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73417ResumoD AmbientalAula 05

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Direito Ambiental 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada 
pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na 
jurisprudência dos Tribunais. 
 
1 
 
Sumário 
1. Ação Popular ........................................................................................................ 2 
1.1 Legitimidade ativa ............................................................................................... 2 
1.2 Legitimidade passiva ........................................................................................... 2 
1.3 Objeto da Ação Popular ...................................................................................... 3 
1.4 Eficácia da sentença ............................................................................................ 4 
1.5 Prazo prescricional .............................................................................................. 4 
1.6 Competência jurisdicional ................................................................................... 5 
2. Ação Civil Pública .................................................................................................. 5 
2.1 Legitimidade Ativa .............................................................................................. 6 
2.2 Legitimidade Passiva ........................................................................................... 7 
2.3 Competência jurisdicional ................................................................................... 7 
2.4 Coisa julgada ....................................................................................................... 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Ambiental 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada 
pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na 
jurisprudência dos Tribunais. 
 
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1. Ação Popular 
1.1 Legitimidade ativa 
Possui legitimidade ativa, leia-se legitimidade para propor a ação, o brasileiro cidadão 
em pleno gozo de seus direitos políticos. É exigido o pleno exercício dos direitos políticos 
porque o título de eleitor acompanhará a petição inicial da ação popular nos autos do 
processo. 
No entanto, há doutrina minoritária que considera o estrangeiro como portador da 
legitimidade ativa para ação popular, mas, de acordo com a letra da lei, considera-se apenas 
o brasileiro nato ou naturalizado em pleno gozo dos direitos políticos. Convém salientar que, 
assim como o estrangeiro, pessoa jurídica também não possui legitimidade ativa para propor 
ação popular. 
Proposta a ação popular por meio do cidadão, o Ministério Público atuará como fiscal 
da Lei (custus legis) quando não exercer a função de autor. O artigo 9º da Lei 4.717/68 
dispõe acerca da participação do Ministério Público no processo da ação popular. 
Art. 9º Se o autor desistir da ação ou der motiva à absolvição da instância, serão 
publicados editais nos prazos e condições previstos no art. 7º, inciso II, ficando 
assegurado a qualquer cidadão, bem como ao representante do Ministério Público, 
dentro do prazo de 90 (noventa) dias da última publicação feita, promover o 
prosseguimento da ação. 
Havendo desistência por parte do cidadão pela ação popular, o Ministério Público 
terá incumbência de prosseguir com a ação até o final, caso nenhum outro cidadão se 
habilite para tanto. Um fato comum em prova é que qualquer cidadão pode dar 
prosseguimento à ação popular e também na ação civil pública e não é de imediato que o 
Parquet irá substituir a parte originária. O artigo 5º da Lei de Ação Civil Pública dispõe acerca 
dos legitimados para essa ação e havendo desistência, o Ministério Público somente 
assumirá o polo ativo da demanda, caso não haja interesse por parte de outro legitimado. 
 
1.2 Legitimidade passiva 
A legitimidade passiva corresponde à capacidade processual da parte ser ré na 
demanda. No caso da ação popular, os legitimados passivos são: 
 Pessoas jurídicas de direito público que praticaram ato lesivo ao patrimônio 
público, à moralidade administrativa e ao meio ambiente; 
 Entes receptores de verba pública; 
 Pessoas jurídicas de direito privado que participaram da formação do ato 
impugnado ou que deles sejam beneficiários; 
 
 
Direito Ambiental 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada 
pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na 
jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Atenção: há possibilidade da pessoa jurídica de direito público migrar do polo passivo 
para o polo ativo da demanda. 
 
1.3 Objeto da Ação Popular 
O objeto da ação popular é aquilo que visa evitar. Nesse caso, o objeto são os atos 
lesivos e ilegais, os quais devem ser demonstrados pelo autor. O artigo 2º da Lei 4.717/68 
elenca uma serie de atos que podem ser lesivos ao patrimônio púbico, à moralidade 
administrativa e ao meio ambiente. 
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo 
anterior, nos casos de: 
a) incompetência; 
b) vício de forma; 
c) ilegalidade do objeto; 
d) inexistência dos motivos; 
e) desvio de finalidade. 
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes 
normas: 
a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais 
do agente que o praticou; 
b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de 
formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato; 
c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, 
regulamento ou outro ato normativo; 
d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que 
se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao 
resultado obtido; 
e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso 
daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência. 
Assim, o objeto direto da ação popular é a anulação do ato lesivo e o objeto indireto 
é a sua reparação. 
 
 
 
 
 
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1.4 Eficácia da sentença 
A eficácia da sentença na ação popular está descrita no artigo 18 da Lei 4.717/68. 
Art. 18. A sentença terá eficácia de coisa julgada oponível "erga omnes", exceto no caso 
de haver sido a ação julgada improcedente por deficiência de prova; neste caso, 
qualquer cidadão poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de 
nova prova. 
A sentença terá efeito erga omnes, ou seja, valerá para todos, salvo quando for a 
ação julgada improcedente por carência de provas, hipótese em que tal efeito não será 
considerado e não haverá cosia julgada. Nesse sentido, a Lei permite que qualquer cidadão 
intente uma nova ação com os mesmos fundamentos caso surjam novas provas do fato ou 
ato lesivo. 
A decisão que julga improcedente o pedido ou extinguir o processo por carência da 
ação será submetida ao reexame necessário e transito em julgado ocorrerá somente após a 
apreciação pelo juízo ad quem, conforme previsão do artigo 19 da Lei. 
Art. 19. A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação está 
sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeitosenão depois de confirmada 
pelo tribunal; da que julgar a ação procedente caberá apelação, com efeito suspensivo. 
Assim, não haverá coisa julgada sem que seja apreciado o reexame necessário pelo 
Tribunal. 
 
1.5 Prazo prescricional 
O prazo para propor a ação popular será de 5 anos, conforme artigo 21 da Lei 
4.717/68. 
 Art. 21. A ação prevista nesta lei prescreve em 5 (cinco) anos. 
Indispensável lembrar que o dano ambiental e a sua reparação é imprescritível, assim 
como o dano ao erário, previsto no § 5º, do artigo 37 da CF, não podendo ser confundido 
com o prazo da ação. 
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer 
agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas 
ações de ressarcimento. 
 
 
 
 
 
 
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1.6 Competência jurisdicional 
Devido ao silêncio da Lei de Ação Popular, restou à jurisprudência definir a 
competência para o processo e julgamento no Conflito de Competência nº 47.950/DF, de 
11/04/2007. 
CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. AÇÃO POPULAR AJUIZADA EM FACE DA UNIÃO. 
LEI 4.717/65. POSSIBILIDADE DE PROPOSITURA DA AÇÃO NO FORO DO DOMICÍLIO DO 
AUTOR. APLICAÇÃO DOS ARTS. 99, I, DO CPC, E 109, § 2º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 
3. O art. 5º da referida norma legal determina que a competência para processamento e 
julgamento da ação popular será aferida considerando-se a origem do ato impugnado. 
Assim, caberá à Justiça Federal apreciar a controvérsia se houver interesse da União, e à 
Justiça Estadual se o interesse for dos Estados ou dos Municípios. A citada Lei 4.717/65, 
entretanto, em nenhum momento fixa o foro em que a ação popular deve ser ajuizada, 
dispondo, apenas, em seu art. 22, serem aplicáveis as regras do Código de Processo Civil, 
naquilo em que não contrariem os dispositivos da Lei, nem a natureza específica da 
ação. Portanto, para se fixar o foro competente para apreciar a ação em comento, 
mostra-se necessário considerar o objetivo maior da ação popular, isto é, o que esse 
instrumento previsto na Carta Magna, e colocado à disposição do cidadão, visa 
proporcionar. 7. Nos termos do inciso I do art. 99 do CPC, para as causas em que a União 
for ré, é competente o foro da Capital do Estado. Esse dispositivo, todavia, deve ser 
interpretado em conformidade com o § 2º do art. 109 da Constituição Federal, de modo 
que, em tal caso, "poderá o autor propor a ação no foro de seu domicílio, no foro do 
local do ato ou fato, no foro da situação do bem ou no foro do Distrito Federal" (PIZZOL, 
Patrícia Miranda. "Código de Processo Civil Interpretado", Coordenador Antônio Carlos 
Marcato, São Paulo: Editora Atlas, 2004, p. 269). Trata-se, assim, de competência 
concorrente, ou seja, a ação pode ser ajuizada em quaisquer desses foros. 
 
2. Ação Civil Pública 
A ação civil pública está prevista na Lei 7.347/85 e, juntamente com o Código de 
Defesa do Consumidor, forma o microssistema processual coletivo. Também é utilizado o 
Código de Processo Civil como forma de complementação, e diante daquilo que não for 
incompatível. 
Numa ação civil pública de caráter ambiental há três grandes grupos de direitos 
presentes, são eles: 
 Direitos difusos: transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares 
pessoas indeterminadas e ligadas por circunstancias de fato; 
 
 
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 Coletivos: transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, 
categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contraria por uma relação 
jurídica base; 
 Individuais homogêneos: titularizados por um grupo determinado ou 
determinável. 
 
2.1 Legitimidade Ativa 
Em se tratando de ação civil pública, a legitimidade ativa está prevista no artigo 5º da 
Lei 7.347/85. 
Art. 5o Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: (Redação dada 
pela Lei nº 11.448, de 2007) (Vide Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência) 
I - o Ministério Público; (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007). 
II - a Defensoria Pública; (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007). 
III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; (Incluído pela Lei nº 
11.448, de 2007). 
IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; (Incluído 
pela Lei nº 11.448, de 2007). 
V - a associação que, concomitantemente: (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007). 
a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; (Incluído pela Lei 
nº 11.448, de 2007). 
b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, 
ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos 
de grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, 
turístico e paisagístico. 
Para que as autarquias, empresas públicas, fundação ou sociedade de economia 
mista promovam a ação civil pública, deverá demonstrar que em seu estatuto social ou na 
Lei que a criou, que há o objeto pertinente, ou seja, deve demonstrar que possui interesse 
por meio da pertinência temática. 
Com relação ao ministério Púbico, este órgão não precisará demonstrar pertinência 
temática, mas deverá fundamentar a sua proposição. Assim, por exemplo, o MP-RJ não 
poderá propor ação civil pública em face de um fato ocorrido no Estado de São Paulo, que 
seria de competência do MP-SP e que sequer gerou repercussão no Estado do Rio de 
Janeiro. 
 
 
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jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Quanto às associações que estejam constituídas há pelo menos um ano e que seu 
objeto institucional seja a defesa do meio ambiente (pertinência temática), deverá 
demonstrar que o estatuto está relacionado com a causa. A jurisprudência vem relativizando 
as exigências para as associações e uma delas é a comprovação de sua constituição há pelo 
menos um ano. O STF entende que se a associação estiver constituída a 3 meses já poderá 
ser legitimada a propor ação civil publica ambiental. 
No caso do mandado de segurança coletivo, o requisito de constituição anual da 
associação é indispensável e a jurisprudência não mudou o entendimento nesse sentido. 
Para propor a ação civil pública ambiental, o prazo de um ano está dispensado, segundo 
entendimento jurisprudencial, mas para impetrar o mandado de segurança exige-se pelo 
menos um ano de constituição. 
Para que a associação proponha uma ação civil publica ambiental, deverá conter uma 
aprovação de seus membros de acordo com o quórum previsto em seu estatuto. Não 
atingido o quórum necessário não haverá possibilidade de proposição da ação. Para 
impetrar o mandado de segurança coletivo, tal quórum é dispensado. 
A decisão prevista na tutela coletiva irá contemplar apenas os associados que 
anuíram expressamente. O STF possui entendimento de que se uma pessoa é associada e 
não votou deliberando pela possibilidade da associação propor ação civil publica ambiental, 
a tutela coletivada sentença não poderá contemplá-la, assim como àqueles que se 
associaram posteriormente à proposição da ação civil pública (RE 573.232/SC). 
É permitido aos Ministérios Públicos dos Estados e o Ministério Público Federal 
formarem litisconsórcio. Não sendo o autor da ação, o ministério Público atuará como custus 
legis e em caso de desistência da ação será efetuada a intimação dos demais interessados e 
não havendo legitimados, o Parquet assumirá o polo ativo da demanda. Além disso, nada 
impede que os demais legitimados sejam considerados como assistentes litisconsorciais na 
Ação Civil Pública. 
 
2.2 Legitimidade Passiva 
A legitimidade passiva na Ação Civil Pública ambiental é exercida pelo poluidor, seja 
direto ou indireto, e pelo adquirente do imóvel (propter rem). 
 
2.3 Competência jurisdicional 
A competência assemelha-se à ação popular. Primeiramente há a competência 
territorial absoluta, que é improrrogável. 
 
 
Direito Ambiental 
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jurisprudência dos Tribunais. 
 
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O artigo 2º da Lei 7.347/85 dispõe acerca da competência do juízo onde o dano 
ambiental ocorreu ou no local em que se concretizará. 
Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, 
cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa. 
Parágrafo único A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações 
posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. 
Ocorrendo um dano ambiental que atinja dois ou mais Estados da Federação, 
segundo a Lei de Ação Civil Pública, a competência poderá se dar entre todos os Estados 
atingidos e a competência será determinada por meio da prevenção pela propositura da 
ação civil pública ambiental. 
Sendo o dano de caráter nacional, a competência será determinada pela Justiça 
Federal, uma vez que a União foi lesada. Nesse caso, o processamento da ação civil pública 
poderá se dar em qualquer capital de Estado que foi lesado e, também, considera-se pela 
prevenção. 
O STJ decidiu recentemente o Conflito de Competência nº 143.204/RJ que tratou 
sobre a competência para o processamento da ação civil pública que visa a reparação de 
dano material e moral decorrente de dano ambiental. 
CONFLITO DE COMPETÊNCIA. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS. DERRAMAMENTO DE 
ÓLEO. PESCADORES ARTESANAIS PREJUDICADOS. ACIDENTE DE CONSUMO. 
CONSUMIDOR POR EQUIPARAÇÃO. FORO. DOMICÍLIO DOS AUTORES. 1. Trata-se de ação 
ordinária ajuizada por pescadores artesanais visando a reparação de danos materiais e 
morais decorrentes de dano ambiental. 2. Os autores foram vítimas de acidente de 
consumo, visto que suas atividades pesqueiras foram supostamente prejudicadas pelo 
derramamento de óleo ocorrido no Estado do Rio de Janeiro. Aplica-se à espécie o 
disposto no art. 17 do Código de Defesa do Consumidor. 3. As regras consumeristas 
contidas no artigo 101, I, da Lei nº 8.078/1990 devem incidir no caso, sendo facultada 
ao consumidor a propositura da ação no foro do seu domicílio. 4. Conflito conhecido 
para declarar competente o Juízo de Direito da Vara Cível de Marataízes/ES, o suscitado. 
A competência foi determinada pelo foro de domicilio das vítimas em razão da 
existência de relação consumerista no caso e de acordo com o Código de Defesa do 
Consumidor a ação será proposta no foro de domicilio do consumidor. 
De acordo com o entendimento do STJ, quando a ação for proposta pelo Ministério 
Público Federal, a competência se dará na Justiça Federal. Já o STF, em um entendimento 
antigo, dispõe que a competência poderá se dar na Justiça Estadual. Para fins de prova deve 
ser considerado o entendimento mais recente do STJ. 
 
 
 
Direito Ambiental 
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jurisprudência dos Tribunais. 
 
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2.4 Coisa julgada 
A coisa julgada da ação civil pública está descrita no artigo 16 da Lei 7.347/85. 
Art. 16. A sentença civil fará coisa julgada erga omnes, nos limites da competência 
territorial do órgão prolator, exceto se o pedido for julgado improcedente por 
insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação 
com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova. 
A coisa julgada somente ocorrerá quando o pedido da petição inicial for julgada 
procedente.

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