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Farmacologia do Sistema Nervoso Autônomo Sistema Nervoso Parassimpático Gânglios autonômicos-receptores nicotínicos - ionotrópicos Ventura ALM, et al. / Rev Psiq Clín. 2010;37(2):66-72 NICOTINICOS- IONOTRÓPICO (Na+) MUSCARÍNICOS- METABOTRÓPICOS (acoplados à proteína G) Sistema Nervoso Parassimpático Repouso Glandular Classificação dos Receptores Colinérgicos ◼ Nicotínicos- nos gânglios e junção neuro- muscular ◼ Muscarínicos- nos efetores do sistema nervoso parassimpático Ventura ALM, et al. / Rev Psiq Clín. 2010;37(2):66-72 Efeitos dos colinomiméticos ◼ Cardiovasculares- redução da PA ◼ Músculo liso- broncoconstrição e dor em cólica ◼ Sudorese, lacrimejamento, salivação e secreção brônquica ◼ SNC- M1- tremor, hipotermia, aumento da atividade locomotora e melhora da cognição Agonistas muscarínicos – ação direta ◼ Parassimpatomiméticos ◼ Acetilcolina- sem utilização clínica ◼ Metacolina, carbacol e betanecol (esteres da colina) ◼ Muscarina, pilocarpina e arecolina (alcaloides naturais) Usos clínicos ◼ Distúrbios da bexiga urinária (betanecol- Atonia de bexiga - pós-cirúrgico) ◼ Xerostomia (pilocarpina, cevimelina) ◼ Diagnostico de hiper-reatividade brônquica (metacolina) ◼ Glaucoma (carbacol, pilocarpina) ◼ Alzheimer (??) Efeitos colaterais ◼ Bradicardia ◼ Vasodilatação ◼ Contração do músculo liso visceral ◼ Aumento das secreções exócrinas ◼ Contra-indicações: asma, DPOC, obstrução urinária ou do TGI, doença ácido-péptica; doença cardiovascular; hipotensão e hipertireoidismo (podem ppt fibrilação atrial) Intoxicação por cogumelos ◼ MICETISMO ◼ Inocybe e Clitocybe - Muscarina ◼ 30 a 60 min após ingestão ◼ Salivação, lacrimejamento, náuseas, vômitos, cefaleia, distúrbios visuais, cólicas abdominais, diarreia, broncoespasmo, bradicardia, hipotensão e choque ◼ Tratamento- antimuscarínico e de suporte ◼ Psilocybe- psilocibina= alucinógeno ◼ Manter atualização da intoxicação por cogumelos/região Agentes colinomiméticos de ação indireta- Anticolinesterásicos ◼ Aumentam a quantidade de ACh disponível pela inibição da acetilcolinesterase (enzima que degrada ACh) ◼ Três subclasses: ◼ ação curta (hidrofônio) ◼ Ação média (neostigmina, fisostigmina) ◼ Ação longa (organofosforados, diflos, ecotiopato) Efeitos ◼ Bradicardia, hipotensão, secreções excessivas, broncoconstrição, hipermotilidade TGI ◼ envenenamento Usos clínicos ◼ Reversão do bloqueio neuromuscular após cirurgia ◼ Miastenia gravis (neostigmia, piridostigmina ou ambenônio; Edrofônio- diagnóstico de miastenia gravis) ◼ Tratamento do glaucoma (ecotiopato) ◼ Atonia dos músculos lisos do trato intestinal e da bexiga (neostigmina) Antagonistas muscarínicos ◼ Parassimpatolíticos ◼ Atropina (Atropa belladona) e hioscina (Datura stramonium) ANTAGONISTAS MUSCARÍNICOS Usos clínicos ◼ Atropina- adjuvante de anestesia, redução das secreções, envenenemento por anticolinesterásicos, bradicardia, hipermotilidade do TGI (antiespasmódico) ◼ Hioscina (escopolamina)- iguais à atropina. Antiespasmódico. ◼ Metonidrato de atropina- hipermotilidade do TGI Usos clínicos ◼ Ipatrópio- inalação (broncodilatação) ◼ Tropicamida- uso oftálmico para produzir midríase e cicloplegia. Ação curta. Ciclopentolato- ação longa ◼ Pirenzepina- ação em receptores M1- inibe a secreção ácida gástrica- úlcera. Efeitos colaterais ◼ Taquicardia ◼ Hioscina- amnésia BLOQUEADORES COLINÉRGICOS s Fármacos bloqueadores musculares Bloqueadores musculares: agentes não-despolarizantes Mecanismo de ação: Bloqueadores não-despolarizantes atuam como antagonistas competitivos dos receptores ACh situados na placa terminal. Necessidade de bloquear cerca de 70% a 80% dos receptores para que a transmissão seja interrompida. Bloqueadores musculares: agentes não-despolarizantes Interação de drogas com agentes bloqueadores neuromusculares Princípio geral – Existe a necessidade de controlar com muito cuidado a magnitude e a duração da paralisia durante a cirurgia São utilizados principalmente em anestesia para causar relaxamento muscular. Anestésicos voláteis – aumenta a duração da ação de drogas bloqueadoras não-despolarizantes Antibióticos – potencializa a ação dos agentes bloqueadores (Aminoglicosídeos) Anticolinesterásicos – aumenta o tempo de duração de bloqueadores que são inativados pela esterases. Balanço ácido-base– acidose potencializa a ação de alguns bloqueadoras não-despolarizantes (e.g. tubocurarina) Interação de drogas com agentes bloqueadores neuromusculares A escolha do bloqueador muscular se baseia na latência e duração da ação e condições do paciente. Uso terapêutico dos bloqueadores musculares CUIDADOS ESPECIAIS Bloqueadores musculares: agentes despolarizantes Decametônio produzia contrações espasmódicas transitórias (fasciculações) antes de causar bloqueio. Tubocurarina causa apenas paralisia flácida. O suxametônio (succinilcolina) possui estrutura semelhante ao decametônio e a ACh e é hidrolisado pela colinesterase do plasma. E fe it o d a s u cc in il co li n a Efeito da succinilcolina Comparação entre bloqueadores não-despolarizantes e despolarizantes Fármacos anticolinesterásicos são eficazes como antídoto dos bloqueadores não-despolarizantes. Em contrapartida, o bloqueio por despolarização não é afetado, ou até mesmo aumentado pelos anticolinesterásicos. Discuta: Os anticolinesterásicos são uma alternativa para suplantar os efeitos dos bloqueadores musculares? Explique. As fasciculações observadas com o suxametônio antes da paralisia não ocorrem com os fármacos competitivos (não-despolarizantes). Efeitos adversos e situações de risco do uso de fármacos despolarizantes Bradicardia: Evitada pelo uso de atropina e provavelmente é resultante de um ação muscarínica direta. Liberação de potássio: aumento da permeabilidade da placa motora – perda de potássio e elevação do K+ plasmático. Hipercalemia. Aumento da pressão intra-ocular: contratura dos músculos extra- oculares que aplicam pressão sobre o globo ocular. Paralisia prolongada: ocorre quando algum fator altera a atividade da colinesterase plasmática que hidrolisa o fármaco. Exemplo: variantes genéticas, anticolinesterásicos, recém-nascidos e pacientes com doenças hepáticas. Efeitos adversos e situações de risco do uso de fármacos despolarizantes Hipertermia maligna: condição hereditária rara onde há mutação do canal de Ca+2 do reticulo sarcoplasmático que produz espasmos muscular intenso e elevação da temperatura quando certos fármacos são administrados. Fármaco Vel. de início Duração Efeitos colaterais Observações Tubocurarina Lenta (<5min) Longa (1- 2h) Hipotensão (bloqueio ganglionar + liberação de histamina) Broncoconstrição (liberação de histamina) Uso cínico raro Pancurônio Intermediária (2-3min) Longa Taquicardia modesta Sem hipotensão Amplamente utilizado (pipercurônio é similar) Vecurônio Intermediária Intermediá ria (30- 40min) Poucos efeitos colaterais Amplamente utilizado. Eventualmente causa paralisia prolongada Atracúrio Intermediária Intermediá ria (<30min) Hipotensão transitória (liberação de histamina) Amplamente utilizado Características dos fármacos bloqueadores neuromusculares Fármaco Vel. de início DuraçãoEfeitos colaterais Observações Mivacúrio Rápida (~2min) Curta (~15min) Hipotensão transitória (liberação de histamina) Fármaco novo semelhante ao atracúrio Suxametônio Rápida Curta (~10min) Bradicardia (efeito agonista muscarínico), arritmias cardíacas (aumento de K+), aumento da pressão intra-ocular, dor muscular no pós- operatório Utilizado em procedimentos curtos Características dos fármacos bloqueadores neuromusculares Suxametônio= succilcolina- despolarizante
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