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* * EDUCAÇÃO EM SAÚDE HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS Universidade Nova Iguaçu – Nova Unig Campus V - Medicina Prof. Ms. Luciana de Oliveira Fumian * * Para Reflexão..... * * * * Introdução Saúde – Forças divinas e sobrenaturais Doença – Maus espíritos * * Introdução Organização Mundial da Saúde * * Introdução A Saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros a: alimentação, moradia, saneamento básico, meio ambiente, trabalho, renda, educação, transporte, lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais. Os níveis de saúde de uma população expressam a organização social e econômica do País. Lei 8080, 1990. * * Distribuição Variabilidade da frequência das doenças de ocorrência na população, relacionados a variáveis ambientais e populacionais ligadas ao tempo. * * Fatores Determinantes Associação entre um ou mais fatores suspeitos, podendo levar a um estado característico de ausência de saúde, definido como doença. * * Prevenção * * História Natural das Doenças “ As inter-relações do agente, do suscetível e do meio ambiente que afetam o processo global e o seu desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam o estímulo patológico no meio ambiente, ou em qualquer outro lugar, passando pela resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levem a um defeito, invalidez, recuperação e morte”. * * História Natural das Doenças “ Investigações clínicas, que visam a produzir informações sobre a evolução de um evento ”. “ Tais pesquisas descrevem o curso clínico e estão centradas na observação de um número suficiente de pacientes, reunidos e acompanhados criteriosamente, a fim de produzir detalhes que permitam expressar a evolução do processo”. * * AMBIENTE- conjunto de todos os fatores que mantém relações interativas com o agente etiológico e o hospedeiro, sem se confundir com os mesmos (Ambiente: Físico, Biológico, Social); AGENTE- Embora, de um modo geral, se considere que cada doença infecciosa (não infecciosa ou agravos à saúde) tem seu agente etiológico específico, deve-se ter claro que não há um agente único da doença. Tríade Epidemiológica/Ecológica das Doenças Leavell e Clark, 1976 * * O HOSPEDEIRO (SUSCETÍVEL)- É aquele onde a doença se desenvolverá e terá oportunidade de se manifestar clinicamente. O homem, como espécie, é suscetível a um grande número de agentes do meio, de natureza viva ou inorgânica, que com ele interagem, provocando disfunções. Tríade Epidemiológica/Ecológica das Doenças * * Tríade epidemiológica/ecológica das doenças Gordis, L.2000. Epidemiology Hospedeiro Agente Vetor Ambiente Estrutura Epidemiológica * * Tríade Epidemiológica/Ecológica das Doenças Hospedeiro * * História Natural das Doenças Divide-se em dois períodos: Pré - Patogênese Patogênese * * Pré-Patogênese Pré – condições que condicionam a produção da doença. Vertente Epidemiológica. * * Pré-Patogênese Condicionantes sociais: - Fatores socioeconômicos, sociopolíticos, socioculturais e psicossociais. Condicionantes Ambientais; Condicionantes Genéticos; Multifatorialidade. * * Fatores Socioeconômicos Grupos sociais desprivilegiados economicamente são: Percebidos como mais doentes ou mais velhos; Duas ou três vezes mais propensos a enfermidades graves; Morrem mais jovens; Sua taxa de mortalidade infantil é a mais elevada; Procriam crianças de baixo peso, em maior proporção. * * Fatores Sociopolíticos Higidez política; Não Participação consentida e valorização da cidadania; Não Participação comunitária efetivamente exercida; Não Transparência das ações e acesso às informações. * * Fatores Socioculturais Alienação em relação aos direitos e deveres de cidadania; Incapacidade de se organizar para reivindicar; Transferência de responsabilidade; Passividade diante do poder exercido. * * Fatores Psicossociais Marginalidade; Ausência de relações parentais estáveis; Promiscuidade; Carência afetiva; Transtornos econômicos. * * Condicionantes Ambientais Agressões Ambientais – situação geográfica, solo, clima, recursos hídricos e topografia, agentes químicos e agentes físicos. * * Exemplo: * * Condicionantes Genéticos Trissomia do Cromossomo 21 (Down) O portador da Síndrome de Down tem três cópias do cromossomo 21, em vez de duas como é normal. Portanto, esse indivíduo tem 47 cromossomos em vez de 46. * * Multifatorialidade Estruturação senérgica de todas as condições e influências indiretas e pelos agentes que têm acesso direto às funções vitais do ser vivo, pertubando-o, constituindo o ambiente gerador da doença. * * * * Período de Patogênese (Vertente Patológica) Possui quatro níveis de de evolução: Interação Estímulo-suscetível; Alterações bioquímicas, histológicas e fisiológicas; Sinais e sintomas; Cronicidade. * * Período de Patogênese * * Período de Patogênese * * Interação Estímulo-suscetível Fatores que predispõe o organismo à ação de agentes patógenos. Ex: Má nutrição x tuberculose; Aumento do colesterol sérico x doença coronariana; * * Alterações Bioquímicas Período de Incubação; Abaixo de Horizonte Clínico. * * Sinais e Sintomas Período clínico; Atinge uma massa crítica de alterações funcionais no organismo do acometido; Pode evoluir para cura ou cronicidade ou ainda evoluir para invalidez ou para morte. * * Cronicidade Invalidez Temporária * * Cronicidade Infecções secundárias * * Cronicidade Invalidez Permanente * * Cronicidade Morte * * Prevenção Dividi-se em: Prevenção primária; Prevenção secundária; Prevenção Terciária. * * Prevenção Primária Promoção da saúde: moradia, renda, escolaridade, alimentação e nutrição adequadas, condições para satisfação das necessidades básicas do indivíduo. * * Prevenção Primária Proteção Específica: imunização, saúde ocupacional, controle de vetores, quimioprofilaxia, exame pré-natal, fluoretação da água. * * * Prevenção Secundária As medidas dessa natureza são orientadas para o período patológico, enquanto a doença ainda está progredindo. Visam à “prevenção da evolução”; Diagnóstico e tratamento Precoce: inquéritos domiciliares, exames periódicos, isolamento de doentes, tratamento imediato. * * Prevenção Secundária Limitação da Incapacidade; evitar futuras complicações, evitar seqüelas, estimulação precoce, acesso facilitado aos serviços de saúde, hospitalização em função das necessidades. * * Prevenção Terciária Reabilitação (impedir a incapacidade total, fisioterapia, terapia ocupacional, melhores condições de trabalho para o deficiente, próteses e órteses). * * Classificação das Medidas Preventivas * * - Medidas Universais – recomendada a todas as pessoas * dieta balanceada, higiene dental... - Medidas Seletivas – subgrupos da população: * faixa etária, sexo, ocupação; * vacina anti-rábica para o veterinário, proteção no trabalho. - Medidas Individualizadas – presença que coloca o indivíduo em alto risco para ter aquela doença: * exames clínicos e laboratoriais específicos, * controle da hipertensão , * Quimioprofilaxia contra tuberculose. Classificação das Medidas Preventivas Medidas Universais, Seletivas e Individuais * * * Estrutura Epidemiológica * * HISTÓRIA NATURAL DA CÓLERA Fatores que intervêm na infecção (Tríade Epidemiológica): Agente: Agente etiológico Vibrio cholerae; Hospedeiro: Acomete pessoas de todas as faixas etárias, aparece sob a forma de doente ou portador; Meio Ambiente: Acomete locais onde a rede de esgotoe de água é precária; Fora do organismo, em condições ideais resiste 2 semanas; 4 dias quando exposto ao sol; e 15 dias na água do mar. * * HISTÓRIA NATURAL DA CÓLERA Horizonte Clínico A cólera é uma doença de curta duração com: dores abdominais, diarréia aquosa, vômitos, cãimbras musculares, sede intensa, mal estar, etc. Penetração do Vibrião colérico no intestino delgado; produção de anterotoxina com ação sobre as células epiteliais; Hiperplasia de células linfóides e gânglios linfáticos. Incubação de algumas horas até 5 dias. * * HISTÓRIA NATURAL DA CÓLERA Promoção da Saúde Cuidados com higiene das residências e da comunidade; Educação sanitária; Rede de água e esgoto; Bom padrão de nutrição; Recreação e boas condições de trabalho. Prevenção Primária Proteção Específica Proteção, purificação e cloração da água dos sistemas de abastecimento público; Fervura e pasteurização do leite e derivados; Evitar alimentos crus; Vacinação. * * HISTÓRIA NATURAL DA CÓLERA Diagnóstico`Precoce e Tratamento Descoberta de casos em levantamentos e exame seletivos; Cultura das fezes do indivíduo suspeito; Recuperação hidroeletrolítica do paciente. Prevenção Secundária Limitação da Incapacidade Após a reposição hidroeletrolítica e cessarem os vômitos inicia-se uma terapêutica com antibióticos (1 escolha tetraciclina); Hospitalização em casos graves. * * HISTÓRIA NATURAL DA CÓLERA Reabilitação Quando não evolui para óbito, obtém-se sua cura completa; Hemodiálise em casos de insuficiência renal. Prevenção Terciária * * EXERCÍCIOS 1. No período de patogênese, o horizonte clínico separa fases da patologia. Pregunta-se: Quais são as duas fases? Cite as alterações acima e abaixo do horizonte clínico em uma patologia à sua escolha. Qual a importancia em se establecer o diagnóstico abaixo do horizonte clínico, por exemplo em neoplasias malignas? 2. A aplicação da globulina hiperimune contra tétano em pacientes com ferimentos contaminados e suscetíveis é medida que se enquadra em que nível de aplicação das medidas preventivas? Por quê? * * EXERCÍCIOS 3. Um conceito ecológico de doença interpreta esta, como um desequilibrio entre os organismos vivos e o ambiente circundante. Quais são os faotres do ambiente que determinam o aparecimento de doenças? * * * “all honor and glory be to God” * * Referências Bibliográficas Http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/profissional-e-gestor/educacao; Anasem 2016 _ Caderno de Prova; Ministério da Saúde. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 21, 2012; Rouquayrol, M.Z; Filho, N. A. Epidemiologia e Saúde. 6 ed. Guanabara, Rio de Janeiro, 2003; Fletcher, R.H. Epidemiologia Clínica. 4 ed. Artmed. São Paulo, 2008;
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