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AULA9PLACTI-revisão

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Revisão bloco 1: Pensamento Latino-Americano e Políticas de C,T&I 
Professor Adalberto Azevedo
São Bernardo do Campo, 22/07/2014
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Sobre a Disciplina PLACTI : Avaliação
Média simples: Nota(s) da(s) apresentação(ões) dos Seminário (s) +Prova escrita 1 + Prova escrita 2
Seminários: às terças-feiras (apresentação e entrega de resenha escrita)
Conceitos: correspondência com notas de 0 a 10
“F” de 0 a 3,9; “D” de 4,0 a 4,9; “C” de 5,0 a 6,9; “B” de 7,0 a 8,4; “A” de 8,5 a 10,0 
Participação em aula pode melhorar a nota final. (Haverá sessão de vista de provas após as avaliações, quando se podem discutir as notas)
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Área de concentração (OL): (1) Economia e política de Ciência, tecnologia e inovação
EMENTA
A abordagem cepalina
A abordagem neo-schumpeteriana
O papel das empresas multinacionais 
O ambiente institucional e as estratégias de desenvolvimento dos países da América Latina
Especificidades e limitações das atividades de pesquisas científicas e tecnológicas na América Latina.
Sobre a Disciplina PLACTI: Conteúdo
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Objetivos gerais
Estudar as contribuições do pensamento latino-americano para a compreensão das especificidades do processo de desenvolvimento na região, com especial atenção às questões que envolvem a formulação de políticas de CTI.
Objetivos específicos
Compreender as abordagens Cepalina e neoschumpeteriana;
Estudar e discutir o impacto dessas abordagens na formulação de políticas de C,T&I;
Compreender e discutir as dificuldades de implementação das políticas em função das especificidades regionais;
Estudar e compreender casos de países específicos, com destaque para o Brasil.
Teorias têm impactos diretos nos formatos das políticas de C,T&I (com interfaces diretas em outras áreas de política)
Sobre a Disciplina PLACTI: Conteúdo
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Análise da inserção internacional
Análise dos condicionantes estruturais internos: crescimento e progresso técnico, emprego, distribuição de renda)
Por exemplo: empregos de baixa qualidade no Brasil: Porquê (slides extra)?
Análise das necessidades e possibilidades de ação estatal (que depende do referencial teórico adotado- e dos interesses envolvidos...)
As áreas temáticas da Cepal
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Correspondência com os momentos históricos da AL
50s: Industrialização
60s: Reformas para
Industrializar
70s: novo estilo de desenvolvimento 
(socialmente justo e exportador)
80s: endividamento externo, ajustes 
para retomar o crescimento
90s: reestruturação produtiva com 
equidade
As idéias-força da Cepal
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Análise de mercados ( e suas imperfeições) e agentes em condições históricas específicas
Interpretações continuamente revisadas: reflexividade (auto-análise crítica)- metamorfose ambulante?
Inserção na economia mundial: especializada em bens e serviços com demanda internacional pouco dinâmica, importando os mais dinâmicos
Importações: inadequadas aos recursos (capital humano e físico) e nível de renda da periferia
Periferia: industrialização diferente dos países centrais, devido à heterogeneidade estrutural
O método histórico-estruturalista
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Heterogeneidade estrutural: introdução do progresso técnico, absorção da força de trabalho e geração/distribuição de renda diferentes dos países centrais
Economia pouco diversificada e tecnologicamente heterogênea (diferentes níveis de produtividade)
Criação e difusão tecnológica: importação
Absorção de MO: pouca qualificação (e renda)
Distribuição da renda gerada: desigual, acentua a heterogeneidade econômica, industrial e social
Processo inédito, não apenas “uma etapa” de um processo de desenvolvimento universal
O método histórico-estruturalista
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Inserção internacional: deterioração dos termos de intercâmbio; desquilíbrio estrutural na balança de pagamentos; necessidade de integração regional
Condições internas: industrialização substitutiva; problemas da especialização e heterogeneidade estrutural; inflação estrutural e desemprego
Recomendações para a ação estatal: conduzir deliberadamente a industrialização
Motivação: transformação do modelo primário-exportador (hacia afuera) ao urbano industrial (hacia adentro), que se realizava em uma estrutura econômica e institucional (política) subdesenvolvida
As idéias-força da Cepal: 1948-60
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Pensamento Latino-Americano e Políticas de C,T&I
Aula 3- Seminário Prebisch
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Comparação entre o crescimento, o progresso técnico e a inserção global de países centrais e países periféricos: interdependência, problemas para a periferia. Quais?
Vulnerabilidade: dependência de ciclos econômicos gerados/conduzidos nos países centrais (inflação exógena, contrações internas). Crescimento gera aumento de importações
Tendência à deterioração dos termos de troca: maior lentidão no progresso técnico nos setores de produtos primários, frente ao dinamismo dos produtos industriais. Excesso de mão de obra e diminuição do valor dos produtos primários. 
As idéias-força da Cepal: 1948-60 (Prebisch)
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3. Tendência ao desequilíbrio estrutural do balanço de pagamentos: exporta primários (demanda inelástica) e importa industriais (demanda mais elástica). Além disso, SI requer importar bens de capital cada vez mais sofisticados, apenas alterando a composição das importações (6 por meia dúzia?)
4. Instituições: pouca capacidade de gerar, absorver e reter os frutos do progresso técnico. 
5. Inflação estrutural: consequência do desequilíbrio no balanço de pagamentos (padrão produtivo, déficit tecnológico)
As idéias-força da Cepal: 1948-60 (Prebisch)
Problemas identificados (cont.)
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As idéias-força da Cepal: 1948-60 (Prebisch)
Problemas estruturais internos: estruturas econômicas e institucionais subdesenvolvidas
Baixo dinamismo econômico: economia com baixo potencial exportador, pouco diversificada e pouco articuladas (intersetorialmente e verticalmente). Insuficiência de poupança para financiar o investimento produtivo.
 Heterogeneidade estrutural: maior produtividade nos setores exportadores, excedente de mão de obra e baixos salários e produtividade, padrões de consumo “luxuosos” da elite, redução da taxa de poupança
Inflação estrutural: rigidez da oferta agrícola, insuficiências de infraestrutura (energia, transporte, comunicações...)
Ameaças à continuidade do progresso técnico 
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Quais as soluções propostas?
Proteção da indústria: mesmo uma indústria menos eficiente que a dos países centrais gerará mais riqueza do que o setor primário (argumento da eficiência na aplicação de recursos);
Políticas de estímulo à ampliação e diversificação das exportações: comércio intraregional, ampliação do mercado e economias de escala (ALALC, 1960).
Esforços para firmar acordos de comércio 
(United Nations Conference on Trade and 
Development- UNCTAD, 1964)
3. IDE: estimular a entrada de capitais 
externos com cautela para não aumentar
os passivos internacionais
4. Negação de políticas recessivas (FMI)
As idéias-força da Cepal: 1948-60 (Prebisch)
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Pensamento Latino-Americano e Políticas de C,T&I
Aula 4- A Abordagem Cepalina: o estruturalismo nos anos 60 e 70
Professor Adalberto Azevedo
São Bernardo do Campo, 04/07/2014
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Avanço democrático: insatisfação traduzida em pressões sociais
1959: revolução cubana. Consequências: orientação social-democrata (apoiada pelos Estados Unidos), Programa Aliança para o Progresso (OEA)
Einsenhower (republicano): 1953-61; Kennedy (democrata): 1961-63; Johnson (democrata): 1963-69
Aumento da importância da AL, antiamericanismo https://www.youtube.com/watch?v=EHR1dBTJrRA
Reorientação do pensamento Cepalino: sociologia do desenvolvimento (Echavarría, texto do próximo seminário)
Esperanças: planificação do desenvolvimento sustentado: reforma agrária, redução de desigualdades, ampliação do investimento, educação e cidadania (direitos
e deveres)
Os anos 60
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Estilo socialmente mais justo
Crítica às posições internacionais
Necessidade de combinar industrialização interna e crescimento de exportações (endividamento)
Indústria export-oriented: maior eficiência alocativa 
Percepção das dificuldades políticas: ditaduras e problemas ancestrais de desigualdade (que se manteriam na democracia)
Os anos 70: análise dos estilos de crescimento
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Pensamento de autores citados na resenha: pode ser perguntado.
Bibliografias extras citadas nos slides não serão cobradas. Mas podem aprimorar um texto.
Geral
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Pensamento Latino-Americano e Políticas de C,T&I
Aula 6- A Abordagem Cepalina: o estruturalismo nos anos 80 e 90
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Anos 70: endividamento (improdutivo) excessivo, perigo de crise
Endividamento improdutivo: não criou condições que possibilitassem pagar a dívida (industrialização autônoma)
Luta ideológica internacional: ortodoxia liberal X heterodoxia desenvolvementista, ambos se reafirmando e refinando
Crise dos anos 80: desenvolvementismo em segundo plano, produção Cepalina passa a focar na oposição ao tipo de ajuste exigido pelos credores internacionais
Questões imediatas sobre a dívida, ajuste e estabilização
Os anos 80
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“Políticas de ajuste e renegociação da dívida externa na América Latina” (Cepal, 1984)
Ajuste (recomendações):
Substituição do ajuste recessivo da balança de pagamentos por um ajuste expansivo: necessidade de solucionar o desequilíbrio externo com a dinamização de investimentos em bens exportáveis e para o mercado interno 
Utilização de instrumentos de política econômica mais flexíveis e pragmáticos
Necessidade de tempo para reagir à desvalorização cambial: renegociação das dívidas
Redução do protecionismo nos países centrais
Os anos 80: a produção Cepalina
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“La industrialización trunca de America Latina “ (Fajnzylber, 1983)
Lacunas, falhas e distorções: proposta de uma nova industrialização (crescimento e criatividade)- crescimento técnico endógeno, visando o mercado internacional
“Industrialização na América Latina: da "caixa-preta" ao "conjunto vazio" (Fajnzylber, 1987 e 1990)
Estudo comparativo (1970-84): padrões de crescimento na AL com outros países, a partir da análise do crescimento e distribuição de renda
Três padrões:
Crescimento rápido com concentração de renda;
Crescimento baixo com distribuição de renda;
Renda concentrada sem crescimento.
Nenhum país da AL cresceu distribuindo renda 
Os anos 80: a produção Cepalina
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Base nos textos de meados da década de 80
Histórico-estruturalista, mas o progresso técnico torna-se o foco das análises
Progresso técnico: maneira de eliminar pobreza e vulnerabilidade externa, baseado na redistribuição da renda e investimento
Modelo dos anos 50: pouca absorção de progresso técnico, rentismo da elites locais
Austeridade: mais capaz de dinamizar a economia, menor vazamento de divisas
“Transformação produtiva com equidade” (Cepal, 1990)
Os anos 90: a produção Cepalina
Estrutura agrária
Condiciona
Distribuição de renda
Padrão de consumo
Condiciona
Condiciona
Capacidade de poupar e investir
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Promover o crescimento com equidade (entrar no conjunto vazio) através da inovação (abrindo as caixas pretas): retomada das análises de longo prazo
Abertura comercial- evitar o isolamento tecnológico
Globalização produtiva (cadeias globais), revoluções tecnocientíficas globalmente desenvolvidas (microeletrônica, biotecnologia)
Catching up tecnológico (aulas 12 a 15)
Agregação de valor aos produtos industriais (capital intelectual), corte de custos, exploração de novos nichos de mercado
Como fazer? Não seria vantajoso alguns países crescerem “para dentro”? E como resolver as questões do desemprego tecnológico, subemprego e capacitação para a produtividade?
Os anos 90: a produção Cepalina
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“Educação e conhecimento: eixo da transformação produtiva com equidade” (Cepal, 1992)
Desafio interno: cidadania 
Desafio externo: competitividade
Perigo: dá margem a interpretações de que o indivíduo deve se capacitar para não depender do Estado... (Por exemplo, fórmulas mágicas de empreendedorismo, proliferação de instituições “vendedoras de diplomas”)
Crise asiática: perda de poder da heterodoxia, maior visibilidade para as novas teses cepalinas
Os anos 90: a produção Cepalina
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Pensamento Latino-Americano e Políticas de C,T&I
Aula 8- A Abordagem Cepalina: e o estruturalismo nos anos 90 e 2000
Professor Adalberto Azevedo
São Bernardo do Campo, 17/07/2014
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Sessenta anos da Cepal (texto de 2009)
Neoestruturalismo: anos 90 e 2000
Efeitos das reformas estruturais dos 90s; 
Agenda para o cenário de intensificação da globalização; 
Direitos, cidadania e coesão social;
Fusão schumpeteriana-estruturalista,
Políticas macroeconômicas anticíclicas em um cenário de volatilidade financeira (vulnerabilidade)
Aumento da produtividade, inserção internacional competitiva e igualdade/justiça social: focos da Cepal nos anos 2000
E os anos 2000?
Mantêm-se: métodos e enfoques analíticos
Mudam: ênfases e interpretações
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Resumo dos temas:
Balanço do impacto das reformas dos anos 90;
Agenda para a inserção global;
Cidadania, coesão social e desenvolvimento;
Fusão dos enfoques estruturalista e (neo)schumpeteriano
Políticas anticíclicas frente à volatilidade financeira
O neoestruturalismo: anos 2000
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1. Relações centro-periferia e deterioração dos termos de troca
Elementos analíticos chave
2. Desequilíbrio externo e inflação estrutural 
3. Agendas nacionais de aumento da competitividade, visando a inserção global e regional
2. Vulnerabilidade externa frente aos ciclos econômicos
1. Inserção internacional desfavorável e assimetrias na globalização
3. Dinâmica de substituição de importações, dependência e necessidade de integração regional
Estruturalismo
Neostruturalismo
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