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Helmintos, insetos e ácaros de interesse humano Microbiologia Profa Dra Fernanda S. Torres Reino Animalia Sub Reino Metazoa Filo Aschelminthes Classe Nematoda Filo Platyhelminthes Classe Cestodaria Trematoda Taxonomia dos helmintos (vermes) Filo Aschelminthes Classe Nematoda (Nematóides)- Características gerais Nematos=filamento (Fusiformes, alongados) 500 mil espécies : ~ 50 espécies parasitam o homem Tamanho variado (1mm até > 1m) Possuem: Boca e ânus Produzem muitos ovos (casca espessa- resistência) Parasitas: dióicos ( ♂ e ♀), ♀ > ♂ Vida livre: hermafroditas ou partenogenéticos Parasitas intestinais humanos: monoxenos 4 estágios larvais (mudas) Ascaris lumbricoides MORFOLOGIA: 1) Ovo: férteis (A e C)- forma oval, inférteis (B). 2) Verme adulto: Longo, cilíndrico, extremidades afiladas a) Fêmea: 25 a 40 cm, põe ~ 200 mil ovos por dia b) Macho: 15 a 20 cm, enrolamento ventral da cauda Órgão infectado: lúmen do intestino delgado https://ascarislumbricoideslifecycle.files.wordpress.com/2013/04/ ascaris_whole_label.jpg https://s3.amazonaws.com/files- s3.iesde.com.br/resolucaoq/questa o/2014_08_23_53f90c9a32880.jpg Transmissão: orofecal Doença: Ascaridíase h tt p s :/ /w w w .c d c .g o v /p a ra s it e s /a s c a ri a s is /b io lo g y. h tm l Ascaris lumbricoides – Ciclo de vida Doença: Amarelão ou doença do Jeca Tatu. EPIDEMIOLOGIA: predominam-se em áreas rurais, sem saneamento onde a população tem hábito de andar descalça. A. duodenale: prevalente na Europa e na Ásia N. americanus: prevalente na África e nas Américas TRANSMISSÃO: N. americanus - via percutânea. A. duodenale – vias percutânea, oral, água e alimentos contaminados com ovos ou larvas. MORFOLOGIA: 1) Ovo: ovóides, 40-60 µm 2) Verme adulto: Cilíndrico, 5 a 13 mm. A. duodenale – Cápsula bucal possui dentes N. americanus - Cápsula bucal com placas cortantes Ancylostoma duodenale e Necator americanus A. duodenale N. americanus Ancylostoma duodenale e Necator americanus – Ciclo de vida Doença: enterobíase ou oxiuríase EPIDEMIOLOGIA: Acomete indivíduos de qq idade e classe social, mais frequente na idade escolar. MODO DE TRANSMISSÃO: Oro-fecal Autoinfecção externa ou direta: ânus para a cavidade oral (unhas) Autoinfecção indireta: Ovos na poeira, roupa, roupa de cama ou alimentos contaminam o mesmo indivíduo. Heteroinfecção: Ovos na poeira ou alimentos contaminam novo hospedeiro. Retroinfecção: Migração das larvas da região anal para as regiões superiores do intestino grosso, chegando até o ceco, onde se tornam adultas Autoinfecção interna: raro - larvas eclodem no reto e migram até o ceco, transformando-se em vermes adultos Enterobius vermicularis MORFOLOGIA 1) Verme adulto: 1cm, branco, semelhante a um fio ou com a forma cilíndrica, habita o ceco, apêndice e áreas adjacentes ao íleo e cólon ascendente. 2) Ovos: convexos em um lado e achatados no outro. Enterobius vermicularis https://www.cdc.gov/parasites/pinworm/index.html Enterobius vermicularis – Ciclo de vida h tt p s :/ /w w w .c d c .g o v /p a ra s it e s /p in w o rm /b io lo g y. h tm l EPIDEMIOLOGIA: transmissão requer solo quente e úmido. Fatores de risco: Condições ambientais precárias, Aglomerações humanas, Cães e gatos – reservatórios, Hiperinfecção em imunodeprimidos. MODO DE TRANSMISSÃO: Via percutânea: larvas (filarióides) penetram na pele. Auto-endoinfecção: larvas passam a ser filarióides no interior do hospedeiro, sem a fase evolutiva no meio externo Auto-exoinfecção: larvas filarióides na região anal ou perianal penetram no organismo do hospedeiro. MORFOLOGIA 1) Verme adulto cilíndrico: a) Fêmea –intestino delgado faz partenogênese e libera ovos na luz intestinal. b) Macho – Habita o solo (forma livre) 2) Larva rabditiforme: Não infecciosas. 3) Larva filarioide: Forma infectante Strongyloides stercoralis https://www.cdc.gov/parasites/strongyloides/index.html Strongyloides stercoralis – Ciclo de vida h tt p s :/ /w w w .c d c .g o v /p a ra s it e s /s tr o n g y lo id e s /b io lo g y. h tm l Vermes adultos h tt p :/ /i n te rn a .c o c e d u c a c a o .c o m .b r/ e b o o k /c o n te n t/ p ic tu re s /2 0 0 2 - 2 1 -1 4 2 -1 2 -i 0 0 1 .j p g ? w = 2 4 0 Wuchereria brancrofti Wuchereria bancrofti (África e Américas) Brugia malayi (sul e sudeste da Ásia e Pacífico Oriental) Brugia timori (leste da Indonésia e ilha do Timor Filariose Linfática Onchocerca volvulus – oncocercose ou cegueira dos rios Dirofilaria immitis– parasita cães (zoonose), casos humanos Mansonella ozzardi- não patogênica, comum na Amazônia Parasito infecta exclusivamente o ser Humano. h tt p s :/ /w w w .c d c .g o v /p a ra s it e s /l y m p h a ti c fi la ri a s is /i n d e x .h tm l http://xyala.cap.ed.ac.uk/research/nematodes/fgn/pnb/wuchban.html Fêmeas Machos extremidade final enrolada 3,5 a 4 cm 7 a 10 cm Localização: vasos e gânglios linfáticos (vivem em média 4 a 6 anos). Anopheles sp Culex quiquefasciatus Principal transmissor • Fontes de infecção: indivíduos com microfilaremia •Larvas: encontradas no inseto vetor: L1 ( 300 m), L2 (2X maior) e L3 infectante ( 1,5 a 2,0 m) Vetor de transmissão Wuchereria brancrofti Wuchereria bancrofti – Ciclo de vida h ttp s ://w w w .c d c .g o v /p a ra s ite s /ly m p h a tic fila ria s is /b io lo g y _ w _ b a n c ro fti.h tm l EPIDEMIOLOGIA: endemia que atinge 19 unidades federadas. Endêmico do MA até MG, com focos no PR, PI, RJ, SP, SC, GO, DF e RS. ↓ letalidade e os óbitos estão relacionadas às formas clínicas graves. MODO DE TRANSMISSÃO: contato com água e fezes contaminadas. MORFOLOGIA Cercárias: Forma infectante de vida livre Caramujo (Biomphalaria sp): hospedeiro intermediário que vivem em água doce, e se dividem assexuadamente Miracídios: Móveis, emergem, infecta os caramujos Verme adulto: 1 a 2 cm, migram para locais anatômicos específicos (Veias mesentéricas inferiores). Fêmea vive dentro do macho. Filo Platyhelminthes Classe Trematodea- Schistosoma mansoni h ttp s ://w w w .c d c .g o v /p a ra s ite s /s c h is to s o m ia s is /in d e x .h tm l http://labs.icb.ufmg.br/ltbi/cercar.jpg http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/Image269.gif http://saofranciscocdn.s3-website-us-east- 1.amazonaws.com/wp- content/uploads/2016/05/esquis16.jpg Schistosoma mansoni – Ciclo de vida h tt p s :/ /w w w .c d c .g o v /p a ra s it e s /s c h is to s o m ia s is /b io lo g y. h tm l Filo Platyhelminthes Classe Cestodaria- Taenia spp 1) Taenia solium – parasita do porco: 1,4 a 4m, forma de fita. Escólex - 4 ventosas com dupla coroa de acúleos (25 a 50) Estróbilo - 700 a 900 proglotes, 3 a 6 proglotes eliminados; Cor – geralmente branca,aspecto leitoso ou amarela ou rosada 2) Taenia saginata – parasita dos bovinos: 4 a 12m Escólex - 4 ventosas – sem acúleos Estróbilo – 1.000 a 2.000 proglotes, desenvolvimento atingido por uns 3 meses, 8 a 9 proglotes desprendem-se por dia Fase adulta - homem único hospedeiro normal; Causa teníase. Filo Platyhelminthes Classe Cestodaria- Taenia spp Fase larvária: parasita porco ou bovídeos (depende de qual Taenia) Cisticerco – larva jovem 1)T. solium: Vesícula translúcida, ovóide ou alongada, cheia de líquido no interior receptaculum capitis (invaginação membrana)– contém o escólex invaginando a futura tênia; Larvas degeneram ou calcificam, semanas depois 2) T. Saginata: Vesícula bem transparente – visualiza-se receptaculum capitis no interior - Escólex menor Fim de 60 a 75 dias é infectante para homem, viável na musculatura do porco por vários anos, toda vida. T. solium h tt p :/ /w w w .u fr g s .b r/ p a ra - s it e /s it e a n ti g o /I m a g e n s a tl a s /A n im a lia /I m a g e n s /c is ti c e rc o .j p g h ttp s ://m s u .e d u /c o u rs e /z o l/3 1 6 /ts o lc y s t.jp g Taenia spp – Ciclo de vida Teníase: infecção intestinal humana causada por céstodeos adultos do genêro Taenia. Transmissão: ingestão de carne crua ou mal cozida Insetos e ácaros de importância médica Lesões por contato: Dermatites, alergias, queimaduras Lagartas urticantes ou taturanas Besouros Dirphia sp Hylesia sp Automeris sp Lonomia sp Paederus sp Insetos e ácaros de importância médica Injeção de biomoléculas: anafilaxia (5%), prurido, edema, dispneia, sincope, vertigem Insetos e ácaros de importância médica Lesões por contato: Dermatites, alergias, pruridos Piolhos de cabeça Pediculus humanus capitis Piolhos pubiano (chato) Pthirus pubis Sugadores - ectoparasitas Piolhos de corpo Pediculus humanus corporis Pode transmitir: • tifo epidêmico (rickettsia- bactérias) • febre das trincheiras (bactéria) • febre recorrente (bactéria) Insetos e ácaros de importância médica Barata Perinplaneta americana Mosca e varejeira Dermatobia hominis Vetores mecânicos- transmissão por contato Pode transmitir: tuberculose (bactéria), hepatite e poliomielite (vírus) Pode transmitir: tifo (rickettsia), cólera (bactéria) e disenteria (vários) Musca domestica Miiase Insetos e ácaros de importância médica Barbeiro Triatoma brasiliensis Doença de Chagas Trypanosoma cruzi (protozoário) Pulga Xenopsylla cheopis Peste bubônica Yersinia pestis (bactéria) Vetores biológicos- transmissão por sangue Borrachudo Simulium sp Oncocercose cegueira dos rios Onchocerca volvulus (nematóide) Insetos e ácaros de importância médica Mosquito-palha Lutzomyia spp. Úlcera de Bauru Leishmania brasiliensis (protozoário) Mosca tsé-tsé Glossina sp Doença do sono Trypanosoma brucei (protozoário) Vetores biológicos- transmissão por sangue Mosquito e pernilongos Culex spp. Encefalite e filarioses Mosquito e pernilongos Anopheles spp. Malária Plasmodium spp (protozoário) Mosquito e pernilongos Aedes spp. Febre amarela, dengue, chikungunya, zika e encefalite (vírus) Referências... 1. NEVES, David Pereira; BITTENCOURT NETO, João Batista; RIBEIRO, Gildo Pedro; RACILAN, Alexon Melgaço. Atlas didático de parasitologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 101 p. 2. REY, Luís. Bases da parasitologia médica. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. 379 p. 3. SAÚDE, Ministério da. Guia de bolso: Doenças infecciosas e parasitárias. 8. ed. Brasília: 2010. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia _bolso.pdf
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