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EFEITO ALELOPÁTICO DE EXTRATOS DE Eucalyptus citriodora SOBRE A GERMINAÇÃO DE TRÊS ESPÉCIES DE HORTALIÇAS

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EFEITO ALELOPÁTICO DE EXTRATOS DE Eucalyptus citriodora SOBRE A GERMINAÇÃO DE TRÊS ESPÉCIES DE HORTALIÇAS.
Paranavaí, 04 de Dezembro de 2016.
INTRODUÇÃO
O termo alelopatia foi cunhado por Molisch (1937) e significa do grego allelon = de um para outro, pathós = sofrer. O conceito descreve a influência de um indivíduo sobre o outro, seja prejudicando ou favorecendo o segundo, e sugere que o efeito é realizado por biomoléculas (denominadas aleloquímicos) produzidas por uma planta e lançadas no ambiente, seja na fase aquosa do solo ou substrato, seja por substâncias gasosas volatilizadas no ar que cerca as plantas terrestres (Rizvi et al., 1992). Rice (1984) definiu alelopatia como: “qualquer efeito direto ou indireto danoso ou benéfico que uma planta (incluindo microrganismos) exerce sobre outra pela produção de compostos químicos liberados no ambiente”.
De acordo com RIZVI & RIZVI (1992), os aleloquímicos podem afetar: estruturas citológicas e ultra-estruturais; hormônios, tanto alterando suas concentrações quanto o balanço entre os diferentes hormônios; membranas e sua permeabilidade; absorção de minerais; movimentos dos estômatos, síntese de proteínas; atividade enzimática; relações hídricas e condução; material genético, induzindo alterações no DNA e RNA.
Segundo GLIESSMAN (2000), os aleloquímicos podem ser liberados pelas plantas lavados das folhas verdes, lixiviados de folhas secas, volatilizados das folhas, exsudados das raízes, ou liberados durante a decomposição de restos de plantas. Mesmo flores, frutos e sementes podem ser fonte de toxinas alelopáticas. Também existem casos em que os produtos não são tóxicos até terem sido alterados no próprio ambiente, seja por degradação química normal ou pela ação de microrganismos.
A região noroeste do Paraná (Arenito Caiuá) é uma área que demanda muitos produtos florestais, tanto para fins energéticos como para madeira cerrada e, somando-se às condições climáticas favoráveis da região, pode-se afirmar que o local apresenta grande potencial para expansão da eucaliptocultura (Migliavacca, 2010). 
Na cidade de Paraíso do norte, pode-se observar o cultivo de hortaliças próximo a extensas plantações de grandes áreas reflorestadas com eucalipto. O eucalipto freqüentemente é citado na bibliografia como espécies que sintetizam aleloquímicos. Portanto, estes podem interferir na geminação, crescimento e desenvolvimento das hortaliças, resultando em sérios problemas para a agricultura. 
O cultivo de hortaliças próximas a áreas de reflorestamento com eucalipto tem se tornado uma prática comum entre produtores. Portanto este pode interferir na germinação, crescimento e desenvolvimento das hortaliças, sendo assim, um importante instrumento para estudos de identificação sobre seu potencial alelopatico sobre espécies de hortaliças.
	O objetivo deste trabalho será verificar os possíveis efeitos alelopáticos de diferentes concentrações de extrato de folhas frescas de Eucalyptus citriodora sobre a germinação de sementes de hortaliças. Pois as folhas de Eucalypto citiodora podem interferir no crescimento das hortaliças se as árvores estiverem muito próximas dos locais de cultivos das hortaliças. 
Metodologia
O experimento foi realizado no laboratório de Química da Unespar/campus de Paranavaí no dia 17 de dezembro de 2016. Para a obtenção do extrato aquoso foram utilizadas folhas frescas de Eucalyptus citriodora coletadas no município de Paraiso do norte. As sementes de alface, couve e repolho foram adquiridas em casa agropecuária. Para a obtenção do extrato de folhas frescas utilizou-se 25g de folhas frescas de Eucalypto citiodora com 100 ml de água destilada e triturada durante 1 minuto no liquidificador, o extrato obtido foi filtrado com papel filtro e diluído em quatro concentrações, 100%, 75%, 50% e 25%. 
A germinação das sementes foi testada em câmaras de germinação com fotoperiodo de 12 horas a 25ºC. As sementes foram colocadas para germinar em placas de Petri forradas com folha de papel filtro e umedecidas com 6mL de extrato apenas no dia da montagem do experimento, com os extratos de Eucalypto citiodora nas concentrações de 0%; 25%, 50%; 75% e 100% (v/v). As placas foram envolvidas em papel PVC transparentes para diminuir a velocidade de evaporação. Para todas as espécies foi utilizada uma amostragem de 10 sementes por tratamento, com três repetições. A germinação foi verificada no final do 7° dia, e o critério de germinação foi a emergência radicular. 
Resultados e Discussões
As contrações de 0% e 25% tiveram, ao final do período experimental, maior índice de germinação (Tabela 1). Em relação às demais concentrações: 75% e 100% poucas sementes de repolho e couve germinaram (Gráfico 1).
	Concentrações
	0%
	25%
	50%
	75%
	100%
	Media da alface
	10
	7
	1,3
	0,3
	0
	Media do repolho
	10
	7,3
	3
	3
	3
	Media da couve
	10
	5
	1,6
	1,3
	1,6
Tabela 1. Média de germinação das sementes
Gráfico 1. Média de germinação
Com base no Gráfico 2 podemos observar que a alface teve o menor numero de germinação nas concentrações de 75% e 100% como era esperado. 
O repolho apresentou resultados distintos em relação a germinação da alface e da couve, no gráfico 3 podemos observar que algumas sementes conseguiram germinar mesmo em concentrações 
Já a couve apresentou germinação em algumas sementes nas concentrações mais altas, porém não foram muitas como no repolho e superiores aos da alface. de 75% e 100%. 
 Gráfico 2. Nº de germinação da alface. 
Gráfico 3. Nº de germinação do repolho.
Grafico 4. Nº de germinação da couve
Conclusão:
O extrato obtido através das folhas de Eucaliptus citiodora nas concentrações de 50%, 75% e 100% inibiram a germinação de sementes de alface (Lactuca sativa L.) e couve (Brassica oleracea), sugerindo seu efeito alelopático sobre esta espécie, ao passo que as sementes de repolho (Brassica oleracea var. capitata) sofreram menor interferência em sua germinação. Com base nesse resultados, concluímos que realmente o plantio de eucalipto próximo á locais de cultivo de hortaliças irá interferir na quantidade de germinação e posteriormente ou a longo prazo causar prejuízos econômicos ao horticultor. 
REFERÊNCIAS:
ALBACH, A. C. C.; ALMEIDA, V. P.; BREIER, T. B.; BARRELLA, W. Potencial alelopático das folhas de Eucalyptus urophila. Revista Eletrônica de Biologia, v.3, n.2, p. 32-47, 2010.
BEDIN, C.; MENDES, L. B.; TRECENTE, V. C.; SILVA, J. M. S. Efeito alelopático de extrato de Eucalyptus citriodora na germinação de sementes de tomate (Lycopersicum esculentum M.). Revista Científica Eletrônica de Agronomia, n.10, dez., 2006. 
EMBRAPA. Embrapa Florestas Sistemas de Produção, n.4. Cultivo do Eucalipto, Versão Eletrônica. ISSN 1678-8281, ago. 2003. Disponível em http://sistemasdeproducao.cnptia. embrapa.br Revista Eletrônica de Educação e Ciência (REEC) – ISSN 2237-3462 - Volume 02 – Número 02 – 2012 Revista Eletrônica de Educação e Ciência – 2013; 3(2): 01-06 /FontesHTML/Eucalipto/CultivodoEucalipto/. Acesso em 03 jun. 2012. 
FERREIRA, M. C.; SOUZA, J. R. P.; FARIA, T. J. Potenciação alelopática de extratos vegetais na germinação e crescimento inicial de picão-preto e alface. Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2006

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