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Direito Civil Direito Reais -> tem caráter Patrimonial As relações jurídicas entre pessoas e coisas são suscetíveis de apropriação econômica o que significa dizer que tem caráter patrimonial. Características: Oponabilidade ERGA OMNES -> Direito da Personalidade (em face de todos) Direitos Absolutos : Todo e qualquer individuo tem que respeiar o meu direito. Se admite Relativização Sequela -> é quando os direitos reais acompanham as coisas Ex: Perder o celular e não achar Publicidade -> Para constituir os Direitos Reais Bens Móveis -> Precisa da Tradição Bens Imóveis -> Precisa do RGI (Registro de Imóveis) Exclusividade -> Incidência de Direito sobre a coisa com exclusividade. É possível identificar mais de um proprietário em relação a um mesmo bem? EX: João é proprietário de um imóvel, ardilosamente, vende o referido bem para Ana e Joana, que não possuem nenhum tipo de relação. Ana efetua o Registro do Imóvel e 2 meses depois Joana procura o RGI para o mesmo fim. R: Logo, Não pode ter mais de um proprietário.A exclusividade é de Ana tendo em vista que a mesma realizou primeiro o Registro. Joana apenas poderá ingressar com uma ação contra João. Taxatividade -> NUMERUS CLAUSUS Liberdade Negocial (as partes não podem criar uma hipótese. É licito as partes a criação de Direitos Reais? R: Não, é campo de Direito Obrigacional. Direitos Reais decorrem das Leis, não necessariamente do Código Civil. São Direitos Reais Propriedade - Superfície - Servidões - Usufruto - Habitação - Penhor – Hipoteca – Anticrese – Laje – Direito do Promitente comprador de imóvel - concessão de uso especial para fins de moradia. Obs: Posse não está relacionada ao Direito Real (Relação de Fato) Pode existir mais de 1 proprietário de um mesmo bem, sendo cooproprietários. Cada um exerce de forma exclusiva. Direitos Obrigacionais Direitos Reais Relativos (Eficácia INTER PARTES) Absolutos (Eficácia ERGA OMNES) Credor vincula Devedor Sujeito (titular) vincula à coisa Sujeito Passivo Determinado Sujeito Passivo Indeterminado Atipicidade Tipicidade Obrigação PROPTER REM (figura hibrida) São Obrigações de Natureza AMBULATÓRIA A titularidade acompanha o Direito Real Ex: IPTU – CONDOMINIO - PRESERVAÇÃO AMBIENTAL. POSSE Situação de Fato protegido pelo Direito. Não é um Direito Real Trata- se de exercício de fato de poder inerente ao Domínio (propriedade) Teorias: Subjetiva -> Savigny -> CORPUS E ANIMUS CORPUS -> Elemento Material - relação de fato ao bem ANIMUS -> Intenção de possuir o bem (elemento psicológico) como proprietário. Objetiva -> Imering -> É a exteriorização da propriedade. Basta o exercício em nome próprio do poder de fato sobre a coisa. É necessario somente o CORPUS Ex: Locatário ART 1196 -> Considera-se possuidor todo aquele que tem exercício de Fato (teoria Objetiva) POSSE DETENÇÃO Exercicio de Fato em nome próprio Ex: Locação Karine é locatária do bem... Exercício de Fato em nome alheio Famulo da posse -> Relação de dependência com o possuidor. Relação de Subordinação. Ex: Caseiro Motorista Particular Caseiro não pode pleitear usucapião, pois seu exercício de fato ser de nome alheio. ART 1198 CC CLASSIFICAÇÃO DA POSSE E SUAS CARACTERÍSTICAS POSSE DIRETA (locatário) E INDIRETA (locador) – ART 1197 CC Exercício de Direito -> O possuidor Direto pode defender a sua posse contra o possuidor Indireto. Ex: O Proprietário -> Posse Indireta POSSE JUSTA E INJUSTA – ART 1200 CC É justa a posse que não for: Violenta (homens armados) Clandestina ( Cerca de vizinhos) Precária ( Não devolver o uniforme de trabalho) Posse Justa -> Mansa e Pacífica POSSE DE BOA FÉ E MÁ FÉ - ART 1201 CC Acredita que se encontra em uma Situação Legítima. O ignorar do Art é subjetivo. Diligência Normal Exigida na Situação -> Tirar as certidões do RGI Pegar um caneta bic de alguém, que por acaso é igual a sua (logo a pessoa não sabe que a posse era ilegítima) Obs: Culpa, Negligência ou Falta de Diligencia excluem a Boa Fé. Art 1201 PU -> Possuidor de Justo título, prevê Boa Fé - ex: Recibo de compra. Justo Título: Ato Formalmente Adequado para Transferir o Dominio. POSSE ORIGINÁRIA E POSSE DERIVADA POSSE AO INTERDICTA E POSSE AD USUCAPIONEM INTERDICTA -> Não está apta para gerar comprometimento ao usucapião (injusta) -> Interditos Possessórios USUCAPIONEM -> Livre e desembaraçada EFEITOS DA POSSE Percepção dos Frutos (Bens Acessórios) Principio Gravitacional Art 92 CC o Bem Principal existe por si só Utilidades produzidas periodicamente sem comprometimento do bem principal ( BEM ACESSÓRIO) Art 1214 a 1216 POSSE COLHIDOS PENDENTES PERCIPIENTE Boa fé Direito do possuidor Restituição com direito a dedução das despesas (os que não foram ainda colhidos) ----------------- Má fé Indenização ao Ilegitimo possuidor - Dedução das Despesas. Direito a Despesas Indenização ao Possuidor Legítimo Obs: O possuidor de má fé tem direito as deduções das despesas, pq teve um comprometimento para manter os frutos. Princípio que veda o Enriquecimento sem causa. Benfeitorias Art 46 CC e Art 1219 e 1220, CC. POSSE NECESSÁRIA UTIL (facilita ou melhora o bem) VOLUPTUÁRIA Boa Fé Indenização + Retenção Indenização + Retenção Jus Tollendi – Pode retirar do bem. Não tem direito a Retençaõ. Má Fé Restituição do Valor Gasto ---------------- ---------------- Desforço Possessório Defesa minina da posse -> Binomio : Imediatismo e Proporcionalismo Art 1210 ss 1, CC C/C Art 188, CC. Legitima Defesa Estado de Necessidade Interditos Possessórios Art 1210, CC. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de TURBAÇÃO, restituído na de ESBULHO e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado. Legitimado Ativo -> Possuidor Legitimado Passivo -> Aquele que realiza ato de Moléstia (abatimento moral) a posse do autor. ESBULHO TURBAÇÃO AMEAÇA Agressão que culmina com a perda da posse - Reintegração da posse. Efeito Restaurador Ação que embaraça o exercicio normal da posse. Manutenção da Posse. Efeito Normalizador Risco de ESBULHO ou de TURBAÇÃO. Interdito Proibitório. Art. 506 -> O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de TURBAÇÃO e Reintegrado no caso de ESBULHO. Art. 567 -> Possuidor Direto ou Indireto que tenha Justo Receio de ser molestado na posse poderá requerer ao juiz que o segure da TURBAÇÃO ou ESBULHO iminente -> Pena Pecuniária caso transgrida o preceito. Punginibilidade das Ações Possessórias Art. 554 CPC -> A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente aquela cujos pressupostos estejam provados. Art. 558 -> Ação proposta dentro de ano e dia da TURBAÇÃO ou ESBULHO afirmado na inicial (situação que a doutrina chama de posse nova) -> o procedimento a ser adotado será o Especial -> cabe liminar. Se a ação for proposta após o referido prazo (posse velha) o seu procedimento será Comum. Demonstrada Perigo de Dano ou Risco do Resultado -> Tutela de Urgência AQUISIÇÃO DA POSSE Art. 1204 CC -> Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, em nome próprio de qualquer dos poderes inerentes a propriedade. Aquisição Originária -> Usucapião Não há relação jurídica com o antecessor da posse – Ato Unilateral. Aquisição Privada -> Posse decorre de um negócio jurídica (venda/ doação/ locação) TEORIA DA POSSE Tradição Real -> envolve a entrega efetiva e material da coisa. Tradição Simbólica -> Atitudes, gestos, intenção de transferir a posse Ex: Cheque de Auditório. Tradição Ficta -> (consensual) não ocorre a exteriorização. Existe inversão de animus do sujeito. Constituo Possessório -> cláusula contratual mediante a qual o alienante (vendedor) transmite a posse da coisa alienada ao nome do comprador, embora continue a deter o bem; desprendimento de posse. Obs:A clausula não se presume, precisa ser expressa. Traditio Brevi Manu -> O inverso do constituto possessório ocorre quando a pessoa que possuí em nome alheio passa a possuir em nome próprio. Ex: o locatário que possui a casa em nome alheio compra a casa passando a possuir em nome próprio, neste caso a cláusula será da traditio brevi manu. ACESSÃO DA POSSE A posse pode ser adquirida em virtude de sucessão intervivos ou mortis causa. Art. 1206 CC. A posse transmite-se aos herdeiros ou legatarios do possuidor. DIREITO DE PROPRIEDADE É o Direito que toda pessoa física ou jurídica tem, dentro dos limites normativos de usar, gozar e dispor de um bem, corpóreo ou incorpóreo, bem como de reivindicá-lo de quem quer que injustamente o detenha É o Direito Real MAIS AMPLO E DE MAIOR CONTEÚDO Art. 1228 CC FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE – Art . 5º, XXIII CF, c.c art. 1228 §§ 1º e 2º CC Desloca-se o foco do individualismo e do absolutismo para consolidar o interesse social A propriedade cumpre a sua f unção social quando respeita a riqueza do desenvolvimento social, ao meio ambiente e cumprir e as legislações Proteção Constitucional Limitação do Direito de Propriedade Utilidade conferida ao bem de acordo com o compromisso com a sociedade Deve ser exercido em consonância com suas finalidades econômicas e sociais, de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a fauna, flora, belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitar a poluição do ar e das águas. Valores perseguidos, além do interesse individual: Coletividade Meio Ambiente – Ecologicamente equilibrado Fauna - Patrimônio Histórico - Agua – Ar -Flora Utilização da propriedade em prol do desenvolvimento da riqueza social ELEMENTOS CONSTI TUTIVOS Jus utendi: É a prerrogativa de tirar do bem todos os serviços que ele pode prestar, sem que haja alteração em sua substância; Direito de Usar Jus fruendi: É o direito de perceber os frutos e de utilizar os produtos da coisa; Direito de Fruir Jus abutendi ou disponendi: É o direito de poder dispor da coisa ou o poder de aliená-la a título gratuito ou oneroso, abrangendo também o poder de consumi- la e o poder de gravá-la de ônus ou submetê-la ao serviço de outrem. Direito de Dispor Reinvidicatio: É o poder que tem o proprietário de mover ação para obter o bem de quem quer que injustamente o detenha; Direito de Reivindicar AÇÃO REIVINDICATÓRIA Pressupostos: Titularidade de Domínio Individualização da Coisa Ilegitimidade do Réu Obs: Defesa do Réu (Usucapião) Posse Mansa e Pacífica. CARACTERÍSTICAS DA PROPRIEDADE a) Caráter absoluto: Devido à sua oponibilidade “erga omnes”, pelo fato de ser o mais completo dos direitos reais e de que o seu titular pode desfrutar do bem como quiser, sujeitando-se apenas às limitações legais impostas em razão do interesse público ou da coexistência do direito de propriedade (oponibilidade) de outros titulares (ar t. 1231 CC) b) Caráter exclusivo: Em razão do princípio de que uma coisa não pode pertencer com exclusividade e simultaneamente a duas ou mais pessoas. O Condomínio é a propriedade dividida em partes ideais, sendo assim o condomínio não exclui o caráter exclusivo c) Caráter perpétuo: O domínio subsiste independentemente do exercício, enquanto não sobrevier causa extintiva legal ou oriunda da própria vontade do titular. O Direito de propriedade não se perde pelo não uso d) Caráter elástico: A propriedade pode ser distendida ou contraída no seu exercício, conforme se lhe adicionem ou subtraiam poderes destacáveis (transferência) e) Plenitude DIREITO DE VIZINHANÇA São limitações ao Direito de Propriedade de natureza jurídica Propter Rem deveres impostos. Abrange todos que estão localizados nas proximidades desta e que podem eventualmente sofrer prejuízos decorrente do uso indevido dos direitos a ela inerentes. Princípios que Incidem: Função Social da Propriedade Solidariedade Vedação do Enriquecimento sem Causa Espécies: Uso Anormal da Propriedade: Uso que viola o princípio da Função Social. Uso anormal da propriedade que perturba: Saúde/ Segurança e Sossego, daqueles que possuem propriedades vizinhas. EX: Cachorro latindo/ Fumaça. Combate-se o Uso anormal da vizinha com: Ação de Dano Infecto (não aconteceu, mas está prestes a acontecer, por isso a lei possibilita ao proprietário a possibilidade de exigir uma caução de garantia caso ele venha a se concretizar). Limitações Legais ao Domínio Direito de Tapagem e Direito de Construir Abalo a Saúde, Segurança e Sossego. Critérios para Aferir a Anormalidade: Verificar se o Incomodo está nos limites toleráveis Examinar a Destinação do Bairro Verificar a pré-ocupação - quem chegou primeiro? Arvores Limítrofes - Assim, a árvore do vizinho é acessória em relação ao solo, e por sua vez, os frutos são acessórios em relação àquela árvore. Portanto, se o vizinho é o dono do solo onde a árvore está plantada, este também será o dono dela e, por conseguinte, dos seus frutos. Se o Fruto cai na propriedade do vizinho, o fruto passa a pertencer ao dono da propriedade. Limites entre Prédios e direito de tapagem Direito de Construir
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