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ANANÁÁLISE DIMENSIONAL LISE DIMENSIONAL E SEMELHANE SEMELHANÇÇAA ((FoxFox, , BennettBennett e e MunsonMunson)) Análise dimensional é um método para transformar problemas físicos complexos em problemas mais simples (e, normalmente, de forma mais econômica) antes de obter uma resposta quantitativa. Para tanto, utiliza-se homogeneidade dimensional, visando diminuir o número de variáveis envolvidas. A análise dimensional é utilizada para: - Avaliação de dados experimentais, - Resolução de problemas cuja solução analítica é complexa, - Avaliação da importância de um dado fenômeno em relação aos outros presentes; etc. Análise dimensional Semelhança Vários problemas de Engenharia → poucas resoluções exclusivamente por análise teórica ⇒ muito comum os estudos experimentais. Métodos analíticos: limitações associadas às simplificações necessárias para resolução das equações diferenciais, - Detalhamento: alta complexidade, custo elevado. → experimentos envolvendo o próprio equipamento ou réplicas perfeitas → na maioria das vezes usam-se modelos em escala → necessidade de planejamento (controlar tempo, ser objetivo, reduzir custos dos experimentos) →Artigo no Scientific American (1991): analisou a velocidade de dinossauros a partir dos dados: comprimento médio das pernas (l) e comprimento médio dos passos (s) dos dinossauros (como?!?) → Comparação de dados de l e s de quadrúpedes (cavalos, cachorros, gatos...) e bípedes (humanos, aves, etc.) → nenhuma conclusão. → Análises posteriores: gráfico de s/l em função de v2/g l (onde v é a velocidade do animal) → para a maioria dos animais os dados caíam aproximadamente sobre uma mesma curva! → Assim, usando a razão s/l dos dinossauros e entrando no gráfico citado, obteve-se um valor para v2/g l que permitiu a estimativa da velocidade dos dinosssauros. ANÁLISE DIMENSIONAL → Surgem as questões: • Será que dá para usar esse artifício também em outras áreas? • Se sim, como são obtidos esses grupamentos adimensionais “mágicos” que permitem esse tipo de correlação? • Grupamentos como número de Reynolds e outros grupos importantes na mecânica dos fluidos podem ser envolvidos em estudos semelhantes e trazem em si algum significado físico? • O estudo de um dado fenômeno em um protótipo pode ser ampliado para uma escala maior fazendo uma mera regra de três? → A maioria dos fenômenos em mecânica dos fluidos apresenta dependência complexa de parâmetros geométricos e do escoamento ⇒ análise dimensional: importante ferramenta. ANÁLISE DIMENSIONAL QUEDA DE PRESSÃO EM TUBULAÇÃO (POR COMPRIMENTO DE TUBO) → Escoamento em regime permanente, incompressível, de um fluido newtoniano em tubo longo, horizontal e parede lisa: uso de dados experimentais → No projeto da tubulação: queda de pressão no escoamento por comprimento de tubo → apesar de simples, não pode ser resolvido sem o uso de dados experimentais. Planejamento experimental: identificar parâmetros que contribuam, de forma significativa, com a queda de pressão: Tomar cuidado com a possibilidade de não se incluir parâmetros que interfiram na queda de pressão numa tubulação (como a rugosidade do tubo, por ex.). A equação obtida vai funcionar bem para, por exemplo, tubos lisos. )v,,,D(fP µρ=∆ Quais e quantos experimentos devem ser realizados para determinar a queda de pressão no tubo? Entenda-se ∆P como sendo queda de pressão por comprimento de tubulação. → Considerando a relação acima, poderíamos definir experimentos variando cada parâmetro individualmente, ou seja, faríamos experimentos variando apenas D, depois ρ, em seguida µ e finalmente, v. Dessa forma, o número de experimentos é colossal. Se fizéssemos um estudo envolvendo 10 diâmetros diferentes, 10 fluidos com ρ diferentes, mais 10 com µ e mais 10 com vazões diferentes, chegaríamos num total de 104 experimentos. Estimando que cada experimento dure 30 min, levar-se-ia 2 anos e meio (trabalhando 40 h por semana) para finalizá-los. Em seguida, viria a etapa de tratamento dos dados, que também seria complexa: como traçaríamos gráficos de ∆P em função de v tendo D, ρ e µ como parâmetros? → Felizmente não é necessário todo esse esforço. Será mostrado que é possível obter uma relação simples entre ∆P e os parâmetros citados, agrupando as variáveis em dois grupos adimensionais: → Portanto, pode-se trabalhar com dois grupos adimensionais ao invés de analisarmos os 5 parâmetros. A figura a seguir mostra como é possível relacionar os resultados usando uma única curva. Note que essa curva é válida para qualquer combinação de tubo (parede lisa) e fluido (incompressível e newtoniano). Todos os experimentos podem, por exemplo, ser realizados usando um único tubo de diâmetro D, um único fluido e variando apenas a vazão, o que minimiza os custos. Dessa forma, o tempo gasto seria mínimo. 2v PD ρ ∆ µ ρVD µ ρ = ρ ∆ Dvf v PD 2 � QUEDA DE PRESSÃO SOBRE UMA PLACA TRANSVERSAL → Queda de pressão sobre uma placa transversal dentro de uma tubulação. → Identificação dos parâmetros que interferem no cálculo da queda de pressão: Grupos adimensionais que se mostraram representantes do fenômeno: Nesse caso, os experimentos podem envolver uma única placa e um único fluido, variando-se apenas a vazão e o h. → Forma gráfica: os resultados experimentais podem incluir experimentos de vários pesquisadores, envolvendo fluidos e tubulações diferentes. Placa deslizante )h,d,,,V(fp µρ=∆ µ ρ = ρ ∆ d h , dVf V p 2 � FORÇA DE ARRASTE SOBRE UMA ESFERA → Considere a força de arraste sobre uma esfera lisa, estacionária, imersa em uma corrente uniforme. → Identificação dos parâmetros que interferem no cálculo da força de arraste: Grupos adimensionais representantes do fenômeno: Nesse caso, os experimentos podem envolver uma única esfera e um único fluido, variando-se apenas a vazão. Forma gráfica: os resultados experimentais podem incluir experimentos de vários pesquisadores, envolvendo fluidos e esferas diferentes. µ ρ = ρ Dvf Dv F 22 )v,,,D(fF µρ= v vv → Esse gráfico pode ser usado para calcular o arraste sobre um balão de ar quente em uma corrente de vento ou para estimar o arraste sobre uma hemácia (considerando que se aproxima de uma esfera) movendo-se através da aorta. Teorema pipipipi de Buckingham → Dado um problema físico onde o parâmetro dependente q1 (seria o ∆P ou o F dos problemas anteriores) é uma função de n-1 parâmetros denominados q2, q3, q4....qn (como D, ρ, µ, v, etc.) pode-se escrever que: q1 = f(q2, q3, q4....qn), ou ainda: g(q1, q2, q3, q4....qn) = 0 onde g é uma função diferente de f, ou seja, no caso do arraste na esfera: F = f (D, ρ, µ, v), ou poderíamos escrever g (F, D, ρ, µ, v) = 0 → Segundo o teorema pi de Buckingham, dada uma relação entre n parâmetros, da forma g (q1, q2, q3, q4....qn) = 0, os n parâmetros podem ser agrupados em n-m razões adimensionais independentes, ou parâmetros pi expressos na forma: G(pi1, pi2, .... pin-m) = 0 ou pi1 = G’(pi2, pi3, .... pin-m) mas, quem é m? → O número m é, em geral (mas não sempre) igual ao número mínimo de dimensões independentes, necessárias para especificar os parâmetros q1, q2, q3, q4....qn. → Conjunto de grandezas fundamentais (primárias): sistemas MLT ou FLT MLT (massa, comprimento, tempo): força é grandeza secundária FLT (força, comprimento, tempo): massa é grandeza secundária → A relação funcional entre os parâmetros adimensionais independentes pi, deve ser obtida experimentalmente. → Os n-m parâmetros pi obtidos segundo esse procedimento são independentes. Um parâmetro pi não é independentese ele puder ser formado por um produto ou quociente dos outros parâmetros do problema. DETERMINAÇÃO DOS GRUPOS pipipipi Segundo FOX Sobre a escolha das variáveis (MUNSON): Obs.: a escolha das variáveis repetentes deve, de preferência, também contemplar os seguintes aspectos: • variáveis mensuráveis, • que sejam bons parâmetros de projeto • quando combinadas contêm todas as dimensões M, L e T. (Munson) GRUPOS ADIMENSIONAIS USUAIS NA MECÂNICA DOS FLUIDOS �Número de Reynolds (Re): Reynolds (1842-1912) demonstrou pela primeira vez que a combinação de variáveis poderia ser usada como um critério para a distinção entre escoamento laminar e turbulento. → Se Re <<1 (creeping flow) as forças viscosas são dominantes e é possível desprezar os efeitos de inércia. Nesses casos, a massa específica do fluido não será uma variável importante. Se Re for muito alto, efeitos viscosos pequenos em relação aos efeitos de inércia (pode-se desprezar os efeitos da viscosidade: escoamento invíscido). Número de Froude (Fr): único grupo da tabela que envolve a aceleração da gravidade. onde L é o comprimento característico. Fr é importante na maioria dos escoamentos que apresentam superfície livre. É usado para determinar a resistência de um objeto parcialmente submerso movendo-se através da água e permite a comparação de objetos de diferentes tamanhos. O escoamento de água ao redor de um navio (com a ação das ondas resultantes do movimento do navio) e os que ocorrem nos rios e canais abertos são bons exemplos. viscosasforças inércia de forçasDvRe = µ ρ = nais)gravitacio (forças fluido do peso corpo do inércia de forças gL v gL vFrou gL vFr 22 2 = ρ ρ === �Número de Euler (Eu): dados de pressão na forma adimensional. Também chamado de coeficiente de pressão, Cp. No estudo dos fenômenos de cavitação a diferença de pressão, ∆p, é tomada como ∆p = p – pv, onde p é a pressão na corrente (pressão de referência) e pv é a pressão de vapor do fluido na temperatura do escoamento: - quanto menor o número de cavitação (Ca), maior a probabilidade de ocorrer cavitação. Esse fenômeno é (normalmente) indesejável. �Número de Cauchy e Mach (mais usado): quando a compressibilidade do fluido é significativa. c = velocidade do som e Eν = módulo de elasticidade A velocidade do som é a maior velocidade com a qual uma “informação” mecânica pode se propagar em um fluido. Quando uma perturbação no fluido se move a uma velocidade maior que a do som, ocorrem as ondas de choque. Quando Ma < 0,3 as forças de inércia presentes no escoamento não são suficientemente grandes para causar uma variação significativa na massa específica do fluido e nesses casos os efeitos de compressibilidade podem ser desprezados. inércia de forças pressão de forças v pEuou v pEu 22 =ρ ∆ = ρ = v ppCa 2 v ρ − = c v E v Ma e ilidadecompressib de forças inerciais forças E vCa 2 = ρ == ρ = νν módulo elasticidade volumétrico: mede a resistência à compressão uniforme, ou seja, indica o aumento da pressão necessário para causar certa diminuição no volume de fluido. �Número de Strouhal: é um parâmetro adimensional importante nos problemas transitórios (aceleração local) que apresentam oscilações com freqüência w. (aceleração local/aceleração convectiva) Escoamento tipo transitório pode ser desenvolvido quando um fluido escoa em torno de um corpo colocado em um escoamento. O número de Strouhal mede a freqüência de formação dos vórtices de Von Karmann na esteira do corpo. Ex.: um escoamento transitório se forma na região traseira de um cilindro colocado num escoamento uniforme. Esse escoamento oscilatório apresenta uma freqüência ω. Nesse caso, o número de Strouhal pode ser bem correlacionado com o Re. SEMELHANÇA DE ESCOAMENTOS E ESTUDOS DE MODELOS •Modelos: muito usados na mecânica dos fluidos → maior parte dos projetos de engenharia envolvem estruturas, aviões, navios, portos, barragens, emissões em ar e água, etc. frequentemente utilizam modelos. → vamos nos restringir a modelos físicos → parecem com o protótipo (sistema real) mas apresentam tamanho diferente, podem estar envolvidos por fluidos diferentes e sempre operam sob condições diferentes: pressão, velocidade, etc. escoam. no pto a pto e velocidadde variaçãoà devidas inércia de forças escoamento do iedade transitorà devidas inércia de forças v lSt =ω= A solução do escoamento de fluidos em torno de corpos rombudos é muito importante para a engenharia devido às suas aplicações em situações reais como risers de plataformas de petróleo e pilares de pontes. O escoamento que apresente número de Reynolds superior a 45 induz o aparecimento de vórtices logo após o corpo bojudo, formando a esteira de vórtices de von Karmann. O corpo fica então sujeito a forças dinâmicas fazendo com que o mesmo vibre com freqüências associadas às freqüências com que se desprendem os vórtices. Outro exemplo é o conjunto de redemoinhos que objetos como barcos deixam para trás, no mar. Conforme o barco se move, ele divide a água em dois. E quando ela se reúne novamente, cria esse padrão de vórtices. O fenômeno também atinge o projeto de prédios altos, chaminés e periscópios de submarinos, por exemplo, que têm que lidar com o fenômeno. Conforme essa força chega, as estruturas vibram fortemente. •Teste de modelo: deve resultar em dados que possam, por mudança de escala, fornecer forças, momentos, cargas dinâmicas, etc. •Modelo: normalmente menor que o protótipo (menos custoso construir e operar). Mas, o protótipo pode tb ser muito pequeno (uso de modelo maior). •Com o desenvolvimento de um modelo adequado é possível predizer, sob certas condições, o comportamento do protótipo. •Que condições devem ser atendidas para assegurar a semelhança entre os escoamentos de modelo e de protótipo? →modelo e protótipo devem ser geometricamente semelhantes → ambos têm a mesma forma e as dimensões lineares do modelo são relacionadas com as correspondentes dimensões do protótipo por um fator de escala constante →protótipo e modelo devem ser cinematicamente semelhantes: apresentam o mesmo regime de escoamento. Como as fronteiras sólidas formam as linhas de corrente de contorno do sólido, escoamentos cinematicamente semelhantes devem ser também geometricamente semelhantes. →protótipo e modelo devem ser dinamicamente semelhantes: ambos apresentam a mesma distribuição de forças. Todas as forças devem ser relacionadas pelo mesmo fator de escala. TEORIA DOS MODELOS • pode ser desenvolvida a partir da análise dimensional: qualquer problema pode ser descrito em função de um conjunto de termos pi • formulação do problema: conhecimento da natureza geral do fenômeno físico e das variáveis relevantes do fenômeno assim, - para o protótipo: pi1 = f(pi2, pi3, .... pin) - para o modelo (m): pi1,m = f(pi2,m, pi3,m, .... pin,m) nesse caso, a forma da função será a mesma desde que os fenômenos envolvidos no protótipo e no modelo sejam os mesmos. • Uma igualdade dos grupos adimensionais para protótipo e modelo define a relação entre as variáveis, já que a função f é a mesma entre eles: pi1,m = pi1 pi2,m = pi2 pi3,m = pi3 ...... Exemplo: Considere o problema de arraste sobre uma esfera: F = f (D, v, ρ, µ) Pelo teorema pi de Buckingham obteve-se: = µ ρ ρ vD v F 122 fD protótipo 22 modelo 22 v F v F = DD ρρ 22 p p 22 m m v F v F ppmm DD ρρ = 2 m p 2 m p mP D D v v F F =m p ρ ρ p p m m µ ρ µ ρ ppmm Dv Dv = D D v v p m m p m p p m µ µ ρ ρ = 2 m p 2 p m mP D D D DF F = m p p m m p µ µ ρ ρ ρ ρ 2 mP F F = m p p m µ µ ρ ρ Pela teoria dos modelos: ⇒ ⇒ Remodelo = Reprotótipo Assim, e ⇒ SEMELHANÇA BASEADA NAS EQUAÇÕES DIFERENCIAIS → Análise dimensional: requer apenas o conhecimento das variáveis que influenciam o fenômeno que se deseja analisar. → Omissão de uma ou mais variáveis: pode provocar erros sérios de projeto → Abordagem alternativa: analisar equações que descrevem o fenômeno desde que conhecidas (normalmente essas equações são diferenciais). → Nesse caso: é possível desenvolver as leis de semelhança a partir das equações que descrevem o fenômeno (mesmo sabendo que pode ser impossível obter uma solução analítica das equações). → Para ilustrar essa possibilidade: considere o escoamento bidimensional incompressível de um fluido Newtoniano com viscosidade constante. As equações que regem esse fenômeno são: o Equação da continuidade: (1) o Equações de Navier-Stokes: (2) → Equações de difícil solução para a maioria dos escoamentos. A equação (1) tem dimensão de (tempo)-1 e as equações (2) tem dimensões de força/volume. → Transformando as equações acima em equações adimensionais: o Eq. (1): dividir todos os comprimentos por um comprimento de referência L o Eq. (2): dividir todas as velocidades por uma velocidade de referência v ∞ (normalmente adota-se a velocidade da corrente livre). o dividir a pressão por duas vezes a pressão dinâmica da corrente livre. o denotar por asterístico as variáveis adimensionais: o exemplos de procedimentos de adimensionalização: ( ) ( ) ( ) 2 2 222 2 2 *y *u L v *y *u *yL v L.*y v.*u L.*yy u yy u *x *u *u L v )L.*x( )v.*u( v.*u x u u ∂ ∂ = ∂ ∂ ∂ ∂ = ∂ ∂ ∂ ∂ = ∂ ∂ ∂ ∂ = ∂ ∂ ∂ ∂ = ∂ ∂ = ∂ ∂ ∞∞∞ ∞∞ ∞ o seguindo esse procedimentos, as equações (1) e (2) ficam: L/v ∞ L/v2 ∞ ρo dividindo a primeira equação por e as duas seguintes por 0 *y *v *x *u = ∂ ∂ + ∂ ∂ ∂ ∂ + ∂ ∂ + ∂ ∂ −= ∂ ∂ + ∂ ∂ ∞ 2 2 2 2 *y *u *x *u Lv*x *P *y *u *v *x *u *u ρ µ ∂ ∂ + ∂ ∂ + ∂ ∂ −−= ∂ ∂ + ∂ ∂ ∞∞ 2 2 2 2 2 *y *v *x *v Lv*y *P v gL *y *v *v *x *v *u ρ µ o analisando essas equações observa-se que aparecem coeficientes adimensionais nas equações de N-S: → - identificado como o inverso do nº de Reynolds → em frente ao termo associado a forças viscosas → - no termo da força da gravidade (associado ao nº de Froude) Lv ∞ ρ µ v gL 2 ∞ o Lembrando: a forma matemática da solução das equações é muito sensível aos valores dos coeficientes das equações (por ex., certas equações diferenciais parciais podem ser elípticas, parabólicas ou hiperbólicas, dependendo dos valores dos coeficientes). o Com base nas equações obtidas: a solução (configuração real do escoamento) depende de 2 coeficientes → por ex.: se Re for muito grande ( µ/(ρv ∞ D) muito pequeno) as diferenciais de segunda ordem podem ser desconsideradas (pelo menos na maior parte do escoamento, pois sempre haverá uma camada limite onde os efeitos viscosos serão importantes) e caímos nas equações de Euler. o Obs.: muito cuidado em desconsiderar derivadas de ordem superior mesmo que seus coeficientes sejam pequenos, pois isso significa a perda de uma condição de contorno (especialmente a condição de não escorregamento) ser grande ou pequeno permite prever se as forças da gravidade serão significativas ou não, respectivamente. o A escrita das equações na forma adimensional pode auxiliar na compreensão do fenômeno físico e na identificação das forças dominantes. o Para que dois escoamentos sejam geometricamente semelhantes, mas em escalas diferentes (por ex., um modelo e um protótipo) as equações somente levam a um mesmo resultado matemático se os dois escoamentos tiverem os mesmos coeficientes, ou seja, apresentarem a mesma importância relativa da gravidade, viscosidade e das forças de inércia. v gL 2 ∞
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