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SEMI Serviço Social Contemporaneo 02

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Prévia do material em texto

Serviço Social Contemporâneo
Autores:
Edilene Xavier Costa
Elisa Cléia Pinheiro Rodrigues Nobre
Tema 02
A especificidade do Serviço Social
seç
ões
Tema 02
A especificidade do Serviço Social
Como citar este material:
COSTA, Edilene Xavier, NOBRE, Elisa 
Cléia Pinheiro Rodrigues. Serviço Social 
Contemporâneo: A especificidade do Serviço 
Social. Caderno de Atividades. Valinhos: 
Anhanguera Educacional, 2014.
SeçõesSeções
Tema 02
A especificidade do Serviço Social
5
Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
•	 O assistente social como um trabalhador contratado para responder às demandas 
populacionais, do Estado e da classe dominante.
•	 A legitimidade do Serviço Social enquanto profissão, sua utilidade pública, e a tensão 
em que vive o assistente social situado entre a lógica da perspectiva endogenista e os 
fundamentos da perspectiva histórico-crítica.
•	 A questão social sob a óptica das duas vertentes expostas.
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro A Natureza do Serviço Social, 
do autor Carlos Montaño, Editora Cortez, 2009, 2ª Edição PLT 354.
Roteiro de Estudo:
Prof.ª Edilene Xavier Costa
Prof.ª Elisa Cléia Pinheiro 
Rodrigues Nobre
Serviço Social 
Contemporâneo
6
CONTEÚDOSEHABILIDADES
LEITURAOBRIGATÓRIA
Habilidades 
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
•	 Por que a prática profissional é permeada de tensão?
•	 O que legitima a prática profissional sob a perspectiva Evolucionista?
•	 Quais os elementos que legitimam o Serviço Social sob a perspectiva Histórico-crítica?
A especificidade do Serviço Social
Sob as duas teses, Endogenista ou Evolucionista e Histórico-crítica, reconhecida-
mente opostas, Carlos Montaño apresenta a tensão vivida pelos assistentes sociais em 
consequência dos alicerces que determinaram o Serviço Social como profissão. Inicial-
mente, é necessário saber o significado de tensão. Houaiss (2001) conceitua por tensão 
estado do que ameaça romper-se […] diferença de potencial entre dois de 
seus pontos […] força ou sistema de forças que age sobre um corpo sólido, por 
unidade de área, e é capaz de provocar compressão, cisalhamento ou tração 
[…] estado de sobrecarga física ou mental.
O mesmo autor entende por cisalhamento “fraturação das rochas sob a ação de esforços 
tectônicos, ou seja, dois esforços paralelos em sentidos opostos”. 
Montaño demonstra um campo de forças antagônicas em sentidos opostos que 
certamente aspira provocar uma fratura na sociedade, e que não necessariamente deve 
ser interpretada como negativa, podendo até significar o resultado da luta de classes. A 
perspectiva Endogenista também é conhecida por Evolucionista, pois, como o próprio 
nome já diz, segundo seus autores, a origem do Serviço Social deu-se como evolução das 
formas de ajuda que já existiam, porém de forma não sistematizada. Para os defensores 
desta tese, a legitimidade da profissão ocorre apenas por meio da “especificidade da sua 
7
LEITURAOBRIGATÓRIA
prática profissional” (Livro-Texto, p. 54). Torná-la verdadeira, jurídica e socialmente aceita 
é estabelecer limites às demais profissões, de maneira que caiba ao Serviço Social uma 
única e exclusiva especificidade.
Dessa forma, para os Evolucionistas ou Endogenistas, a prestação de serviços à população 
vulnerável é trabalho específico do assistente social. Também compreendem por exclusivo, 
como condutora de sua prática, a pesquisa social, a metodologia, os objetivos, os objetos 
de intervenção e as políticas sociais. Há autores que consideram essa especificidade uma 
“grande ilusão”, como é o caso de Maria Lúcia Martinelli (apud Montaño, 2009, p. 55) uma 
vez que todas as profissões são construídas com o propósito social definido e, nas palavras 
de Martinelli, com uma identidade atribuída. Assim, como conferir problemas da área da 
saúde, habitação, saneamento básico, educação, entre outros a profissionais exclusivos 
do Serviço Social? Aos críticos desta concepção, trata-se de uma “ilusão fetichizada”, 
conferindo ao assistente social o poder sobrenatural e/ou mágico de solucionar problemas 
estruturais, sem discuti-los com as instâncias provocadoras dos mesmos. Montaño advoga 
que os defensores desses princípios o fazem por ansiedade, pois a mudança levaria o 
profissional do Serviço Social à perda da estabilidade. 
Parece difícil aceitar a tese de que a legitimidade do Serviço Social recaia na 
“especificidade” de sua prática, em especial em momentos nos quais espaços 
tradicionalmente ocupados por assistentes sociais estão sendo disputados com 
sociólogos, psicólogos sociais, terapeutas familiares e até profissionais não 
ligados diretamente ao “social”: agrônomos, médicos, arquitetos, entre outros […] 
sem perceber o lugar que ocupa a profissão na ordem socioeconômica, aparece 
como inteiramente “funcional” ao sistema e ao capital. (Livro-Texto, p.56)
Assim, na concepção de Montaño, a especificidade é alimentada no intuito da categoria 
profissional manter seu campo de trabalho, seu emprego. Contrariamente à proposição 
demonstrada, os autores representantes da perspectiva Histórico-crítica esteiam que o Serviço 
Social ocupa um lugar na divisão sociotécnica do trabalho. Isso significa que, com o objetivo 
de cumprir o projeto hegemônico a favor do capital, a profissão desempenha “funções de 
controle e apaziguamento da população em geral e das classes trabalhadoras em particular”; 
além disso, corrobora com a acumulação do capital por meio da “socialização dos custos 
de reprodução da força de trabalho e do crescimento da demanda efetiva”, estimulando a 
produtividade e o trabalho (Livro-Texto, p. 57). Nesta perspectiva, a legitimidade da profissão 
está relacionada à ordem burguesa; assim, sua função social não se refere ao “seu caráter 
técnico” […] mas à “função política, de cunho educativo, moralizador e disciplinador” (ibid). 
José Paulo Netto, um dos representantes dessa tese, pondera que é apenas na ordem 
8
monopólica que a atividade dos assistentes sociais pode ser percebida como legítima, pois o 
desempenho de suas funções se consolida “por meio da divisão social e técnica do trabalho 
na sociedade burguesa” (Livro-Texto, p.58). Sob essa ótica, a profissão legitima-se sob duas 
dimensões: “dimensão hegemônica e a dimensão subalterna” (ibid). De um lado, encontra-
se o assistente social x classe demandante-empregador; e do outro, o assistente social 
x classe subalterna-usuário. Na dimensão hegemônica na qual o profissional relaciona-
se com o demandante-empregador, a funcionalidade do Serviço Social é satisfazer aos 
interesses do sistema capitalista. Enquanto que, na relação subalterna, o usuário assume o 
papel de demandante ao transformar suas necessidades em reivindicações, “obrigando” o 
Estado (instrumento da classe hegemônica) a contratar o assistente social para diminuir sua 
vulnerabilidade. Assim, o assistente social só poderá atuar após ser aceito e legitimado pela 
população assistida. A questão social torna-se necessária, uma vez que transforma-se 
em estratégia de controle social por meio das políticas sociais executadas pelo assistente 
social, contratado pela classe dominante e legitimado pela população atendida. Todavia, 
Montaño (2009) adverte que o:
Compromisso ético-profissional, portanto, deve estar voltado para atender os 
problemas que afetam essas classes sociais (que vivem do trabalho) […] é por 
isso que a opção político-profissional deve, além das orientações ideopolíticas 
de cada assistente social individualmente (o que pode reforçar ou não aquela 
opção), se voltar fundamentalmente para a defesa dos interesses e direitos das 
classes trabalhadoras e para a defesa dos princípios de democracia e justiça 
social, pois, mesmo que diretamentea demanda do profissional parta dos 
organismos ligados às classes dominantes, a verdadeira fonte […] e portanto 
o fundamento último da legitimação profissional, está na demanda e luta que a 
população trabalhadora faz por serviços sociais e assistenciais, e da conquista 
de direitos universais […] (Livro-Texto, p.64).
Obviamente se pode desprezar o sentido primeiro do vocábulo “tensão”, entendido por 
Houaiss (2001) como “estado de sobrecarga física ou mental”, a que têm se submetido 
os profissionais do Serviço Social ante a contraditória relação usuário x empregadores 
dos serviços prestados. Daí a importância deste tema na sua formação profissional, para 
subsidiá-lo não só no enfrentamento da questão social, mas também no inevitável conflito 
decorrente das duas teses que fundamentam a gênese, a natureza, a funcionalidade e 
legitimidade da profissão. 
LEITURAOBRIGATÓRIA
9
LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Sites
Leia o artigo de Evaristo Colmán: O que é Serviço Social? Vigência de um “velho” problema 
e desafio para a formação profissional.
Disponível em: <http://www.ssrevista.uel.br/> Volume 1 - Número 1 Jul/Dez de 1998. Acesso 
em: 03 fev. 2014.
Colmán levanta neste trabalho algumas preocupações que o aparecimento súbito deste 
tema impõe para a formação profissional. Discute a importância da Academia se preocupar 
em definir o que é o Serviço Social, bem como a relevância em oferecer uma resposta para 
esta questão no momento da formação profissional. 
Leia também o trabalho de Ednéia Machado: Questão Social: objeto do Serviço Social?. 
Disponível em: <http://www.ssrevista.uel.br/> Volume 2- Número 1 Jul/Dez 1999. Acesso 
em: 03 fev. 2014.
Aborda a questão social como objeto do Serviço Social na nova proposta de reformulação 
curricular. Resgata a concepção de questão social como forma de refletir sobre a possibilidade 
da questão social, ou, suas expressões, constituírem-se como nosso objeto profissional do 
Serviço Social.
Vídeos
Assista ao vídeo Uma questão para se pensar.
Disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=_4Xg1ZPwlxo&feature=related> Acesso 
em: 03 fev. 2014.
Com o vídeo, você poderá fazer uma reflexão sobre se a especificidade do Serviço Social 
delimita-se somente à pobreza.
10
Instruções: 
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções 
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão 
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente 
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de 
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto 
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
Questão 1:
O Serviço Social é legitimado oficialmente 
pelo papel que cumpre na ordem burguesa, 
mediante sua participação no Estado como 
executor final das políticas sociais.
ASSIM:
As fontes de legitimação do fazer profissio-
nal passam a emanar do próprio Estado e 
do conjunto dominante.
A ESSE RESPEITO, É POSSÍVEL CON-
CLUIR QUE:
As afirmações acima confirmam a Tese 
Evolucionista, de que o Serviço Social ori-
ginou-se como a evolução das formas an-
teriores de ajuda, caridade e filantropia.
Assinale a alternativa correta:
a) As três afirmações são verdadeiras; a 
segunda justifica a primeira e a terceira.
b) As três afirmações são verdadeiras; 
a segunda justifica a terceira, mas não 
justifica a primeira.
c) A primeira afirmação é verdadeira; a 
segunda e a terceira são falsas.
d) As três afirmações são verdadeiras, 
porém a segunda justifica a primeira e 
não justifica a terceira.
e) As três afirmações são falsas, pois 
não tratam da “especificidade” do Serviço 
Social.
AGORAÉASUAVEZ
11
Questão 2:
Considere o texto extraído de seu Livro-
Texto:
Numa perspectiva histórico-sistemática, 
vê-se o Serviço Social ocupando um lu-
gar na divisão _________________ do 
trabalho, dentro de um projeto político-
-econômico _______________, desem-
penhando funções de ______________ e 
_____________ da população em geral e 
das classes trabalhadoras em particular, e 
contribuindo com a ______________ capi-
talista.
Assinale a alternativa que completa as la-
cunas:
a) Sociotécnica; hegemônico; controle; 
apaziguamento; acumulação.
b) Cultural; hegemônico; controle; apazi-
guamento; acumulação.
c) Sociotécnica; minimizado; estímulo; 
controle; estruturação.
d) Sociotécnica; inferiorizado; controle; 
estímulo; acumulação.
e) Sociofinanceira; hegemônico; controle; 
apaziguamento; estruturação.
Questão 3:
Acreditar que a legitimidade do assistente 
social surge, não tanto pelo seu caráter téc-
nico específico, mas pela função política, 
de cunho “educativo”, “moralizador” e “dis-
ciplinador” que desempenha, nas análises 
de Iamamoto e Carvalho (1991), refere-se 
ao pensamento:
a) Evolucionista.
b) Subalterno.
c) Endogenista.
d) Populista.
e) Histórico-crítico.
Questão 4:
Na Perspectiva Endognenista, a legitimida-
de do Serviço Social radica na especificida-
de da sua prática profissional (MONTAÑO, 
2009, p. 54). Enquanto que, para os auto-
res da Perspectiva Histórico-crítica:
a) A legitimidade do Serviço Social 
radica na especificidade da sua prática 
profissional.
b) A legitimação profissional consiste em 
estabelecer limites no campo interprofis-
sional, sem interferir ou invadir o espaço 
específico do outro.
c) Entende-se por “específico” do 
Serviço Social a prestação de serviços à 
população vulnerável, a pesquisa social, 
a metodologia, os objetivos profissionais 
e o objeto de intervenção
AGORAÉASUAVEZ
12
d) Entende-se por sujeito do Serviço 
Social, os pobres, carentes, ou, na 
melhor das hipóteses, os assistidos pelas 
políticas sociais.
e) Serviço Social é legitimado oficial-
mente pelo papel que cumpre na ordem 
burguesa.
Questão 5:
Analise a afirmativa a seguir.
O Serviço Social se institucionaliza e legiti-
ma como profissão quando o Estado cen-
traliza a política assistencial, efetivando 
através da prestação de serviços sociais 
implementados pelas grandes instituições; 
com isso, as fontes de legitimação do fazer 
profissional passam a emanar do próprio 
Estado e do conjunto dominante.
A esse respeito é possível concluir que:
I. O Serviço Social legitima-se enquanto 
profissão mediante sua prestação de 
serviços ao Estado, na qualidade de 
executor terminal de políticas sociais. 
II. A legitimidade do Serviço Social radica 
na especificidade da sua prática 
profissional.
III. A legitimidade do Serviço Social dá-se 
pela função prestada à ordem burguesa. 
IV. A legitimidade do Serviço Social dá-
se por meio da pesquisa social, da 
metodologia, dos objetivos e dos 
objetos de intervenção.
V. O Serviço Social ocupa um lugar na 
divisão sociotécnica do trabalho. 
Assinale a única alternativa correta:
a) Todas as alternativas estão corretas 
b) Apenas I, II, e III estão corretas.
c) Apenas III, IV, e V estão corretas. 
d) Apenas II, IV e V estão corretas.
e) Apenas I, III e V estão corretas.
Questão 6:
No aporte de Carlos Montaño (2009), a es-
pecificidade é o elemento que dá sentido 
à profissão, e por essa razão tem sido o 
centro de inúmeros debates e análises por 
parte da categoria profissional. Descreva 
de que maneira a prática profissional do 
Assistente Social é legitimada, segundo 
a percepção dos autores da perspectiva 
Histórico-crítica.
Questão 7:
Conforme temos mencionado, as teorias 
que fundamentam o Serviço Social como 
profissão são opostas entre si. Os autores 
de cada uma dessas teorias acreditam em 
AGORAÉASUAVEZ
13
um elemento que consolida a “especifici-
dade” da prática profissional. Por que os 
autores da tese Histórico-crítica criticam a 
chamada“especificidade” do Serviço So-
cial defendida na tese Endogenista?
Questão 8:
As dimensões hegemônica e social da le-
gitimidade profissional são, por sua vez, 
elementos por vezes contraditórios, em 
constante tensão. Como já observou Ia-
mamoto (1992a, pp. 40-53), o assistente 
social é um profissional que se debate en-
tre “servir a dois senhores”: o empregador 
e o usuário. Descreva o nome que Iama-
moto (1992) atribui ao assistente social ví-
tima deste fenômeno.
Questão 9:
O Serviço Social vincula-se subalterna-
mente às “ciências”, as quais lhe dotam do 
conhecimento (segmentado) da realidade 
sobre a qual o assistente social deve inter-
vir. Nesta perspectiva, Maria Lucia Marti-
nelli acredita que o profissional do Serviço 
Social é submetido ao “fetichismo da prá-
tica”. Justifique.
Questão 10:
José Paulo Netto (1992) afirma que en-
quanto profissão o Serviço Social é dinami-
zado e estipulado pelo projeto conservador 
que contempla as reformas dentro do siste-
ma capitalista.
PORQUE:
O capitalismo monopolista, pelas suas di-
nâmicas e contradições, cria condições tais 
que o Estado por ele capturado, as buscar 
legitimação política através do jogo demo-
crático, é permeável, a demandas das clas-
ses subalternas.
ASSIM VERIFICA-SE QUE: 
Os textos acima legitimam as ações do assis-
tente social sob qual perspectiva? Justifique.
AGORAÉASUAVEZ
14
As demandas contemporâneas impõem novos desafios à profissão, e, para tanto, 
criativos e originais rumos hão de ser tomados em seu enfrentamento, uma vez que a 
relação tencionada aos profissionais consolida-se entre a profissionalização das formas de 
ajuda e a prestação dos serviços ao capital.
Nas relações assistente social x empregador e assistente social x usuário é impar encontrar 
um canal de comunicação fundamentado na democracia. A sociedade brasileira está mais 
madura que em décadas anteriores e, por esse motivo, não aceita ser ludibriada com 
programas paliativos para manter-se sob domínio das classes hegemônicas; por outro lado, 
o profissional de Serviço Social também não se submete mais ao caráter benemérito de ajuda 
aos necessitados, pois entende seu papel intelectual, técnico e político na transformação da 
estrutura social.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar 
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
ALMEIDA, Ney Luiz Teixeira de. Retomando a temática da “sistematização da prática” em 
Serviço Social. Disponível em: <http://www.fnepas.org.br/pdf/servico_social_saude/tex-
to3-2.pdf> Acesso em: 03 fev. 2014.
BORIN, André Luiz dos Santos et alli. Como Pode Isto: Trabalhar como escravo, passar 
fome num Estado rico? Só não morri, porque aqui e acolá, tem alguém prá ajudar. Liber-
tas - Volume 2 - Número 2 – Jul/2008. Disponível em: <http://www.ufjf.br/revistalibertas/
files/2010/01/artigo08_5.pdf>. Acesso em: 03 fev. 2014.
FINALIZANDO
REFERÊNCIAS
15
REFERÊNCIAS
BUENO, Francisco da Silveira. Dicionário Escolar da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: 
FENAME, 1981.
CAMURÇA Marcelo A. Seria A Caridade a “Religião Civil” dos Brasileiros? Revista Praia 
Vermelha 12. Primeiro semestre 2005. pp. 42-63. Disponível em: <http://www.ess.ufrj.br/
siteantigo/download/revistapv_12.pdf>. Acesso em: 03 fev. 2014.
CENTRO BRASILEIRO DE COOPERAÇÃO E INTERCÂMBIO DE SERVIÇO SOCIAL – 
Disponível em: www.cbciss.org. Acesso em: 01 out. 2011.
COLMAN, Evaristo. O que é Serviço Social? Disponível em: <http://www.ssrevista.uel.
br/c_v1n1_desafio.htm>. Acesso em: 03 fev. 2014.
ESTEVÃO, Ana Maria R. O que é serviço social. São Paulo: Brasiliense, v. 111. 1992.
FALCÃO, Frederico José. Resgate De Uma Década: a conjuntura político-social brasileira 
dos anos 80. Libertas - Volume – 2 - Número 2 – Jul/2008. Disponível em: <http://www.
ufjf.br/revistalibertas/files/2010/01/artigo02_5.pdf>. Acesso em: 03 fev. 2014.
HOUAISS, Antônio. Dicionário eletrônico da língua portuguesa. José Jardim de Barro Jr. 
(org). [CD-ROM]. Rio de Janeiro Objetiva, 2001
IAMAMOTO, Marilda Vilela. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação 
profissional. 10 ed. São Paulo: Cortez, 2009.
ICHIKAWA, Elisa Yoshie et alli. Ciência, Tecnologia e Gênero: Desvelando o Significado 
de Ser Mulher e Cientista. Disponível em: <http://www.ssrevista.uel.br/> Volume 11 - Nú-
mero 1 - Jul/Dez 2008 Acesso em: 03 fev. 2014.
JUNQUEIRA, L. A. P. Organizações sem fins lucrativos e redes sociais na gestão das polí-
ticas sociais. In: CAVALCANTI, M. (org.) Gestão social, estratégias e parcerias: redesco-
brindo a essência da administração brasileira de comunidades para o terceiro setor. São 
Paulo: Saraiva, 2006.
LACERDA, Lélica Elisa Pereira de et alii. Do conservadorismo à moral conservadora no 
Serviço Social brasileiro. Disponível em: <http://www.ssrevista.uel.br/> Volume 8 - Número 
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Disponível em: <www.ssrevista.uel.br/c_v3n1_politica.htm>. Acesso em: 15 nov. 2010. 
16
MONTAÑO, Carlos. A natureza do Serviço Social: um ensaio sobre sua gênese, a “especi-
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PESSANHA, E. C. Ascensão e queda do professor. São Paulo: Cortez, 1994.
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SILVA, Carla Andréia Alves da. O sentido da reflexão sobre autonomia no Serviço Social. 
Disponível em <http://www.ssrevista.uel.br/> Volume 6 - Número 2 - Jan/Jun 2004. Aces-
so em 24 nov. 2010.
SUGUIHIRO, Vera Lucia Tieko (at all). O serviço social em debate: fundamentos teórico-
metodológicos na contemporaneidade. Revista Multidisciplinar da UNIESP. Saber Acadê-
mico. n º 07 – Jun/2009. 
TORRES, Mabel Mascarenhas. Atribuições Privativas Presentes no Exercício Profissional 
do Assistente Social: uma contribuição para o debate. Libertas - Volume 1 - Número 2 – 
Jun/2007. Disponível em: <http://www.mp.pb.gov.br/arquivos/psicosocial/servico_social/
atribuicoes.pdf> Acesso em 03 fev. 2014.
VELOSO, Renato. Serviço social, tecnologia da informação e trabalho. São Paulo: Cortez, 
2011.
REFERÊNCIAS
17
Questão social: conjunto de expressões, de fatos sociais decorrentes da relação 
contraditória estabelecida entre o capital e o trabalho.
Usuário: população atendida pelas políticas sociais. Aqueles a quem os serviços sociais 
são prestados.
Subalterno: que ou aquele que está sob as ordens de outro, que é subordinado ou inferior a 
outro em graduação ou autoridade. No contexto trabalhado por Carlos Montaño, subalterno 
refere-se ao sentimento de inferioridade diante do outro.
Antagônico: oposto, contrário. No tema apresentado, pretende-se esclarecer que as teses 
oferecidas para justificar a origem do Serviço Social não se completam e nem são evolução 
uma da outra; ao contrário, são inversas no seu significado.
Fetiche: objeto inanimado ou parte do corpo considerada como possuidora de qualidades 
mágicas. No contexto do tema abordado, define-se por “prática fetichizada” a qualidade 
atribuída aos assistentes sociais para resolver os problemas sociais. É considerada 
uma ilusão, pois os problemas sociais estão profundamente enraizados na estrutura da 
sociedade, não podendo um único profissional solucioná-las.
GLOSSÁRIO
18
Questão 1
Resposta: AlternativaD.
Questão 2
Resposta: Alternativa A.
Questão 3
Resposta: Alternativa E.
Questão 4
Resposta: Alternativa E.
Questão 5
Resposta: Alternativa E.
Questão 6
Resposta: Sua legitimidade recai na função prestada à ordem burguesa, mediante sua 
participação fundamentalmente no Estado, como executor terminal de políticas sociais, e 
não na sua eventual “especificidade”. Caro(a) tutor(a) para esclarecer melhor a resposta 
seguem as palavras de Iamamoto e Carvalho: a legitimidade do assistente social surge, não 
tanto pelo seu caráter técnico específico, mas pela função política, de cunho “educativo”, 
“moralizador” e “disciplinador”. (PLT, p. 57)
Questão 7
Resposta: Porque na perspectiva Evolucionista ou Endogenista apenas o Serviço Social 
poderá trabalhar com os setores carentes da população enquanto que na Histórico–
GABARITO
19
crítica percebe-se que esse é um setor que requer uma ação conjunta por se tratar de 
um problema estrutural provocado pela contraditória relação capital x trabalho. Por esse 
motivo na concepção dos autores da Tese Histórico–crítica a “especificidade” Endogenista 
ou Evolucionista do Serviço Social é considerada ilusória, uma vez que acreditam que a 
identidade do assistente social é uma “identidade atribuída” pelo capitalismo monopólico 
para manter a ordem burguesa.
Questão 8
Resposta: Profissional da “coerção e do consenso”. (PLT, p.65)
Questão 9
Resposta: Porque os assistentes sociais encontram-se extremamente especializados 
quanto ao seu conhecimento e por essa razão não conseguem apreender globalmente, 
na totalidade, o verdadeiro sentido de sua prática. São envolvidos na ilusão de servir e os 
destinatários desta prática iludem-se de que estão sendo servidos. (PLT, p. 68)
Questão 10
Resposta: Perspectiva Histórico-crítica, porque se fundamenta na contraditória relação 
capital x trabalho. Porque apenas nessa dimensão acredita-se que as ações do assistente 
social legitimam a ordem burguesa, a lógica do capitalismo monopolista. Caro tutor para 
que seja bem esclarecido seguem as palavras de Iamamoto e Carvalho: “é nesse contexto, 
em que se afirma a hegemonia do capital industrial e financeiro, que emerge sob novas 
formas a chamada ‘questão social’, a qual se torna a base de justificação desse tipo de 
profissional especializado” (PLT, p. 61)
GABARITO

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