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12 RESPONSABILIDADE DO FORNECEDOR NO CDC (3)

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- RESPONSABILIDADE DO FORNECEDOR NO CDC
- Vício: arts. 18; 19; 20; 23 e 26, CDC.
- Produto: arts. 12; 13; 14 e 27, CDC.
1. RESPONSABILIDADE POR VÍCIO DO PRODUTO E DO SERVIÇO
Vício: é a impropriedade ou inadequação que recai sobre o produto ou serviços. É aquele que fere a expectativa do consumidor; que possui natureza intrínseca. Recai sobre o produto ou serviço.
Os vícios, portanto, são os problemas que, por exemplo:
Fazem com que o produto não funcione adequadamente, como um liquidificador que não gira;
Fazem com que o produto funcione mal, como a televisão sem som, o automóvel que “morre” toda hora, etc.;
Diminuam o valor do produto, como riscos na lataria do automóvel, etc.
Não esteja de acordo com informações, como o saco de açúcar de 5kg que só tem 4,8kg.
Façam os serviços apresentarem características com funcionamento inadequado ou ineficiente, como a parede mal pintada, o carpete que descola rapidamente, etc.
Pode ser: - aparente: é o que se percebe no primeiro exame que se faz no produto. Ex.: Você compra uma TV, tira da embalagem em casa, e vê que a tela está quebrada. 
- de fácil constatação: não se percebe no primeiro exame, mas no primeiro ou nos primeiros usos. Ex.: compra a TV, tira da caixa está perfeita, mas só transmite em preto e branco. 
- oculto: aquele percebido depois de vários usos. Começa ocorrer o prazo para reclamação no momento de sua ciência.
*Pode ser do produto: 	- falta de qualidade (art. 18)
				- falta de quantidade (art. 19)
	*Pode ser do serviço: 	- falta de qualidade (art. 20)
					- falta de quantidade (art. 20)
- Vício do produto por falta de qualidade (art. 18, CDC): 
- Fornecedores: toda cadeia de consumo foi inserido no polo passivo da ação. 
- EM REGRA a responsabilidade é SOLIDÁRIA. 
	*EXCEÇÃO: A solidariedade será rompida diante da leitura do art. 18, §5°: “No caso de fornecimento de produtos in natura, será responsável perante o consumidor o fornecedor imediato, exceto quando identificado claramente seu produtor.”
Produto in natura: aquele que não sofre processo de industrialização. Ex: tomate, cebola. Neste caso quem responde é somente o alienante imediato e não toda cadeia de consumo.
	- Nos termos do art. 18, §1° o consumidor deve ofertar o prazo máximo de 30 dias para que o fornecedor sane o vício. Se não for sanado dentro deste prazo o consumidor poderá alternativamente optar:
Pela substituição do produto
Pela restituição + perdas e danos ou
Abatimento
EXCEÇÃO: art. 18, §3°: uso imediato das alternativas do art. 18, §1° (sem necessidade de se aguardar os trinta dias):
- vício de grande extensão
- natureza essencial 
- Nos temos ao art. 18, §2° as partes podem convencionar redução ou ampliação do prazo, que não pode ser inferior a 7 dias, nem superior a 180 dias.
	- Nos termos ao art. 54, do CDC, quando se tratar de contrato de adesão, a cláusula que estipula prazo para que o vício seja sanado deverá ser convencionada em separado por manifestação expressa do consumidor.
	- A responsabilidade pelo vício do produto por falta de qualidade será sempre OBJETIVA, tendo em vista o risco da atividade.
- Vício do produto por falta de quantidade (art. 19, CDC): 
- Fornecedores: toda cadeia de consumo foi inserido no polo passivo da ação. 
- EM REGRA a responsabilidade é SOLIDÁRIA. 
	*EXCEÇÃO: Art. 19, § 2°: O fornecedor imediato será responsável quando fizer a pesagem ou a medição e o instrumento utilizado não estiver aferido segundo os padrões oficiais.
- Nos termos do art. 19, §1° o fornecedor responde solidariamente pelos vícios de quantidade do produto sempre que, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido for inferior às indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou de mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir alternativamente à sua escolha:
1) o abatimento proporcional do preço;
2) complementação do peso ou medida;
3) a substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou modelo, sem os aludidos vícios; ou
4) a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos.
- A responsabilidade pelo vício do produto por falta de qualidade será sempre OBJETIVA, tendo em vista o risco da atividade. 
OBS: O art. 19 difere do art. 18 porque este último estabelece prazo máximo para que o vício seja sanado. No caso do art. 19 não há prazo e o consumidor poderá fazer uso das alternativas imediatamente.
- Vício do serviço (art. 20, CDC): 
	- Nos termos do art. 20, do CDC, o fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível;
a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
o abatimento proporcional do preço.
- Caso haja o vício no serviço o consumidor não necessita esperar prazo máximo e poderá fazer uso imediato das alternativas presentes no art. 20, CDC.
- Na reparação de qualquer serviço o fornecedor deve empregar componentes de reposição originais, adequados e novos ou que mantenham as especificações técnicas.
- Nos termos do art. 23, CDC, a ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por inadequação dos produtos e serviços NÃO o exime de responsabilidade. 
RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO E DO SERVIÇO
- Fato: é o dano, é o que se chama acidente de consumo. É quando em razão do vício, o produto ou serviço causa um dano ao consumidor. O fato do produto é muito mais grave que o vício, porque ele é um dano. 
Ex.: * a TV explodiu e começo a pegar fogo e queimou as mãos do consumidor ou de terceiro. 
* Comprei um celular e ao fazer uma ligação ele explode acertando a mim e a terceiros.
- Fato do Produto (art. 12, CDC):
- Fabricante, produtor, construtor, nacional ou estrangeiro, e importador: A lei optou por indicar quem será responsabilizado.
Ex: Compro um celular Iphone (Apple) em uma Loja Tim. Ao manuseá-lo, ele explode, causando ferimentos em minha face. Neste caso a ação para apurar eventual responsabilidade será proposta contra o fabricante (Apple)
- Responsabilidade é OBJETIVA (independe de culpa)
- Na responsabilidade pelo fato do produto o comerciante responderá subsidiariamente (art. 13, CDC):
* quando o fabricante, o construtor, o produtor e o importador não puderem ser localizados;
* quando o produto for fornecido sem identificação clara do fabricante, produtor, construtor ou importador;
* quando não conservar adequadamente produtos perecíveis.
	Ex.: Compro um celular da China, modelo Iphone, ele explode e não tem a menção do fabricante, nem tampouco do importador, neste caso o comerciante poderá ser acionado para responder pelos danos causados.
- Defeito: acidente de consumo
- Nos termos ao art. 12, §1°, CDC, o produto é defeituoso quando não oferece segurança, levando-se em consideração a apresentação, o uso e riscos que razoavelmente dele se esperam e a época em que foi colocado em circulação.
- O produto não será considerado defeituoso pelo fato de outro de melhor qualidade ter sido colocado no mercado (art. 12, §2°, CDC).
- Excludentes de responsabilidade: o fabricante, o construtor, o produtor e o importador não serão responsabilizados:
	* quando o produto não for inserido no mercado;
	* embora inserido no mercado o defeito inexiste;
	* no caso de culpa exclusiva do consumidor ou por fato de terceiro
OBS: O CDC não se manifesta quanto aos casos de imprevisibilidade (caso fortuito) e inevitabilidade (força maior), porém a jurisprudência admite.
- Fato do Serviço (art. 14, CDC):
- Fornecedores: toda cadeia de consumo foi inserido no polo passivo da ação. 
- Em regra, a responsabilidadeé OBJETIVA (independe de culpa)
EXCEÇÃO: A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será mediante a existência de culpa (RESPONSABILIDADE SUBJETIVA).
- Nos termos ao art. 14, §1°, CDC, o serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor espera, levando-se em consideração o modo de fornecimento; o resultado e riscos que se esperam e a época que foi fornecido.
- O produto não será considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas (art. 14, §2°, CDC).
- Excludentes de responsabilidade: o fornecedor de serviços não será responsabilizado:
	
	* quando provar que, embora prestado o serviço, o defeito inexiste;
	* a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro
OBS: O CDC não se manifesta quanto aos casos de imprevisibilidade (caso fortuito) e inevitabilidade (força maior), porém a jurisprudência admite.

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