Buscar

Emulsões: Composição e Uso

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Prof (a): Mariana Sato de Souza de B Monteiro 
1 
Necessidade de um agente emulsionante (tensoativo). 
2 
 Fase dispersa/ fase interna 
 Fase dispersante/ fase externa ou contínua 
 Agente emulsivo ou tensoativo 
Formada por 1 ou mais agentes 
emulsionantes, que envolve cada partícula. 
3 
 % entre os volumes de fase é um fator que contribui para o tipo de 
emulsão formada. 
 Quanto a Fase Interna: 
 
 Emulsões óleo em água (O/A) 
 
 
 Emulsões água em óleo (A/O) 
 
 
 
 Emulsões Múltiplas: O/A/O ou 
A/O/A (Fase interna é uma 
emulsão). 
Fase Interna = Óleo 
Fase Externa = Água 
Fase Interna = Água 
Fase Externa = Óleo 
4 
 Testes de Identificação do Tipo de Emulsão 
 
 
 Métodos para distinguir Emulsões O/A e A/O 
 
 
 Teste de Miscibilidade em água ou óleo: As emulsão serão miscíveis 
com o líquido que o sejam com a sua fase externa; 
 
 Teste de coloração: São utilizados corantes solúveis em óleo ou 
água, que se dissolverão e colorirão a fase externa da emulsão. 
 
 Medidas de Condutividade: Os sistemas com fase externa aquosa 
conduzem facilmente a eletricidade. 
5 
 Quanto ao Tamanho da Fase Interna: 
 
 Macroemulsões: 
 
• Gotículas ˃ 400 nm; 
• Aspecto turvo. 
 
 Microemulsão 
 
• Translúcida; 
• Gotículas de 500 - 2000 nm. 
 
 Nanoemulsão 
• Gotículas 1-500 nm; 
• Transparentes. 
6 
 Vias de Administração: 
 
1. Uso Interno: 
 Via Oral: Emulsão A/O e O/A; 
 Via Endovenosa: Emulsão O/A (veicular fármacos lipossolúveis); 
 Via Intramuscular: Emulsão O/A e A/O (terapia depósito Ea/o) (óleo vegetal 
biocompatível e biodegradável). 
 
2. Uso Externo: 
 Tópico: Emulsões A/O e O/A (Emulsões líquidas: loções e semi-sólidas: 
cremes). 
 Transdérmico: Emulsões A/O e O/A . 
 
7 
 Escolha do Tipo/Fase/Absorção na pele: 
 
 Emulsão O/A: 
 Laváveis, facilmente removidas da pele; 
 Não possuem efeito oclusivo; 
 Sensorial pouco gorduroso. 
 
 Emulsão A/O: 
 Efeito oclusivo, com hidratação das camadas superficiais do estrato 
córneo; 
 Grande emoliência; 
 Sensorial gorduroso. 
 Viscosidade: 
 
 Emulsão Líquida: Uso oral, parenteral e tópica (Loções). 
 Emulsão Semi-sólida: Cremes (tópica). 
8 
 Forma farmacêutica líquida de fácil deglutição; 
 
 Administração conjunta de fármacos lipossolúveis e hidrossolúveis; 
 
 Fármacos finamente divididos: absorvidos de maneira mais fácil. 
 
 Uso oral: permite mascarar sabor e odor desagradável de ativos 
(fármacos na fase interna não tem contato com as papilas gustativas, 
há possibilidade de adicionar flavorizante e adoçantes na fase 
externa para mascarar sabor e odor desagradável) ; 
 
 Permite diminuir a irritabilidade dérmica de certos fármacos; 
 
 Administração de óleos e gorduras via endovenosa para nutrição 
parenteral; 
 
 Proteção do fármaco (oxidação, hidrólise). 
9 
 Baixa Estabilidade 
Tendência a separação de fases. 
Sistema Termodinamicamente 
instável (dois líquidos imiscíveis). 
Alta tensão interfacial 
10 
 Emulsão = Sistema termodinamicamente instável. 
Emulsionamento 
Estabilizar a emulsão. 
Processo de 
emulsificação 
Energia Mecânica (Agitação) 
Energia Térmica (Temperatura) 
Agente Emulsionante 
11 
6. Componentes da Emulsão: 
 Fase Aquosa; 
 Fase Oleosa; 
 Agentes Emulsivos; 
 Adjuvantes. 
o Antioxidantes; 
o Umectantes; 
o Conservantes; 
o Estabilizantes. 
12 
6. Componentes da Emulsão: 
I. Fase Aquosa: 
 
i. Água destilada ou deionizada, ausente de íons Ca e Mg que 
desestabilizam a emulsão. 
 
ii. Componentes Hidrossolúveis: 
 
 Fármacos hidrofílicos; 
 Umectantes (glicerina, propilenoglicol, polietilenoglicol 200); 
 Espessantes da fase aquosa (álcool polivinílico, MC, CMCNa, 
pectina, Carbopol); 
 Corantes; 
 Conservantes da fase aquosa; 
 Antioxidantes. 
 
13 
6. Componentes da Emulsão: 
II. Fase Oleosa 
 
i. Antioxidantes; 
ii. Fármacos lipossolúveis. 
iii. Matérias primas graxas: 
• Óleos vegetais (amendoim, gergelim, girassol, amêndoas, milho, 
algodão); 
• Ésteres graxos (miristato de isopropila, palmitato de cetila); 
• Ácidos graxos (ácido esteárico); 
• Álcoois graxos (álcool cetílico, álcool cetoestearílico); 
• Ceras (abelha, carnaúba, parafinas); 
• Silicones (dimeticona, ciclometicona); 
• Hidrocarbonetos (óleo mineral, vaselina sólida) (uso externo). 
 
Espessantes 
da FO 
14 
6. Componentes da Emulsão: 
III. Agente Emulsificante 
a. Tensoativos; 
b. Carboidratos; 
c. Proteínas; 
d. Álcoois de alto peso molecular; 
e. Sólidos finamente divididos. 
 Requisitos Agentes Emulsionantes: 
 
 Deve ser compatível com as outras matérias primas; 
 Não interferir na estabilidade eficácia da substância ativa; 
 Não apresentar toxicidade; 
 Sem odor, sabor ou cor forte; 
 Ser capaz de produzir e manter a emulsificação. 
15 
6. Componentes da Emulsão: 
IV. Adjuvantes: 
 
a. Antioxidantes: 
 
 Processo oxidativo tem início na interface O/A e como consequências 
imediatas causa alteração no odor, na aparência e no sabor. 
 Exemplos: ác. gálico, galato de propila, ác. Ascórbico, BHA, BHT (0,001 a 
0,1%). 
 Combinação de antioxidantes – efeito sinérgico. 
 Adição de sequestrantes de metais melhora a atividade dos antioxidantes. 
 
b. Conservantes 
 
 Susceptíveis a ataques microbianos (alto teor de fase aquosa, presença de 
carboidratos, proteínas). 
 Observar coeficiente de partição – migração de fase. 
 pH. 
 Exemplos: ác. Ascórbico (0,2%), nipagin (0,18%), nipasol (0,02%). 
 Incompatibilidade com o tensoativo. 
 Segurança toxicológica. 
16 
6. Componentes da Emulsão: 
IV. Adjuvantes: 
 
c. Corantes e Essências: 
 
 Observar normas oficiais específicas para seu uso. 
 Observar coeficiente de partição: migração de fase. 
 Facilidade de manipulação. 
 
17 
A) Tensoativos: São moléculas anfifílicas que apresentam duas 
partes distintas: grupos polares e apolares. 
Hidrofílica Lipofílica 
18 
7. Agentes Emulsionantes 
7. Agentes Emulsionantes 
A) Tensoativos 
 
• Aniônicos 
• Catiônicos 
• Anfotéricos 
• Não-iônicos 
Não-iônico 
Aniônico 
Catiônico 
Anfótero 
pH > 7 
19 
 Grupos polares grandes 
para prevenir a 
aproximação das 
gotículas. 
 Classificação dos Tensoativos: 
1) Aniônicos 
 
 Adquirem carga negativa após a dissociação em água; 
 Utilizados em formulações para uso externo devido a toxicidade; 
 Baixo custo; 
 Alto poder detergente; 
 Exemplos: 
• Sabões de metais alcalinos: formam Eo/a por reação de neutralização in 
situ. 
Ácido esteárico + NaOH Estearato de Na e Água 
• Sabão aminado: Estearato de trietalonamina (formação Eo/a in situ). 
 
• Sabão de metais divalentes: Oleato de cálcio (formação Ea/o in situ). 
 
• Alquilsulfatos: Laurilsulfato de sódio (LSS), dodecilsulfato de sódio 
(DSS). 
 
OSO
3
Na
_
+
O
C
O
_
Na
+
20 
Classe Nome Químico Nome 
Comercial 
Propriedades 
Sabão Estearato de Sódio Produzido in 
situ 
Emulsionante 
O/A 
Sabão Estearato de TEA Produzido in 
situ 
 
Emulsionante 
O/A 
Derivado 
Sulfatado 
Lauril Sulfato de 
Sódio 
Alkopon NS Emulsionante 
O/A 
Derivado 
Sulfatado 
Cetil Estearil Sulfato 
de Sódio 
Lanette E Emulsionante 
O/A 
 Classificação dos Tensoativos: 
1) Aniônicos 
21 
 Classificação dos Tensoativos: 
2) Catiônicos: 
 
 Representados pelos sais quaternários de amônio; 
 Adquiremcarga positiva após a dissociação em água; 
 Utilizados em emulsões O/A, de uso externo, devido sua toxicidade; 
 Apresentam propriedades conservantes e bactericida; 
 Incompatíveis com substâncias aniônicas; 
 Exemplos: Cloreto de cetilpiridina e cloreto de cetiltrimetilamônio. 
 
N CH
CH
CH
3
3
3
+ Cl
_
Sal quaternário de 
amônio 
22 
 Classificação dos Tensoativos: 
3) Anfóteros: 
 
 Pode adquirir carga positiva ou negativa, dependendo do pH. 
 Estabilizam emulsão O/A; 
 Exemplos: 
 • Lecitina: baixa toxicidade, sendo utilizada em emulsões de uso 
interno (injetável). 
 
Catiônicos em pH ácido. 
Aniônicos em pH básico. 
 
23 
 Classificação dos Tensoativos: 
4) Não-iônicos: 
 
 Não sofrem ionização e não adquirem carga; 
 Lipossolúveis e hidrossolúveis; 
 Estabilização emulsão O/A e A/O; 
 Maior compatibilidade e menos sensíveis a variação de pH e 
eletrólitos; 
 Baixa toxicidade e irritabilidade (uso oral e parenteral). 
 Exemplos: álcoois ou ácidos graxos de cadeia longa (hidrofóbica) 
ligado a álcool ou grupo óxido de etileno; ésteres de glicol de 
sorbitan (Spans), polissorbatos (Tweens), poliglicóis de álcoois e 
ácidos graxos. 
)OCH
22
O(CH
n
H
Álcoois graxos etoxilados 
H
n
O
C
(CHO
2 2
CHO)
Ácidos graxos etoxilados 
24 
25 
 Classificação dos Tensoativos: 
4) Não-iônicos: 
 
o Ésteres de glicerina e glicólicos: Ex: monoestearato de glicerila. 
o Ésteres de sorbitano: Ex: monoestearato de sorbitano. 
o Polissorbatos: 
o Éteres poliglicólicos de álcoois graxos; 
o Ésteres poliglicólicos de álcoois graxos; 
o Álcoois polioxílicos; 
o Álcoois graxos de cadeia longa. 
Span 80 
Tween 85 
TA Iônico TA Não-Iônico 
26 
 Como os Tensoativos Estabilizam as Emulsões??? 
 
 
 
 Teorias da Emulsificação: 
 
a) Tensão interfacial; 
 
b) Cunha orientada; 
 
c) Película interfacial ou plástica. 
27 
A) Teoria da Tensão Interfacial 
 
 O que é Tensão Interfacial? 
 
• É a força que faz os líquidos imiscíveis resistirem a fragmentação 
em pequenas gotículas. 
 Tensoativos: por serem anfifílicos, localizam-se na interface dos 
líquidos imiscíveis, diminuindo a tensão interfacial, favorecendo a 
dispersão entre eles. 
 
28 
 Tensoativos: 
 Reduzem a tensão interfacial entre 2 líquidos imiscíveis; 
 
 Reduzem a força de repulsão entre eles; 
 
 Reduzem a atração de cada um por suas próprias moléculas. 
Tensão Superficial x Tensão Interfacial 
29 
Tipo lipofílico 
Tipo hidrofílico 
Parte hidrofílica 
Parte lipofílica 
O que acontece quando há predominância de uma 
das partes do Tensoativo ??? 
 Predominância da parte hidrofílica produz emulsões O/A; 
 
• Predominância da parte lipofílica produz emulsão A/O. 
30 
B) Teoria da Cunha Orientada 
 Camadas mononucleares do agente emulsificante orientam-se em 
torno da gotícula da fase interna da emulsão, formando cunhas 
orientadas, que circundam as gotículas. 
 Fase que o tensoativo é mais solúvel constitui a fase externa da 
emulsão. 
Tensoativo hidrofílico 
(envolve gotículas de óleo) 
Tensoativo lipofílico 
(envolve gotículas de água) 
EO/A 
 
água 
água 
óleo 
óleo 
EA/O 
 31 
C) Teoria da Película Interfacial 
 Tensoativo orienta-se na interface das gotículas, formando uma 
película protetora , impedindo o encontro e a união entre elas 
(coalescência) e mantendo a estabilidade da emulsão. 
Fase Interna 
Película Interfacial formada pelo emulsionante 
circunda a gotícula, não permitindo a ocorrência 
da coalescência. 
32 
Formação de Micelas e Atividade Interfacial 
CMC = concentração micelar crítica, a Temp cte 
33 
 Após uma certa concentração, as moléculas do tensoativo 
passam a se agregar na forma de micelas. 
Aplicação Farmacêutica das Micelas 
34 
 Substâncias apolares = D (núcleo) 
 Substâncias insolúveis em água com grupos polares (levemente polar) = 
C 
 Substâncias polares em micela não iônica = B 
 
 Ex: Solução de Cloroxilenol BP (desinfeção); 
 Esteroides para uso oftálmico; 
 Vitamina A, D, E e K. 
7. Agentes Emulsionantes: 
 
B) Polissacarídeos 
 
 Adsorvem na superfície na interface O/A e formam um filme ao redor 
da gotícula de óleo, evitando a coalescência. 
 Exemplos: Goma arábica (uso externo) 
 Metilcelulose (uso interno) 
 
C) Proteínas 
 
 Atuam semelhante aos carboidratos (formam filme); 
 Exemplos: Caseína, Albumina. 
 
 
 Desvantagens: 
 
 Variação da sua composição e das propriedades emulsionantes; 
 Crescimento de microorganismos. 
 
35 
7. Agentes Emulsionantes: 
 
 
D) Álcoois com Alto Peso Molecular 
 
 Exemplos: álcool estearílico, álcool cetílico, monoestearato de glicerila, 
colesterol (uso externo). 
 
 
E) Sólidos Finamente Divididos 
 
 Produzem emulsões A/O ou O/A, se as partículas são umedecidas por 
óleo ou água, preferencialmente 
 Exemplos: -carvão negro e talco (Ea/o); 
 -hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio e argila 
(Eo/a). 
 
36 
7. Agentes Emulsionantes: 
 
 Ceras Autoemulsionantes 
 
 São misturas industrializadas de componentes oleosos e 
emulsionantes. 
 Produzem bases estáveis; 
 Podem ser: 
Aniônicas 
Não Iônicas 
 
 Base Composição Nome Comercial Propriedades 
AE Aniônica Álcool Cetoestearílico 
+ LSS 
Lanette WB Emulsões O / A – 
Média Untosidade 
Tolera Eletrólitos 
Catiônico Incompatível 
AE Não-Iônica Álcool Cetoestearílico 
+ Álcool 
Cetoestearílico 
Etoxilado + Span + 
Tween 
Polawax 
 
Croda Base CR2 
Emulsões O / A 
Estável em ampla 
faixa de pH 
Tolera Eletrólitos 
Compatível com 
Catiônicos 
37 
 Equilíbrio Hidrófilo-Lipófilo do Tensoativo ou Sistema EHL 
 
 
 Representa uma relação entre grupos hidrofílicos e lipofílicos 
constituintes na molécula de tensoativo. 
 
 Escala criada por Griffin (1949) Números de 0 a 20, 
característicos da sua polaridade relativa. 
 
 EHL aumenta com o aumento da hidrofilicidade da molécula. 
 
 O sistema EHL auxilia na escolha do melhor tensoativo para estabilizar 
emulsões obedecendo a regra: EHLfase oleosa = EHLTensoativo 
 
38 
 Sistema EHL ou HLB do Tensoativo 
HLB > 6 : Maior solubilidade em água. 
- Tensoativo mais hidrofílico; 
- Emulsões O/A 
HLB < 6 : Menor solubilidade em água. 
 
- Tensoativo mais lipofílico; 
 
- Emulsões A/O. 
EHL Atividade 
1 a 3 Antiespumante 
3 a 6 Emulsificantes (A/O) 
7 a 9 Agentes Molhantes 
8 a 18 Emulsificantes (O/A) 
15 a 20 Solubilizantes 
39 
Emulsificante EHL 
 
Diestearato de etilinoglicol 1,5 
Triestearato de sorbitan (Span 65) 2,1 
Monoestearato de propilenoglicol 3,4 
Triton X-15® 3,6 
Monoestearato de sorbitan (Span 80) 4,3 
Monolaurato de dietilenoglicol 6,1 
Monopalmitato de sorbitan (Span 40) 6,7 
Goma arábica 8,0 
Éter laurílico de polioxietileno (Brij 30) 9,7 
Gelatina 9,8 
Triton X-45® 10,4 
Oleato de trietanolamina 12,0 
Goma adraganta 13,2 
Monoestearato de polioxietileno sorbitano (Tween 60) 14,9 
Monoestearato de polioxietilenosorbitano (Tween 80) 15,0 
Pluronic F 68® 17,0 
Oleato de sódio 18,0 
Oleato de potássio 20,0 
 SistemaEHL ou HLB do Tensoativo 
40 
 Conceito de EHL na Preparação de uma Emulsão: 
41 
Parafina líquida................35% 
Lanolina..............................1% 
Álcool cetílico......................1% 
Sistema emulsivo................5% 
Água qsp...........................100% 
 Percentual da fase oleosa: 37%. Proporção cada componente é: 
Parafina líquida...........35/37x 100= 94,6% 
Lanolina.........................1/37x 100= 2,7% 
álcool cetílico.................1/37x 100= 2,7% 
42 
 O número de EHL total requerido é obtido da seguinte forma: 
Parafina líquida (EHL=12):.......94,6/100 X 12= 11,4 
Lanolina (EHL=10).....................2,7/ 100 X 10= 0,3 
Álcool cetílico (EHL=15).............2,7/100 X 15= 0,4 
EHL total requerido...........................................= 12,1 
 Devemos buscar na tabela de EHL um emulsionante de EHL 
igual ou o mais próximo do EHL da emulsão. 
 Conceito de EHL na Preparação de uma Emulsão: 
43 
 Combinação de agentes emulsivos: 
(a) monoleato de sorbitan (EHL= 4,3) 
 
(b) monoleato de sorbitan polioxietileno (EHL= 15) 
A= 100 (X- EHL de B) 
 (EHL de A – EHL de B) 
Onde : 
A= % (a) 
B= % (b) 
B = 100-A 
 Conceito de EHL na Preparação de uma Emulsão: 
44 
A = 100 (12,1 -4,3) = 72,9 
 (15 – 4,3) 
Sendo B = 100 – 72,9 = 27,1 
 Como a porcentagem total da mistura de emulsionante é 5, a porcentagem 
de cada emulsionante será: 
 
• Monooleato de sorbitano 5 x 27,1/100 = 1,36%. 
• Monooleato de polioxietilen-sorbitano 5-1,36 = 3,64%. 
 Conceito de EHL na Preparação de uma Emulsão: 
45 
Emulsão 2ª Parte 
46 
8. Inversão de Fases 
 Quando algum adjuvante alterar o 
equilíbrio hidrófilo-lipófilo de um agente 
emulsificante. 
 Exemplo: 
1. Adição de eletrólitos a tensoativos 
catiônicos e aniônicos pode suprimir 
sua ionização. 
2. Tensoativos não iônicos podem 
inverter sobre aquecimento: quebra 
pontes de hidrogênio. 
EO/A Estearato de Na (TA hidrofílico) 
CaCl2 
Estearato de Ca (TA lipofílico) EA/O 
Inversão 
 Há mudança entre as fases interna e externa quando a emulsão contém 
quantidades semelhantes de água e de óleo. 
Acidental 
 
 Presença de sal de cálcio 
leva a formação de tensoativo 
mais lipofílico e a inversão. 
 
 O aumento da temperatura reduz o EHL 
 
Quebra pontes de hidrogênio. 
47 
8.1. Temperatura de inversão de fases (TIF) 
 
 Temperatura na qual ocorre alteração das características do tensoativo, sendo 
que ele passa a ter mais afinidade pela fase dispersa, ocorrendo inversão de 
fases. 
 
 EO/A EA/O 
TIF 
 Estabilidade da emulsão tem sido relacionada a temperatura de inversão de 
fase do seu agente emulsificante. 
9. Preparação das Emulsões 
 
1. Pequena Escala: Nas farmácias magistrais a dispersão mecânica 
pode ser efetuada: 
Gral e Pistilo 
Misturador Mecânico 
48 
 
a. Sabão Nascente; 
b. Método Continental ou Goma Seca 
c. Método Inglês ou Goma Úmida 
d. Método do Frasco ou de Forbes 
e. Fusão e Emulsificação. 
49 
9. Preparação das Emulsões 
 
 
1. Pequena Escala: Preparações Extemporâneas 
a. Método do Sabão Nascente 
 
 
 O tensoativo é formado in situ por uma reação de neutralização entre ácidos 
graxos da Fase oleosa (ácido esteárico) e base da Fase aquosa (NaOH, 
KOH, Trietanolamina). 
 
 
 Ácido esteárico (FO) + NaOH (FA) Estearato de Na + H2O 
Aquecimento 
 
Agitação 
EO/A 
50 
9. Preparação das Emulsões 
 
1. Pequena Escala: Preparações Extemporâneas 
51 
b. Método Continental ou Goma Seca: 
Emulgente + Fase Oleosa 
Parte da Fase aquosa e Adjuvantes 
Gral e Pistilo 
Mistura 
Emulsão Primária Restante da Fase Aquosa 
9. Preparação das Emulsões 
 
1. Pequena Escala: Preparações Extemporâneas 
52 
c. Método Inglês ou Goma Úmida: 
Emulgente + Fase Aquosa 
Mucilagem Fase Oleosa 
d. Método do Frasco ou de Forbes 
 
 Emulsões com óleos voláteis ou substâncias oleaginosas de baixa 
viscosidade. 
 
 
Fase Oleosa + Emulgente Frasco (agitação) 
Parte Fase 
Aquosa 
Emulsão Primária Fase Aquosa 
9. Preparação das Emulsões 
 
1. Pequena Escala: Preparações Extemporâneas 
9. Preparação das Emulsões 
 
2. Larga Escala: Nas indústrias farmacêuticas as dispersões são 
efetuadas: 
 Tanques Misturadores (Homogeneização) 
53 
Método da Fusão e Emulsificação (Cremes e Loções) 
 
 
 Utilizado para fases oleosas com componente sólido de difícil manipulação. 
FA (TA hidrofílico) e FO (TA lipofílico) (aquecidos separadamente 70-75ºC) 
Fase aquosa é lentamente adicionada na Fase oleosa 
Temperatura é mantida de 5-10mim 
Resfriamento 
Maturação 
Adição de fármacos e excipientes 
Termolábeis (essências e corantes) 
Agitação para emulsificação 
54 
 Bases Auto-Emulsionantes 
 
 
 Emulium® Delta, Emulium® 22, Apfil: não iônicas (Brasquin) 
 
 
 
 
 
 
 Preparo de Emulsões a Frio 
 
 
 
 Hostacerin® SAF ou NCB: bases iônicas (PharmaSpecial) 
 
 
 
 ADIÇÃO DE ÁGUA + CONSERVANTE + AGITAÇÃO = EMULSÃO 
55 
10. Estabilidade Física das Emulsões 
 Sistema Estável: Glóbulos retém sua característica inicial e continuam 
uniformemente distribuídos através da fase contínua. 
 
 Os fatores que favorecem a estabilidade de emulsões são: 
 Tensão interfacial baixa (tensoativos); 
 Filme interfacial mecanicamente forte (tensoativo); 
 Repulsão das duplas camadas elétricas (carga – potencial zeta); 
 Volume relativamente pequeno da fase dispersa; 
 Gotículas pequenas (nano > micro > emulsão); 
 Viscosidade newtoniana elevada (reduz movimento); 
 Densidade (densidades das fases próxima, maior estabilidade). 
56 
 Há 4 problemas principais de Instabilidade Física: 
FLOCULAÇÃO 
 CREMEAÇÃO 
EMULSÃO 
COALESCÊNCIA 
QUEBRA 
57 
10. Estabilidade Física das Emulsões 
 Floculação: Relacionado a forcas atrativas e repulsivas. 
 
 As gotículas dispersas agregam-se em flóculos frouxos por ação de 
forças de atração. 
 Aumenta risco de coalescência e quebra. 
 Dose incorreta do medicamento. 
Flóculo 
58 
 Pode ser redisperso por agitação. 
10. Estabilidade Física das Emulsões 
 Cremeação: A fase dispersa sobe à superfície ou desce ao fundo 
formando uma camada mais concentrada de emulsão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Causas: Diferenças de densidade entre as fases. 
 
• Características: - Perda da homogeneidade; 
 - Prejuízo estético (formação de nata); 
 - Doses incorretas; 
 - Risco de coalescência e quebra da emulsão; 
 - Processo é reversível com agitação. 
 Gotículas sobem (d2 < d1) Gotículas descem (d2>d1) 
59 
10. Estabilidade Física das Emulsões 
60 
 Fatores que Influenciam a Velocidade de Cremeação 
 
 Lei de Stokes pode ser aplicada para diminuir a velocidade de SEDIMENTAÇÃO 
tornando a emulsão mais estável: 
V = 
2 r2 (d2-d1) g 
9h 
V= velocidade de cremeação 
r= raio da gotícula * 
d1= densidade da fase dispersante 
d2= densidade da fase dispersa 
h= viscosidade da fase dispersante* 
g= constante gravitacional 
(*) Parâmetros ajustáveis 
i. Reduzir tamanho dos glóbulos; 
ii. Viscosidade da fase externa pode ser aumentada com AGENTES 
ESPESSANTES. 
• Espessantes da FO: ácido esteárico, álcool cetírico e estearílico, ceras. 
• Espessantes daFA: Hidroxipropilcelulose, Metilceluose, Polivinilpirrolidona, 
 Álcool polivinílico, Gomas, Pectinas, Quitosanas, Carbopol. 
61 
 Coalescência: É o encontro e união de gotículas em gotas grandes, cada 
vez maiores que resultam na quebra da emulsão, sendo que o processo 
é irreversível. 
+ 
 Quebra: Instabilidade máxima de uma emulsão ocorrendo separação de fases. 
 Deixou de existir a camada 
protetora e torno das gotículas da 
fase interna. 
10. Estabilidade Física das Emulsões 
62 
 Causas de Quebra nas Emulsões: 
 
 
1. Sistema emulsivo inadequado; 
 
2. Adição de substância que seja incompatível com o agente emulsificante; 
 
3. Aquecimento desnaturam tensoativos termolábeis (protéicos); 
 
4. Congelamento (cristais de água rompe o filme interfacial que cerca as 
gotículas); 
 
5. Crescimento microbiano pode causar degradação de tensoativos; 
 
6. Neutralização da carga de tensoativos iônicos (associação TA catiônico com 
aniônico); 
 
7. Envelhecimento da emulsão que leva a diminuição da viscosidade da 
preparação resultando em floculação, coalescência e quebra da emulsão. 
63 
11. Testes de Estabilidade nas Emulsões: 
 
 
 Métodos para avaliar a estabilidade: 
 
 
a. Exame macroscópico: Exame visual. 
 
b. Análise do tamanho das gotículas: Análise microscópica ou com 
dispositivos eletrônicos de contagem de partículas (Contador Coulter 
ou difração a laser). 
 
c. Testes de estabilidade acelerada: avalia o crescimento de cristais. 
 
Armazenamento em temperaturas adversas: Ciclos de temperatura: 
armazenamento do produto a 40 oC, seguido de refrigeração/congelamento, 
até a instabilidade evidente. A formação e fusão de cristais de gelo romperá 
a camada de emulsionante. 
 
d. Teste reológico: Medidas de viscosidade aparente. 
64 
12. Emulsões Múltiplas 
 Sistemas Trifásicos. 
 
 EA/O/A: gotículas de água dentro de uma gota de óleo dispersa em água. 
 
 EO/A/O 
Óleo 
Gota água 
Gotículas de óleo 
 São instáveis, devido a variedade de fases. Gotículas de água 
Gotícula de óleo 
Película de tensoativo 
Fase aquosa externa 
65 
 Vantagens: 
 
 Veículo para sistema de liberação prolongada de fármacos; 
 
 Proteção do ativo; 
 
 Permite a administração de fármacos hidrossolúveis e lipossolúveis; 
 
Mascarar sabor e odor desagradável de alguns fármacos 
 
 
12. Emulsões Múltiplas 
66 
 Como Preparar uma EA/O/A ? 
 
 Há necessidade de 2 emulsificações e do uso de um tensoativo de baixo EHL 
(lipofílico) e um de alto EHL (hidrofílico). 
Etapa 1- formação emulsão A/O Etapa2- formação emulsão A/O/A 
Fase aquosa 
Óleo + tensoativo 
com EHL baixo 
Mistura 
Emulsão A/O 
Tensoativo hidrofílico em água 
Emulsão A/O/A 
Mistura 
12. Emulsões Múltiplas 
67 
68 
13. Referências Bibliográficas 
• Farmacotécnica: Formas Farmacêuticas & Sistemas de Liberação de Fármacos. 
ANSEL, H.C.; POPOVICH, N. G.; ALLEN, L. V., JR. 2000, 6º ed., Ed., Premier. 
 
• Tecnologia Farmacêutica. PRISTA, J.N; ALVES, A. C; MORGADO, R. 1996, 4º 
Ed., Fundação Calouste Gulberkian. 
 
• Delineamento de Formas Farmacêuticas. AULTON, M.E. 2005, 2º Ed., Artmed. 
 
• A practical guide to contemporany pharmacy practice. THOMPSON, J.E., 1998, 
Lippincott Williams & Wilhins. 
 
• Princípios de Físico-Química em Farmácia. FLORENCE, A.T. & ATTWOOD, D. 
2003, Editora da Universidade de São Paulo.

Outros materiais