Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DIREITO PENAL I Fontes do Direito Penal Segunda parte Princípio da culpabilidade: Não se pune os seres humanos sem haver culpabilidade; Há de haver um fato embasador da punição; e Há três sentidos: 1) Culpabilidade como elemento subjetivo do tipo penal (dolo e culpa); 2) Culpabilidade como sinônimo de reprovabilidade; e 3) Culpabilidade como fundamento e limite/medida da pena. Princípio da pessoalidade/intranscendência da pena: A pena criminal não pode passar da pessoa do condenado; Ninguém pode cumprir a pena pelo condenado; O condenado não pode indicar uma pessoa para cumprir a pena por ele; e A família do condenado não pode pagar a pena por ele, caso haja a morte. Princípio da humanidade: Não haverá penas que conspurquem a dignidade da pessoa humana; Os seres humanos devem ser respeitados apenas por serem humanos; Não haverá penas cruéis; e Ninguém é menor em humanidade por conta do corpo, mente, inteligência ou caráter. Princípio da adequação social: A materialidade delitiva somente estará correta se a sociedade confirma o fato delituoso como não querido; Funciona como um “solvente” da tipicidade; e Haverá tipicidade formal mas não tipicidade material. Princípio da proporcionalidade: Pode ser entendido como um postulado que açambarca todo o DP; Há três subprincípios: 1) Adequação: Carece- se perguntar se a medida a ser tomada é própria (como se perguntar qual chave abre a fechadura); 2) Necessidade: Deve-se perguntar se a medida é exata para se atingir os objetivos propostos; e 3) Proporcionalidade em sentido estrito: Deve-se ponderar os princípios para ver qual pesa mais no caso concreto e deverá ser aplicado. Princípio da prestação penal eficiente: O DP deve efetuar a proteção prometida na defesa dos bens jurídicos mais importantes da sociedade (difusos, coletivos e protetivos dos mais vulneráveis). Características da lei penal: A) Exclusividade: Somente a lei penal pode exercer a violência legítima (em regra: prisão); B) Imperatividade: Todos devem obedecimento à lei penal (não há distinção pessoal); C) Impessoalidade: A lei penal tratará a todos de maneira equânime/igual (baseada na vulnerabilidade); e D) Generalidade: Todos os residentes no Brasil devem estar sob o pálio da lei penal. Interpretação da lei penal: Interpretar é aplicar da melhor forma possível a lei penal na realidade concreta (concretar o comando contido no texto); A) Quanto à origem: 1) Autêntica: Quando a interpretação consta na própria norma (Art. 150, §4º do CP); A regra é a interpretação não ser feita pelos legisladores pois a realidade muda ao longo do tempo 2) Judiciária: Quando a interpretação é feita pelos juízes; e 3) Doutrinária: Quando a interpretação é feita pelos doutrinadores. Interpretação da lei penal: B) Quanto aos meios: 1) Literal/gramatical: Busca-se a leitura e entendimento filológico do texto e do sentido linguístico; 2) Lógica: Busca-se a razão contida na norma; 3) Teleológica: Busca-se o fim último do comando; 4) Sistemática: Busca-se entender o Direito como um sistema coeso e harmônico; e 5) Histórica: Busca-se uma explicação histórica para se atingir a perfeição aplicativa. Interpretação da lei penal: C) Quanto ao resultado: 1) Declaratória: Apenas se aplica o quanto limita o comando legal; 2) Restritiva: Aplica-se o texto legal restringindo-se o alcance da comando normativo; e 3) Extensiva; Aplica-se o texto legal ampliando-se o alcance da comando normativo. Interpretação da lei penal: D) Quanto à profundidade/dimensão: 1) Literal: Apenas se compreende à visão linguística; 2) Entretextual: Busca-se conhecer o quanto não dito pelo texto mas inferido; 3) Metafórica: Alcança-se as figuras de linguagem contidas no texto; e 4) Secreta: Dimensiona-se o quanto não contido na norma mas que é o verdadeiro intento normativo. 14
Compartilhar