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Psicologia: Busca ou compreensão do ser humano a partir da constituição de sua subjetividade (sonhos, desejos, emoções, pensamentos, comportamentos). Trabalho do psicológico: Conhecer e dar visibilidade à dimensão subjetiva ou psicológica da realidade (sentimentos, emoções, ações, sentidos, significados, pensamentos), que os sujeitos vão construindo ao longo da vida e que permite pensar e sentir algo em relação às outras pessoas e às situações vividas. Tudo que vivemos vai sendo registrado em nós. Somos o que vivemos, conhecemos e sentimos, construído significados. Psicólogo – Trabalho Interferir, a partir dos conhecimentos da psicologia, em aspectos da dimensão subjetiva da realidade para potencializar os sujeitos na direção de uma maior autonomia e autoria de suas histórias de vida. -Ressignificar as experiencias vividas, potencializar as pessoas como agentes ativos da transformação de si mesmas e do mundo. - Métodos e técnicas - Psicologia ≠ Psiquiatria - Como esses aspectos aparecem no universo jurídico? - Por que a justiça demanda o trabalho do psicólogo? Psicologia Jurídica Área da psicologia que se relaciona com o sistema de justiça. Psicologia Jurídica ≠ Psicologia Forense Psicologia Jurídica: Mais abrangente; refere-se aos procedimentos ocorridos nos tribunais, bem como aqueles que são fruto da decisão judicial ou ainda aqueles que são do interesse jurídico ou do direito. Psicologia forense: aplicada nos procedimentos do tribunal. Objeto de estudo da psicologia jurídica: comportamentos complexos que ocorrem ou podem vir a ocorrer no âmbito jurídico. Atividades realizadas por psicólogos, nos tribunais e fora deles, dão suporte ao mundo do Direito (pericias, avaliações, orientações, acompanhamento, mediações e outros). A psicologia jurídica estuda o comportamento dos atores jurídicos no âmbito do direito, da lei e da justiça. O psicólogo jurídico pode atuar para além das pericias, fazendo orientações e acompanhamentos, contribuindo para políticas preventivas, etc. A psicologia jurídica deve ir além do estudo dos comportamentos complexos e analisar também os efeitos da lei e da sua aplicação na produção da subjetividade. Práticas jurídicas são importantes na determinação de subjetividades, pois por meio delas são estabelecidas relações. Primeira demanda da justiça à psicologia: área criminal (adultos e adolescentes) – “classificar e controlar os indivíduos” Diagnostico psicológico – Parecer técnico. -Psicólogos elaboravam com psiquiatras. -Psicologia identificada como uma prática voltada para a realização de exames e avaliações. Aproximação das duas áreas – preocupação com a conduta humana. -Histórico inicial dessa aproximação: Questões envolvendo crime (adultos e adolescentes) Questões ligadas aos direitos da criança e do adolescente. Questões ligadas à família (separação, guarda, interdições, poder familiar, etc) - Atividades no tribunal – avaliações, acompanhamentos, orientações. - Atividades fora do tribunal, na rede de apoio – acompanhamento de medidas protetivas e sócio educativas, entre outras. Separação e divórcio – transformações nas relações familiares/alterações na convivência dos membros da família. - Convivência familiar – direito das crianças, adolescentes. - Desdobramentos da separação conjugal: Questões relacionadas a definição da guarda (Monoparental x compartilhada). Padronização das visitas – Fixas -> fragilização da relação de convivência/afetividade entre o filho e o genitor que não detém a guarda. Estreitamento de vínculos e formação e alianças com o genitor. Guarda compartilhada: possibilidade de ampliação da convivência Responsabilização de ambos os genitores: contribui para a efetiva convivência dos genitores com seus filhos > favorece a igualdade de deveres e direitos referente ao exercício dos papéis parentais. SAP – Síndrome da alienação parental: “Programação ou lavagem cerebral” realizada por um dos genitores para que o filho rejeite o outro genitor. Visão do psiquiatra Richard Gardner: “distúrbio infantil que acomete menores envolvidos em situação de disputa de guarda entre os pais”. Rótulo de SAP – Pode aprisionar os envolvidos em um diagnóstico individualizado, não considerando as dinâmicas relacionais do processo de divórcio. Separação entre conjugalidade e parentalidade é um tema fundamental nas situações de litígio familiar no divórcio. Mediação familiar – alternativa à justiça Estatal para a dissolução do vinculo conjugal e dos conflitos decorrentes desse rompimento. SMF - Objetivos: promover a eficácia social na resolução de conflitos no sistema judicial autonomia dos envolvidos na solução de seus conflitos economia processual (tempo, dinheiro) e pessoal (Afetivo emocional) competência relacional (Compreensão da natureza do vínculo/rompimento) * As leis e o direito regulamentam as relações para possibilitar a vida em sociedade, não regulamentam aspectos emocionais. Separações: motivo aparente do litigio é objetivo, mas aquilo que mantém o conflito é de ordem emocional. Operador do direito: desenvolver competências para lidar com os aspectos psicológicos do conflito. Dificuldades: luta pela razão quando o substrato do conflito é emocional. Mediação de conflitos: trabalha na perspectiva dos aspectos positivos e transformadores do conflito. Resgata os aspectos afetivos, inconscientes e a verbalização de cada um, facilitando a resolução dos aspectos “objetivos”. Conflitos familiares: problemas apresentados ultrapassam os elementos meramente jurídicos. PERGUNTAS 1) Como a psicologia busca a compreensão do ser humano? E qual a finalidade do trabalho psicológico? A psicologia busca a compreensão do ser humano através da constituição da sua subjetividade, sonhos, desejos, emoções, pensamentos, comportamentos. A finalidade do trabalho do psicólogo é conhecer e dar visibilidade à dimensão subjetiva e psicológica da realidade (sentimentos, emoções, ações, sentidos, significados, pensamentos), que os sujeitos vão construindo ao longo da vida e que permite pensar e sentir algo em relação às outras pessoas e às situações vividas. 2) Como podemos definir subjetividade? A Subjetividade é entendida como um espaço íntimo do indivíduo, ou seja, como ele instala sua opinião ao que é dito, como ele se relaciona com o mundo social. O que resulta tanto nas marcas ou conceitos individuais, como também, na construção de crenças, valores compartilhados na dimensão cultural que vão ajudar a conseguir a experiencia coletiva. 3) Como podemos definir psicologia jurídica e suas articulações? A Psicologia jurídica é a área da psicologia que se relaciona com o sistema de justiça, a psicologia jurídica estuda os comportamentos (Condutas complexas), que ocorrem ou podem vir a ocorrer e que são de interesse do campo jurídico. A psicologia jurídica vai além de uma manifestação de subjetividade investigando também as consequências das ações jurídicas sobre os indivíduos. 4) Qual a diferença entre psicologia forense e psicologia jurídica? A psicologia forense é relativa aos tribunais, também chamada de psicologia criminal ou psicologia judiciária, consiste na aplicação dos conhecimentos psicológicos a serviço do direito. Na maioria das vezes o termo é imediato, relacionado com desvendamento de crimes ou atos civis. A psicologia jurídica é o campo da psicologia que agrega os profissionais que se dedicam a interação entre a psicologia e o direito, onde a principal função dos psicólogos no âmbito da justiça e auxiliar em questões relativas a saúde mental dos envolvidos em um processo. Jurídica é uma expressão mais abrangente sobre o campo do Direito. 5) Quais as diferenças entre modelo de subordinação e o de complementaridade na relação entre direito e psicologia? O modelo de subordinação procura atender a demanda jurídica como uma psicologia aplicada, cujo objetivo é contribuir para omelhor exercício do direito. O modelo de complementaridade tem o conceito de interdisciplinaridade, ou seja, não se separam o olhar do direito e olhar da psicologia, são os dois pensando juntos sobre as questões, construindo um novo olhar de direito e psicologia. 6) Como os saberes da psicologia e do direito se articulam na construção de um ideal de justiça? Nesse caso o modelo de complementaridade é uma junção de direito e da psicologia se articulando e interagindo na construção de um ideal de justiça. 7) Como a relação entre direito e psicologia foi se construindo, e que atividades o psicólogo desenvolveu nesse universo? A Psicologia jurídica fomenta-se no percurso histórico de um conjunto de intervenções especializadas no âmbito das necessidades do Estado de Direito por meio de determinados princípios psicológicos e métodos periciais na investigação de depoimentos, avaliação de perícia e processos psicopatológicos. 8) Historicamente como a psicologia e o direito se aproximaram? A psicologia e o direito se aproximaram através da área criminal, mais especificamente tratando de adultos e adolescentes, com o objetivo de “classificar e controlar os indivíduos”. Para isso, os psicólogos elaboravam junto a psiquiatras o diagnostico psicológico (parecer técnico). 9) Que questões deram origem a essa aproximação e em que áreas? A primeira inter-relação entre a psicologia e o direito se deu a partir do interesse em avaliar a fidedignidade dos testemunhos de analise psicológica, dando ênfase no diagnostico patológico. 10) Em que áreas do direito a psicologia atua? Com a contribuição do psicólogo são resolvidos conflitos familiares, realizadas adoções, solucionadas disputas de guarda, regulamentadas visitas de pais e avós, interditadas pessoas que não tem capacidade de gerir seus bens, adolescentes em conflito com a lei, acompanhadas execuções de pena, etc.
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