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CRIME TENTADO
Conceito: iniciada a execução do crime, este não se consuma por circunstâncias alheias a vontade do agente.
 
Tentativa: - Início da execução;
	 - Não consumação do delito;
 - Circunstâncias alheias à vontade do agente.
 
Natureza Jurídica: 
- Ótica da tipicidade: constitui uma norma de adequação típica por subordinação mediata ou indireta quanto à extensão temporal da figura típica.
- Ótica da teoria da pena: a tentativa é uma causa de diminuição de pena obrigatória, devendo ser levada em consideração na terceira fase da dosimetria da pena.
Punibilidade de tentativa
- Art. 14, § único, do CP – “Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços”.
- A dosagem da diminuição da pena será aplicada levando-se em consideração a proximidade da consumação = Quanto mais próxima tiver sido a consumação, menor será a fração da diminuição.
Teoria adotada quanto à aplicação da pena: 
Teoria Objetiva: preconiza uma redução da pena para o delito imperfeito, pelo fato do bem jurídico não ter sido maculado. Quanto menos se aproxima da consumação, mais se diminuía a pena.
Espécies de tentativa:
- Tentativa perfeita (crime falho): apesar do agente ter percorrido todo o iter criminis e esgotado a fase executória, o crime não se consumou por circunstâncias alheias a vontade do agente. Ex: o sujeito descarrega todos os projeteis de sua arma na vítima, mas esta sobrevive por ter sido socorrida a tempo por terceiros.
- Tentativa imperfeita: o agente não consegue, por circunstâncias alheias a sua vontade prosseguir na execução. Ex: o sujeito entra na residência da vítima para furtar, quando começa a apodera-se dos bens móveis, se a assusta com o barulho de passos, e empreende fuga.
- Tentativa branca ou incruenta: o bem jurídico não chega a ser lesionado. Ex: o sujeito efetua disparos de arma de fogo em direção à vítima, mas não nenhum projetil chega a acerta-la por erro de pontaria.
- Tentativa vermelha ou cruenta: o bem jurídico é atingido. Ex: o sujeito querendo matar a vítima acerta em seu braço e não no tórax.
Infrações que não admitem tentativa:
* Crimes culposos: no crime culposo o agente não deseja o resultado, ocorrendo este de maneira acidental, por imprudência, negligência ou imperícia.
* Crimes preterdolosos: o agente pratica um comportamento doloso inicial, porém o delito se consuma com um resultado agravador não pretendido pelo agente, sendo este culposo. 
Dolo na conduta + culpa no resultado.
* Crimes unissubsistentes: a conduta criminosa não admite fracionamento.
*Crimes omissivos puros: impossibilidade de tentativa devido o crime ser de mera conduta e unissubsistente. Ex: omissão de socorro – art. 135 do CP.
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:
 Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
 Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte
* Contravenções penais: a lei não prevê tentativa para a prática de contravenções penais, conforme o art. 4º do Decreto Lei nº 3.688/41.
Art. 4º. Não é punível a tentativa de contravenção.
* Crimes habituais: precisa-se da habitualidade na prática do crime. Ex: associação criminosa (art.288 do CP) e associação ao tráfico (art. 35 da Lei 11.343/2006).
Art. 288.  Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes:     (Redação dada pela Lei nº 12.850, de 2013)     (Vigência)
 Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.     (Redação dada pela Lei nº 12.850, de 2013)     (Vigência)
 Parágrafo único.  A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se houver a participação de criança ou adolescente.
Art. 35.  Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e duzentos) dias-multa.
* Crimes em que a lei pune somente quando ocorrer o resultado: infrações penais cuja existência está condicionada ao alcance de um resultado, caso contrário o fato é considerado como atípico pelo legislador. Ex: induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio (art. 122 do CP) ou abandono de animais em propriedade alheia (art. 164 do CP).
 Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça:
 Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave. 
Parágrafo único - A pena é duplicada:
 Aumento de pena
 I - se o crime é praticado por motivo egoístico; 
 II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.
Art. 164 - Introduzir ou deixar animais em propriedade alheia, sem consentimento de quem de direito, desde que o fato resulte prejuízo:
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, ou multa.

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