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Flebotomíneos Qual é a importância parasitológica dos flebotomíneos? São os vetores das leishmanioses! Quem são os Flebotomíneos? • Ordem Diptera • Subordem Nematocera • Família Psychodidae • Subfamília Phlebotominae (hematófafgos) Classe Insecta Subfamília Phlebotominae • Vetores do Velho Mundo (África, Europa, Ásia) Gênero: Phlebotomus • Vetores do Novo Mundo (América) Gênero: Lutzomyia (+450 espécies, +30 vetoras) Aspecto geral dos flebotomíneos Subfamília Phlebotominae (hematófagos) Corpo coberto de cerdas: característica da família Psychodidae Alimentação em adultos Fêmeas . Repasto sanguíneo (as fêmeas são as vetoras) . ciclo gonotrófico ovos Machos e Fêmeas - secreções açucaradas de afídeos (pulgões) - nectar de flores - seiva de plantas Ciclo Biológico Ovo Larvas L1 – L4 Pupa Adulto Criadouros de Flebotomíneos 1) Características dos criadouros na América do Sul e na América Central - Solo rico em material orgânico de origem vegetal, em decomposição. Pode conter fezes de animais (curtidas) - Umidade alta, porém com solo não encharcado - Temperatura: 25-28oC 2) Localização dos criadouros em meio rural ou silvestre - Fendas de rochas - Base de troncos de árvores c/ raízes tabulares - Troncos ocos de árvores - Solo de florestas, sob arbustos - Tocas de animais 3) Localização dos criadouros em meio urbano - Quintais muito arborizados e sombreados - Terrenos baldios com mato e lixo - Locais de criação de animais domésticos - Jardins? Ovos de flebotomíneos Lutzomyia longipalpis Larva: Lutzomyia longipalpis Pupa espiráculo exúvia Apêndices em formação (pernas, antenas, palpos, etc.) Flebotomíneos adultos Fêmea: Lutzomyia longipalpis Fêmea: Lutzomyia sp Fêmea: Lutzomyia sp Macho: Lutzomyia longipalpis Genitália externa do macho Dois conceitos importantes!!! Hospedeiro: Reservatório: É toda espécie que alberga um parasito É a espécie hospedeira na qual os vetores podem se infectar com facilidade (fonte de infecção) As leishmanioses, seus vetores, agentes etiológicos e reservatórios (no Brasil) leishmaniose visceral Doença Principais agentes etiológicos Leishmania infantum (L. chagasi) Reservatórios Canídeos Alguns dos principais vetores Lutzomyia longipalpis leishmaniose cutânea ou tegumentar Leishmania amazonensis Leishmania braziliensis Roedores silvestres Lutzomyia umbratilis Lutzomyia flaviscutelata Lutzomyia migonei Lutzomyia whitmani Lutzomyia lintermedia O homem é mal reservatório tanto para a forma visceral quanto para a cutânea! Meio silvestre bem preservado Meio silvestre não muito preservado Sítios e fazendas Meio periurbano Meio urbano (BH, etc) 1 2 3 1) Espécies exclusivamente silvestres (não se adaptaram às modificações antrópicas) 2) Espécies que se desenvolvem em meio silvestre e que já se adaptaram até em subúrbios 3) Espécie (L. longipalpis) que se desenvolve em meio silvestre e que já se adaptou em meio urbano Adaptação dos flebotomíneos aos diversos ambientes disponíveis Formas amastigotas Parasitam células do sistema mononuclear fagocitário (macrófagos e células semelhantes) Hospedeiros mamíferos Hospedeiros invertebrados (flebotomíneos) Formas promastigotas Vivem no interior do intestino dos flebotomíneos de onde são regurgitadas nos hospedeiros mamíferos durante a picada Amastigota Macrófago Vacúolo parasitário Na leishmaniose visceral • Nas vísceras (baço, fígado medula óssea etc.) • Na pele Na leishmaniose cutânea • Na pele (no local das lesões) FORA DOS VASOS SANGUÍNEOS! Roedores silvestres como reservatórios: leishmaniose cutânea Úlcera típica de leishmaniose cutânea Pessoas são maus reservatórios Canídeos como reservatórios: leishmaniose visceral Os canídeos possuem muitos parasitos sob a pele. É por isso que são bons reservatórios. Criança com leishmaniose visceral Reparem que não há lesões na pele (poucos parasitos sob a pele) As pessoas são maus reservatórios Picada e transmissão de leishmanioses Fêmea com peças bucais picadoras-sugadoras Alimentação em vaso: Solenofagia Peças bucais Vasos sanguíneos Epitélio Tecido conjuntivo Mosquitos e triatomíneos Peças bucais Tecido conjuntivo Epitélio Vasos sanguíneos Alimentação em “poço”: Telmatofagia Flebotomíneos Local picado por Lutzomyia longipalpis Imediatamente após a picada Pouco depois da picada Eritrema causado pela vasodilatação Picadas de Lutzomyia longipalpis Tubo digestivo de Lutzomyia longipalpis divertículo intestino posterior intestino médio Ao contrário dos locais contendo água, que são fáceis de localizar, os potenciais criadouros dos flebotomíneos são em número muito maior. Tamanha possibilidade de escolha torna a procura pelas formas imaturas muito dificultosa!!! Controle dos flebotomíneos Controle dos flebotomíneos e das Leishmanioses Em meio Silvestre Em meio Rural ou Periurbano Controle do inseto: - Não há como controlar os flebotomíneos em meio silvestre Controle da leishmaniose tegumentar: - É possível evitar a transmissão da leishmaniose tegumentar, em meio silvestre, com o uso de repelentes e roupas cobrindo as pernas e os braços (medidas pouco eficazes). - Vacinação contra leishmaniose tegumentar Controle do inseto: - Uso de inseticidas de ação residual nas paredes das casas e em qualquer construção que sirva de abrigo às formas adultas (galinheiros, chiqueiros, paiois, etc). Controle da Leishmaniose Tegumentar e Visceral: - Controlar os flebotomíneos com o uso de inseticidas (ver explicação acima). - Evitar construir casas próximo às matas - telar janelas com tela de malha fina - Evitar a exposição aos flebotomíneos ao entardecer - Tratamento de animais domésticos e pessoas provavelmente não tem importância epidemiológica Em meio Urbano Controle do inseto (Lutzomyia longipalpis): -Uso de inseticidas de ação residual nas paredes da casa onde ocorreu algum caso de leishmaniose visceral (humana ou canina) e em qualquer construção que sirva de abrigo às formas adultas (galinheiros, chiqueiros, canis, etc). - Uso de inseticidas de ação residual nas casas vizinhas segundo explicado acima Controle da leishmaniose visceral: - Controlar L. longipalpis com o uso de inseticidas (ver explicação acima). - Sacrificar os cães doentes - Tratamento de animais domésticos e pessoas provavelmente não tem importância epidemiológica - Uso de coleira impregnada com piretroides - Vacinação
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