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PILATES NAS PASTOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL 2018

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Este material foi elaborado e desenvolvido por:
Ft. Érika Cássia Barroso Batista 
Instrutora VOLL Pilates Group
CREFITO-3: 167261-F
PATOLOGIAS
DA COLUNA
VERTEBRAL
Pilates nas
SOBRE A AUTORA
Érika Barroso Batista é Mestre em Ciências da Reabilitação e especialista 
em Fisioterapia traumato-ortopédica Professora dos cursos do VOLL 
Pilates e proprietária do FisioStudio Pilates & Treinamento Funcional.
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PILATES NAS PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
01
INTRODUÇÃO
A postura ideal é definida como individual onde os critérios biomecânicos e fisiológicos determinam o mínimo de 
consumo energético e não origina sintoma de desconforto, por meio da sustentação máxima (Gardiner, 1995; Amandio, 
1996). A postura é o arranjo relativo das partes do corpo para cumprir uma atividade específica. Postura e o movimento 
estão intimamente relacionados, de modo que alterações na postura provocam alterações de movimentos e vice-versa. 
Tribastone (2001) considera a postura como resultado da interação recíproca de um tripé formado pelos seguintes fatores:
> Anátomo-mecânico;
> Neuromusculoesquelético funcional; e
> Psicomotor.
Na avaliação postural nos casos de dor, é importante diferenciar a contribuição das estruturas inertes e dinâmicas. 
As estruturas inertes ou estáticas são: ligamentos, fáscias, ossos e articulações. Já as estruturas dinâmicas são os 
músculos e suas inserções tendíneas, que mantém o corpo em uma postura ou movem o corpo de uma postura à outra. 
A avaliação postural pode ter duas vertentes: a primeira com tendência mais tradicional que avalia a etiologia (causa 
primária) da disfunção vertebral e a segunda, uma tendência mais contemporânea, avalia as deficiências apresentadas pelo 
aluno independente da sua patologia (Deliberato, 2007). 
Por meio das técnicas orientais que visam o relaxamento, a respiração, a concentração, o controle e a flexibilidade, 
somadas à técnica ocidental, que enfatizam a força e resistência muscular, surgiu a essência do método Pilates. Centrado 
em seis os princípios: centralização, concentração, controle, respiração, precisão e fluidez (Di Lorenzo, 2011). 
Os exercícios do método envolvem as contrações isotônicas (concêntricas e excêntricas) e isométricas, com ênfase 
no que Joseph Pilates denominou de powerhouse ou casa de força, composta pelos músculos diafragma, transverso do 
abdome, multífidos e assoalho pélvico. Estes músculos são responsáveis pela estabilização do corpo, de modo que os 
exercícios são facilmente transferidos para as atividades do dia a dia, dando funcionalidade ao aluno. De acordo com Silva 
e Mannrich (2009), durante os exercícios do Pilates a expiração é associada à contração do powerhouse e, durante a 
inspiração ocorre a ativação do diafragma. 
O Pilates enfatiza a estabilidade lombopélvica, a precisão de movimento, a mobilidade segmentada da coluna, a 
coordenação, o equilíbrio e o alinhamento dos segmentos (Smith e Smith, 2005). Durante os exercícios do Pilates é 
primordial a estabilização estática através da manutenção da coluna neutra, principalmente para os alunos portadores de 
disfunções na coluna vertebral, não esquecer do crescimento axial que promove a ativação dos músculos multífidos. As 
curvaturas primárias (cifoses torácica e sacral) e secundárias (lordoses cervical e lombar) atuam como uma mola 
dissipando forças compressivas e absorvendo choques, rebendo uma carga 10 vezes maior se a coluna fosse reta com fio 
de prumo (Comerford e Mottram, 2001). 
Anatomia e biomecânica da coluna
A coluna vertebral constitui um eixo ósseo que oferece resistência como um pilar de sustentação, favorecendo a 
eficiência estática, mas também a flexibilidade necessária para a movimentação do tronco. Joseph Pilates disse: “Se aos 
30 anos você está sem flexibilidade e fora de forma, você é um velho. Se aos 60 anos você é flexível e forte, você é um 
jovem”.
As estruturas ósseas dão estabilidade e mobilidade à coluna e protegem a medula espinal. A coluna vertebral é 
constituída de 33 ou 34 peças esqueléticas, sendo 7 vértebras cervicais, 12 vértebras torácicas, 5 vértebras lombares, 5 
vértebras sacrais (fundidas em uma peça única) e 4 ou 5 coccígenas (Figura 1). A porção anterior, composta pelos corpos 
vertebrais tem a função de suportar peso, aumentando de tamanho e volume distalmente. 
Figura 1: Coluna vertebral nos planos frontal e sagital com as curvaturas fisiológicas
PILATES NAS PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
02
Uma vértebra típica é composta pelo corpo vertebral, forame vertebral, dois pedículos, dois processos transversos, 
duas articulações zigapofisárias superiores e duas inferiores, duas lâminas e processo espinhoso posteriormente. (Figura 
2).
Figuras 2: Vista superior e lateral de uma vértebra típica
A articulação mais superior da coluna cervical é a atlanto occipital (CO-C1), seu principal movimento é a flexo-
extensão de 15° a 20°. A vértebra C1 (Atlas) e C2 (Áxis) não possuem corpos vertebrais e são as articulações da cervical 
com maior movimento de rotação (aproximadamente 50°), o processo odontóide de C2 atua como pivô da rotação e a 
estabilidade é dada pelo ligamento transverso do atlas (C1). A maior amplitude de flexão e extensão das articulações 
facetárias ocorre entre C5-C6, C4-C5 e C6-C7, nestes níveis é mais comum a ocorrência de patologias degenerativas em 
função do aumento da mobilidade. É na coluna cervical e lombar que ocorrem com frequência as doenças degenerativas. 
Apesar de existirem 7 vértebras cervicais, há 8 raízes nervosas, isto porque uma raiz emerge entre C0-C1. 
A coluna torácica apresenta uma discreta cifose fisiológica. As vértebras torácicas se distinguem por possuírem 
facetas no corpo vertebral e processos transversos que se articulam com as costelas. A mobilidade da torácica é limitada 
pelas costelas, estas protegem órgãos como coração e pulmão. Durante a inspiração as costelas são tracionadas para cima 
e para frente, aumentando o diâmetro ântero-posterior do tórax e durante a expiração ocorre a depressão das costelas, 
mecanismo conhecido como alça de balde. Um distúrbio respiratório pode alterar a configuração anatômica do gradil 
costal pela tênue relação das costelas com as vértebras torácicas e provocar desalinhamento postural na região. Cabe 
ressaltar, que durante a infância as costelas são mais elásticas e, à medida que envelhecemos, elas se tornam calcificadas e 
osteoporóticas, por isso o instrutor de Pilates que realiza o feedback tátil na caixa torácica dos idosos deve ter cuidado para 
evitar o risco de fratura(s) de costela(s) durante as aulas.
A coluna lombar provê suporte para a porção superior do corpo e transmite o peso desta área para a pelve e para os 
membros inferiores. Existe um importante ligamento na coluna lombar, o ligamento íliolombar, este conecta o processo 
transverso de L5 ao ílio posteriormente. Este ligamento estabiliza L5 com o ílio, limitando a deslocamento anterior de L5, 
caso o deslizamento aconteça, ocorre a espondilolistese, uma patologia descrita no último tópico. O segmento da lombar
com maior incidência de lesões ocorre entre L5-S1, neste nível vertebral ocorre maior descarga de peso do que em 
qualquer outro nível, também ocorre a transição do segmento móvel (L5) para o segmento fixo (S1), o que aumenta o 
estresse/compressão nessa região.
Nas patologias da coluna lombar, deve-se atentar também para a articulação sacroilíaca, pois se tornam rígida com 
a idade, ocorrendo em alguns casos até a anquilose. Embora os músculos pélvicos forneçam a estabilidade articulação 
sacroilíaca, esta não possui músculos que controlam diretamente seus movimentos. Em 2002, Richardson concluiu que a 
contração do transverso do abdome em co-contração com os multífidos diminui a frouxidão da articulação sacroilíaca, 
diminuindo a dor lombar. Quando há presença dedor nesta articulação, também ocorre a fraqueza do glúteo médio e 
mínimo, acarretando na marcha de Trendelenburg. Deve-se dar ênfase para o fortalecimento dos músculos abdutores e 
rotadores laterais do quadril.
A inclinação anterior do sacro desloca a coluna lombar para trás, o que causa a hiperlordose lombar, os conteúdos 
abdominais e pélvicos pressionam com seu peso parede abdominal e o assoalho pélvico, podendo ocasionar 
incontinência urinária e prolapso genital (Souza, 2002). 
O contrário também ocorre quando o sacro se inclina posteriormente, causando a retificação lombar. A pelve 
posicionada adequadamente propicia o equilíbrio dos órgãos pélvicos dentro da cavidade abdominal, favorecendo suas 
funções (Matheus et al., 2006). Uma medida simples de avaliar a inclinação sacral, é através do ângulo sacral, sendo 
formado pela interseção de uma linha traçada superiormente à primeira vértebra sacra com uma linha horizontal. Seu valor 
normal é de aproximadamente 30º. Valores maiores que 30º indicam um sacro horizontalizado e inferiores a 30º, 
verticalizado (Figura 3). 
Figura 3: Ângulo sacral
PILATES NAS PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
03
Entre os corpos vertebrais estão presentes os discos intervertebrais, exceto entre C0-C1(atlanto occipital) e C1-
C2 (atlanto axial). Os discos são constituídos de fibrocartilagem, não inervados (a sensibilidade é dada pelo ligamento 
longitudinal anterior e posterior, pelo corpo vertebral, pela raiz nervosa e pela cartilagem articular facetária) e avasculares, 
exceto na sua porção mais periférica. A porção mais interna dos discos é nutrida por difusão. A porção externa apresenta o 
anel fibroso composto por aproximadamente 20 camadas concêntricas chamadas de lamelas (similar a fatia de cebola), 
constituído de colágeno tipo I e II, o colágeno tipo I é resistente às forças de tensão e, a porção mais interna composta pelo 
núcleo pulposo, que consiste de 70-88% de água, esta capacidade hidrofílica depende da idade do indivíduo, o núcleo é 
composto de colágeno tipo II e resiste às forças compressivas da coluna vertebral (Figura 4). Estima-se que durante um 
dia, podemos perder até 11% da altura dos discos intervertebrais lombares devido à desidratação e, a remoção da carga 
propicia o retorno ao seu tamanho original (Cox, 2002). Além da função de amortecer o impacto, o disco confere 
mobilidade às unidades funcionais da coluna.
Figura 4: Disco intervertebral e unidade funcional da coluna
O ligamento longitudinal anterior e o posterior se inserem nos discos intervertebrais. O ligamento longitudinal 
posterior e interespinhoso limitam a flexão excessiva da coluna. Já a extensão é limitada pelo ligamento longitudinal 
anterior e a flexão lateral ou inclinação é limitada pelo ligamento intertransversos do lado oposto (Oliver, 1999).
Duas vértebras criam um forame intervertebral, dos quais saem nervos espinais para inervar músculos e dar a 
sensação cutânea, chamados respectivamente de miótomos e dermátomos, na espondilólise pode ocorrer a compressão 
do forame e interferir na função muscular e/ou cutânea e causar a dor.
Bergmark (1989) afirma que há dois sistemas musculares atuando sobre a estabilidade da coluna: o sistema 
global, que inclui os músculos: reto do abdome, oblíquo externo e a parte torácica lombar do íliocostal, proporcionando a 
estabilidade geral do tronco, e o sistema local, composto pelos músculos: multífidos, transverso do abdome, diafragma, 
fibras posteriores dos oblíquos internos e quadrado lombar, este grupo muscular é responsável pela estabilidade 
segmentar da coluna.
Pouca atividade muscular é necessária para manter a coluna ereta, mas o relaxamento muscular acentuado, tornam 
as curvaturas da coluna exageradas, ocorrendo os desvios posturais, tendo como característica o desequilíbrio de forças e 
alteração na elasticidade muscular. Músculos mantidos em uma posição alongada além da posição fisiológica de 
repouso, tendem a ser enfraquecidos, fenômeno chamado de fraqueza de alongamento. Assim também músculos 
encurtados tornam se fracos a medida que são alongados, fenômeno chamado de fraqueza de encurtamento.
Maus hábitos posturais são vícios que alteram a função estática e a dinâmica do corpo (Tribastone, 2001), 
produzindo estresse mecânico sobre determinados pontos e diminuindo a capacidade de estabilização mecânica. Um 
exemplo crescente nos últimos anos é a postura de cabeça anteriorizada com as atividades diárias e de entretenimento, o 
que causa dores na coluna cervical e região de ombros e escápulas.
A seguir serão apresentadas as patologias mais prevalentes da coluna vertebral no dia a dia do instrutor de Pilates e 
os exercícios indicados para este público.
CERVICALGIA CRÔNICA
A cervicalgia crônica é um dos problemas mais comum da vida moderna, sua incidência aumenta com a idade e tem 
prevalência de aproximadamente 23% da população (Bovim et al., 1994). O uso crescente de celular, computador, mochila 
com excesso de peso e postura prolongada com a anteriorização da cabeça favorecem o desenvolvimento de cervicalgia.
 
A coluna cervical é uma área cuja avaliação deve despender tempo, garantindo que seja examinada a causa e/ou a 
disfunção associada à queixa do aluno, isto porque muitas das condições que afetam a coluna cervical podem ter origem 
em outras partes do corpo como a articulação temporomandibular (ATM), a cefaléia tensional é um dos sintomas 
frequentemente referido por quem apresenta queixa de dor relacionada à coluna cervical. 
A cervicalgia crônica é definida como dor ou desconforto intenso na região lateral ou posterior do pescoço 
persistente por um período maior ou igual a 12 semanas, quando a etiologia é desconhecida, classifica-se como 
cervicalgia inespecífica (Monticone et al., 2013). Embora 50% das vítimas de cervicalgia se recuperem entre três a seis 
meses, 30% a 40 % dos pacientes têm persistência moderada da dor e 10% a 20 % referem dor mais severa (Carroll et al., 
2009).
PILATES NAS PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
04
não envolvida no exercício. Os ombros devem estar relaxados durante os exercícios para evitar a hiperatividade do 
músculo trapézio superior (ou trapézio descendente). Os comandos verbais realizados pelos instrutores são pedir para 
que o aluno leve suas escápulas para trás e para baixo, afastando-as de suas orelhas ou imaginando que uma força puxa 
os braços do aluno em direção aos pés (distalmente), assim, o aluno é orientado a relaxar os músculos que não são 
utilizados durante o movimento, seja através do comando verbal e/ou tátil. Este retreinamento escapular também 
conhecido como estabilização escápulotorácica aumenta a ativação dos músculos serrátil anterior e trapézio inferior (ou 
trapézio ascendente). 
Um teste realizado para avaliar a fraqueza destes músculos é o teste de discinese escapular. Pede-se para o aluno 
realizar a elevação dos ombros no plano escapular com rotação interna da articulação glenoumeral. Quanto maior o 
alamento escapular, maior é a dicinese escapular (Graus I-III), classificando a fraqueza de serrátil anterior e trapézio 
inferior. Alguns estudos mostram a correlação entre a discinese escapular, hiperatividade do m. trapézio superior e 
cervicalgia (Zakharova-Luneva et al., 2012; Burkhart, Morgan e Kibler, 2003).
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS NAS CERVICALGIAS
Andersen et al., (2014) avaliaram o efeito do treinamento da função escapular em 47 pacientes com cervicalgia 
crônica durante 10 semanas de tratamento (3x na semana por 20 minutos, foram realizados exercícios como press up e 
push up. Os autores concluíram que o fortalecimento de serrátil anterior e trapézio inferior foi efetivo na melhora da dor 
cervical e aumento da amplitude de movimento do ombro comparado ao grupo controle.
A revisão sistemática de McCaskey et al., (2014) avaliaram o efeito dos exercícios proprioceptivos na dor cervical 
ou lombar, comparando-os comoutras formas de exercícios ou grupo controle (sem interveção) e concluíram que os 
exercícios proprioceptivos foram efetivos na redução do quadro álgico e no aumento da função dos pacientes. Os 
exercícios do método Pilates atuam com estímulos proprioceptivos através da instabilidade gerada por alguns acessórios 
como bola suíça, rolo, disco de equilíbrio, também pelo reformer, e a integração do controle neuromuscular e 
proprioceptivo é fundamental nas atividades de vida diária sem dor (Salathé e Elfering, 2013).
Cuesta-Vargas e González-Sánchez avaliou 175 pacientes com dor cervical antes e após o tratamento com 
exercícios multimodal durante 30 minutos. Os exercícios multimodais foram compostos de mobilidade (alongamento de 
peitoral maior, trapézio superior, escalenos e músculos escapulares), controle motor (10 segundos de contração com a 
coluna neutra- sem perder a lordose cervical), fortalecimento e resistência muscular, associados com 30 minutos de 
exercícios de natação com a cervical neutra utilizando o snorkel em diferentes decúbitos, além da educação/orientação 
dos pacientes. Estes autores concluíram que o programa de exercícios multimodais foi efetivo na melhora clínica e na 
qualidade de vida dos pacientes com cervicalgia crônica após 8 semanas de tratamento. 
O estudo piloto de Mallin e Murphy (2012) avaliou o efeito dos exercícios do mat Pilates (repertório clássico) nos 
 (Carroll et al., 2009).
A coluna cervical suporta o crânio que pesa entre 4,5-5,5kg quando em coluna neutra. O estudo americano de 
Kenneth Hansraj, mostrou que quando utilizamos um smartphone, o peso do crânio aumenta proporcionalmente ao grau 
da flexão cervical. Com a coluna cervical em neutra, o peso do crânio é de 4kg, mas quando em flexão de 60° o peso do 
crânio chega a 27,2 kg, conforme a figura 5.
Figura 5: Relação da flexão cervical e o aumento do peso craniano com o uso de celular.
Os músculos multífidos têm grande relevância nas cervicalgias devido à sua ação estabilizadora no segmento 
vertebral, pacientes portadores de cervicalgias aguda e crônica apresentam atrofia destes músculos. Os multífidos são 
pequenos músculos localizados do áxis (C2) ao sacro e se dispõem bilateralmente aos processos espinhosos de todas as 
vértebras. Hides et al., (1996) concluíram que um deficitário controle neural dos multífidos, compromete a ação 
estabilizadora desses músculos profundos. 
PILATES NAS CERVICALGIAS
O exercício físico é um tratamento indicado para quem sofre de cervicalgia crônica inespecífica, melhorando a 
função e reduzindo os sintomas de dor e a rigidez da coluna cervical (Damgaard e Bartels, 2013; Freburger e Carey, 2009; 
Bertozzi et al., 2013).
O método Pilates é um excelente tratamento nas cervicalgias crônicas porque promove a estabilização da região 
com controle, além do reequilíbrio muscular (flexibilidade e força), os exercícios tem como objetivo restabelecer o 
alinhamento postural da região cervical e atenuar os episódios de dor. O crescimento axial dos alunos, é fundamental, 
porque através deste fundamento ocorre a ativação dos multífidos, tornando a coluna vertebral mais estável.
É frequente a tensão em músculos da região cervical durante a prática do Pilates, principalmente os músculos 
esternocleidomastóideo (ECOM) e escalenos, por isso é importante o instrutor pedir para que o aluno relaxe a musculatura 
PILATES NAS PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
05
pacientes com cervicalgia crônica com idades entre 18 e 60 anos. Os 13 participantes realizaram os exercícios durante 6 
semanas com ênfase nos princípios do método: respiração e ativação do powerhouse. Alguns exercícios realizados no 
estudo foram a shoulder bridge e o double leg stretch. O estudo avaliou o efeito do Pilates na dor e função dos pacientes e o 
resultado sugeriu que os exercícios de Pilates diminuíram a dor e melhoraram a função da coluna cervical mesmo após 12 
semanas de intervenção. Segundo Falla et al., (2004) a redução na ativação dos músculos flexores cervicais profundos é 
comum nos pacientes com desordem cervical, por isso os instrutores devem incentivar à prática de exercícios que utilizem 
a flexão crânio cervical com controle, através da coluna neutra e do alongamento axial, como veremos nos exercícios a 
seguir indicados para cervicalgia.
DOR LOMBAR CRÔNICA INESPECÍFICA
 
A dor lombar crônica inespecífica é caracterizada pela dor com duração maior que 12 semanas e sem atribuição à 
uma etiologia/causa específica, representa 90% dos casos e muitas vezes está associada às lesões musculoesqueléticas, 
aos desequilíbrios na coluna lombar e à falta de estabilização dos músculos pélvicos. Estima-se que 80% a 90% das 
pessoas apresentam algum tipo de problema relacionado à coluna vertebral (Deyo e Phillips, 1996). Segundo Pereira 
(2001), a dor lombar é uma das 20 queixas mais frequentes no Brasil e é responsável por cerca de 15 em cada 100 
consultas realizadas no nosso país. A prevalência aumenta significativamente com a idade e são fatores de risco para a 
lombalgia: a obesidade, o tabagismo e a inatividade física. Com o estilo de vida atual, as doenças não transmissíveis 
tendem a aumentar, isto porque induz o ciclo vicioso de inatividade física e dor (Hanson, Gluckman e Nutbeam, 2011).
Nas pessoas sem relato de dor lombar a contração do músculo transverso do abdome ocorre antes de qualquer 
movimento - mecanismo conhecido como feedfoward ou pré ativação, esta contração ocorre aproximadamente 30 
milissegundos antes de qualquer movimento (Hodges e Richardson, 1999), porém nos indivíduos com dor lombar, a 
contração do transverso do abdome está significativamente retardada, sendo necessária maior perturbação para iniciar sua 
ativação, resultando em um déficit de controle motor e estabilização muscular ineficiente da coluna vertebral (Hodges, 
1999).
Hides et al., (1994) demonstrou, por meio da ressonância magnética, que a contração do transverso do abdome 
melhora a estabilização da região lombopélvica. Como um dos principais fatores para dor lombar é a instabilidade 
lombopélvica, para manter a sua estabilidade é necessária a interação dos três subsistemas: 
> Passivo (vértebras, articulações, ligamentos e discos intervertebrais);
> Ativo (músculos e tendões); e 
> Controle neural (receptores).
PILATES NA DOR LOMBAR CRÔNICA
A dor é um dos principais sintomas relacionados com os distúrbios músculoesquelético com difícil manejo 
clínico, pois é sentida individualmente (Bernaards et al., 2011), os exercícios físicos de flexibilidade e força são estratégias 
eficientes para o controle da dor lombar.
Os exercícios que promovem a contração de músculos profundos, também conhecidos como estabilizadores 
primários do tronco, ou músculos locais — transverso do abdome e multífidos — têm demonstrado efeitos benéficos em 
indivíduos que sofrem de dor lombar inespecífica (Pereira et al., 2010). Por isso o método Pilates é comumente indicado 
para pessoas com dor lombar, onde o foco é a reativação de músculos estabilizadores do tronco de modo a aumentar a 
estabilidade da coluna, reduzindo a dor e a incapacidade desta população. 
Segundo Alice Becker, para melhorar a estabilidade lombosacral é preciso aumentar a mobilidade da coluna 
torácica em todos os planos (sagital, frontal e transversal) e também a mobilidade articulação do quadril (coxofemoral).
Redmond et al., (2015) relataram que a dor na coluna lombar está intimamente conectada com as articulações 
sacroilíacas e dos quadris, tanto na função e anatomia, quanto na cinemática, por exemplo, uma inclinação lateral da 
coluna lombar, gera a abdução do quadril ipsilateral e adução do contralateral, estando estas articulações intimamente 
relacionadas.
A frouxidão articular da sacroilíaca é uma causa de lombalgia e os exercícios de estabilização segmentar através da 
co-contração dos músculos transverso do abdome e multífidos, comumente ativos durante os exercíciosde Pilates têm 
mostrado um aumento da estabilidade lombopélvica desta articulação nos indivíduos com dor lombar crônica 
(Richardson et al., 2002).
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS NA DOR LOMBAR CRÔNICA
O estudo de Rodrigues et al., publicado em 2014 avaliou os parâmetros do exercício físico na melhora das 
desordens musculoesqueléticas e concluiu que os exercícios de força com intensidade entre 70-85 % da resistência 
máxima (RM) realizados três vezes por semana, durante 20 minutos foram capazes de reduzir a dor musculoesquelética 
nos ombros, punhos, coluna cervical, torácica e lombar nos indivíduos com disfunção musculoesquelética, todavia, não 
houve consenso em relação a duração total do programa para melhorar os sintomas dolorosos. 
Patti et al., (2015) em sua revisão sistemática avaliaram os efeitos do método Pilates na dor lombar crônica 
inespecífica. Foram elegíveis 29 estudos e, estes concluíram que o Pilates reduziu a dor lombar, sendo mais efetivo quando 
comparado com os grupos controles. 
PILATES NAS PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
06
Natour et al., (2015) avaliaram o efeito dos exercícios de Pilates em 60 pacientes com dor lombar crônica 
inespecífica, após 45, 90 e 180 dias e concluíram que o Pilates melhorou a dor, a função e aumentou a qualidade de vida 
destes pacientes, além disso, este método não teve nenhum efeito prejudicial.
O estudo de Lee et al., (2014), compararam o efeito do mat pilates e equipamentos na dor lombar crônica e no 
equilíbrio estático de 40 mulheres. Os exercícios foram realizados nos aparelhos de pilates (n=20) e no mat (n=20), 
3x/semana, durante 50 minutos, pelo tempo total de 8 semanas. Os autores concluíram que o mat pilates foi mais efetivo 
na melhora da dor e no equilíbrio estático em comparação com os exercícios realizados com os equipamentos.
A revisão sistemática com metanálise de Miyamoto et al., (2013) teve como objetivo avaliar a eficácia do método 
Pilates em indivíduos com dor lombar crônica não específica. Foram incluídos 8 artigos na revisão. Os autores sugeriram 
que o método Pilates foi mais eficaz do que a mínima intervenção para melhorar a dor e incapacidade a curto prazo. Na 
comparação dos exercícios do método Pilates com outros tipos de exercícios (Mckenzie, bicicleta ergométrica, 
alongamentos e exercícios resitidos) os resultados mostraram que são igualmente eficazes na melhora da dor.
Outros estudos atuais listados abaixo também encontraram evidências de que Pilates foi efetivo na redução da dor 
lombar crônica e melhora da funcionalidade (Sullivan et al., 2012; La Touche, Escalante e Linares, 2008; Posadzki, Lizis e 
Hagner-Derengowska, 2011; Lim et al., 2011; Pereira, Obara e Dias, 2011; Aladro-Gonzalvo et al., 2013 e Wells et al., 
2013).
ESPONDILOLISTESE 
A espondilolistese é caracterizada pelo escorregamento anterior de um corpo vertebral sobre a vértebra 
subjacente, ocorre com maior frequência nos níveis vertebrais de L4-L5 e L5-S1, também pode ocorrer na coluna cervical 
com menor frequência. Suas causas podem ser má formação vertebral, traumática (mais rara) e a forma mais comum é a 
degenerativa, acometendo principalmente mulheres (6:1) acima de 40-50 anos. 
O grau de escorregamento é medido pela escala de Meyerding (Figura 6).
Figura 6: Classificação da espondilolistese segundo de Meyerding
> Grau I: 0-25% (acomete 75% dos pacientes)
> Grau II: 25-50% (acomete 20% dos pacientes)
> Grau III: 50-75%
> Grau IV: 75-100% (Tratamento cirúrgico) 
Na espondilólise ocorre a fratura vertebral no istmo, esta lesão é comum durante os esportes que exigem a 
hiperextensão do tronco e rotação da coluna, causando o estresse por cisalhamento. Ambas patologias levam ao aumento 
da lordose lombar. A espondilólise pode ser evidenciada pelo RX oblíquo, conhecida também como fratura do cachorro 
Scottish Terrier (Figura 7). 
Figura 7: Fratura do istmo (espondilólise) 
O diagnóstico é realizado através do RX de perfil (plano sagital). Para evidenciar a fratura nos casos de 
espondilólise, é necessário o RX de perfil, ou exames mais complexos como a tomografia computadorizada ou a 
ressonância magnética (RM). A RM também avalia a compressão nervosa, onde a queixa comum do paciente é de dor 
lombar irradiada para os membros inferiores, similar ao padrão de discopatia irradiada. Nos casos mais graves de 
compressão da cauda equina, os sinais são de incontinência urinária e fecal e o sintoma de hipoestesia na região interna 
PILATES NAS PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
07
das coxas. Os pacientes acometidos com espondilolistese apresentam encurtamento da cadeia posterior.
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS NA ESPONDILOLISTESE
O estudo de caso de Oliveira et al., (2013) avaliou os efeitos do método Pilates em um paciente com 
espondilolistese estável (grau II no segmento L4-L5). Foram mensuradas a força, a flexibilidade e a dor antes e após a 
intervenção com duração de 12 semanas e concluiu que o método Pilates foi eficiente no aumento da força da musculatura 
abdominal e de paravertebrais, melhorou a flexibilidade da cadeia posterior e diminuiu a dor na coluna lombar.
O'Sullivan et al., (1997) demonstraram a diminuição dor e incapacidade em pacientes com o diagnóstico 
confirmado radiologicamente de espondilólise ou espondilolistese após a realização de exercícios de estabilização do 
sitema local. Assim os exercícios de Pilates são indicados para estes alunos, todavia, deve-se evitar o mecanismo de 
anteriorização e cisalhamento vertebral.
O consenso publicado por Wells, Kolt, Marshall & Bialocerkowski, 2014 realizado com 30 fisioterapeutas 
australianos, teve 100% de consenso de que nas espondilolisteses instáveis deve ter precaução para realizar o método 
Pilates. Acrescento que na dúvida sobre a estabilidade da coluna do paciente, o instrutor de Pilates pode solicitar atestado 
médico autorizando a prática de exercício físico.
OSTEOARTROSE (OA) NA COLUNA
A osteoartrite, doença articular degenerativa, artrose ou osteoartrose (OA), é a doença reumática mais prevalente 
entre indivíduos com mais de 65 anos de idade. A OA uma doença articular crônico-degenerativa, multifatorial e que leva à 
incapacidade funcional.
A OA se evidencia pelo desgaste da cartilagem das articulações sinoviais e é a doença que mais afeta as articulações 
que sustentam o peso corporal, estimasse que sua prevalência na coluna lombar seja de 40-85% da população.
Estimasse que 33% das pessoas acima de 65 anos apresentam evidências radiológicas de OA, sua incidência 
aumenta com a idade e pelo excesso de peso corporal é mais predominante nas mulheres entre 40 e 50 anos e após a 
menopausa. No Brasil o número de pessoas acometidas com doenças articulares cresce 20% a cada ano.
Cartilagem articular
Embora a cartilagem articular contenha oito tipos de colágeno, o mais abundante é o colágeno tipo II. A cartilagem 
possui uma relativa capacidade de regeneração, todavia, extremamente baixa. A matriz extracelular é composta por 60% a 
80% de água pela quantidade de proteoglicanos e 40% do seu peso seco é de colágeno tipo II. (Figuras 8 e 9)
Figura 8: Propriedades da cartilagem articular
Figura 9: Propriedades dos proteoglicanos
Quando um peso é descarregado sobre a articulação, a força de compressão sobre a cartilagem articular libera 
água retida na matriz extracelular através dos proteoglicanos, composto de glicosaminoglicanas (GAGs):
> Sulfato de condroitina
> Sulfato de glicosamina
> Sulfato de queratina
> Ácido hialurônico
Se a descarga de peso continua, as camadas inferiores da cartilagem com presença de colágeno asseguram a 
proteção contínua, conhecida como fase sólida da aceitação da carga.
PILATES NAS PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
08
À medida que envelhecemos a cartilagem fica menos espessa e mais quebradiça, produzindo a degeneração da 
superfície articular. As alterações metabólicas são causadas pela síntese e secreção deenzimas que degradam a matriz e as 
células da cartilagem articular. A elevação das taxas enzimáticas leva à perda de proteoglicanos e colágeno tipo II, os 
proteoglicanos ativação de outras enzimas como a colagenase, que destrói o colágeno, sendo o principal fator de 
progressão da patologia (Figura 10). A cartilagem articular não apresenta inervação, mas o osso e ligamentos ao redor da 
articulação sim, por isso a dor aumenta conforme a progressão da doença.
Figura 10: Etapas da degeneração da cartilagem articular
A cicatrização da cartilagem articular depende da:
> Profundidade da lesão
> Maturidade da cartilagem e
> Localização da lesão
A OA é classificada de acordo com sua etiologia em primária ou secundária: 
> Primária ou Idiopática: em que a causa é inespecífica. Ela é a mais comum, têm forte relação com a obesidade e 
com o aumento da idade. 
> Secundária: é a artrose que ocorre após um trauma, lesão ligamentar ou meniscal do joelho, sequela de 
infecções ou outras doenças locais ou sistêmicas, como o lúpus, a artrite reumatóide, hemofilia e gota.
Os sinais e sintomas da OA incluem dor articular profunda, limitação da amplitude de movimento, fraqueza e 
contratura muscular adjacente e perda da qualidade de vida, levando até a incapacidade física principalmente quando 
atinge articulações de descarga de peso.
A crepitação pode ser palpável ou audivel a mobilização e pode acometer mais de uma articulação. Aumento de 
volume e de temperatura articular e hipotrofia muscular adjacente. No exame imaginológico é possível observar alteração 
da arquitetura articular, diminuição do espaço articular, formação de osteófitos, esclerose do osso subcondral (sensível ao 
desenvolvimento de microfraturas) e OA das articulações zigoapofisárias/facetas, nos exames de ressonância ou 
artroscopia evidencia a degradação da cartilagem e desgastes dos discos intervertebrais. A OA acomete as articulações 
vertebrais como o corpo vertebral e as zigoapofisárias ou facetas superiores e inferiores (Figura 11 e 12), geralmente 
incide em outras articulações como quadril e joelho.
Figura 11: Deformidade da OA na coluna evidenciada no RX
Figura 12: Articulação zigoapofisária com incidência de OA 
PILATES NAS PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
09
Durante os estágios iniciais da OA há maior mobilidade articular e instabilidade, à medida que surgem os osteófitos 
nas margens articulares dos corpos vertebrais e facetas ocorre a hipomobilidade. Quando o osteófito atinge o canal 
vertebral pode produzir sintomas neurológicos principalmente na extensão e inclinação de tronco. Os outros segmentos 
da coluna próximos a OA compensam com a hipermobilidade, a dor após longos períodos de repouso é o principal motivo 
de busca pelo movimento. Todavia em alguns pacientes o movimento em excesso também pode aumentar o sintoma 
doloroso.
PILATES NA OA DA COLUNA
A prática de exercícios físicos deve ser estimulada nos pacientes com OA, porém sob a orientação de um 
profissional habilitado. A avaliação pode ser feita através do questionário Western Ontario and McMaster Universities 
Osteoarthritis Index (WOMAC).
Os exercícios do Pilates é uma ferramenta essencial na gestão da dor e da rigidez articular da OA, o método atua no 
fortalecimento e alongamento muscular em torno da articulação da coluna diminuindo a compressão e o impacto nas 
vértebras.
Na OA severa são contra-indicados exercícios de impacto como os saltos no reformer. Quando a doença estiver 
exacerbada, deve-se limitar os exercícios físicos a isometria e realizar o tratamento conservador com medidas analgésicas.
Alunos iniciantes podem realizar exercícios isométricos em vários ângulos focado nos músculos estabilizadores e 
progredir para os exercícios isotônicos (concêntricos e excêntricos), realizados na amplitude livre de dor e atentar para 
moderada progressão tanto em carga quanto repetições, o feedback do aluno deve ser contínuo, para não exacerbar os 
sinais e sintomas. Alguns alunos sentirão dor se a velocidade for baixa, nestes casos, aumentar a velocidade e/ou diminuir 
a resistência. Exercícios de decoaptação articular devem ser realizados quando apropriados para o aluno.
O instrutor de Pilates também pode realizar o aquecimento articular no mesmo exercício proposto diminuindo a 
carga nas primeiras repetições e em seguida aumentando-a.
Na presença de dor articular e de edema ocorre inibição reflexa dos músculos estabilizadores e fraqueza por desuso 
levando ao suporte inadequado das articulações da coluna, aumentando a suscetibilidade aos traumas. Na OA o equilíbrio 
também fica comprometido em função dos impulsos sensoriais alterados ou diminuição dos fusos musculares. Treino de 
propriocepção deve ser realizado na amplitude livre de dor. Os pacientes devem ter consciência que a dor pode variar a 
cada dia, e costuma ser mais frequentes pela manhã. Caso os exercícios executados sejam inadequados para o aluno, este 
irá sentir aumento da dor entre 1-2h após o Pilates. O instrutor de Pilates pode orientar o aluno a fazer concomitante com o 
Pilates, a hidroterapia, isto porque a propriedade 
da água (empuxo) favorece a decoaptação articular e melhora a dor.
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS NA OA
O estudo de Burr et al., (2012) ressaltou que a OA está relacionada às doenças cardiovasculares e que não há 
contraindicação absoluta para a prática de atividade física, contudo, há de se observar o estágio da doença, quando 
exacerbada evitar atividade intensa e saltos, nos diagnósticos recentes evitar atividades que exacebe o quadro e pacientes 
com a OA controlada e estável podem participar de uma variedade de atividade física. 
A revisão sistemática de Duarte et al., (2013) sobre OA e exercício físico selecionou 101 artigos no qual concluiu 
que o exercício é eficaz na melhora dos sintomas decorrentes da osteoartrose, porém, não há um consenso quanto aos 
parâmetros de aplicação, intensidade e duração de cada tipo de exercício. Todos os artigos selecionados relataram em 
seus resultados a melhora dos sintomas clínicos referentes à dor, à função e à mobilidade, isso possivelmente reflete na 
qualidade de vida dos indivíduos com OA.
Goode, Carey & Jordan (2013) descreveram a fisiopatologia da OA da coluna, os autores encontraram correlação 
na diminuição do disco articular na OA associado com a dor lombar crônica e concluíram o estudo afirmando que os 
exercícios são indicados no tratamento na dor lombar causada por OA incluindo o alongamento e o yoga.
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO NA OSTEOARTROSE
Os suplementos condroprotetores orais como condroitina e glicosamina apresentam resultados na diminuição da 
dor, melhora da mobilidade e com poucos efeitos colaterais, mas não há consenso na literatura científica sobre a sua 
eficácia. Estas substâncias presentes na cartilagem articular saudável ajudam a manter a quantidade de água na matriz 
extracelular, à medida que a doença evolui, o paciente recorre a outros métodos para a analgesia.
TRATAMENTO CIRÚRGICO DA OA DE COLUNA
A cirurgia na osteoartrose da coluna só é indicada em último caso, quando as dores são incapacitantes, quando há 
comprometimento da parte neurológica e quando já foram tentados todos os tratamentos existentes sem sucesso. Cabe 
ressaltar que como qualquer outro procedimento cirúrgico os riscos de complicações como lesão nervosa ou medula, 
infecções e maior desgaste das vértebras adjacentes podem ocorrer.
Artrodese: é feita uma fixação das vértebras que causam as dores através do uso de enxerto ósseo, hastes ou 
parafusos metálicos. Os movimentos no local serão limitados (Figura 13).
PILATES NAS PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
10
Figura 13: Artrodese vertebral e RX com evidenciando a fixação vertebral.
Laminectomia: Um procedimento no qual a lâmina da vértebra afetada é removida para alargar o canal espinal e 
criar mais espaço para os nervos da coluna vertebral (Figura 14). 
Figura14: Laminectomia
OSTEOPOROSE NA COLUNA
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a osteoporose (OP) é uma doença caracterizada pela diminuição 
da massa óssea, deterioração da microarquitetura do tecido ósseo e aumento da fragilidade mecânica, tornando o osso 
suscetível a fraturas por traumas mínimos. Até a ocorrência de fraturas, esta doença é assintomática (Figura 15).
O diagnóstico é determinado pela pontuação T de desintometria mineral óssea (DMO). A pontuação é um desvio-
padrão acima ou abaixo de um valor de referência, conforme os critérios da OMS:
> Normal: -1 ou acima
> Osteopenia: -1,1 a -2,4
> Osteoporose: -2,5 ou menos
A diminuição de um desvio-padrão representa uma perda de 10 a 12% da densidade mineral óssea.
Figura 15: Tecido ósseo normal e com osteoporose
A OP é classificada de acordo com a etiologia:
Primária: os fatores de risco para a OP primária incluem pós-menopausa, história familiar, descendência 
caucasiana ou asiática, baixo peso corporal, inatividade física, dieta deficiente de cálcio e vitamina D e tabagismo.
Secundária: é adquirida em decorrência de outras condições médicas como doenças gastrointestinais, 
hipertireoidismo, insuficiência renal crônica, consumo excessivo de álcool e medicamentos como corticóides.
Os fatores de risco modifiáveis para a OP são: tabagismo, etilismo, baixa ingestão de cálcio e vitamina D, baixa 
exposição solar, sedentarismo, baixo índice de massa corpórea, corticoterapia e depressão.
A OP pode também ser diagnosticada através do RX com achados de afinamento cortical, osteopenia, alterações 
nas trabéculas e fraturas (Figura 16).
PILATES NAS PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
11
Figura 16: RX OP coluna
O osso é um tecido em constante remodelamento, as células osteoclásticas são responsáveis pela reabsorção óssea 
e os osteoblastos pela síntese/formação óssea. Estas células normalmente estão em equilíbrio entre reabsorção e 
deposição, a partir da terceira década de vida há aumento da reabsorção óssea, principalmente nas mulheres após a 
menopausa causada pela diminuição do estrógeno.
O estrogênio tem várias funções no tecido ósseo, como: aumentar a atividade dos osteoblastos, diminuir a ação dos 
osteoclastos e inibir a retirada de cálcio do organismo. Assim a terapia hormonal utilizando estrogênios tem sido utilizada 
para inibir a reabsorção óssea e prevenir a perda óssea em mulheres na pós-menopausa. Outros tratamentos 
medicamentosos serão abordados no tópico abaixo.
As fraturas por osteoporose ocorrem com maior frequência no nível toracolombar no corpo vertebral anterior e 
ocorrem geralmente nas atividades de inclinação do tronco à frente. Ocorre o aumento da cifose torácica e lordose lombar 
em função do acunhamento das vértebras e fraqueza muscular (Figura 17). Os exercícios são baseados no limiar de dor do 
paciente ao movimento.
Figura 17: Cifose torácica do idoso 
Indivíduos com OP apresentam redução da força e potência muscular, do equilíbrio estático, dinâmico e da 
coordenação, o que contribui para o aumento de quedas. O exercício físico é uma excelente estratégia de proteção à OP 
mantendo ou aumentando a densidade mineral óssea e, nos pacientes acometidos com a doença o exercício físico resitido 
reduz o efeito da perda da massa óssea. O treinamento muscular de resistência e de força induz a mudanças no 
metabolismo ósseo através da ativação dos osteoblastos, conhecido como efeito piezoelétrico*.
Exercícios que visem aumentar a força muscular, melhorar a propriocepção e o equilíbrio corporal devem ser 
encorajados para a prevenção de quedas e fraturas nesta população.
*Efeito piezoelétrico: propriedade de muitos materiais transformarem energia mecânica em corrente elétrica. Piezo no grego significa 
comprimir. A hidroxipatita é a porção inorgânica, sendo responsável pela piezeletricidade nos ossos. Essa atividade aumenta a deposição de cálcio 
local. As moléculas de colágeno, na porção orgânica, possuem condutores de carga que quando sofrem algum tipo de pressão acabam por se 
deslocar até a superfície, produzindo o efeito piezoelétrico no osso. Esse efeito atrai a ação osteoblástica, e aumenta a densidade mineral óssea, por 
ocorrer deposição de minerais na porção que está sofrendo pressão (Figura 18)
Figura 18: Efeito piezoelétrico no tecido ósseo
O estímulo mecânico do remodelamento ósseo pode ser adquirido mais frequentementes a partir de contrações da 
musculatura esquelética dos tipos concêntrica, excêntrica e isométrica, gerando tração no tecido ósseo ou compressão 
pelo impacto nas atividades como a caminhada.
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DA OP
A combinação de cálcio e vitamina D é o tratamento básico para osteoporose. Estudos comprovam que a 
suplementação de vitamina D pode trazer benefícios adicionais, como o aumenta a força muscular, podendo assim, reduzir 
a chance de fraturas.
Os bifosfonatos são os medicamentos mais comumente prescritos para o tratamento da osteoporose, fazem parte 
deste grupo o alendronato e risedronato, ambos ingeridos uma vez ao dia. Mais recentemente foi fabricado o bifosfanato 
PILATES NAS PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
12
injetável, o ácido zoledrônico. Foi comprovado que após 3 anos de uso destes medicamentos aumentam a DMO da coluna 
vertebral em 5%-8% e também reduzem as fraturas não vertebrais em 25% a 40%.
Outro medicamento utilizado como spray nasal é a calcitonina, que atua como hormônio endógeno no receptor de 
calcitonina nos osteoclastos para diminuir sua atividade, a calcitonina tem pouco efeito na DMO da coluna vertebral 
(aumento de 1%-2%) e uma taxa de redução de 36% na incidência de fraturas vertebrais em mulheres com fraturas 
vertebrais pré-existentes.
O uso do estrogênio no tratamento da osteoporose ainda é controverso, apesar da comprovação da diminuição de 
risco de fraturas, a longo prazo apresenta efeitos colaterais como o aumento do risco vascular e de câncer de mama. 
TRATAMENTO CIRÚRGICO NA OP DA COLUNA
A vertebroplastia percutânea é um procedimento relativamente novo e minimamente invasivo para tratar as fraturas 
na coluna vertebral, cujo resultado melhora a dor e a capacidade funcional dos pacientes. É realizado a injeção do cimento 
acrílico (polimetilmetacrilato ou PMMA) no interior da vértebra, a cirurgia dura em torno de 2 a 3 horas, e o cimento 
ortopédico endurece em 30 minutos, o paciente recebe alta após algumas horas de repouso. 
A cirurgia não recupera a perda óssea decorrente da osteoporose, ela é realizada somente para estabilizar fraturas 
recentes e evitar o risco de fraturas adjacentes.
Figura 19: Vertebroplastia
PILATES NA OP 
Os idosos são frequentemente acometidos com a osteoporose, esta população procura o método Pilates por não se 
sentem inclusos na academias. O papel da atividade física nesta população, não é apenas de aumentar a massa óssea e 
muscular, mas também de melhorar fatores psicossociais, aumentar o bem-estar, a qualidade de vida e permirtir a 
independência. Apesar do método ser extremamente indicado para indivíduos com osteoporose, é muito importante que o 
instrutor evite exercícios que aumentem o risco de fraturas vertebrais e, dependendo do grau de osteoporose não realizar 
por exemplo, saltos no reformer. O repertório de exercícios deve ser adaptado para cada paciente e livre da amplitude de 
dor.
A National Osteoporosis Foundation (NOF) recomenda exercícios com apoio de peso para prevenir a OP, porém 
não cita quais. Kisner & Colby recomendam que os exercícios devem ser de fortalecimento de 2 a 3x por semana com 8 a 
10 repetições.
Precauções devem ser tomadas com exercícios de flexão e rotação de tronco pois aumentam o risco de fraturas 
por compressão vertebral. Aumentar a intensidade dos exercícios resistidos progressivamente e na tolerância de dor do 
paciente. Exercícios de extensão e de estabilização da coluna podem ser feitos com segurança. Os pacientescom 
osteoporose podem executar com segurança uma variedade de atividades físicas aeróbicas e treinamento de resistência. 
Recomenda-se exercícios de apoio de peso, equilíbrio e fortalecimento para reduzir o risco de fraturas e quedas. 
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS NA OP
A revisão sistemática de Bonaiuti et al., 2002 com 18 ensaios clínicos randomizados com os descritores 
exercício físico e osteoporose em mulheres e concluíram que os exercícios resistidos e com apoio de peso, assim como 
a caminhada foram efetivos na melhora da densidade mineral óssea da coluna.
Moura et al., (2012) compararam o efeito dos exercícios de força e mobilidade funcional (G1), alongamento, 
mobilidade articular e orientações (G2) em 36 participantes com baixa densidade mineral ássea e concluíram que ambas 
intervenções foram efetivas nos testes de sentar e levantar, caminhada de 6 minutos e teste do alcance funcional após 30 
sessões de 50 minutos realizadas 2x por semana. Os autores também afirmam que programas de fortalecimento e 
estímulos proprioceptivos, bem como os alongamentos, são tidos como métodos comuns de intervenção, entretanto 
mais estudos necessitam comprovar os benefícios de formas de intervenção diversificadas.
A revisão sistemática de Silva et al., (2014) sobre exercícios e aumento da DMO, concluíram com 15 artigos 
selecionados que há maior eficiência do protocolo de exercício com atividades de alto impacto e curto período de 
execução, com mais sessões durante a semana, para aumento da DMO do fêmur proximal (colo femoral e região 
intertrocantérica), sendo esses locais de grande incidência de fraturas por osteoporose. Em menor frequência, foi 
observado aumento da DMO na coluna lombar quando exercícios resistidos são incluídos ou cargas de impacto com 
maior intensidade são aplicadas. Portanto, para ganho generalizado da densidade mineral óssea parece que o ideal é 
associar o exercício de impacto aos exercícios resistidos, inclusive para maior proteção do tecido ósseo da coluna contra 
fraturas em idades mais avançadas. É importante que os exercícios sejam frequentes, variados, com direções 
diversificadas para maior exigência muscular e maior exposição de áreas de tecido ósseo às sobrecargas decorrentes de 
tensão muscular ou das forças de reação do solo.
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 Pilates nas Patologias da Coluna
EXERCÍCIOS 
14
Exercícios noMat
EXERCÍCIOS NO MAT
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Objetivos: Mobilizar e relaxar a coluna cervical.
Instruções: Em sedestação com uma toalha enrolada ao redor da cervical, realizar rotações da 
cervical tocando uma maior área possível da toalha.
Indicações: Cervicalgia.
Dicas e cuidados especiais: A toalha deve ser grossa e dobrada na altura da coluna cervical. O 
aluno pode ser orientado a fazer em domicílio.
1. Mobilidade cervical
EXERCÍCIOS NO MAT
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Objetivos: Direcionar a expansão torácica e aumentar a mobilidade das costelas.
Instruções: Em sedestação, MMII em flexão e rotação externa dos quadris, coluna neutra, 
inclinar o tronco, apoiar a mão ipsilateral na nuca e a outra mão apoiar nas últimas costelas do 
lado côncavo, realizar a respiração e progredir com o aumento do tempo respiratório.
Indicações: Dor lombar crônica, alunos tensos, Padrão respiratório apical e Diferença de 
expansão entre o pulmão direito e esquerdo.
Dicas e cuidados especiais: Permanecer com o crescimento axial durante os ciclos 
respiratórios e progredir com a resistência à medida que a capacidade respiratória aumentar. 
Erros mais comuns dos alunos: Inclinar apenas a coluna lombar ou cervical e perder a 
estabilidade escapular da mão que está na nuca.
2. Respiração direcionada no mermaid
EXERCÍCIOS NO MAT
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Objetivos: Aumentar a capacidade respiratória, melhorar a troca gasosa e ativar os músculos 
inspiratórios e expiratórios.
Instruções: Em decúbito dorsal (DD) sobre o rolo com coluna neutra, com membros 
superiores (MMSS) e inferiores (MMII) apoiados no chão, flexão de joelhos a 90°, inspirar e 
expirar em diferentes tempos respiratórios e aumentar a progressão dos tempos, dando ênfase 
para a região costovertebral (bases pulmonares).
Indicações: Alunos ansiosos, respiração superficial e alterações posturais.
Contra-indicações: Alunos com disfunção de equilíbrio como labirintite.
Dicas e cuidados especiais: Peça para o aluno sentar na borda mais próxima do rolo e deitar 
com apoios dos MMSS no chão.
Progressões: Realizar alongamento de peitorais associado com a respiração; Círculos com 
os ombros e acrescentar acessório como a tonning ball; Mobilidade da coluna fragmentada: 
cervical, torácica e lombar.
Erros mais comuns dos alunos: Hiperestender a cervical; Realizar a retroversão pélvica.
Comentário do professor: Alunos que sentem desconforto ao deitar sobre o rolo, podem 
executar o exercício sobre o mat.
3. Respiração sobre o rolo
18
Exercícios na
Step Chair
EXERCÍCIOS NA CHAIR
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Objetivos: Alongar o glúteo máximo e mobilizar o quadril e a coluna em 
flexão.
Instruções: Em sedestação, atrás da chair, um MI apoiado no assento em 
flexão de joelho com rotação externa de quadril e mãos no pedal. Realizar a 
flexão do tronco com mobilização vertebral, descendo o pedal.
Indicações: Dor lombar crônica e espondilolistese.
Contra-indicações: Lesão como condromalácia patelar ou lesão meniscal.
Dicas e cuidados especiais: Alinhar a pelve em neutra e flexionar o tronco a 
partir do crescimento axial.
Erros mais comuns dos alunos: Flexionar o tronco em bloco e perder a 
estabilidade escapular.
Comentário do professor: Pode ser realizado em ortostatismo e também 
no barrel.
1. Gluteus stretch
EXERCÍCIOS NA CHAIR
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Objetivos: Alongar a cadeia lateral e mobilizar a coluna em inclinação.
Instruções: Ajoelhado de lado para a chair, com a mão no pedal, realizar a 
flexão lateral do tronco mantendo o alinhamento da coluna.
Variação: Realizar a flexo-extensão de cotovelo que está no pedal.
Indicações: Dor lombar crônica, osteoartrose e espondilolistese.
Dicas e cuidados especiais: Pode colocar a faixa elástica sob os joelhos ou 
a tonning ball na mão oposta ao pedal. 
Erros mais comuns dos alunos: O aluno tende a flexionar os quadris 
durante a inclinação, solicitar contração de glúteos.
2. Mermaid ajoelhado
EXERCÍCIOS NA CHAIR
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Objetivos: Treinar a propriocepção e aumentar a força do powerhouse.
Instruções: Ajoelhado sobre o assento da chair, com quadris alinhados com joelhos e mãos no pedal, realizar a descida do pedal mantendo a coluna neutra.
Variação: na subida mobilizar a coluna em flexão ou extensão, atentar para as contra-indicações conforme as patologias da coluna.
Indicações: Osteoartrose, dor lombar crônica e osteoporose.
Erros mais comuns: Perder o alinhamento das cinturas pélvica e escapular. O aluno tende a flexionar os quadris.
Comentário do professor:Atentar para a quantidade de molas, se muito forte o aluno não consegue descer o pedal e se muito leve, tende a se deslocar para frente. Para 
facilitar o exercício colocar a caixa de extensão da chair.
3. The cat
EXERCÍCIOS NA CHAIR
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Objetivos: Alongar a cadeia anterior e fortalecer a cadeia posterior.
Instruções: Em decúbito ventral (DV) sobre o assento da chair, com as 
mãos no pedal, realizar a subida do pedal simultâneo com a extensão de 
tronco.
Progressão: Realizar com o pedal dissociado.
Indicações: Cervicalgia, osteoporose e osteartrose.
Erros mais comuns dos alunos: Perder a estabilidade escapular; Diminuir 
a contração do powerhouse e sentir dor nos paravertebrais.
Comentário do professor: Para facilitar o exercício colocar a caixa de 
extensão da chair ou bola suíça para apoiar os MMII. As mãos devem estar 
alinhadas com os ombros e pedal.
4. Swan
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Exercícios no
Ladder Barrel
EXERCÍCIOS NO BARREL
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1. Spine stretch
Objetivos: Mobilizar a colunaem extensão e alongar a cadeia anterior.
Instruções: Semi agachado de costas para o barrel, realizar a mobilização da coluna em 
extensão, apoiando toda a coluna sobre o barrel.
Indicações: Dor lombar crônica e osteoporose.
Dicas e cuidados especiais: Os alunos devem manter a ativação do powerhouse durante toda 
a execução do movimento, senão sentirão dor na lombar durante a execução.
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2. Gluteos stretch
Objetivos: Alongar o glúteo máximo.
Instruções: Com o quadril em rotação externa e joelho flexionado a 90 graus sobre o barrel, disco de rotação sob o pé de apoio com um MI realizar rotação de 
tronco com o auxílio do disco de rotação. 
Indicações: Dor lombar crônica e espondilolistese.
Dicas e cuidados especiais: Solicitar que o aluno rode o tronco com controle, mantendo o crescimento axial.
Variações: A rotação pode ser realizada para os dois lados. Realizar a flexão de tronco com mobilização de coluna; Pode associar o alongamento de ísquiotibial 
e íliopsoas apenas rodando o disco.
EXERCÍCIOS NO BARREL
EXERCÍCIOS NO BARREL
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3. Spine stretch
Objetivos: Alongar a cadeia posterior e mobilizar a coluna em flexão.
Instruções: Em sedestação sobre o barrel, segurando a tonning ball nas mãos com flexão de ombros a 90 graus e pés apoiados no espaldar mantendo a flexão 
de quadris a 90 graus, realizar a flexão do tronco levando os MMSS entre os MMII ou por fora.
Indicações: Espondilolistese e dor lombar crônica.
Dicas e cuidados especiais: Certifique-se que o aluno mobiliza a coluna em flexão.
EXERCÍCIOS NO BARREL
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4. Swan dive
Objetivos: Mobilizar a coluna em extensão, alongar a cadeia anterior e fortalecer a cadeia posterior.
Instruções: Em decúbito ventral apoiado sobre o barrel, com os ombros a 90 graus de flexão (MMSS voltados para o solo) e pés em rotação externa (V position 
ou first position) no primeiro degrau do espaldar, realizar a extensão de tronco com acompanhamento dos MMSS. Caso o aluno não sinta desconforto, realizar a 
hiperxtensão do tronco, flexionando os joelhos.
Indicações: Cervicalgia, osteoporose e osteoartrose.
Dicas e cuidados especiais: Solicite a ativação do powerhouse e glúteos neste decúbito.
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Exercícios no
Reformer
EXERCÍCIOS NO REFORMER
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1. Hamstring stretch
Objetivos: Alongar a cadeia posterior em flexão e 
rotação de tronco e mobilizar a coluna em flexão.
Instruções: Em pé de frente para o carrinho com a barra 
de pés abaixada, mãos na borda do carrinho, realizar a 
mobilização de tronco com flexão de quadris e retornar 
no cat. 
Variações: realizar a rotação de tronco com flexão, 
retirando um MS da borda do carrinho; Retornar no cat 
ou horse (mobilização da coluna em flexão ou 
extensão).
Indicações: Espondilolistese, dor lombar crônica, 
osteoatrose e osteoporose.
Contra-indicação: Lesão de ombros.
Erros mais comuns dos alunos: Flexionar os joelhos, 
perder a estabilidade escapular e não mobilizar a 
coluna.
EXERCÍCIOS NO REFORMER
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2. Hamstring stretch com estabilidade 
de ombros
Objetivos: Alongar a cadeia posterior. Mobilizar a coluna em torção e estabilizar a cintura escapular.
Instruções: De lado do carrinho, com o MS mais próximo das ombreiras, empurrar o carrinho e 
puxar com o MS mais distal à ombreira, mantendo a estabilidade escapular, empurrar o carrinho 
realizando a torção de tronco. A coluna cervical pode permanecer em neutra ou rodar, 
acompanhando o movimento.
Indicações: Cervicalgia, dor lombar crônica e espondilolistese.
Erros mais comuns dos alunos: Perder a estabilidade pélvica.
Comentário do professor: Pode ser realizado ajoelhado sobre a caixa do reformer.
EXERCÍCIOS NO REFORMER
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3. Gluteos stretch
Objetivos: Alongar os glúteos e peitorais e manter a estabilidade escapular.
Instruções: Sentado de frente para a barra de pés, apoiar o antepé na barra e apoiar o outro MI 
acima do joelho do que está na barra em flexão de joelho e quadril e rotação externa. Ombros em 
extensão com rotação externa com as mãos apoiadas no carrinho. Realizar a flexão e extensão de 
quadril e joelho para alongar o MI que está em rotação externa. 
Indicações: Espondilolistese e dor lombar crônica.
Contra-indicações: Instabilidade de ombro acentuada e lesão de punhos.
Erros mais comuns dos alunos: Perder o alinhamento pélvico e escapular
Comentário do professor: Pode realizar a dorsiflexão de tornozelo enquanto o joelho está em 
extensão. Para alunos com lesão de punhos, apoiar os cotovelos.
EXERCÍCIOS NO REFORMER
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4. Running em sedestação
Objetivos: Aumentar a estabilidade pélvica e de ombros; Fortalecer os MMII (tríceps sural, 
quadríceps e isquiotibiais).
Instruções: Em sedestação com MMII apoiados na barra de pés, ombros em extensão com rotação 
externa com as mãos apoiadas no carrinho, realizar os footworks: running, toes e heels e V 
position.
Indicações: Cervicalgia, espondilolistese, osteoartrose e osteoporose.
Contra-indicações: Instabilidade de ombros e lesão de punhos.
Erros mais comuns dos alunos: Perder a estabilidade pélvica e escapular.
Comentário do professor: Pode associar o movimento com o stomach massage ou monkey. 
Alunos com lesão de punhos podem apoiar os cotovelos. Cuidado com movimento de báscula de 
pelve.
EXERCÍCIOS NO REFORMER
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5. Spine extension
Objetivos: Mobilizar a coluna em extensão e alongar a cadeia anterior.
Instruções: Em sedestação com os MMII em extensão, pés na barra de pés e mãos na nuca, ou em 
flexão de 90 graus de ombros, realizar a extensão de tronco com a overball ou meia lua na coluna 
torácica.
Indicações: Dor lombar crônica, osteoporose e osteoartrose.
Contra-indicações: Alunos com cervicalgia podem sentir desconforto na cervical durante a 
execução.
Erros mais comuns dos alunos: Aproximar os cotovelos do tronco.
Comentário do professor: Pode ser realizado sem as ombreiras, assim, o instrutor deverá elevar a 
cabeceira.
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Exercícios no
Cadillac
EXERCÍCIOS NO CADILLAC
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1. Abdominal com barra móvel
Objetivos: Aumentar o crescimento axial através do feedback tátil e melhorar a força dos músculos abdominais sem dor na cervical.
Instruções: Aluno em decúbito dorsal com barra móvel sob o occipital, cotovelos e ombros rodados externamente e MMMII apoiados no solo. Elevar 
suavemente a cervical do solo, inspirar em isometria e retornar à posição inicial. Depois realizar o abominal, mantendo o crescimento axial. Progredir retirando as 
molas da barra móvel.
Indicações: Cervicalgia e alunos que referem dor durante os abdominais. 
Dicas e cuidados especiais: Para maior conforto do aluno, envolver a barra com toalha de rosto ou com antiderrapante. Orientar o aluno que a flexão parte do 
tronco, próximo ao osso esterno e não da cervical.
Erros mais comuns: Não realizar o crescimento axial.
EXERCÍCIOS NO CADILLAC
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2. Teaser
Objetivos: Fortalecer o powerhouse e os MMII.
Instruções: Em sedestação de frente para a barra móvel com os pés apoiados no Cadillac, realizar a extensão de quadris em coluna neutra até o apoio da borda 
inferior das escápulas. Na subida do tronco, pode estender um joelho ou flexionar quadril com o joelho em extensão. 
Variações: Realizar com os MMII em cadeirinha/ table top (90 graus de quadris e joelhos), single leg stretch ou double leg stretch. As mãos podem ser supinadas 
ou pronadas.
Indicações: Cervicalgia, dor lombar crônica, espondilolistese, osteoartrose e osteoporose.
Dicas e cuidados especiais: Certifique-se que o aluno mantém a coluna neutra.
Erros mais comuns: Elevar os ombros e tracionar a barra móvel em direção ao tronco.
EXERCÍCIOS NO CADILLAC
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3. Hamstring stretch with roller
Objetivos: Alongar os ísquiotibiais e mobilizar a coluna em flexão.
Instruções: Colocar o rolo sobre o Cadillac na posição transversal apoiado nas barras verticais, alunoem pé por fora do Cadillac, segura a barra móvel com 
punhos em pronação, MMII apoiados no rolo e realiza a flexão do tronco, mobilizando a coluna até a coluna neutra. Os ombros ficarão em flexão de 180°. Pode 
realizar a elevação e depressão escapular.
Indicações: Dor lombar inespecífica e cervicalgia.
Contra-indicações: Lesão do ombro como síndrome do impacto.
Dicas e cuidados especiais: Observar se o aluno não compensa flexionando os joelhos. Para ficar com a pelve neutra, solicitar que afaste as tuberosidades 
isquiáticas. O professor pode ficar do mesmo lado da barra móvel, tracionando a barra móvel para aumentar o crescimento axial ou inclinando o tronco para 
alongar a cadeia lateral; Realizar em isometria.
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EXERCÍCIOS NO CADILLAC
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4. Leg lowers
Objetivos: Fortalecer os MMII e aumentar a ativação do powerhouse.
Instruções: Em decúbito dorsal com o rolo sob a coluna, segurando as barras verticais, pode realizar flexo-extensão de MI em neutra, v position, bicycle, double 
leg e circles.
Indicações: Osteoporose, osteoartrose, dor lombar crônica, espondilolistese e cervicalgia.
Dicas e cuidados especiais: Peça para o aluno ativar o powerhouse ainda mais por causa da instabilidade do rolo.
Erros mais comuns dos alunos: Perder a estabilidade pélvica. 
Comentários do professor: As mãos podem ficar apoiadas no Cadillac ou segurando as barras verticais.
EXERCÍCIOS NO CADILLAC
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5. Preparativo para o avião/airplane
Objetivos: Mobilizar a coluna lombar em flexão e fortalecer os músculos flexores dos joelhos.
Instruções: Aluno em decúbito dorsal sobre o Cadillac com MMSS ao lado do tronco (ou segurando nas barras verticais) e barra móvel na fossa poplítea, realizar 
a elevação da pelve até a coluna torácica, deixando as escápulas apoiadas no Cadillac ou as mãos apoiadas na barra fixa com os ombros em rotação externa.
Indicações: Dor lombar crônica e espondiloliste.
Contra-indicações: Cisto de Baker, lesão no joelho que impeça a flexão e cervicalgia.
Dicas e cuidados especiais: Peça para o aluno ativar o powerhouse ainda mais por causa da instabilidade do rolo.
Comentários do professor: Pedir para o aluno manter os joelhos flexionados durante todo o exercício. As molas precisam estar adequadas, se muito pesada, o 
aluno terá dificuldade de manter os joelhos em flexão, se muito leve, dificultará a elevação da pelve, lombar e torácica.

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