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MNA 3. AGLOMERANTES

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3. AGLOMERANTES 
 
3.1 Aglomerantes de origem mineral (NBR 11172/90) 
Produto com constituintes minerais que, para sua aplicação, se apresenta sob forma 
pulverulenta e que na presença da água forma uma pasta com propriedades aglutinantes. 
 
3.1.1 Aglomerante hidráulico 
Aglomerante cuja pasta apresenta a propriedade de endurecer apenas pela reação com a água 
e que, após seu endurecimento, resiste satisfatoriamente quando submetida à ação da água. 
 
3.1.2 Aglomerante aéreo 
Aglomerante cuja pasta apresenta a propriedade de endurecer por reações de hidratação ou 
pela ação química do anidrido carbônico (CO2) presente na atmosfera e que, após seu 
endurecimento, não resiste satisfatoriamente quando submetida à ação da água. 
 
3.2 Tipos de aglomerantes 
 
3.2.1 Gesso (NBR 11172/90) 
Aglomerante aéreo obtido usualmente pela calcinação moderada da gipsita (sulfato de ácido 
diidratado) resultando em sulfatos de cálcio hemi-hidratados (hemidratos). 
 
3.2.2 Cal (NBR 11172/90) 
Aglomerante cujo constituinte principal é o óxido de cálcio ou óxido de cálcio em presença 
natural com o óxido de magnésio, hidratados ou não. 
 
- Cal virgem 
Cal resultante de processos de calcinação, da qual o constituinte principal é o óxido de cálcio 
ou óxido de cálcio em associação natural com o óxido de magnésio, capaz de reagir com a 
água. Em função dos teores dos seus constituintes, pode ser designada de: cálcica (ou 
altocálcio), magnesiana ou dolomítica. 
 
- Cal extinta 
Cal resultante da exposição da cal virgem ao ar ou à água, portanto apresentando sinais de 
hidratação e, eventualmente, de recarbonatação. Apresenta proporções variadas de óxidos, 
hidróxidos e carbonatos de cálcio e magnésio. 
 
- Cal hidratada 
Cal, sob a forma de pó seco, obtida pela hidratação adequada de cal virgem, constituída 
essencialmente de hidróxido de cálcio ou de uma mistura de hidróxido de cálcio e hidróxido de 
magnésio, ou ainda, de uma mistura de hidróxido de cálcio, hidróxido de magnésio e óxido de 
magnésio. 
 
- Cal hidráulica 
Cal, sob a forma de pó seco, obtida pela calcinação a uma temperatura próxima à da fusão de 
calcário com impurezas sílico-aluminosas, formando silicatos, aluminatos e ferritas de cálcio, 
que lhe conferem um certo grau de hidraulicidade. 
 
 
 
 
 
 
3.2.3 Cimento Portland 
 
- Cimento Portland comum - CP I e cimento Portland comum com adição - CP I-S (NBR 5732/91) 
Aglomerante hidráulico obtido pela moagem de clínquer Portland ao qual se adiciona, durante 
a operação, a quantidade necessária de uma ou mais formas de sulfato de cálcio. Durante a 
moagem é permitido adicionar a esta mistura materiais pozolânicos, escórias granuladas de 
alto-forno e/ou materiais carbonáticos. 
Classes 25, 32 e 40. 
Componentes: 
CP I: clínquer + sulfatos de cálcio (100%) 
CP I-S: clínquer + sulfatos de cálcio (99% - 95%); material pozolânico (1% - 5%) 
 
- Cimento Portland composto - CP II-E, CP II-Z e CP II-F (NBR 11578/91) 
Aglomerante hidráulico obtido pela moagem de clínquer Portland ao qual se adiciona, durante 
a operação, a quantidade necessária de uma ou mais formas de sulfato de cálcio. Durante a 
moagem é permitido adicionar a esta mistura materiais pozolânicos, escórias granuladas de 
alto-forno e/ou materiais carbonáticos. 
Classes 25, 32 e 40. 
Componentes: 
CP II-E: clínquer + sulfatos de cálcio (94% - 56%); escória granulada de alto forno (6% - 34%); 
material carbonático (0% - 10%) 
CP II-Z: clínquer + sulfatos de cálcio (94% - 76%); material pozolânico (6% - 14%); material 
carbonático (0% - 10%) 
CP II-F: clínquer + sulfatos de cálcio (94% - 90%); material carbonático (6% - 10%) 
 
- Cimento Portland de alto-forno - CP III (NBR 5735/91) 
Aglomerante hidráulico obtido pela mistura homogênea de clínquer Portland e escória 
granulada de alto-forno, moídos em conjunto ou em separado. 
Durante a moagem é permitido adicionar uma ou mais formas de sulfato de cálcio e materiais 
carbonáticos. 
O conteúdo de escória granulada de alto-forno deve estar compreendido entre 35 e 70% da 
massa total de aglomerante. 
Classes 25, 32 e 40. 
Componentes: clínquer + sulfatos de cálcio: (65% - 25%); escória granulada de alto forno (35% 
- 70%); material carbonático (0% - 5%) 
 
- Cimento Portland pozolânico - CP IV (NBR 5736/91) 
Aglomerante hidráulico obtido pela mistura homogênea de clínquer Portland e materiais 
pozolânicos, moídos em conjunto ou em separado. 
Durante a moagem é permitido adicionar uma ou mais formas de sulfato de cálcio e materiais 
carbonáticos. 
O teor de materiais pozolânicos secos deve estar compreendido entre 15% e 50% da massa 
total de aglomerante. 
Classes 25 e 32. 
Componentes: clínquer + sulfatos de cálcio (85% - 45%); material pozolânico (15% - 50%); 
material carbonático (0% - 5%) 
 
- Cimento Portland de alta resistência inicial - CP V-ARI (NBR 5733/91) 
Aglomerante hidráulico que atende às exigências de alta resistência inicial, obtido pela 
moagem de clínquer Portland, constituído em sua maior parte de silicatos de cálcio hidráulicos, 
ao qual se adiciona, durante a operação, a quantidade necessária de uma ou mais formas de 
sulfato de cálcio. Durante a moagem é permitido adicionar a esta mistura materiais carbonáticos. 
Componentes: clínquer + sulfatos de cálcio (100% - 95%); material carbonático (0% - 5%) 
- Cimentos Portland Brancos – CPB (NBR 12989/93) 
Aglomerantes hidráulicos constituídos de clínquer Portland branco, uma ou mais formas de 
sulfato de cálcio e adições. 
a) cimento Portland branco estrutural: cimento Portland branco de classes 25, 32 ou 40, que 
pode ser utilizado na execução de concreto estrutural. 
Componentes: clínquer branco + sulfatos de cálcio (100% - 75%); materiais carbonáticos (0% - 
25%). 
b) cimento Portland branco não estrutural: cimento Portland branco, sem indicação de classe, 
que não pode ser utilizado na execução de concreto estrutural. 
Componentes: clínquer branco + sulfatos de cálcio (74% - 50%); materiais carbonáticos (26% - 
50%). 
 
3.3 Emprego dos aglomerantes na construção civil 
 
3.3.1 Solo-cimento (NBR 12023/92) 
Produto endurecido, resultante da cura de uma mistura íntima compactada de solo, cimento e 
água, em proporções estabelecidas através de dosagem, executada conforme NBR 12253/92. 
 
3.3.2 Solo-cal 
Mistura artificial de solo com cal em proporções estabelecidas por dosagem experimental, que 
apresentam grande estabilidade e durabilidade quando adequadamente compactadas. 
 
3.3.3 Produtos de cimento 
- Blocos vazados de concreto para alvenaria 
- Ladrilhos hidráulicos 
- Granilitas 
- Blocos para pavimentação 
- Meios-fios 
- Telhas 
- Equipamentos básicos de saneamento 
- Mourões 
- Muros de placas 
- Postes 
- Dormentes de concreto 
- Blocos de concreto celular 
 
3.3.4 Produtos de fibrocimento 
- Telhas e acessórios 
- Caixas d´água 
- Placas 
 
3.3.5 Produtos de gesso 
- Forros 
- Elementos de decoração 
- Revestimentos: pastas e argamassas 
- Elementos para vedação: painéis de gesso acartonado (drywall); paredes divisórias com 
blocos de gesso 
 
3.3.6 Argamassas (NBR 13281/01) 
Mistura homogênea de agregado(s) miúdo(s), aglomerante(s) inorgânico(s) e água, contendo 
ou não aditivos ou adições, com propriedades de aderência e endurecimento, podendo ser 
dosada em obra ou em instalação própria (argamassa industrializada). 
 
3.3.7 Concreto 
Composto basicamente do aglomerante cimento, agregado graúdo, agregado miúdo e água. 
Mistura que endurece com o tempo adquirindo resistência semelhante às das pedras, 
predominantemente a compressão. Quando adicionamos o aço em barras ao concreto 
aumentamos sua resistência à tração, denominando-o concreto armado, muito utilizado em 
estruturas de obras de construção civil. 
 
3.3.7.1 Tipos, aplicações e vantagens do concreto: 
- Rolado 
Barragens, pavimentação rodoviária (base e sub-base) e urbanas(pisos, contra-pisos). 
Maior durabilidade. 
 
- Bombeável 
De uso corrente em qualquer obra; obras de difícil acesso; necessidade de vencer alturas 
elevadas ou longas distâncias. 
Maior rapidez na concretagem; otimização da mão de obra e equipamentos; permite concretar 
grandes volumes em curto espaço de tempo. 
 
- Resfriado 
Peças de elevado volume como bases ou blocos de fundações. 
Permite o controle da fissuração. 
 
- Colorido 
Estruturas de concreto aparente, pisos (pátios, quadras, calçadas), monumentos, defensas, 
guarda-corpo de pontes, etc. 
Substitui gasto com revestimento; evita o custo de manutenção de pinturas. 
 
- Projetado 
Reparo ou reforço estrutural, revestimentos de túneis, monumentos, contenção de taludes, 
canais e galerias. 
Dispensa a utilização de formas. 
 
- Alta Resistência Inicial 
Estruturas convencionais ou protendidas, pré-fabricadas (estruturas, tubos, etc.). 
Melhor aproveitamento das formas; rapidez na desforma; ganhos de produtividade. 
 
- Fluido 
Peças delgadas, elevada taxa de armadura, concretagens de difícil acesso para a vibração. 
Reduz a necessidade de adensamento (vibração); rapidez na aplicação. 
 
- Pesado 
Como lastro, contra-peso, barreira à radiação (câmaras de raios-X ou gama, paredes de 
reatores atômicos), lajes de subpressão. 
Redução do volume de peças utilizadas como lastro ou contra-peso, substituição de painéis de 
chumbo (radiação). 
 
- Leve (600 kg/m³ a 1200 kg/m³) 
Elementos de vedação (paredes, painéis, divisórias), rebaixos de lajes, isolante termo-acústico, 
nivelamento de pisos, etc. 
Redução do peso próprio da estrutura; isolante termo-acústico. 
 
- Leve Estrutural (10 MPa a 20 MPa) 
Peças estruturais, enchimento de pisos e lajes, painéis pré-fabricados. 
Redução do peso próprio da estrutura. 
 
- Pavimentos Rígidos 
Pavimentos rodoviários e urbanos, pisos industriais, pátios de estocagem. 
Maior durabilidade, menor custo de manutenção. 
 
- Alto Desempenho (CAD) 
Elevada resistência (mecânica, física e química), pré-fabricados, peças protendidas. 
Maior durabilidade, melhora a aderência entre o concreto e o aço. 
 
- Convencional (10 MPa a 30 MPa) 
Uso corrente na construção civil. 
O concreto dosado em central possui controle de qualidade e propicia ao construtor maior 
produtividade e menor custo. 
 
- Submerso 
Plataformas marítimas. 
Resistência à agressão química. 
 
- Com fibras de aço, plásticas ou de polipropileno 
Reduz a fissuração. 
Maior resistência à abrasão, à tração e ao impacto. 
 
- Grout 
Agregados de diâmetro máximo de 4,8 mm. 
Grande fluidez, auto adensável. 
 
3.3.7.2 Aditivos para concreto 
Tipos e usos (efeitos, vantagens, desvantagens e efeitos na mistura). 
 
- Plastificantes (P) 
Aumenta o índice de consistência; possibilita a redução de no mínimo 6% da água no amassamento. 
Maior trabalhabilidade para determinada resistência; maior resistência para determinada 
trabalhabilidade; menor consumo de cimento para determinada resistência e trabalhabilidade. 
Retardamento do início de pega para dosagens elevadas do aditivo; riscos de segregação; 
enrijecimento prematuro em determinadas condições. 
Efeitos significativos da mistura nos três casos (usos) citados. 
 
- Retardadores (R) 
Aumenta o tempo de início de pega. 
Mantém a trabalhabilidade a temperaturas elevadas; retarda a elevação do calor de 
hidratação; amplia os tempos de aplicação. 
Pode promover exsudação; pode aumentar a retração plástica do concreto. 
Retardamento do tempo de pega. 
 
- Aceleradores (A) 
Pega mais rápida; resistência inicial mais elevada. 
Concreto projetado; ganho de resistência em baixas temperaturas; redução do tempo de 
desforma; reparos. 
Possível fissuração ao calor de hidratação; risco de corrosão de armaduras (cloretos). 
Acelera o tempo de pega e a resistência inicial. 
 
- Plastificantes e Retardadores (PR) 
Efeito combinado de plastificante e retardador. 
Em climas quentes diminue a perda de consistência. 
Aumento da exsudação e retração plástica; segregação. 
Efeitos iniciais significativos; reduz a perda de consistência. 
 
- Plastificantes e Aceleradores (PA) 
Efeito combinado de plastificante e acelerador. 
Reduz a água e permite ganho mais rápido de resistência. 
Riscos de corrosão da armadura (cloretos). 
Efeitos iniciais significativos; reduz os tempos de início e fim de pega. 
 
- Incorporadores de ar (IAR) 
Incorpora pequenas bolhas de ar no concreto. 
Aumenta a durabilidade ao congelamento do concreto sem elevar o consumo de cimento e o 
consequente aumento do calor de hidratação; reduz o teor de água e a permeabilidade do 
concreto; bom desempenho em concretos de baixo consumo de cimento. 
Necessita controle cuidadoso da porcentagem de ar incorporado e do tempo de mistura; o 
aumento da trabalhabilidade pode ser inaceitável. 
Efeitos iniciais significativos. 
 
- Superplastificantes (SP) 
Elevado aumento do índice de consistência; possibilita redução de, no mínimo, 12% da água de 
amassamento. 
Tanto como eficiente redutor de água como na execução de concretos fluídos (auto-
adensáveis). 
Riscos de segregação da mistura; duração do efeito fluidificante; pode elevar a perda de 
consistência. 
Efeitos iniciais significativos. 
 
3.3.7.3 Plano de concretagem 
- Formas e escoramento 
Conferência; capacidade de suporte; estanqueidade; limpeza e desmoldante; superfície (solo/ 
concreto). 
 
- Armaduras 
Conferência (bitola/ quantidades); posicionamento; amarração; cobrimentos (pastilhas, etc.); 
limpeza. 
 
- Lançamento 
Programação (volumes, intervalos, acessos); equipe; descontinuidades (juntas, encontros); 
tipo (bomba, caçamba, convencional); equipamentos (jericas, guinchos, etc.); plano (posição, 
camada, altura, etc.). 
 
- Adensamento 
Vibradores (agulha, régua, placa); escoramento; treinamento. 
 
- Cura 
Duração (início/ término); processos (úmida/ película/ vapor).

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