para o socialismo do Estado, pois não seria a posse dos meios de produção que 
resolveria os problemas sociais, ao Estado compete incentivar o aumento dos meios de 
produção e a boa remuneração de seus detentores.
Roy Harrod acreditava que Keynes tinha três talentos que poucos economistas 
possuem. Primeiramente a lógica, para assim poder ter se transformado num grande 
especialista na teoria pura da Economia. Dominar a técnica de escrever lúcida e 
convincentemente. E, por fim, possuir um senso realista de como as coisas se 
realizarão na prática.
Suas obras estimularam o desenvolvimento de estudos não só no campo econômico, 
mas também nas áreas da contabilidade e da estatística. Na evolução do pensamento 
econômico, até agora, não houve nenhuma obra que provocasse tanto impacto quanto 
a Teoria Geral do Emprego, do juro e da moeda de Keynes.
O pensamento Keynesiano deixou algumas tendências que prevalecem até hoje no 
nosso atual sistema econômico. Dentre as principais, os grandes modelos 
macroeconômicos, o intervencionismo estatal moderado, a revolução matematizante da 
ciência econômica…
Os Keynesianos admitiram que seria difícil conciliar o pleno emprego e o controle da 
inflação, considerando, sobretudo, as negociações dos sindicatos com os empresários 
por aumentos salariais. Por esta razão, foram tomadas medidas que evitassem o 
crescimento de salários e preços. Mas a partir da década de 60os índices de inflação 
foram acelerados de forma alarmante.
A partir do final da década de 70, os economistas tem adotado argumentos 
monetaristas em detrimento daqueles propostos pela doutrina Keynesiana; mas as 
recessões em escala mundial, das décadas de 80 e 90 refletem os postulados da 
política econômica de Jonh Maynard Keynes.

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