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Suspensões: Definições, Características e Vias de Administração

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Prof(a). Mariana Sato de Souza de B Monteiro 
SUSPENSÕES 
1 
1. Definições 
 Suspensão: é uma dispersão de partículas sólidas e insolúveis, 
geralmente maiores que 1µm de diâmetro, numa fase dispersante líquida. 
 
 São Sistemas Bifásicos (Heterogêneos): 
 
 Partícula = Fase dispersa (descontínua) 
 Líquido = Fase dispersante (contínua) 
 
 
2 
1. Definições 
 Suspensões: 
 
a) Prontas para uso: partículas já estão dispersas em um veículo 
líquido. 
 
b) Forma de pós: é uma mistura de pós, contendo fármaco, agentes 
suspensores, que deve ser diluída com o veículo. Ex: antibióticos, 
que são fármacos instáveis na presença de um veículo aquoso. 
 
3 
2. Características 
I. Tamanho de Partícula 
• 10 – 50 µm: dispersões grosseiras; 
• 0,5 – 10 µm dispersões finas; 
• 1 nm – 0,5 µm dispersões coloidais. Ex: suspensão de hidróxido de 
alumínio e magnésio. 
 
• Sistemas instáveis: sedimentação por ação da gravidade; 
 
• Atenção!!! 
 Agitar antes do uso, redispersão uniforme e correta. 
 
4 
Velocidade de 
dissolução do fármaco e 
sua biodisponibilidade 
2. Características 
II. Fase Dispersante 
 
• Água: Suspensões aquosas (fármacos hidrofóbicos); 
 
• Óleo Vegetal (amendoim, gergelim e girassol): Suspensões oleosas 
(fármacos hidrofílicos); 
 
• Outros veículos: Glicerina, Propilenoglicol, Polietilenoglicol. 
5 
3. Vias de Administração 
A. Gastrointestinal: 
 
• As partículas do fármaco devem sofrer dissolução nos fluidos do trato 
gastrointestinal formando soluções que são absorvidas no intestino. 
 
 Exemplos: 
• Amoxicilina suspensão (antibiótico) (Amoxil®) (3x ao dia); 
• Amoxicilina + clavulonato BD (antibiótico) (Clavulin®BD) (2x ao dia); 
• Cefalexina (antibiótico) (Keflex®) (4x ao dia). 
 
6 
3. Vias de Administração 
B. Tópica: 
• Suspensão é aplicada na superfície da pele; 
• As partículas devem possuir tamanho entre 1-10 µm (pequenas) para 
evitar a sensação de aspereza. 
 
 Ação sobre a pele: 
• Protetora (formação de filme protetor sobre a pele); 
• Secante (partículas podem absorver secreções cutâneas); 
• Medicamentosa. Ex: antifúngico. 
 
 Exemplo: Suspensão de calamina 
(suspensão para alivio da queimadura). 
 
 
 
7 
3. Vias de Administração 
C. Injetáveis: 
• Suspensões estéreis com partículas entre 1-10 µm. 
• Administração Intramuscular na forma de depósito (glúteo: 5 mL e 
deltóide: 2 mL); 
 
 Vantagens: Partículas do fármaco tem ação lenta e prolongada; 
 Veículos: água (fármacos lipofílicos) e óleo (fármacos hidrofílicos); 
 Desvantagem: Injeção dolorida (depósito); 
 
o Exemplo: Ampicilina (antibiótico) e Penicilina (antibiótico). 
 
 
 
 
 
8 
Pós secos e estéreis 
para resuspensão 
 
3. Vias de Administração 
D. Ocular: 
• Suspensões oftálmicas estéreis; 
• Partículas com tamanho entre 1-10 µm (pequenas) evita-se a 
sensação de areia nos olhos. 
 
 Vantagem: aumento do tempo de contato do fármaco com os olhos 
porque a dissolução do fármaco é lenta e a ação prolongada. 
 
o Exemplo: Tobrex® (tobramicina-antibiótico e dexametazona-
antiinflamatório). 
 
 
 
 
 
9 
Dissolução das partículas é lenta e 
ação prolongada. 
4. Vantagens 
1) Melhoram a estabilidade de fármacos instáveis na forma de solução 
mas estáveis na forma de suspensão (partículas insolúveis: menor 
contato do fármaco com solvente); 
 
2) Mascara sabor e odor desagradável (partículas insolúveis têm menor 
capacidade de entrar em contato com as papilas gustativas do que o 
fármaco em solução). 
 Exemplo: cloranfenicol solução é amargo x palmitato de 
cloranfenicol suspensão é insípido. 
 
3) Forma farmacêutica líquida de fácil deglutição indicada para crianças 
e idosos que têm dificuldade de deglutir cápsulas e comprimidos. 
 
4) Permite administrar altas doses de fármaco; 
 
10 
4. Vantagens 
5) Permite ajuste de dose pelo volume a ser administrado (relação dose 
x peso corporal); 
 
6) Possibilidade de injeções intramusculares para liberação lenta e 
ação prolongada (metilprednisolona suspensão injetável – ação por 
14 dias); 
 
7) Possibilidade de adição de edulcorantes, flavorizantes e corantes 
que melhoram a palatabilidade e os aspectos visuais das 
suspensões. 
11 
5. Desvantagens 
 Sistemas instáveis: partículas sofrem sedimentação (força da 
gravidade), exigindo agitação para resuspensão uniforme das 
partículas antes do uso. 
12 
6. Características de uma SUSPENSÃO IDEAL 
 Eficácia terapêutica; 
 
 Estabilidade Química; 
 
 Tamanho de partícula pequeno (1-10 µm) para sedimentação lenta; 
 
 Viscosidade deve ser ajustada para a obtenção de uma suspensão 
líquida e de escoamento uniforme; 
 
 Preparação atrativa com odor e sabor agradável (flavorizantes, 
edulcorantes, corantes); 
 
 Fácil redispersão com agitação (doses uniformes); 
 
 Aspecto homogêneo sem grumos, flóculos e cristais. 
 
13 
7. Preparo das suspensões 
 Suspensão de boa qualidade é importante entender 
alguns aspectos físico - químicos: 
 
 
1. Flutuação e Molhabilidade das partículas no veículo; 
2. Velocidade de sedimentação (estabilidade); 
3. Cristalização; 
4. Redispersibilidade (doses uniformes). 
 
14 
7. Preparo das Suspensões 
1. Flutuação e Molhabilidade das partículas no veículo: 
 
 Situação 1: As partículas do fármaco têm afinidade pela fase 
dispersante, são facilmente molhadas, penetram no líquido não 
sofrendo problemas de flutuação. 
 
15 
Ângulo de contato (ά) partícula-solvente é baixo 
ά 
Ar 
Líquido 
ά < 30o 
7. Preparo das Suspensões 
1. Flutuação e Molhabilidade das partículas no veículo; 
 
 Situação 2: As partículas do fármaco não tem afinidade pelo meio 
dispersante, há grande tensão interfacial entre partícula - líquido, não 
são molhadas, aglomeram-se formando grumos que flutuam na 
superfície do líquido. 
 
16 
Ângulo de contato (ά) partícula-líquido é alto 
ά 
Ar 
Líquido 
Quanto > ά, pior a molhabilidade 
Pó ά 
Lactose 30 
Paracetamol 60 
Estearato de Mg 120 
17 
 AGENTES MOLHANTES: Para melhorar a molhabilidade do pó. 
 
I. Solventes: penetram nas partículas, expulsam o ar dos sulcos, 
diminuindo a tensão interfacial. Ex: álcool, glicerina, sorbitol, propilenoglicol. 
 
II. Tensoativos: recobrem as partículas diminuindo a tensão interfacial das 
partícula - líquido. 
Ex: Não iônicos: Tweens e Spans (uso oral), Pluronic® (parenteral). 
 Iônicos: LSS, DSS (Tóxicos, uso externo). 
 
III. Polímeros: adsorvem na superfície da partícula facilitando o contato 
entre partícula – líquido. Ex: carboximetilcelulose, 
hidroxipropilmetilcelulose, gomas, alginatos. 
7. Preparo das Suspensões 
2. Velocidade de sedimentação das partículas; 
 
 O entendimento da Lei de Stokes ajuda no controle da velocidade de 
sedimentação das suspensões. 
 
 
 
18 
V = 
2r2 (d2-d1) g 
18ή 
V= velocidade de sedimentação 
r= raio da partícula * 
d1= densidade do líquido* 
d2= densidade do pó 
ή= viscosidade * 
g= constante gravitacional 
(*) Parâmetros ajustáveis 
 Diminuição do tamanho das partículas e aumento da viscosidade 
diminuem a velocidade de sedimentação e melhoram a estabilidade da 
suspensão. 
7. Preparo das Suspensões 
2. Velocidade de sedimentação das partículas; 
 
I. Tamanho da partícula: 
 
 Quanto menor o tamanho, menor a velocidadede sedimentação, maior a 
estabilidade da suspensão. 
 
 Métodos mais utilizados para redução do tamanho de partícula: 
 
a. Trituração: gral e pistilo ou moinhos coloidais (> 10 µm); 
b. Micronização: micronizadores (1-10 µm); 
c. Spray-drier: produz partículas extremamente pequenas (1 µm). 
19 
7. Preparo das Suspensões 
 Métodos mais utilizados para redução do tamanho de partícula: 
 
20 
Moinho coloidal: 
cisalhamento 
Micronizador: corrente de 
ar comprimido provoca 
atrito sobre as partículas 
Spray drier: solução é 
aspergida e seca. 
Gral e pistilo 
7. Preparo das Suspensões 
2. Velocidade de sedimentação das partículas; 
 
II. Viscosidade do Líquido: 
 
 Quanto maior a viscosidade, menor a velocidade de sedimentação, 
maior a estabilidade da suspensão. 
 
. 
21 
Há um limite para o aumento da viscosidade porque a preparação 
pode tornar-se semi-sólida de difícil resuspensão por agitação. 
 O ajuste da viscosidade pode ser feito por Agentes Suspensores. 
7. Preparo das Suspensões 
 Agentes Suspensores: 
 
 Argilas (Silicatos: material inorgânico): 
• Podem ser utilizadas no preparo de suspensões aquosas ou oleosas. 
• Ex: Bentonita (Veegun®): 2 – 3 % em suspensão de uso tópico, 
calamina; 
 Hectorita (Laponite®): suspensões de uso interno. 
 
 Polissacarídeos 
• Ex: Gomas naturais: arábica, adragante, xantana, alginatos. 
 Derivados da celulose (semi-sintéticos): metilcelulose, 
hidroxietilcelulose, carboximetilcelulose. 
 
 Carbômeros (Carbopol®): Polímero Sintético 
• Em água forma soluções líquidas, ácidas e pouco viscosas e após o 
ajuste do pH 6-7, aumentam a viscosidade da preparação. 
22 
7. Preparo das Suspensões 
3. Cristalização; 
 
 Instabilidade. 
 
 Há duas causas prováveis: 
 
a) Evaporação do solvente: o fármaco é insolúvel no meio 
dispersante, mas uma pequena porção sofre dissolução e a 
evaporação do solvente causa cristalização. 
b) Aumento da temperatura: dissolve parte do fármaco insolúvel no 
meio dispersante e subsequente diminuição pode causar 
cristalização. 
 
 Problemas da formação de cristais!!! 
 
o Irritação de tecidos (pele, mucosas, músculo, olho); 
o Resuspensão não uniforme e doses irregulares. 
 
 23 
7. Preparo das Suspensões 
4. Redispersibilidade; 
 
 Problemas de redispersibilidade estão relacionados com as forças de 
atração ou de repulsão entre as partículas. 
 
24 
Atração 
Partículas sem carga 
Repulsão 
Partículas eletricamente carregadas 
 Carga superficial das partículas: Potencial Zeta (controle da 
estabilidade). 
25 
 Potencial Zeta 
 
 
 É a carga elétrica presente na superfície de materiais macroscópicos 
ou particulados que são adquiridas quando em contato com um líquido 
 
A dissociação de grupos ionogênicos na superfície da partícula e a 
adsorção diferencial de íons da solução na superfície das partículas. 
 Gera uma carga líquida na superfície da partícula que afeta a 
distribuição de íons na sua vizinhança, aumentando a concentração de 
contraíons junto a sua superfície. Assim, forma-se uma dupla camada 
elétrica na interface da partícula com o líquido. 
26 
 Quando o Potencial Zeta é importante? 
 
 Potencial zeta é utilizado para prever e controlar a estabilidade de 
suspensões e emulsões coloidais. 
 
 Quanto maior o potencial zeta mais estável é a suspensão, pois as 
partículas carregadas se repelem e essa força supera a tendência natural 
à agregação. 
 Potencial Zeta 
27 
 Forcas de Repulsão > Atração 
 Não há agregação entre as partículas e nem a formação de 
flóculos, originando uma suspensão DEFLOCULADA. 
 Características: 
 
 Partículas sedimentam lentamente por ação da 
gravidade; 
 Meio dispersante turvo; 
 Sedimento pouco volumoso e compacto (massa 
sólida e de difícil resuspensão) – “Caking” 
 
 Problemas: Redispersibilidade não é homogênea e as doses não 
são uniformes. 
28 
 Forcas de Atração > Repulsão 
 
 Partículas agregam fortemente em flóculos grandes e pesados que 
sedimentam por ação da gravidade, originando uma suspensão floculada 
(flóculos grandes). 
 Características: 
 Fase dispersante límpida; 
 Sedimento volumoso e frouxo de fácil resuspensão com agitação. 
 
 Problemas: 
 Velocidade de sedimentação é muito rápida; 
 Redispersibilidade não homogênea e doses não uniformes. 
 
Agregação 
Partículas Flóculos grandes 
29 
 Qual a solução dos problemas da redispersão??? 
 
 
 Floculação controlada: processo que agrega as partículas em 
flóculos frouxos de tamanho ideal. 
 
 
 Importante: agitação quebra os flóculos permitindo a redistribuição 
homogênea das partículas tornando as doses uniformes. 
 
 
 Agentes Floculantes: responsáveis pela floculação controlada. 
 
a. Eletrólitos; 
b. Polímeros; 
c. Tensoativos. 
 
30 
 Agentes Floculantes 
 
A) Eletrólitos 
 A adição de eletrólitos na suspensão neutraliza as cargas ao redor das 
partículas com carga (diminuição do potencial zeta). 
 Partículas formam flóculos frouxos e sedimento de fácil redispersão. 
 Ex: acetato de sódio, fosfato dibásico de potássio, cloreto de alumínio. 
 Floculação controlado com eletrólitos 
P
o
te
n
c
ia
l 
Z
e
ta
 (
m
V
) 
A
lt
u
ra
 d
o
 S
e
d
im
e
n
to
 h
/h
o
 
Concentração do Eletrólito 
30 
- 30 
0 
+ 
- 
Defloculação Defloculação Floculação 
Excesso de 
eletrólito 
pode causar 
defloculação 
31 
 Agentes Floculantes 
 
B) Polímeros 
 
 Apresentam cadeias longas que adsorvem na superfície de mais de 
uma partícula agregando-as em flóculos frouxos. 
 
 Polímeros para floculação controlada: 
 
a) Derivados da celulose: metilcelulose, carboximetilcelulose, 
hidroxipropilmetilcelulose. 
b) Carbômeros (Carbopol®) 
Partículas 
+ 
Polímero Flóculo 
32 
 Agentes Floculantes 
 
C) Tensoativos 
 
 Iônicos (LSS, DSS, Cloreto de cetilpiridineo): atuam semelhante ao 
eletrólitos. 
 
 Não iônicos (Tweens e Spans): atuam semelhante aos polímeros. 
 
33 
8. Procedimento geral para preparação das suspensões: 
PREPARAÇÃO DE SUSPENSÕES 
SUSPENSÕES 
FÁRMACO FASE DISPERSANTE 
Adjuvantes Específicos 
 
• Agente molhante 
• Agente suspensor 
• Agente floculante 
Adjuvantes Gerais 
 
• Conservantes 
• Edulcorantes 
• Flavorizantes 
• Corantes 
34 
9. Operação para o preparo das suspensões 
Redução do tamanho das partículas 
Adição do agente molhante 
Incorporação do agente floculante 
Adição do veículo estruturado 
Envase 
Trituração (gral ou moinhos) 
Micronização (micronizadores) 
Tipos:Tensoativos 
 Polímeros 
 Solventes 
Tipos: Eletrólitos 
 Polímeros 
 Tensoativos 
(Agente suspensor+ veículo (água) + Adjuvantes gerais) 
(Agitação constante para evitar sedimentação) 
Floculação Controlada 
Polímeros 
ou 
Argilas (Silicatos) 
 
Corantes 
Adoçantes 
Flavolizantes 
Conservantes 
35 
10. Tipos especiais de suspensão 
 Suspensão de liberação prolongada 
 As partículas são formadas com resina de troca iônica contendo fármaco 
complexado na superfície. 
 Fármacos ácidos: complexados com resina catiônica (+) 
 Fármacos básicos: complexados com resina aniônica (-) 
 Exemplos de resinas trocadoras: Amberlite® (poliestireno sulfonado, 
trocador aniônico). 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ 
Na+ 
Partícula 
Fármaco 
Resinatrocadora 
Revestimento 
Fármaco 
Tubo gastrointestinal o 
fármaco é trocado por 
íons 
Exemplo: Tussionex (suspensão de liberação prolongada) (Fisons) 
 Ativos: hidrocondona e clorfeniramina 
 Tosse e anti-histamínico 
10. Tipos especiais de suspensão 
 Suspensões Extemporâneas 
 
 Medicamentos dispensados na forma de pó seco que devem ser 
reconstituídos com água e agitados antes do uso. 
 
 Indicação: fármacos instáveis em solução e suspensão, estáveis na 
forma de pó. 
 
 Vantagens: mantém a estabilidade do fármaco até o momento do uso. 
 
 Após a reconstituição com água a suspensão é estável por alguns dias 
(10 a 15 dias), que é o tempo necessário para o tratamento do paciente. 
 
 Exemplos: antibióticos (Penicilinas, amoxicilinas, Cefalosporina). 
 
36 
10. Tipos especiais de suspensão 
37 
 Tipos de suspensões extemporâneas: 
 
 Uso oral: 2 frascos, um contendo pó seco e o outro o veículo (água). 
Acrescentar o veículo no volume correto e agitar antes do uso. 
Exemplos: Amoxil® (Amoxacilina), Keflex® (Cefalexina), Omnipen ® 
(Ampicilina). 
 
 Injetável: frasco contendo pós seco para resuspensão e ampola com 
água estéril para injeção. 
Exemplo: Penicilina V + Procaína, Bezetacil®. 
 
38 
11. Avaliação da estabilidade das suspensões 
I. Tamanho das Partículas 
 Espalhamento de Luz (simples e rápido): 
 Mede a intensidade da luz espalhada. 
 
II. Potencial Zeta 
 Auxilia no processo de floculação controlada para solução de 
problemas de redispersibilidade. 
 
III. Volume de Sedimentação (Suspensão floculada ou defloculada) 
 Efetuada em proveta graduada (simples e prático) 
 
 
39 
F = 
Vf 
Vi 
Vf = Volume final do sedimento 
Vi = Volume da preparação 
11. Avaliação da estabilidade das suspensões 
IV. Viscosidade 
 Viscosímetros (Viscosímetro de Brookfield) 
 Baseia-se no arraste viscoso exercido por um corpo quando ele é 
girado em um fluido. 
 
 
 
 
V. Velocidade de sedimentação 
 Lei de Stokes 
 
40 
V = 
2 r2 (d2-d1) g 
18h 
Velocidade de 
sedimentação deve 
ser baixa 
12. Conservação e Armazenamento 
41 
 Envase: Frascos de vidro âmbar de boca larga para facilitar o 
escoamento da preparação. 
 
 Frascos: devem ser bem tampados para evitar evaporação de água, 
concentração de fármaco e cristalização. 
 
 Acondicionamento: ambiente protegido da luz, calor, umidade e 
congelamento. 
 
 Rótulo: Agite antes de usar (garantir doses uniformes) 
 Uso interno ou uso externo. 
Espaço livre no frasco permite movimento 
do líquido e redispersão homogênea. 
13. Referências Bibliográficas 
42 
1-Farmacotécnica: Formas Farmacêuticas & Sistemas de Liberação de 
Fármacos. ANSEL, H.C.; POPOVICH, N. G.; ALLEN, L. V., JR. 2000, 6º 
ed., Ed., Premier. 
 
2-Tecnologia Farmacêutica. PRISTA, J.N; ALVES, A. C; MORGADO, R. 
1996, 4º Ed., Fundação Calouste Gulberkian. 
 
3-Delineamento de Formas Farmacêuticas. AULTON, M.E. 2005, 2º Ed., 
Artmed.

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