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Professora: Lais Guedes A. de Carvalho Instituto de Educação Superior da Paraíba Morte Celular Relembrando... Qual a principal causa de lesão celular? Redução de Oxigênio (BRASILEIRO F. Bogliolo Patologia) Relembrando... Redução da fosforilação oxidativa nas mitocôndrias Desativação da Bomba de Na+/K+ (dependente de ATP) Aumento da glicólise anaeróbica Aumento da concentração intracelular de Na+ e influxo de H2O Edema celular Edema no retículo endoplasmático 1 2 3 4 5 8 Condensação da cromatina Desprendimento dos ribossomos do retículo endoplasmático rugoso Diminuição da síntese proteica Diminuição da atividade de muitas enzimas celulares 8 6 7 Redução de Oxigênio (lesão celular reversível) Excesso de ácido lático e redução do pH citoplasmático Diminuição dos níveis celulares de ATP Se a depleção de ATP persistir ocorre danos as membranas, resultando em morte celular NECROSE Morte Celular Relembrando... Estímulo nocivo Lesão Celular Adaptar Morte celular: Necrose ou Apoptose Patológico Fisiológico ou Patológico (BRASILEIRO F. Bogliolo Patologia) Necrose Apoptose Diferem quanto a sua morfologia, mecanismo e papel que desempenham em situação fisiológica e patológica ≠ TIPOS: Morte Celular (BRASILEIRO F. Bogliolo Patologia) Necrose Natureza do agressor Intensidade Duração Capacidade do organismo de reagir (BRASILEIRO F. Bogliolo Patologia) Ao atuarem sobre as células, os agentes lesivos causam lesões reversíveis ou não. (Braileiro Filho – Patologia Geral - Bogliolo) NECROSE Necrose Necrose VAMOS PENSAR O que leva à necrose? A CÉLULA precisa de: Oxigênio --- ATP Membrana seletiva Núcleo íntegro Enzimas bem delimitadas NECROSE NECROSE Autólise: degradação dos componentes celulares por enzimas da própria célula liberadas dos lisossomos Necrose Morte celular no organismo vivo e seguida do fenômeno de autólise (BRASILEIRO F. Bogliolo Patologia) Um tipo de morte celular caracterizado por dano acentuado às membranas, com consequente extravasamento das enzimas lisossômicas para o citoplasma e digestão dos componentes celulares por essas enzimas. (Robbins & Cotran - Patologia - Bases Patológicas Das Doenças) Extravasamento das enzimas digestivas para o citoplasma Autólise: degradação dos componentes celulares Dano as membranas dos lisossomos NECROSE Necrose Células são incapazes de manter a integridade da membrana e seus conteúdos extravasam Agressão Mecanismos de Necrose Interrupção das funções vitais (cessam a produção de energia e as sínteses celulares) (BRASILEIRO F. Bogliolo Patologia) Causas: 1. Isquemia; anóxia 2. Exposição à toxinas 3. Infecções 4. Trauma A necrose sempre está associada a lesões patológicas. Necrose (BRASILEIRO F. Bogliolo Patologia) Características morfológicas da célula necrótica: Necrose • Tumefação celular (EDEMA) com formação de bolhas • Dilatação das mitocôndrias e retículo endoplasmático • Desnaturação de proteínas (citoplasma fica eosinofílico- ligação da eosina com as proteínas) • Alterações nucleares • Ruptura de membranas Necrose As três alterações nucleares das células necróticas são decorrentes da diminuição do pH na célula morta e ação de enzimas que digerem a cromatina celular Caracterizada por intensa condensação da cromatina Caracterizada pela fragmentação do núcleo picnótico Caracterizada pela digestão da cromatina (BRASILEIRO F. Bogliolo Patologia) Necrose Alterações no Citoplasma (BRASILEIRO F. Bogliolo Patologia) • Aumento da acidofilia; • Aspecto granuloso; • Limites não precisos (rompimento da membrana); Necrose ≠ Apoptose Tipos de Necrose Necrose de coagulação Necrose de liquefação Necrose caseosa Necrose gordurosa Necrose gangrenosa (Gangrena) Necrose (BRASILEIRO F. Bogliolo Patologia) Necrose de coagulação Causa: Isquemia (exceto no cérebro) Queimaduras graves Inicialmente, os tecidos afetados exibem uma textura firme (arquitetura do tecido é preservada) Normalmente a área atingida é esbranquiçada e circundada por um halo avermelhado (para compensar a isquemia) Necrose (BRASILEIRO F. Bogliolo Patologia) Cariólise, citoplasma acidófilo, com aspecto “geleificado” e “coagulado”. Necrose de liquefação Causa: Isquemia em células do sistema nervoso Infecção fúngica ou bacteriana; Necrose Transformação do tecido em uma massa viscosa líquida frequentemente amarelo cremoso Necrose por liquefação → ocorre devido digestão do tecido inflamado pelas ação das enzimas lisossômicas liberadas pelos leucócitos (BRASILEIRO F. Bogliolo Patologia) Necrose de liquefação (BRASILEIRO F. Bogliolo Patologia) Citoplasma basofílico, núcleo excêntrico Necrose caseosa Causa: Tuberculose Aspecto macroscópico semelhante a um queijo branco. Necrose Necrose caseosa: núcleos picnóticos na periferia, fragmenatdos (cariorrexe), ausência de contorno celular Necrose gordurosa (esteanatonecrose Causa: LIPASES PANCREÁTICAS degradam o tecido adiposo → Pancreatite aguda; Extravasamento de enzimas de ácinos pancreáticos destruídos; Aspecto macroscópico: Saponificação (áreas brancas visíveis ) Necrose gangrenosa É uma forma de evolução de necrose resultante da ação de agentes externos (ar ou bactérias) sobre o tecido já necrosado (tipicamente necrose de coagulação). Necrose (BRASILEIRO F. Bogliolo Patologia) Necrose Gangrena seca Resultante da desidratação da região necrosada, especialmente quando em contato com o ar. Origina uma lesão dura, seca e de cor escura → azulada ou negra (mumificação) Gangrena úmida Decorre de invasão da região necrosada por bactérias produtoras de enzimas que digerem o tecido morto (odor fétido) EVOLUÇÃO Necrose As células mortas e autolisadas comportam-se como um corpo estranho e desencadeiam uma resposta no organismo, para promover sua reabsorção e promover o reparo; Regeneração Encistamento Eliminação Cicatrização Calcificação LET’S PLAY! Apoptose (Via Izaias P.c.Jr) Facebook® Morte por apoptose Apoptose Apoptose é a via de morte celular que é induzida por um programa intracelular altamente regulado, no qual a célula destinada a morrer ativa enzimas que degradam o DNA nuclear e proteínas citoplasmáticas. Apoptose é um processo dependente de ATP Conhecida como morte celular programada Morte por apoptose Apoptose Fisiológica: desenvolvimento embrionário, para eliminar células envelhecidas. Patológica: lesão no DNA celular ou que venha lesionar enzimas caspases. Conhecida como morte celular programada Morte por apoptose Destruição programada de células durante a embriogênese; Involução dependente de hormônio; Eliminação de linfócitos autorreativos; Morte de células imunes (após inflamação). Apoptose em situações fisiológicas Eliminar células indesejáveis ou células que não sejammais úteis Regressão da mama lactante após o desmame; do ovário após a menopausa; endométrio sofrem apoptose, contribuindo para a menstruação Ocorre a eliminação (apoptose) de linfócitos que interagem fortemente com o antígeno próprio Neutrófilos após resposta inflamatória aguda Morte por apoptose Morte celular produzida por lesão no DNA (Ex: radiações ionizantes, luz ultravioleta, alguns agentes químicos genotóxicos) Morte células em infecções. Apoptose em situações patológicas Morte por apoptose (Robbins et al., 2005) Retração celular: -Tamanho da célula está diminuído; -Citoplasma denso; -Organelas estão agrupadas; Condensação da cromatina: - Cromatina agrega na periferia, sob a membrana nuclear; Fragmentação → Formação de bolhas citoplasmáticas e CORPOS APOPTÓTICOS; Fagocitose. Morte por apoptose Não induz à inflamação Processo de apoptose Fase efetora Fase de ativação O processo de apoptose pode ser dividido em uma fase de ativação, na qual as caspases iniciadoras se tornam ativas, e uma fase efetora, na qual as caspases efetoras atuam provocando a morte celular Morte por apoptose Caspases iniciadoras Caspases efetoras Morte celular Processo de apoptose Fase de ativação Via extrínseca – iniciada por receptores Via intrínseca - mitocondrial Ativação de caspases Morte por apoptose Via extrínseca Iniciada por ativação dos receptores de morte celular; Receptores de morte mais conhecidos são: receptores TNF e Fas. Receptor de morte Ativação de caspases Célula Apoptose Morte por apoptose Via extrínseca Morte por apoptose Via extrínseca Morte por apoptose Via intrínseca O aumento da permeabilidade mitocondrial Morte por apoptose = Via Mitocondrial Citocromo C Ativação de caspases Apoptose Libera para o citosol molécula que induz a apoptose Fase efetora Caspases iniciadoras (8, 9 e 10) (ativadas na fase de ativação) Caspases efetoras (3, 6 e 7) Clivam proteínas do citoesqueleto e da matriz nuclear; Fragmentam do DNA. Atuam ativando outras proteases e endonucleases que degradam diferentes substratos, como: Morte por apoptose Morte por apoptose 1. Desordens associadas com a apoptose defeituosa Ex: Cânceres → tumores com uma mutações no gene TP53 (proteína p53) Apoptose desregulada A apoptose desregulada pode explicar a base de várias doenças Morte por apoptose OBS: A mutação do gene TP53 é uma das anormalidade genética mais comum encontrada em cânceres humanos APOPTOSE Reparo do DNA Apoptose Gene TP53 (proteína p53) Dano no DNA 1. Desordens associadas com a apoptose defeituosa Apoptose desregulada A apoptose desregulada pode explicar a base de várias doenças Doenças auto-imunes → podem surgir caso o linfócito autorreativo não for eliminado por apoptose Morte por apoptose Linfócito autorreativo 2. Desordens associadas com um aumento da apoptose e excesso de morte celular. Ex: - Doenças neurodegenerativas; (Acúmulo de proteínas anormalmente dobradas) Apoptose desregulada A apoptose desregulada pode explicar a base de várias doenças Morte por apoptose 2. Desordens associadas com um aumento da apoptose e excesso de morte celular. Ex: - Destruição de células infectadas por vírus. - Lesões isquêmicas → infarto do miocárdio e derrame cerebral; Apoptose desregulada A apoptose desregulada pode explicar a base de várias doenças Morte por apoptose Necrose ≠ Apoptose Morte por apoptose e necrose Inflamação Professora: Lais Guedes Alcoforado de Carvalho Instituto de Educação Superior da Paraíba Morte Celular
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