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Serviço Social Contemporâneo Autores: Edilene Xavier Costa Elisa Cléia Pinheiro Rodrigues Nobre Tema 02 A especificidade do Serviço Social seç ões Tema 02 A especificidade do Serviço Social Como citar este material: COSTA, Edilene Xavier, NOBRE, Elisa Cléia Pinheiro Rodrigues. Serviço Social Contemporâneo: A especificidade do Serviço Social. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. SeçõesSeções Tema 02 A especificidade do Serviço Social 5 Conteúdo Nessa aula você estudará: • O assistente social como um trabalhador contratado para responder às demandas populacionais, do Estado e da classe dominante. • A legitimidade do Serviço Social enquanto profissão, sua utilidade pública, e a tensão em que vive o assistente social situado entre a lógica da perspectiva endogenista e os fundamentos da perspectiva histórico-crítica. • A questão social sob a óptica das duas vertentes expostas. CONTEÚDOSEHABILIDADES Introdução ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro A Natureza do Serviço Social, do autor Carlos Montaño, Editora Cortez, 2009, 2ª Edição PLT 354. Roteiro de Estudo: Prof.ª Edilene Xavier Costa Prof.ª Elisa Cléia Pinheiro Rodrigues Nobre Serviço Social Contemporâneo 6 CONTEÚDOSEHABILIDADES LEITURAOBRIGATÓRIA Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões: • Por que a prática profissional é permeada de tensão? • O que legitima a prática profissional sob a perspectiva Evolucionista? • Quais os elementos que legitimam o Serviço Social sob a perspectiva Histórico-crítica? A especificidade do Serviço Social Sob as duas teses, Endogenista ou Evolucionista e Histórico-crítica, reconhecida- mente opostas, Carlos Montaño apresenta a tensão vivida pelos assistentes sociais em consequência dos alicerces que determinaram o Serviço Social como profissão. Inicial- mente, é necessário saber o significado de tensão. Houaiss (2001) conceitua por tensão estado do que ameaça romper-se […] diferença de potencial entre dois de seus pontos […] força ou sistema de forças que age sobre um corpo sólido, por unidade de área, e é capaz de provocar compressão, cisalhamento ou tração […] estado de sobrecarga física ou mental. O mesmo autor entende por cisalhamento “fraturação das rochas sob a ação de esforços tectônicos, ou seja, dois esforços paralelos em sentidos opostos”. Montaño demonstra um campo de forças antagônicas em sentidos opostos que certamente aspira provocar uma fratura na sociedade, e que não necessariamente deve ser interpretada como negativa, podendo até significar o resultado da luta de classes. A perspectiva Endogenista também é conhecida por Evolucionista, pois, como o próprio nome já diz, segundo seus autores, a origem do Serviço Social deu-se como evolução das formas de ajuda que já existiam, porém de forma não sistematizada. Para os defensores desta tese, a legitimidade da profissão ocorre apenas por meio da “especificidade da sua 7 LEITURAOBRIGATÓRIA prática profissional” (Livro-Texto, p. 54). Torná-la verdadeira, jurídica e socialmente aceita é estabelecer limites às demais profissões, de maneira que caiba ao Serviço Social uma única e exclusiva especificidade. Dessa forma, para os Evolucionistas ou Endogenistas, a prestação de serviços à população vulnerável é trabalho específico do assistente social. Também compreendem por exclusivo, como condutora de sua prática, a pesquisa social, a metodologia, os objetivos, os objetos de intervenção e as políticas sociais. Há autores que consideram essa especificidade uma “grande ilusão”, como é o caso de Maria Lúcia Martinelli (apud Montaño, 2009, p. 55) uma vez que todas as profissões são construídas com o propósito social definido e, nas palavras de Martinelli, com uma identidade atribuída. Assim, como conferir problemas da área da saúde, habitação, saneamento básico, educação, entre outros a profissionais exclusivos do Serviço Social? Aos críticos desta concepção, trata-se de uma “ilusão fetichizada”, conferindo ao assistente social o poder sobrenatural e/ou mágico de solucionar problemas estruturais, sem discuti-los com as instâncias provocadoras dos mesmos. Montaño advoga que os defensores desses princípios o fazem por ansiedade, pois a mudança levaria o profissional do Serviço Social à perda da estabilidade. Parece difícil aceitar a tese de que a legitimidade do Serviço Social recaia na “especificidade” de sua prática, em especial em momentos nos quais espaços tradicionalmente ocupados por assistentes sociais estão sendo disputados com sociólogos, psicólogos sociais, terapeutas familiares e até profissionais não ligados diretamente ao “social”: agrônomos, médicos, arquitetos, entre outros […] sem perceber o lugar que ocupa a profissão na ordem socioeconômica, aparece como inteiramente “funcional” ao sistema e ao capital. (Livro-Texto, p.56) Assim, na concepção de Montaño, a especificidade é alimentada no intuito da categoria profissional manter seu campo de trabalho, seu emprego. Contrariamente à proposição demonstrada, os autores representantes da perspectiva Histórico-crítica esteiam que o Serviço Social ocupa um lugar na divisão sociotécnica do trabalho. Isso significa que, com o objetivo de cumprir o projeto hegemônico a favor do capital, a profissão desempenha “funções de controle e apaziguamento da população em geral e das classes trabalhadoras em particular”; além disso, corrobora com a acumulação do capital por meio da “socialização dos custos de reprodução da força de trabalho e do crescimento da demanda efetiva”, estimulando a produtividade e o trabalho (Livro-Texto, p. 57). Nesta perspectiva, a legitimidade da profissão está relacionada à ordem burguesa; assim, sua função social não se refere ao “seu caráter técnico” […] mas à “função política, de cunho educativo, moralizador e disciplinador” (ibid). José Paulo Netto, um dos representantes dessa tese, pondera que é apenas na ordem 8 monopólica que a atividade dos assistentes sociais pode ser percebida como legítima, pois o desempenho de suas funções se consolida “por meio da divisão social e técnica do trabalho na sociedade burguesa” (Livro-Texto, p.58). Sob essa ótica, a profissão legitima-se sob duas dimensões: “dimensão hegemônica e a dimensão subalterna” (ibid). De um lado, encontra- se o assistente social x classe demandante-empregador; e do outro, o assistente social x classe subalterna-usuário. Na dimensão hegemônica na qual o profissional relaciona- se com o demandante-empregador, a funcionalidade do Serviço Social é satisfazer aos interesses do sistema capitalista. Enquanto que, na relação subalterna, o usuário assume o papel de demandante ao transformar suas necessidades em reivindicações, “obrigando” o Estado (instrumento da classe hegemônica) a contratar o assistente social para diminuir sua vulnerabilidade. Assim, o assistente social só poderá atuar após ser aceito e legitimado pela população assistida. A questão social torna-se necessária, uma vez que transforma-se em estratégia de controle social por meio das políticas sociais executadas pelo assistente social, contratado pela classe dominante e legitimado pela população atendida. Todavia, Montaño (2009) adverte que o: Compromisso ético-profissional, portanto, deve estar voltado para atender os problemas que afetam essas classes sociais (que vivem do trabalho) […] é por isso que a opção político-profissional deve, além das orientações ideopolíticas de cada assistente social individualmente (o que pode reforçar ou não aquela opção), se voltar fundamentalmente para a defesa dos interesses e direitos das classes trabalhadoras e para a defesa dos princípios de democracia e justiça social, pois, mesmo que diretamentea demanda do profissional parta dos organismos ligados às classes dominantes, a verdadeira fonte […] e portanto o fundamento último da legitimação profissional, está na demanda e luta que a população trabalhadora faz por serviços sociais e assistenciais, e da conquista de direitos universais […] (Livro-Texto, p.64). Obviamente se pode desprezar o sentido primeiro do vocábulo “tensão”, entendido por Houaiss (2001) como “estado de sobrecarga física ou mental”, a que têm se submetido os profissionais do Serviço Social ante a contraditória relação usuário x empregadores dos serviços prestados. Daí a importância deste tema na sua formação profissional, para subsidiá-lo não só no enfrentamento da questão social, mas também no inevitável conflito decorrente das duas teses que fundamentam a gênese, a natureza, a funcionalidade e legitimidade da profissão. LEITURAOBRIGATÓRIA 9 LINKSIMPORTANTES Quer saber mais sobre o assunto? Então: Sites Leia o artigo de Evaristo Colmán: O que é Serviço Social? Vigência de um “velho” problema e desafio para a formação profissional. Disponível em: <http://www.ssrevista.uel.br/> Volume 1 - Número 1 Jul/Dez de 1998. Acesso em: 03 fev. 2014. Colmán levanta neste trabalho algumas preocupações que o aparecimento súbito deste tema impõe para a formação profissional. Discute a importância da Academia se preocupar em definir o que é o Serviço Social, bem como a relevância em oferecer uma resposta para esta questão no momento da formação profissional. Leia também o trabalho de Ednéia Machado: Questão Social: objeto do Serviço Social?. Disponível em: <http://www.ssrevista.uel.br/> Volume 2- Número 1 Jul/Dez 1999. Acesso em: 03 fev. 2014. Aborda a questão social como objeto do Serviço Social na nova proposta de reformulação curricular. Resgata a concepção de questão social como forma de refletir sobre a possibilidade da questão social, ou, suas expressões, constituírem-se como nosso objeto profissional do Serviço Social. Vídeos Assista ao vídeo Uma questão para se pensar. Disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=_4Xg1ZPwlxo&feature=related> Acesso em: 03 fev. 2014. Com o vídeo, você poderá fazer uma reflexão sobre se a especificidade do Serviço Social delimita-se somente à pobreza. 10 Instruções: Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema. Questão 1: O Serviço Social é legitimado oficialmente pelo papel que cumpre na ordem burguesa, mediante sua participação no Estado como executor final das políticas sociais. ASSIM: As fontes de legitimação do fazer profissio- nal passam a emanar do próprio Estado e do conjunto dominante. A ESSE RESPEITO, É POSSÍVEL CON- CLUIR QUE: As afirmações acima confirmam a Tese Evolucionista, de que o Serviço Social ori- ginou-se como a evolução das formas an- teriores de ajuda, caridade e filantropia. Assinale a alternativa correta: a) As três afirmações são verdadeiras; a segunda justifica a primeira e a terceira. b) As três afirmações são verdadeiras; a segunda justifica a terceira, mas não justifica a primeira. c) A primeira afirmação é verdadeira; a segunda e a terceira são falsas. d) As três afirmações são verdadeiras, porém a segunda justifica a primeira e não justifica a terceira. e) As três afirmações são falsas, pois não tratam da “especificidade” do Serviço Social. AGORAÉASUAVEZ 11 Questão 2: Considere o texto extraído de seu Livro- Texto: Numa perspectiva histórico-sistemática, vê-se o Serviço Social ocupando um lu- gar na divisão _________________ do trabalho, dentro de um projeto político- -econômico _______________, desem- penhando funções de ______________ e _____________ da população em geral e das classes trabalhadoras em particular, e contribuindo com a ______________ capi- talista. Assinale a alternativa que completa as la- cunas: a) Sociotécnica; hegemônico; controle; apaziguamento; acumulação. b) Cultural; hegemônico; controle; apazi- guamento; acumulação. c) Sociotécnica; minimizado; estímulo; controle; estruturação. d) Sociotécnica; inferiorizado; controle; estímulo; acumulação. e) Sociofinanceira; hegemônico; controle; apaziguamento; estruturação. Questão 3: Acreditar que a legitimidade do assistente social surge, não tanto pelo seu caráter téc- nico específico, mas pela função política, de cunho “educativo”, “moralizador” e “dis- ciplinador” que desempenha, nas análises de Iamamoto e Carvalho (1991), refere-se ao pensamento: a) Evolucionista. b) Subalterno. c) Endogenista. d) Populista. e) Histórico-crítico. Questão 4: Na Perspectiva Endognenista, a legitimida- de do Serviço Social radica na especificida- de da sua prática profissional (MONTAÑO, 2009, p. 54). Enquanto que, para os auto- res da Perspectiva Histórico-crítica: a) A legitimidade do Serviço Social radica na especificidade da sua prática profissional. b) A legitimação profissional consiste em estabelecer limites no campo interprofis- sional, sem interferir ou invadir o espaço específico do outro. c) Entende-se por “específico” do Serviço Social a prestação de serviços à população vulnerável, a pesquisa social, a metodologia, os objetivos profissionais e o objeto de intervenção AGORAÉASUAVEZ 12 d) Entende-se por sujeito do Serviço Social, os pobres, carentes, ou, na melhor das hipóteses, os assistidos pelas políticas sociais. e) Serviço Social é legitimado oficial- mente pelo papel que cumpre na ordem burguesa. Questão 5: Analise a afirmativa a seguir. O Serviço Social se institucionaliza e legiti- ma como profissão quando o Estado cen- traliza a política assistencial, efetivando através da prestação de serviços sociais implementados pelas grandes instituições; com isso, as fontes de legitimação do fazer profissional passam a emanar do próprio Estado e do conjunto dominante. A esse respeito é possível concluir que: I. O Serviço Social legitima-se enquanto profissão mediante sua prestação de serviços ao Estado, na qualidade de executor terminal de políticas sociais. II. A legitimidade do Serviço Social radica na especificidade da sua prática profissional. III. A legitimidade do Serviço Social dá-se pela função prestada à ordem burguesa. IV. A legitimidade do Serviço Social dá- se por meio da pesquisa social, da metodologia, dos objetivos e dos objetos de intervenção. V. O Serviço Social ocupa um lugar na divisão sociotécnica do trabalho. Assinale a única alternativa correta: a) Todas as alternativas estão corretas b) Apenas I, II, e III estão corretas. c) Apenas III, IV, e V estão corretas. d) Apenas II, IV e V estão corretas. e) Apenas I, III e V estão corretas. Questão 6: No aporte de Carlos Montaño (2009), a es- pecificidade é o elemento que dá sentido à profissão, e por essa razão tem sido o centro de inúmeros debates e análises por parte da categoria profissional. Descreva de que maneira a prática profissional do Assistente Social é legitimada, segundo a percepção dos autores da perspectiva Histórico-crítica. Questão 7: Conforme temos mencionado, as teorias que fundamentam o Serviço Social como profissão são opostas entre si. Os autores de cada uma dessas teorias acreditam em AGORAÉASUAVEZ 13 um elemento que consolida a “especifici- dade” da prática profissional. Por que os autores da tese Histórico-crítica criticam a chamada“especificidade” do Serviço So- cial defendida na tese Endogenista? Questão 8: As dimensões hegemônica e social da le- gitimidade profissional são, por sua vez, elementos por vezes contraditórios, em constante tensão. Como já observou Ia- mamoto (1992a, pp. 40-53), o assistente social é um profissional que se debate en- tre “servir a dois senhores”: o empregador e o usuário. Descreva o nome que Iama- moto (1992) atribui ao assistente social ví- tima deste fenômeno. Questão 9: O Serviço Social vincula-se subalterna- mente às “ciências”, as quais lhe dotam do conhecimento (segmentado) da realidade sobre a qual o assistente social deve inter- vir. Nesta perspectiva, Maria Lucia Marti- nelli acredita que o profissional do Serviço Social é submetido ao “fetichismo da prá- tica”. Justifique. Questão 10: José Paulo Netto (1992) afirma que en- quanto profissão o Serviço Social é dinami- zado e estipulado pelo projeto conservador que contempla as reformas dentro do siste- ma capitalista. PORQUE: O capitalismo monopolista, pelas suas di- nâmicas e contradições, cria condições tais que o Estado por ele capturado, as buscar legitimação política através do jogo demo- crático, é permeável, a demandas das clas- ses subalternas. ASSIM VERIFICA-SE QUE: Os textos acima legitimam as ações do assis- tente social sob qual perspectiva? Justifique. AGORAÉASUAVEZ 14 As demandas contemporâneas impõem novos desafios à profissão, e, para tanto, criativos e originais rumos hão de ser tomados em seu enfrentamento, uma vez que a relação tencionada aos profissionais consolida-se entre a profissionalização das formas de ajuda e a prestação dos serviços ao capital. Nas relações assistente social x empregador e assistente social x usuário é impar encontrar um canal de comunicação fundamentado na democracia. A sociedade brasileira está mais madura que em décadas anteriores e, por esse motivo, não aceita ser ludibriada com programas paliativos para manter-se sob domínio das classes hegemônicas; por outro lado, o profissional de Serviço Social também não se submete mais ao caráter benemérito de ajuda aos necessitados, pois entende seu papel intelectual, técnico e político na transformação da estrutura social. Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos! ALMEIDA, Ney Luiz Teixeira de. Retomando a temática da “sistematização da prática” em Serviço Social. Disponível em: <http://www.fnepas.org.br/pdf/servico_social_saude/tex- to3-2.pdf> Acesso em: 03 fev. 2014. BORIN, André Luiz dos Santos et alli. Como Pode Isto: Trabalhar como escravo, passar fome num Estado rico? Só não morri, porque aqui e acolá, tem alguém prá ajudar. Liber- tas - Volume 2 - Número 2 – Jul/2008. Disponível em: <http://www.ufjf.br/revistalibertas/ files/2010/01/artigo08_5.pdf>. Acesso em: 03 fev. 2014. FINALIZANDO REFERÊNCIAS 15 REFERÊNCIAS BUENO, Francisco da Silveira. Dicionário Escolar da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: FENAME, 1981. CAMURÇA Marcelo A. Seria A Caridade a “Religião Civil” dos Brasileiros? Revista Praia Vermelha 12. Primeiro semestre 2005. pp. 42-63. Disponível em: <http://www.ess.ufrj.br/ siteantigo/download/revistapv_12.pdf>. Acesso em: 03 fev. 2014. CENTRO BRASILEIRO DE COOPERAÇÃO E INTERCÂMBIO DE SERVIÇO SOCIAL – Disponível em: www.cbciss.org. Acesso em: 01 out. 2011. COLMAN, Evaristo. O que é Serviço Social? Disponível em: <http://www.ssrevista.uel. br/c_v1n1_desafio.htm>. Acesso em: 03 fev. 2014. ESTEVÃO, Ana Maria R. O que é serviço social. São Paulo: Brasiliense, v. 111. 1992. FALCÃO, Frederico José. Resgate De Uma Década: a conjuntura político-social brasileira dos anos 80. Libertas - Volume – 2 - Número 2 – Jul/2008. 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Aqueles a quem os serviços sociais são prestados. Subalterno: que ou aquele que está sob as ordens de outro, que é subordinado ou inferior a outro em graduação ou autoridade. No contexto trabalhado por Carlos Montaño, subalterno refere-se ao sentimento de inferioridade diante do outro. Antagônico: oposto, contrário. No tema apresentado, pretende-se esclarecer que as teses oferecidas para justificar a origem do Serviço Social não se completam e nem são evolução uma da outra; ao contrário, são inversas no seu significado. Fetiche: objeto inanimado ou parte do corpo considerada como possuidora de qualidades mágicas. No contexto do tema abordado, define-se por “prática fetichizada” a qualidade atribuída aos assistentes sociais para resolver os problemas sociais. É considerada uma ilusão, pois os problemas sociais estão profundamente enraizados na estrutura da sociedade, não podendo um único profissional solucioná-las. GLOSSÁRIO 18 Questão 1 Resposta: AlternativaD. Questão 2 Resposta: Alternativa A. Questão 3 Resposta: Alternativa E. Questão 4 Resposta: Alternativa E. Questão 5 Resposta: Alternativa E. Questão 6 Resposta: Sua legitimidade recai na função prestada à ordem burguesa, mediante sua participação fundamentalmente no Estado, como executor terminal de políticas sociais, e não na sua eventual “especificidade”. Caro(a) tutor(a) para esclarecer melhor a resposta seguem as palavras de Iamamoto e Carvalho: a legitimidade do assistente social surge, não tanto pelo seu caráter técnico específico, mas pela função política, de cunho “educativo”, “moralizador” e “disciplinador”. (PLT, p. 57) Questão 7 Resposta: Porque na perspectiva Evolucionista ou Endogenista apenas o Serviço Social poderá trabalhar com os setores carentes da população enquanto que na Histórico– GABARITO 19 crítica percebe-se que esse é um setor que requer uma ação conjunta por se tratar de um problema estrutural provocado pela contraditória relação capital x trabalho. Por esse motivo na concepção dos autores da Tese Histórico–crítica a “especificidade” Endogenista ou Evolucionista do Serviço Social é considerada ilusória, uma vez que acreditam que a identidade do assistente social é uma “identidade atribuída” pelo capitalismo monopólico para manter a ordem burguesa. Questão 8 Resposta: Profissional da “coerção e do consenso”. (PLT, p.65) Questão 9 Resposta: Porque os assistentes sociais encontram-se extremamente especializados quanto ao seu conhecimento e por essa razão não conseguem apreender globalmente, na totalidade, o verdadeiro sentido de sua prática. São envolvidos na ilusão de servir e os destinatários desta prática iludem-se de que estão sendo servidos. (PLT, p. 68) Questão 10 Resposta: Perspectiva Histórico-crítica, porque se fundamenta na contraditória relação capital x trabalho. Porque apenas nessa dimensão acredita-se que as ações do assistente social legitimam a ordem burguesa, a lógica do capitalismo monopolista. Caro tutor para que seja bem esclarecido seguem as palavras de Iamamoto e Carvalho: “é nesse contexto, em que se afirma a hegemonia do capital industrial e financeiro, que emerge sob novas formas a chamada ‘questão social’, a qual se torna a base de justificação desse tipo de profissional especializado” (PLT, p. 61) GABARITO
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